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Sismo sentido em Portugal

por Elsa Filipe, em 17.02.25

Esta tarde, por volta da hora de almoço a casa abanou. Senti o meu maior abalo até hoje, talvez por me encontrar sentada no sofá. Aqui em casa não houve barulho, apenas um balançar durante alguns segundos, mas o suficiente para me desiquilibrar. Pelas discrições que tenho visto, o sismo fez-se sentir de forma mais intensa em algumas zonas, mas a verdade é que o epicentro foi aqui bem pertinho e, isso, sim, assusta um bocadinho.

O sismo teve uma "intensidade 4,7 na escala de Richter," e ocorreu pelas 13h24m, com "epicentro a 14 quilómetros a oeste-sudoeste de Seixal, no distrito de Setúbal, e a cerca de sete quilómetros de profundidade," com localização inicialmente registada no mar, "a cerca de quatro quilómetros da costa atlântica." Em Sesimbra, há a registar alguns danos na falésia da praia da Califórnia.

Por aqui a autarquia informou que "devido ao sismo verificado no concelho, algumas escolas e centros de saúde locais foram evacuados por iniciativa dos respetivos delegados de segurança, sem haver registo de danos pessoais ou materiais." Em Sesimbra algumas escolas procederam à evacuação dos alunos para o exterior seguindo os procedimentos adequados, enquanto outras, ignoraram completamente a evacuação. Mesmo sem grandes danos, seria uma boa oportunidade para treinar as crianças (e os adultos) para saberem o que fazer nestes casos, uma vez que as crianças sentiram o abalo. Daqui para a frente, valorização e colocar-se-ão em segurança?

O sismo do Seixal, afinal ocorreu na falha da Lagoa de Albufeira e de "acordo com o IPMA, o epicentro foi a 14 quilómetros a oeste-sudoeste de Seixal (no mar), mas o USGS (United States Geological Survey) assinalou o “epicentro em terra, na zona da Charneca da Caparica”.

o sei em que ficamos... talvez entretanto resolvam este diferendo. Tinha havido ontem um pequeno sismo de "magnitude 1,6, por volta das 22h48," na mesma zona, mas o qual não pode ser classificado como "um sismo premonitório", como que uma espécie de aviso para um evento maior ou se foi apenas coincidência, ou seja, se "foi um sismo em frente casual."

Em agosto do ano passado, um outro sismo fez a terra tremer em Portugal e foi também sentido com alguma intensidade nesta zona, deixando alguns danos, embora sem vítimas a registar, felizmente.

"Nessa altura, o tremor de terra terá tido um impacto de 5,3 na escala de Richter, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), com epicentro no Atlântico, 70 km a sudoeste de Sesimbra. Também nesse caso não houve registo de vítimas nem de danos materiais." Agora foi bem mais perto...

Fontes:

https://cnnportugal.iol.pt/sismo-em-lisboa/sismo-seixal/sismo-de-4-7-leva-a-evacuacao-de-escolas-e-centros-de-saude-no-seixal/20250217/67b36efdd34ef72ee44264e1

https://expresso.pt/sociedade/2025-02-17-sismo-em-lisboa-teve-baixa-magnitude-mas-proximidade-a-zonas-habitadas-e9df896e

https://expresso.pt/sociedade/2025-02-17-sismo-de-47-na-escala-de-richter-sentido-em-lisboa-4cfa8ad1

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publicado às 20:57

Tradição... as festas de S. Pedro

por Elsa Filipe, em 29.06.24

Hoje é feriado municipal no Seixal. Além de se celebrar o Dia Municipal do Bombeiro, celebra-se o dia de S. Pedro, registando-se o ponto alto das festividades a decorrer desde dia 21, com a Marcha das Canas e, também, com a já tradicional procissão em honra do santo. Mas quem foi S. Pedro e que ligação tem à vila e à população do Seixal?

