Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


A situação crítica que se vive na Siria

por Elsa Filipe, em 02.12.24

No passado sábado, "jatos russos e sírios bombardearam" várias cidades na província de Idlib, que havia caído "sob controle rebelde." Na véspera, a região tinha sido invadida por insurgentes, o que acabou por forçar o "Exército a se remobilizar, no maior desafio ao presidente Bashar al-Assad em anos." De acordo com o exército sírio, dezenas de soldados "foram mortos no ataque."

Idlib é um enclave sob o "domínio dos rebeldes perto da fronteira com a Turquia, onde cerca de quatro milhões de pessoas vivem em tendas e moradias improvisadas."

No dia 1 de dezembro, domingo, forças russas e sírias atacaram diretamente a cidade de Idlib, conseguindo recapturar várias das "cidades que tinham sido invadidas nos últimos dias por rebeldes." Num ataque aéreo, os soldados russos "atingiram a praça junto à Universidade de Alep, matando pelo menos cinco pessoas."

Estes rebeldes são uma coligação secular entre grupos armados "apoiados pela Turquia,"e o grupo islâmico "Hyat Tahrir al Sham." A situação que se vivia este domingo em Alepo, fez com que as ruas da cidade estivessem desertas. Muitos civis escolheram já deixar a cidade, receando o agravamento da situação. Os rebeldes terão entretanto capturado "a cidade de Khansir," numa tentativa de "cortar a principal rota" de fornecimento de material ao exército. Esta ofensiva que teve início na passada quarta-feira já fez mais de 300 vítimas mortais, entre civis, militares e rebeldes.

Fontes:

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/jatos-russos-e-sirios-bombardeiam-norte-da-siria-apos-ofensiva-de-rebeldes/

https://www.jn.pt/6186843720/cinco-mortos-em-ataque-russo-perto-da-universidade-de-alepo/

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:56

O ocidente assinalou esta semana 1000 dias de conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas a verdade é que se perguntássemos a um ucrâniano, esse número seria muito superior. O momento da invasão da Ucrânia pela Rússia deu-se no dia 24 de fevereiro de 2022, mas as tropas russas há muito que se aproximavam das fronteiras daquele país.

Estes dois países "compartilham diversos laços históricos, políticos e culturais e inclusive fizeram parte de uma mesma nação, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), uma das principais potências do século XX, que se fragmentou em diversas repúblicas." Em 1991 a Ucrânia ganha a sua própria independência, mas o novo país quer mais e torna o afastamento à Rússia e a aproximação à União Europeia e à NATO (Tratado do Atlântico Norte), como um dos objetivos a conseguir.

Esta tentativa de aproximação que a Ucrânia tem feito ao Ocidente, de há cerca de trinta anos para cá, desde sempre foi considerada pela Rússia "como uma ameaça à sua soberania" e pode ser apontada como uma das principais causas do conflito entre os dois países. Em 2014, a Rússia "invadiu a Península da Crimeia, parte integrante do território ucraniano," com o "pretexto de proteger os russos nativos que habitam essa região." A região do Donbas, situada no leste da Ucrânia, tem também sofrido com "conflitos separatistas ao longo dos últimos anos."

Apenas quatro dias depois da invasão russa, que ocorreu a 22 de fevereiro de 2022, a Ucrânia, "visando ao apoio político e económico das potências europeias, realizou o pedido oficial para ingressar na União Europeia." A Rússia consegue tomar Kherson a sul, alguns dias depois. Esta cidade é "considerada estratégica pelos dois lados do conflito" devido à sua localização geográfica na foz do rio Dnieper. Entretanto, logo nos primeiros dias de conflito foram milhares as pessoas que abandonaram as suas casas e tentaram sair do território, pedindo asilo um pouco por toda a Europa. Países como a Polónia, a Hungria, a Eslováquia, a Roménia e a Moldova foram os que maior número de refugiados receberam, embora toda a Europa tenha reunido esforços para aceitar a chegada de refugiados, na sua maioria mulheres e crianças e de os apoiar com habitação, alimentação, vestuário e educação.

Segue-se a queda de Mariupol, outra "cidade estratégica, localizada nas margens do mar de Azov" a sudeste, onde se registou aquele que pode ser considerado como "um dos mais sangrentos conflitos" desta guerra, com um elevado "número de civis mortos" às mãos das forças russas.

