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Sismo no Tibete

por Elsa Filipe, em 07.01.25

A região do Tibete, na Cordilheira dos Himalaias, foi afetada por um sismo de 6.8 na escala de Richter (corrigido depois para uma magnitude de 7,1 pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos) e que provocou uma vasta destruição, 95 vítimas mortais e centenas de feridos. Eram 9h05m locais (01h05m em Lisboa).

O abalo ocorreeu no "condado de Dingri, a cerca de 75 quilómetros a nordeste do Monte Evereste," no sudoeste da China, tendo sido sentido no Nepal, no Butão e na Índia. O epicentro ocorreu numa zona onde se dá a junção das "placas da Índia e da Eurásia," que quando chocam, provocam muitas vezes "elevações nas montanhas dos Himalaias suficientemente fortes para alterar a altura de alguns dos picos mais altos do mundo."

Têm sido registadas algumas réplicas na zona afetada, embora com menor magnitude.

Fontes:

https://expresso.pt/internacional/asia/2025-01-07-terramoto-no-tibete-fez-pelo-menos-95-mortos-dalai-lama-mostrou-se-profundamente-triste-24230f98

 

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publicado às 13:26

Mais um sismo sentido no Chile

por Elsa Filipe, em 03.01.25

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, foi ontem sentido um "sismo de magnitude 6.1" na região de "Antofagaste, no Chile, a cerca de 80 km da cidade de Calama, no norte do país."

Este abalo de intensidade já considerável "foi registado pela população em várias partes do país, mas o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile informa ainda não ter recebido relatos sobre danos materiais ou vítimas," continuando a avaliar se ocorreram alguns danos na região.

O sismo terá tido o seu epicentro "a cerca de 100 km de profundidade, pelas 17h43 locais (20h43 em Portugal)."

Este país está no chamado "Círculo de Fogo do Pacífico" e, é por isso, uma das regiões mais propensas à ocorrência destes fenómenos. Em julho, um abalo de "magnitude 7,3 atingiu o norte do Chile" tendo sido sentido em regiões tão distantes como "São Paulo," no Brasil. Um outro abalo de "magnitude 6.4" foi sentido na região chilena, no passado dia 13 de dezembro, mais especificamente, na "região montanhosa da Cordilheira dos Andes."

Em 2010, um forte sismo ocorrido no Chile alterou mesmo "o eixo de rotação da Terra e encurtou a duração dos dias na Terra. Cálculos efetuados pela NASA mostram que houve uma alteração de 8 centímetros no eixo do planeta. O dia ficou mais curto 1,26 micro segundos."

E ao que parece este evento não foi o único  provocar estas alterações. Em 2004 , o sismo na Indonésia, que completou há poucos dias 20 anos da sua ocorrência, "mudou em sete centímetros o eixo da Terra."

Fontes:

https://observador.pt/2025/01/02/sismo-de-magnitude-6-1-no-norte-do-chile/

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/13/terremoto-e-sentido-no-chile.ghtml

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/sismo-do-chile-alterou-eixo-de-rotacao-da-terra-e-encurtou-duracao-do-dia_v324494

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publicado às 18:37

Vanuatu atingida por sismo

por Elsa Filipe, em 17.12.24

"Um sismo de magnitude 7,3 atingiu esta terça-feira a capital do arquipélago do Pacífico Vanuatu, Porto Vila, provocando a queda de pontes, aluimentos de terras e danos em edifícios." Foi confirmada a morte de 14 pessoas e ferimentos em outras 200, chegando a ser lançado um "alerta de tsunami," que cerca de duas horas depois seria levantado.

Após o forte abalo, a "embaixada dos EUA em Porto Vila sofreu danos consideráveis" e encontra-se encerrada "até novo aviso, revelou um porta-voz da missão diplomática norte-americana na Papua-Nova Guiné. Também a embaixada francesa e britânica, que fica no mesmo edifício, sofreu danos."

Vanuatu é constituído por "um grupo de 80 ilhas onde vivem cerca de 300 mil pessoas," e é um dos países mais vulneráveis a este tipo de eventos, uma vez que se encontra localizado no Anel de Fogo do Pacífico, "zona de intensa atividade sísmica e vulcânica que se estende do Sudeste Asiático à bacia do Pacífico." 