Bem, em primeiro lugar, São Pedro era um galileu de nome Simão que viria depois a tornar-se no "primeiro Papa da Igreja Católica." Segundo o Evangelho de São Lucas, Simão, na altura um simples pescador, terá decidido seguir Jesus Cristo, depois de um episódio descrito como "Pesca milagrosa." O nome Pedro vem de "Kepha, palavra aramaica para pedra (ou rocha)."

Pedro, foi considerado Padroeiro dos pescadores e, por isso, é npormal que as localidades piscatórias tenham uma especial devoção a este santo. No Seixal, onde a vida acontecia "à volta da Baía, desde a época romana, comprovada pelos sítios arqueológicos da Olaria Romana da Quinta do Rouxinol, em Corroios, e da Quinta de S. João, em Arrentela, à época dos Descobrimentos e até aos nossos dias," é natural que o santo a que muitos seixalenses são devotos, seja S. Pedro.

"O primeiro Papa da Igreja Católica morreu cruxificado em Roma, entre os anos 64 d.C e 67 d.C, a mando do Imperador Nero." A Basílica de São Pedro, em Roma, guarda os seus restos mortais. "São Pedro distingue-se das imagens graças às chaves que segura na mão" e que serão "as chaves das portas do céu." De acordo com a tradição popular, por guardar o céu, foi-lhe também atribuída a culpa pelo bom ou mau tempo.

A data, como na maioria das celebrações católicas não foi ao acaso: veio substituir "uma antiga celebração pagã que comemorava no mesmo dia a festa de Rómulo e Remo, considerados os pais da cidade de Roma." Assim, o dia 29 de junho, passou a celebrar Pedro e Paulo. Mas voltando à antiguidade, sabe-se que, em Roma, "a tradição mandava celebrar neste dia três missas: a primeira na Basílica de São Pedro, a segunda em São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos Apóstolos tiveram de ser escondidas por algum tempo, para escapar às profanações."

Fontes:

https://observador.pt/explicadores/tudo-o-que-precisa-de-saber-sobre-sao-pedro/

 

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publicado às 15:31

As tábuas queimadas do Cravidão

por Elsa Filipe, em 02.08.23

Quem passa pela marginal da Arrentela, vê os destroços de uma embarcação que jaz há anos junto ao edifício do Núcleo Naval do Ecomuseu. Quando faço as minhas caminhadas fico sempre a pensar em como teria sido aquele barco e o que se teria passado entretanto. Ao que sei, houve um incêndio que destruiu o que restava dos destroços do barco, mas mesmo assim a Câmara resolveu manter ali o que restou. No fundo do rio Judeu, são muitos os destroços que ainda jazem.

Esta embarcação foi um dos diversos tipos de barcos que navegaram no estuário do Tejo até meados do século XX e na página da câmara municipal podemos ver uma reconstrução virtual de como teria sido. Sabemos assim que o barco se chamava "Cravidão", mas pouco mais se encontra. Quem souber mais, pode deixar aqui nos comentários.

Na Internet encontramos muitos registos fotográficos dignos de postal. Hoje em mais uma breve caminhada, fiquei a observar e voltei a fazer mais algumas fotografias. Ali está um pouco da nossa história e, se não for recuperado, irá perder-se para sempre.

O Ecomuseu esteve encerrado para obras, mas agora já pode ser visitado. 

 

Fontes:

https://www.cm-seixal.pt/ecomuseu-municipal/nucleo-naval

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publicado às 21:40

Lagoa de Nafta

por Elsa Filipe, em 26.04.23

Infelizmente, espaços como estes existem há muito no nosso país e pouco "sabemos" deles. De quem são ou quem os gere é uma incógnita e os terrenos baldios continuam assim, atentando contra a saúde pública e o ambiente.

Foi o que aconteceu hoje e que já está a mobilizar muita gente - ante desconhecedora deste perigo - contra a lagoa onde descarregam produtos derivados de petróleo desde há muitos anos.

