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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Como se faz um Plano de Paz sem que os envolvidos na guerra estejam presentes ou representados?
Difícil de perceber, mas foi precisamente isso que aconteceu. Na sexta-feira, entrou em vigor um "acordo de cessar-fogo" que segue um "plano de 20 pontos apresentado pelo Presidente norte-americano, com o objetivo de pôr fim à guerra desencadeada em 07 de outubro de 2023 pelo ataque do Hamas que visou o sul do território israelita."
Trump assinou um Plano de paz, junto com os negociadores do Egito, do Catar e da Turquia, mas sem a presença do Hamas nem de Israel, ou seja, sem as partes beligerantes. Na verdade, há a dúvida se não se poderá apenas tratar de um cessar fogo, o que deixa a grande dúvida - e depois? O que esperar depois de terminar esta primeira fase? O que acontecerá se uma das partes falhar um dos pontos do acordo? Para Trump, está tudo resolvido e todos lhe vão obedecer.
A Cimeira realizou-se no Egito e juntou representantes de "35 países (entre os quais França, Itália, Alemanha, Jordânia, Turquia e Reino Unido, bem como das Nações Unidas e da União Europeia" - incluindo Portugal, representado por e "António Costa — em representação da Comissão Europeia"), mas deixou de fora os principais intervenientes no conflito. Antes de seguir para a Cimeira, Trump foi a Jerusalém onde esteve com familiares dos reféns e discursou no parlamento de Israel, e de onde saiu afirmando que a guerra tinha terminado. Nesta visita a Israel, o principal objetivo foi o de firmar as condições para a segunda fase do acordo de paz.
Naquilo que respeita à execução do Acordo, poderão haver algumas divergências, embora o Hamas tenha já libertado "todos os 20 reféns" vivos, mantidos desde dia 7 de outubro de 2023. Faltam ainda entregar os 28 corpos dos reféns que entretanto morreram, durante estes dois anos.
"Não existem lusodescententes entre os sete cidadãos libertados" embora se fale em "três luso-israelitas." Em troca da libertação destes reféns e da entrega dos corpos, "Israel comprometeu-se a libertar 250 palestinianos detidos por razões de segurança, incluindo vários condenados por atentados mortais anti-israelitas, bem como 1700 palestinianos detidos em Gaza desde o início da guerra.
Em discussão está também a reconstrução de Gaza e a eterna questão da aceitação dos dois estados, ideia defendida por exemplo pelo presidente do Egito, ou pelo governo espanhol.
Fontes:
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/trump-a-caminho-de-israel-a-guerra-acabou-perceberam_n1690550
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