Fontes:

https://observador.pt/2024/12/17/sismo-de-magnitude-73-atinge-arquipelago-do-pacifico-vanuatu-testemunha-afirma-ter-visto-cadaveres-apos-abalo/

https://pt.euronews.com/2024/12/17/terramoto-de-magnitude-73-na-escala-de-richter-atinge-vanuatu

 

 

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publicado às 23:06

Sismo perto dos EUA

por Elsa Filipe, em 05.12.24

Esta tarde, os estados norte-americanos da Califórnia e do Oregon, esteve sob alerta de tsunami depois da ocorrência de "um sismo de 7.0". Este forte abalo "ocorreu cerca das 18h44 GMT (10h44 locais) a uma profundidade de 10 Km," a cerca de "nove quilómetros a oeste de Ferndale, uma pequena cidade no condado costeiro de Humboldt."

Poucos instantes antes de se sentir o abalo, "cerca de 19 mil casas ficaram sem eletricidade no condado de Humboldt."

Seguiram-se réplicas mais pequenas, incluindo uma de 4.2 de magnitude "perto de Petrolia." As zonas costeiras chegaram mesmo a ser evacuadas, de forma preventiva.

Os sismos são frequentes nesta área geográfica, sobretudo apo lado da falha de Sº Francisco, onde, em 1906, um forte terramoto a que se seguiu um tsunami, tirou "a vida a cerca de 3 mil pessoas."

Fontes:

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/estados-unidos-emitem-alerta-de-tsunami-apos-sismo-de-70-na-california_n1619685

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2684200/emitido-alerta-de-tsunami-apos-sismo-de-magnitude-elevada-na-california

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-12-05-sismo-de-magnitude-7-atinge-a-california-b4198f60

 

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publicado às 22:18

Por cá é feriado...

por Elsa Filipe, em 01.11.24

Assinala-se hoje em Portugal o Dia de Todos os Santos, mas para mim, aquilo que faz mais sentido assinalar é - apesar de posterior - a passagem de 269 anos desde o terrível sismo que afetou o nosso país e que, para sempre, ficará na nossa história. Nesta data, saem sempre alguns artigos de opinião sobre a prevalência de sismos no país, sobre a possibilidade de ocorrência de uma grande catástrofe que leve milhares de vidas ou sobre se estamos ou não preparados.

Claramente, não estamos preparados nem para um sismo, nem para um maremoto, como aquele que atingiu o país, destruindo tudo à sua passagem. Mas estamos muito melhor preparados do que estaríamos há quase 270 anos. Se tal acontecesse, iriam haver mortos, muitos deles soterrados pelos escombros dos edifícios, mas porventura muitos menos pelos incêndios que naquele dia deflagraram na capital.

De acordo com um artigo apresentado pela CNN Portugal, a ocorrência de um sismo com caraterísticas idênticas às de 1755 iria por exemplo levar à morte de muitos bebés e crianças, uma vez que "centenas de berçários e infantários estão instalados em edifícios de habitação antigos, que vão colapsar ou sofrer danos severos." Isto ocorre com mais frequência nas grandes cidades e, com menos frequência, no interior e em pequenas localidades. As escolas públicas precisam, na sua maioria, de um reforço estrutural e muitas estão localizadas em quotas baixas que seriam facilmente atingidas em caso de tsunami.

Segundo o mesmo artigo, a "maioria dos hospitais públicos também não resistiria a um sismo violento. Os dois hospitais centrais de Lisboa - Santa Maria e São José – são vulneráveis." 

O hospital de São José - que desde 1759 funciona no Convento de Santo Antão (de onde foram expulsos os Jesuítas por Marquês de Pombal) - é um dos mais antigos do país nasceu porque neste convento se passou "a abrigar os doentes provenientes do Hospital de Todos-os-Santos então destruído pelo terramoto de 1755." Atualmente, podemos dizer que se pratica aqui "medicina moderna em edifícios velhos e reconstruídos." No entanto, deixo aqui a questão, apesar da sua vulnerabilidade, não podemos deixar de reparar que o edifício principal sobreviveu ele próprio ao sismo de 1755. Nesse ano, "estima-se que entre 30 mil e 40 mil pessoas tenham perdido a vida," quantas perderíamos agora?