Segundo várias notícia na comunicação social e na página do IRA, que tenho por hábit acompanhar, hoje os Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal e o próprio Núcleo de Intervenção e Resgate Animal (IRA) resgataram, esta quarta-feira, dois cães que se encontravam a afogar numa lagoa cheia de nafta, na zona de Vale de Milhaços, em Corroios. Contaram também com o apoio dos Bombeiros de Camarate com uma ambulância de salvamento animal. Um dos animais está em estado crítico e teve de ser estabilizado antes de serem encaminhados para um hospital veterinário.
Os dois animais têm o corpo coberto de uma massa pastosa, que será agora muito difícil de remover.

Segundo um requerimento do PCP para o Sr. Presidente da Assembleia da República, em 2009, deu-se conhecimento da existência de três locais onde foram depositados resíduos de
hidrocarbonetos em Corroios:

- "no antigo areeiro de J. Caetano, em Vale de Milhaços, numa depressão de terreno com cerca de O,5ha, transformada numa lagoa, encontram-se depositadas águas oleosas e outros resíduos de hidrocarbonetos";

- "na lagoa do antigo areeiro de Femando Branco em Sta Marta de Corroios, perto do cemitério municipal e a cerca de 400 metros do outro areeiro de Vale de Milhaços, encontra-se outra depressão com cerca de 350m2 preenchida com hidrocarbonetos";

- "e no poço da Quinta do Talaminho" foram despejados resíduos classificados como"naftas".

Segundo o mesmo documento, pode ler-se que "estes despejos foram denunciados junto das entidades competentes e foi dado conhecimento ao então Secretário de Estado do Ambiente, Sr. Eng. José Sócrates, a 28 de Maio de 2006, pela Câmara Municipal do Seixal" que "teve oportunidade de visitar o local, onde ficou decidido a resolução da questão."

"A 12 de Outubro de 1997 iniciou a extracção parcial dos resíduos de hidrocarbonetos na lagoa em Santa Marta de Corroios, executada pela empresa Quimitécnica e acompanhada pela DRARN/LVT, tendo sido interrompida no final de Outubro/inicio de Novembro de 1997, não voltando a ser retomada. Hoje, parte dos resíduos já se encontra soterrada."

E de 1997, até 2023 nada foi feito?

"Esteve também previsto intervenção na Quinta do Talaminho, mas não chegou a realizar-se."

Por aqui podemos ver que já havia conhecimento da parte da Câmara, dos partidos e do próprio governo desta situação, pelo menos desde 2005, pelo que já terá havido tempo mais do que suficiente para se fazer alguma coisa. De certo, outros animais já terão perdido a vida ali e quem sabe o que estará escondido naqueles locais.

Na ata 11/2018, de 30 de maio, pode ler-se que "a defesa do ambiente, nas suas múltiplas componentes, constitui um eixo estruturante da nossa ação." No entanto, nesta ata e após se referirem os vários passos positivos na defesa e proteção do ambiente, também se trocam acusações sobre o que há ainda a fazer em relação à Siderurgia Nacional em Paio Pires e às lagoas de hidrocarboretos em Corroios, entre outros aspetos que são discriminados como estando ainda a aguardar soluções. O assunto estava aqui em debate, mas em todo o caso ainda hoje não se encontra de todo resolvido.

Fontes:

https://www.noticiasaominuto.com/pais/2308315/caes-resgatados-de-areias-movedicas-em-corroios-um-em-estado-critico

https://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063484d364c793968636d356c6443397a6158526c637939595355786c5a79394562324e31625756756447397a554756795a3356756447467a556d5678645756796157316c626e527663793878553077764e6a41334e3245314f5759744d7a466b4f4330304d6a5a694c546b30595745744f4459314e6d49304f575a6b4e4755354c6e426b5a673d3d&fich=6077a59f-31d8-426b-94aa-8656b49fd4e9.pdf&Inline=true

https://www.cm-seixal.pt/sites/default/files/editais/11_ata_rc_30maio2018.pdf

 

 

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publicado às 23:47

Caminhando

por Elsa Filipe, em 10.12.21

Passou algum tempo desde a minha última caminhada matinal. As dores não me têem permitido sair da cama de forma fácil o suficiente para me aventurar a sair de casa ainda de noite. Mas é algo que comecei a fazer com alguma frequência durante o último verão e que me ajuda a lidar com os meus próprios pensamentos. É ali, na solidão das manhãs, que organizo a minha mente e que defino os passos que vou dar nesse dia. Nem sempre sigo tudo à risca, porque muitas vezes perco a coragem de tomar certas decisões, mas ajuda-me bastante.

