A violência continua nos EUA e, desta vez, os alvos foram a ex-congressista "democrata do Minnesota," Melissa Hortman, e o seu marido, Mark Hortman. Os corpos de Melissa, que foi também "porta-voz da Câmara de Representantes" pelo Minnesota, e do marido, só foram descobertos depois da polícia ter sido chamada para a casa do "senador estadual John Hoffman (também ele democrata)" e da sua mulher, "Yvette," atacados a tiro. Os dois foram levados em estado grave mas ainda com vida para o hospital e a polícia foi verificar a casa da congressista, encontrando os dois corpos e ainda chegando a trocar tiros com o atacante.
"O governador do estado do Minnesota diz que os ataques têm motivações políticas." O suspeito é "Vance Boelter," um americano de "57 anos, mas ainda encontra em fuga. "Estava vestido" como se fosse "um agente da autoridade e foi assim que conseguiu entrar nas casas dos dois políticos, que distam cerca de 12 quilómetros uma da outra." De acordo com a CNN, o atirador teria dentro da viatura utilizada, "um manifesto com o nome de vários representantes estaduais e outros responsáveis – incluindo o de Melissa Hortman e de John Hoffman, mas também do próprio governador Tim Walz." Desta lista de potenciais alvos, constavam 70 nomes, incluindo "pessoas que prestam serviços para a interrupção voluntária da gravidez, defensores do aborto, e legisladores do Minnesota e de outros estados. A polícia também encontrou um cartão do Dia do Pai dirigido ao suspeito numa mala cheia de munições."
Melissa, "contribuiu para a aprovação de leis que alargaram os direitos ao aborto, legalização da marijuana e baixas médicas, quando os liberais tinham o controlo do Governo daquele estado." A questão do aborto é um ponto sensível na política interna dos EUA. A lei de 1973 que dava este direito às mulheres foi revogada em 2022. Em 2024, "dos 50 estados que compõem os Estados Unidos, em 21 o procedimento" era considerado "ilegal ou restrito." A polarização é bem visível, com "os estados dominados por democratas a manterem o direito à interrupção voluntária da gravidez e os estados dominados por republicanos a proibirem ou restringirem o acesso."