Das perdas desse dia, contam-se inúmeras infraestruturas importantes: "os seis hospitais da cidade, incluindo o de Todos-os-Santos, 33 palácios da grande nobreza, o Palácio Real, a Patriarcal, o Arquivo Real, a Casa da Índia, o Cais da Pedra, a Alfândega palácios, igrejas, bibliotecas, a faustosa Ópera do Tejo, inaugurada sete meses antes..."

Mas não posso deixar de referir que este acontecimento trágico trouxe uma grande mudança e que nesta mudança podemos encontrar aspetos positivos. A resposta dada inicialmente a este "desastre", que teve uma "magnitude estimada entre 8,5 e 9" e que "atingiu violentamente a capital e grande parte do sul de Portugal", foi coordenada por Santiago José Carvalho e Melo, conhecido como o "Marquês de Pombal." O Marquês "liderou os esforços de reconstrução, aplicando medidas urbanísticas inovadoras que moldaram a Lisboa moderna." Ganhou-se também "uma cidade nova, muito moderna para a época em que foi construída e, pormenor importante, edificada de acordo com um sistema anti-sísmico – a famosa estrutura flexível de madeira dos edifícios, «em gaiola»."

Por outro lado, a sociedade também sofreu uma mudança profunda, com clara influância no "pensamento filosófico e científico da época, especialmente sobre questões religiosas e de justiça divina, numa Europa iluminista que começava a questionar os fundamentos do mundo natural." Com esta catástrofe vieram-se a "equacionar questões importantes que mexiam com a religião, com os conceitos filosóficos, com o papel atribuído ao homem no palco do mundo."

«As nossas casa tremiam como folhas das árvores, e os nossos corações como as nossas casas. Imaginai, ó vindouros, o pavor com que o ranger e o ribombar da queda dos edifícios, que ruíam em massa, nos abrasava, como um fogo, até à medula dos ossos. Aqui uma caterva de gente contorcia-se sob os escombros, nas mais cruenta agonia. Além gritos lancinantes de morte coavam através das pedras e da terra, e a ninguém era possível acudir aos desventurados que se debatiam sozinhos. Mas além um desgraçado rasgava as unhas e a carne até aos ossos, a fim de salvar a sua pobre vida de uma cova – tal, porém, para nada mais lhe valendo senão para se tornar em coveiro de si mesmo, porquanto, com suas mãos, preparava o próprio túmulo».

(J.R.A. Piderit )

Fontes:

https://www.chlc.min-saude.pt/hospital-de-sao-jose/

https://cnnportugal.iol.pt/sismo/terramoto/terramoto-de-1755-vai-repetir-se-e-ceifar-a-geracao-de-portugueses-mais-jovem/20241101/6724b229d34ea1acf270247d

https://sicnoticias.pt/pais/2024-11-01-terramoto-de-1755-lisboa-recorda-o-dia-em-que-a-terra-tremeu-e-o-mar-engoliu-a-cidade-739e1a6a

https://aventar.eu/2010/02/07/o-terramoto-de-1755-e-a-cultura-europeia-da-epoca/

 

 

 

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publicado às 14:50

Sismo assusta em Portugal

por Elsa Filipe, em 26.08.24

Um sismo de 5.3 na escala de Richter fez-se sentir esta madrugada em Portugal continental. Até eu - que normalmente só na manhã seguinte sei destas coisas - acordei com a cama a abanar e um ruído estranho, como se estivesse um avião a passar baixinho sobre a casa. Foram apenas alguns segundos, mas deu para me tirar o sono. Não saí de casa e, durante alguns minutos, nem sequer me levantei da cama. A vibração sentida não fez cair nada, muito menos partir objetos, por isso, pensei que estava segura - de realçar que a gata só se levantou da cama depois de eu me levantar também e que, ao contrário de outros animais, nem sequer deu sinal. Apenas alguns minutos depois, é que comecei a pensar que talvez tivesse sido prudente ir acordar o miúdo e sairmos os dois de casa, mas estando tudo bem, acabei mesmo por não o fazer.