Hoje foi mais um desses dias. A semana tem sido difícil. Preciso de avançar com decisões que me vão influenciar tanto a mim como a outras pessoas, e ainda não sei como o vou fazer. O que sei é que tenho de criar os meus planos e tenho de ir em frente sem estar sempre a pensar "e se?"

Hoje o passeio teve a particularidade de poder passar pela feira de Natal do Seixal, completamente deserta. Estava frio, uma borrasca irritante daquelas que penetra nos ossos, mas soube muito bem. Apesar das dores que sinto e que têm estado piores nestes dias, caminhar ajuda-me a ativar a circulação, a pôr os músculos a funcionar e a diminuir a rigidez tão típicas da fibro. 

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publicado às 19:02

Afetações e limitações de circulação

por Elsa Filipe, em 01.07.21

Os casos estão a aumentar muito no Seixal e em Sesimbra. Infelizmente, estas regiões têm sido notícia quase todos os dias, expondo-se as nossas gentes ao olhar inquiridor e maldoso de tanta gente.

Hoje em comunicado do Conselho de Ministros, Seixal e Sesimbra são aplicadas as medidas de Risco muito elevado, o que significa entre outras coisas que voltamos a estar confinados das 23h00m às 05h00m. Todas estas medidas são necessárias, embora me incomodem a mim como incomodam muita gente.

A minha vida pessoal não devia estar dependente das medidas anunciadas nas notícias, mas está. Preciso saber diariamente o que se espera de mim, dos meus comportamentos, para saber até onde posso levar as minhas liberdades. Se saio, se vou, se não vou... 

Mas eu tento cumprir as medidas, sempre, pensando em mim e nos outros. Não me sinto com medo, mas acho que se não cumprirmos, não estamos a respeitar o trabalho duro das equipas hospitalares. É tão difícil o seu trabalho.

 

Fontes:

https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/governo/comunicado-de-conselho-de-ministros?i=429

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publicado às 21:57

A luta não termina

por Elsa Filipe, em 26.06.21

Tem sido difícil passar com distinção por este maldito vírus, cumprindo tudo o que nos é imposto mais pela vontade de ajudar e ser parte da solução, do que por medidas e regras que na prática nem todos cumprem.

Esta semana, a turma do meu filho foi colocada em isolamento porque houve um caso positivo. Sou sincera quando afirmo que há muito aguardava que isto acontecesse e que se tivessem passado tantos meses até ao primeiro caso positivo. Aconteceu e ninguém teve culpa, nenhum de nós estava livre (ou está) de contrair e transmitir o vírus.

Estamos na reta final para acabar o ano letivo. Quando falta tão pouco, parece que a sensação é de uma injustiça ainda maior.  O sentimento é de apoio, de compreensão e de ajuda na tentativa de manter todas as crianças bem, naquilo que nos for possível, para que ainda possam regressar daqui a uns dias e se depedirem uns dos outros antes das férias de verão.

No próprio dia, assim que soube, fui comprar dois daqueles testes rápidos da farmácia e hoje o resultado do teste "oficial" confirmou que ele está negativo, e isso traz-nos esperança.

Principalmente, psicologicamente, está-me a afetar como mãe, pondo-me no lugar da mãe da criança que testou positivo. Se estou aflita com o meu e ele está otimo, como estará aquela família?

Eu estou a passar por isto com receio. Receio porque tenho de faltar a um trabalho que ainda há tão pouco tempo consegui, aflita de cada vez que penso que passados uns dias a comida vai começar a acabar e terei de sair de casa ou pedir a alguém que o faça por mim (posso, mas não me sinto confortável em o fazer, é um sentimento estranho, algo que me aprisiona e que não sei explicar).

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publicado às 18:49

Não é preciso andar muito para eu me encantar com determinados locais. Um deles, fica mesmo junto à minha casa e respira história em cada pedra e cada canteiro. Os passeios, são muitas vezes até ali, especialmente pela frescura dos seus jardins em dias de verão. Um local muito agradável que vos convido a visitar se por acasio passarem aqui pelo Seixal.

Junto à baía do Seixal, ainda no território da Arrentela, localiza-se a Quinta da Fidalga, cuja fundação remonta ao século XV. Esta quinta constitui um dos exemplos mais antigos e melhor preservados das quintas agrícolas e de recreio outrora existentes na região.

No Século XV pertenceria a Paulo da Gama, irmão de Vasco da Gama, que se estabeleceu no local para acompanhar a construção e reparação de caravelas num estaleiro localizado na atual Arrentela. 

Nos séculos XVII e XVIII está documentada a continuação da ligação à família Gama Lobo, da qual vários membros se destacaram no serviço régio, sobretudo enquanto secretários do Conselho da Fazenda.

Infelizmente em 1755, parte dos elementos construídos da quinta, terão sido destruídos. No século XVIII destacava-se pelos seus excelentes pomares de citrinos, ruas cobertas de árvores silvestres e parreiras em latadas. Dois poços equipados com noras forneciam água para a rega e para alimentar três fontes de embrechados.

Em 1952, o palacete e os arruamentos da quinta registaram várias intervenções dirigidas pelo arquiteto Raul Lino, destacando-se os azulejos, de várias épocas dispostos por diversos pontos dos jardins.

Em pleno século XX, durante o Estado Novo, Salazar fez diversas visitas a esta quinta a convite dos seus proprietários.

Em 1997 é finalmente feita a sua aquisição pela Câmara Municipal do Seixal e em 2001 abre ao público.

Na Quinta ainda hoje podemos er a sua explendorosa arquitetura, que se distingue-se também pelo lago de maré, que constitui um monumento raro ou quase único na arquitetura hidráulica portuguesa. Este lago tem estado bastante poluído, com falta de manutenção o que é uma pena. Este lago proporcionava aos moradores e visitantes da época, pescarias de "salão".

Aproveitando a proximidade da baía e com a ajuda de um sistema de comportas, era cheio com água salgada. No concelho do Seixal, eram três, sendo este o mais importante com 30 metros de comprimento, 20 de largura e 3 de profundidade. À volta, é cercado por um gradeamento em ferro forjado e com bancos revestidos a azulejos. Junto ao lago existe também um pequeno miradouro sobre a baía e do qual se alcança Lisboa e Barreiro.

O jardim era utilizado para a prática do jogo da bola ou da pela, com uma estrutura apropriada, ainda visível. Possui ainda uma capela que foi integrada no palacete em meados do século XX em substituição de outra mais antiga. As paredes interiores estão revestidas de azulejos do século XVIII e de reproduções também deste período.

 

Fontes:

https://www.cm-seixal.pt/equipamento/quinta-da-fidalga

http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=10414

 

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publicado às 19:10

Um passeio pelo Seixal

por Elsa Filipe, em 19.07.20

O que o desconfinamento de verão nos trouxe de bom, foi o podermos regressar às nossas caminhadas. Embora, sigamos sempre de máscara, podemos apanhar um pouco de sol e observar o que nos rodeia. Adoro passear pelas ruas do Seixal, a observar as casas, a tentar perceber a história do local.

Os barcos no rio indicam proveniencias diversas e contam cada um deles uma história.

A placa da antiga Farmácia Soromenho Pinto (antes de uma farmácia gerida por familiares meus que não conheci), está agora bem cuidada e visível, dentro de um mini mercado.

A fonte no largo de Camões e até as antigas casas, algumas abandonadas outras já recuperadas, contam a história de quem ali viveu.