Em relação aos alertas, só por volta das 13h descobri que o telemóvel do meu filho tinha recebido uma mensagem que o avisava sobre "ter ocorrido" um sismo, ou seja, não considero isso um alerta porque só chegou depois do mesmo ter sido sentido. Aliás, tenho estado a verificar que muita gente está a reclamar pela falta de alerta, mas sem estarem sequer a ponderar que, dificilmente, se pode detetar um evento desta natureza, analisar a sua probabilidade, enviar mensagem e, nós, conseguirmos ainda ler e perceber a mensagem, antes da ocorrência do sismo. Acho que ainda não estamos suficientemente avançados para isso. Por outro lado, houve um pico de chamadas para a proteção civil - o que seria de esperar em caso de danos, feridos, mortos... mas nada disso aconteceu. O que é que dá às pessoas para se porem a ligar para os meios de socorro e a entupir linhas? Se querem saber o que se passa, liguem a televisão e vão ao facebook. Em poucos minutos, já sabia de muitas pessoas - amigos, famíliares e outros conhecidos - e sabia das áreas mais afetadas e dos danos que iam sendo registados (praticamente nenhuns na maioria dos locais). Sabermos uns dos outros e, até, dizermos algumas parvoíces serviu para desanuviar e para passar o tempo até que o sol se erguesse no céu.

E esta constatação leva-me a outra. Como é que queremos ser um país avançado, quando uns dão "graças a deus" por nada de mal ter acontecido, enquanto outros, afirmam ter sido um sinal de "Jesus"? Queremos ser ajudados pela ciência, mas acreditamos mais em eventos teológicos do que em factos científicos. 

Bem, mas regressando àquilo que é importante. O sismo ocorreu a cerca de 60km a Oeste de Sines ou, um pouco menos se medirmos a distância a partir da ponta oeste de Sesimbra.

Pode ser uma imagem de mapa e a texto

Os dados são diferentes conforme são analisados pelo "serviço geológico dos Estados Unidos, o USGS, que estimou uma magnitude de 5,4 na escala de Richter" ou pelo "Centro Sismológico Euro-Mediterrânico" o qual "estimou o sismo como sendo de magnitude 5,4 na escala de Richter, com o epicentro a uma profundidade de cinco quilómetros." Em relação aos danos, parece que ainda estão a ser avaliados possíveis danos em, pelo menos, uma habitação na freguesia da Quinta do Conde, Sesimbra. Houve entretanto algumas réplicas, mas a maioria delas, não foram sentidas pela população - segundo o IPMA, as primeiras réplicas "tiveram magnitudes de 1,2, de 1,1, de 0,9 e de 1,0 na escala de Richter." Entretanto, registaram-se mais algumas réplicas - o que é perfeitamente normal, às "11h44 e 11h56, a mais forte de 1,6 na escala de Richter." Podemos ainda ter mais réplicas (que não deverão ser mais fortes, mas nunca se sabe) mas que se podem prolongar por vários dias ou semanas.

Precisamente a 26 de agosto, mas de 1966, Portugal também sofria um abalo sísmico. Calhou ser a uma sexta-feira, eram 05h56m e, segundo a notícia que à época fazia a capa no Diário de Lisboa, o “sismo de pequena intensidade causou natural apreensão” nos habitantes da capital, com epicentro no mar, "a 100 quilómetros da capital," e tendo-se feito sentir na “faixa costeira entre Porto e Sagres”. Nesse sismo, a magnitude estimada foi um pouco menor, "de 4.6 na escala de Richter, seguido de várias réplicas." 

Podemos dizer que foi "um sismo considerável," mas nos últimos anos, houve alguns mais fortes, Em 1969, "Lisboa sofreu um abalo de 7.9 na escala de Richter na madrugada de 28 de fevereiro. Entre 2007 e 2009, o Algarve já registou sismos de magnitude 6.0."

Fontes:

https://cnnportugal.iol.pt/sismo-em-portugal/protecao-civil/sismo-em-portugal-protecao-civil-recebeu-muitas-chamadas/20240826/66cc1566d34ea1acf26da746

https://observador.pt/2024/08/26/ha-precisamente-58-anos-lisboa-tambem-acordou-a-tremer-sismo-a-26-de-agosto-de-1966-afetou-toda-a-costa-ocidental/

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/no-mesmo-dia-e-zona-58-anos-depois-portugal-tambem-tremeu-a-26-de-agosto-de-1966

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/protecao-civil-faz-ponto-de-situacao-sobre-sismo-que-abalou-pais-acompanhe-aqui

https://www.publico.pt/2024/08/26/sociedade/noticia/detectadas-seis-replicas-sismo-ipma-recebeu-10-mil-testemunhos-2101914

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publicado às 17:26

Sismo no Perú

por Elsa Filipe, em 28.06.24

Um sismo com uma magnitude de 7 na Escala de Richter abalou hoje "a região sul de Arequipa", no Perú. Também em Lima, capital do país, o abalo se fez sentir, embora de forma mais fraca. Devido à localização do epicentro, chegou a ser equacionada a emissão de um alerta de tsuniami, mas o mesmo acabou por não ser emitido.

"O Peru está localizado numa região conhecida como Anel de Fogo do Pacífico, onde ocorre mais de 80% da atividade sísmica mundial.

Em agosto de 2007, um terramoto de magnitude 7,9" provocou mais de "500 mortos, bem como danos no valor de milhões de euros em infraestruturas e instalações." Aparentemente, desta vez os danos resultantes foram apenas materiais. No entanto, podem vir a ocorrer réplicas, as quais poderão chegar a ser tão ou mais perigosas que o abalo principal, uma vez que as estruturas estão já bastante fragilizadas.

Fontes:

https://www.tsf.pt/6061561877/sismo-de-magnitude-7-abala-peru-emitido-alerta-de-tsunami/

 

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publicado às 15:19

Região de Nápoles sente abalos sucessivos

por Elsa Filipe, em 21.05.24

Na região italiana de Nápoles, têm sido sentidos vários sismos nos últimos dias, o maior dos quais terá chegado aos 4.4.

"A proteção civil accionou a Unidade de Crise em Nápoles e nas cidades vizinhas de Pozzuali e Bacoli, que se situam na caldeira vulcânica dos Campos Flégreos," devido ao aumento da atividade sísmica. Alguns edifícios sofreram pequenos danos, mas não houve registo de quaisquer vítimas. 35 famílias foram retiradas de suas casas na região de Nápoles, onde as escolas foram também encerradas, devido à ocorrência "de cerca de 150 sismos." Esta zona tem "cerca de meio milhão de habitantes."  Quatro centros de acolhimento foram preparados para receber "os habitantes que procuram abrigo para passar a noite, enquanto as escolas serão inspecionadas pelos bombeiros," de forma a saber se estão seguras.

"O vulcão, que se estende por um perímetro de 15 por 12 quilómetros, apresenta a típica depressão de fundo plano, deixada após uma erupção", sendo esta a maior "caldeira ativa na Europa," situada na "orla marítima entre Nápoles e Pozzuoli."

Fontes:

https://www.dnoticias.pt/2024/5/21/406214-napoles-registou-durante-a-noite-mais-de-150-sismos-sem-vitimas/

 

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publicado às 22:36

Este fim de semana, foi notícia uma sucessão de abalos sísmicos que atingiram o Japão e que foram sentidos na zona de Tóquio e de Fukushima. O abalo, de 5.4, seguiu-se ao de quinta-feira com 5.8 na escala de Richter, mas em ambos os casos não chegou a produzir um tsunami ou causado danos de maior relevo, embora o epicentro se tenha registado a 50 quilómetros de profundidade, no oceano Pacífico.

Este evento levou a central de Fukushima, de forma preventiva, a "parar com as descargas de água radioativa tratada" que decorriam desde que a central tinha sido atingida em 2011 por um abalo de 9.1 na escala de Richter e que levou ao "derretimento de três dos seis reatores nucleares." Este acidente foi mesmo considerado como o "mais grave desde o acidente nuclear de Chernobil em 1986, na Ucrânia Soviética." Eu já tinha aqui no blogue referido este acidente e as consequências que o mesmo causou, especialmente no que se refere às relações internacionais entre o Japão e a China: 

https://elsafilipecadernodiario.blogs.sapo.pt/autoridades-japonesas-continuam-a-294931

Em 2011, quando o sismo foi detetado pelos sensores da Central nuclear, os reatores desligaram-se automaticamente e "devido a essas paralisações e outros problemas de abastecimento da rede elétrica, o fornecimento de eletricidade dos reatores falhou e seus geradores a diesel de emergência começaram a funcionar automaticamente." Ou seja, em vez de ficarem em suspenso, estes voltaram a funcionar de forma a fazerem circular o líquido "refrigerador pelos núcleos dos reatores." Mesmo com a fissão parada, o calor emanado ainda é muito elevado. 