No nosso passeio de hoje, entramos pelo portão da Mundet e redescobrimos a escola de música e outros edifícios, as fontes, pilares e caminhos que exploramos tentando descobrir o que foram em tempos. A zona da fábrica é interessante de ser vista, assim como o Ecomuseu mas hoje a nossa visita não passou por lá. As fotos que tiramos mostram um pouco das estruturas que lá podemos encontrar e servem para vos convidar a uma visita.

Subimos em direção ao Parque Urbano do Seixal, fomos ao miradouro e descobrimos uma vista maravilhosa lá de cima. Depois, lá descansamos um pouco nas mesas de piquenique, onde várias familias comiam ou brincavam.

Esta é a vista que temos do Miradouro do Seixal:

Eu e o Martim tiramos as máscaras apenas quando não vemos ninguém por perto, de resto estamos sempre com as máscaras, seja ou não obrigatório. Como não é proibido, eu prefiro utilizar. Mas são tantas as caras que vemos sem máscara, é tão estranho, será que nós é que somos demasiado receosos?

O regresso fizemos pela estrada junto à biblioteca e pela Câmara. Ali alguns caminhos poderiam ser arranjados e em vez de mato junto à biblioteca poderia-se completar a Quinta dos Franceses e dar um ar mais agradável ao espaço, que parece uma obra por acabar.

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publicado às 18:03

Casos COVID preocupam

por Elsa Filipe, em 06.04.20

O Conselho Nacional de Saúde, reuniu hoje, extraordinariamente, para dar o seu aval à retoma de algumas actividades e à reabertura das escolas. Este órgão de consulta do Governo na definição de políticas de saúde de apoio ao Ministério da Saúde, de acordo com as suas competências analisou a evolução da pandemia COVID-19 e considerou que a informação que dispõe é insuficiente para uma proposta fundamentada quanto às melhores opções de resposta à epidemia em Portugal, nomeadamente no que respeita à abertura das escolas, ou seja, parece que nos vamos manter em casa.

Tem sido complicado lidar com as notícias que vão dando conta do significativo aumento dos casos Covid. Há zonas do país que têm sido mais afetadas do que outras. Mas ainda existem pessoas muito (mas quando digo muito, é mesmo MUITO) descuidadas e que devem achar, quer-me parecer, que isto é uma brincadeira. Basta ver os gráficos com os números a subir e, olhar ao redor para ver a falta de cuidado, ler as publicações de algumas pessoas no Facebook ou ouvir alguns comentadores na televisão.

No sábado, o boletim epeidemiológico dava conta de 1075 pessoas internadas, 251 dessas nos cuidados intensivos (mais seis que na sexta-feira), e 75 pessoas recuperadas, mais sete que no dia anterior. 

No domingo, o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), dava conta de 1084 pessoas internadas, 267 dessas nos cuidados intensivos, e 75 pessoas recuperadas. Há 4962 pessoas a aguardar resultado laboratorial e 23.209 estão sob vigilância das autoridades de saúde.

Os números são sempre sobre as 24 horas anteriores, por isso, estamos a correr contra o prejuízo. As maiores cidades são as que apresentam os valores mais altos - o que é natural, devido à densidade populacional - mas casos como aqui o Seixal, que está com valores acima dos 100 casos, também são preocupantes. As deslocações da população que continua a ter de ir trabalhar é um dos fatores a considerar, mas outro é a falta de cuidados em encontros e festas. 

Dá a ideia que é cada um por si e que há pessoas que só pensam no seu umbigo. A mim, também me custa estar em casa, porque apesar de continuar a trabalhar, não faço ideia sequer se vou ser ressercida das horas que estou a fazer, muitas vezes, bem mais do que se estivesse no meu local de trabalho. Mas para já a minha segurança e a do meu filho estão em primeiro lugar, por isso, enquanto conseguir, fico em casa.

 

Fontes:

https://www.dn.pt/pais/-veja-o-numero-de-casos-de-covid-19-que-ha-em-cada-concelho-de-portugal-12030739.html

 

 

 

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publicado às 17:58


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