O tsunami com "14 metros de altura que chegou logo depois, varreu o paredão" da central nuclear e "inundou as partes inferiores dos prédios do reator nas unidades 1–4. Esta inundação causou a falha dos geradores de emergência e perda de energia para as bombas de circulação." Foi esta "perda" de energia que levou a que ocorresse o derretimento nuclear ou a fusão do núcleo, a que seguiram "três explosões de hidrogénio" e a libertação de elementos "altamente radioativos para o meio ambiente." Em 2011, "grandes quantidades de água contaminada com isótopos radioativos" foram libertadas "no Oceano Pacífico durante e após o desastre."

Esta zona é frequentemente atingida por eventos sísmicos, uma vez que o "Japão fica no chamado Anel de Fogo," e por isso as infraestruturas são projetadas para resistir a estes eventos sísmicos, mas como prova o acidente de 2011, nem tudo pode ser previsto.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Derretimento_nuclear

https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Fukushima_I

https://observador.pt/2024/03/15/sismo-de-58-sacode-japao-e-obriga-a-suspensao-das-descargas-de-fukushima/

 

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publicado às 10:30

A erupção de um vulcão é sempre notícia, pela raridade do acontecimento (pelo menos para nós) e pelas imagens magníficas que proporciona. Mas infelizmente esta erupção está a destruir a "cidade piscatória de Grindavík, situada a cerca de 41 quilómetros a sul da capital, Reiquiavique, e obrigou à retirada dos habitantes da localidade."

"A atividade sísmica acelerou fortemente durante a noite". Os habitantes de Grindavik sabiam que uma erupção poderia estar próxima, uma vez que a cidade tinha sido evacuada desde 11 de novembro. "A atividade vulcânica acontece cerca de três semanas depois do último episódio na região, a 18 de dezembro. Trata-se da segunda erupção na mesma falha vulcânica."

Foi seguido o plano de "construir uma parede de proteção, em torno de Grindavik," de forma a proteger a cidade mas desta vez isso não impediu a destruição, uma vez que "a erupção deste domingo ocorreu no interior desses muros," e pelo menos três casas acabaram por arder completamente.

Os habitantes de Grindavik que tinham sido evacuados, já tinham regressado à cidade "uma vez que as expectativas das autoridades apontavam para uma provável nova erupção noutra zona", mas desta vez a evacuação poderá ser mais duradoura. "O mais certo, é que estas pessoas não possam regressar a Grindavík nos próximos meses."

Infelizmente, durante as obras de reconstrução da cidade após os últimos eventos antes desta nova erupção," um trabalhador desapareceu depois de ter caído numa das falhas que estavam a ser tapadas."

Já no Japão, que tem atualmente "110 vulcões ativos", e tem sido afetado nos últimos dias por vários sismos, o nível de atividade vulcanológica também aumentou. "O monte Ontake junta-se assim a outros dois vulcões atualmente em alerta de nível três em Kagoshima." A erupção não trouxe até agora danos humanos nem materiais.

Pelo contrário, são muitos os mortos causados pelos sucessivos sismos que têm afetado a "península de Noto" desde o início deste ano. "Mais de três mil habitantes da península" continuam no final da passada semana "isolados do mundo enquanto aguardam socorro, atrasado pela chuva, neve e deslizamentos de terra." De facto, "a atividade sísmica continua a ser sentida na península de Noto e arredores cerca de uma semana depois do sismo de magnitude 7.6."

De lembrar que o sismo sentido a 1 de janeiro no Japão, foi considerado "o mais mortífero no Japão desde 2011, quando um terramoto de magnitude 9.0 provocou um 'tsunami' que deixou mais de 20 mil mortos e desencadeou o desastre nuclear de Fukushima."

Fontes:

https://observador.pt/2024/01/14/vulcao-na-islandia-entra-em-atividade/

https://www.dn.pt/121813005/nova-erupcao-vulcanica-na-islandia-obriga-a-retirar-habitantes-de-grindavik/

https://observador.pt/2024/01/14/japao-sobe-nivel-de-alerta-devido-a-erupcao-vulcanica-em-ilha-do-sudoeste/

 

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publicado às 23:09


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