A 2 de abril de 2022 a Ucrânia consegue recuperar Kiev, aproveitando-se "das dificuldades encontradas pela Rússia" e da consequente mudança "de foco do conflito para o leste ucraniano," onde se localiza província de Lugansk que acabaria nas mãos da Rússia a 3 de julho desse ano, "consagrando assim o objetivo desse país em concentrar seus esforços de guerra na porção leste do território ucraniano."

A 30 de setembro de 2022 é finalmente formalizado pela Ucrânia o pedido de entrada na NATO, "visando a um apoio militar efetivo da Organização do Tratado do Atlântico Norte. A Rússia nunca deixou de ameaçar que, caso a Ucrânia fosse ajudada por países pertencentes à NATO, estes países estariam sob mira de ataques russos, inclusivé de ataques com mísseis nucleares. E esse fator sempre serviu para que o apoio à Ucrânia fosse feito usando pinças, de forma a evitar que o conflito escalasse e se alargasse a outros territórios. A 5 de outubro de 2022, a Rússia procede à anexação ilegal e não reconhecida das províncias "de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia."

Um "cessar-fogo de 36 horas entre o meio-dia de 6 de Janeiro e a meia-noite de 7 de Janeiro, coincidindo com a celebração do Natal cristão ortodoxo," é permitido pela Rússia, mas poucos dias depois, a 13 de janeiro de 2023, a Rússia reclama a conquista de Soledar, "alegando ter provocado mais de 500 baixas nas forças de Kiev." Por seu lado, a Ucrânia admitiu uma “situação difícil” na defesa desta localidade, "mas continua sem admitir tê-la perdido para os invasores." Apesar de não haver registo de mortos ou feridos, a verdade é que nas "horas que antecederam o início do cessar-fogo, vários mísseis atingiram um prédio residencial na cidade ucraniana de Kramatorsk, perto da linha de frente oriental, danificando 14 casas." 

Ainda durante o mês de janeiro, a Alemanha anuncia "finalmente o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, depois de ter autorizado os países aliados a reexportar os veículos de fabrico alemão, e após dias de pressão, com este tema em cima da mesa." A caminho da Ucrânia estariam catorze veículos "Leopard 2."

Em fevereiro de 2023, quase um ano volvido, realiza-se "em Kiev a cimeira UE-Ucrânia para discutir as reformas necessárias para a adesão da Ucrânia ao bloco europeu." Além dos "tanques Leopard 2, de fabrico alemão," já enviados por Berlim, encontram-se também a caminho de Kiev, "os Challenger 2 britânicos" e trinta e um "Abrams norte-americanos," embora os "pedidos de aviões de guerra, em particular os caças F-16" ainda não tivessem sido atendidos. Quanto a Portugal, iria decidir nos dias seguintes sobre o envio dos Leopard 2 solicitados por Zelensky.

Dias depois das eleições que deram a Trump a vitória, Joe Biden, ainda presidente dos EUA, fez uma declaração em que dizia autorizar a Ucrânia a usar armamento americano para atacar alvos russos em território do invasor. Ou seja, a Ucrânia passou a dispor de uma melhor e mais avançada força bélica para usar contra alvos dentro das fronteiras russas, em vez de a usar apenas como defesa do seu próprio território. Esta mudança de paradigma trouxe logo uma resposta russa, com Vladimir Putin a voltar às ameaças, garantindo que iria atacar quem fosse o proprietário das armas e não apenas quem as usasse.

A 21 de novembro de 2024, a Rússia lança um míssil balístico "de alcance intermédio, capaz de transportar uma ogiva nuclear", o Oreshnik, "contra um alvo militar na cidade ucraniana de Dniepropetrovsk." Este ataque vem na "sequência das autorizações dos Estados Unidos e do Reino Unido para que as Forças Armadas ucranianas usem mísseis de longo alcance ATACMS e Storm Shadow, respectivamente, para atingir alvos militares dentro do território russo." O 
governo russo acusou ainda a "nova base militar dos EUA na Polónia," a qual foi inaugurada no passado dia 13, como sendo "mais um passo extremamente provocador numa série de acções profundamente desestabilizadoras por parte dos norte-americanos e dos seus aliados da NATO”. Esta base de defesa antimísseis de Redzikowo, na Polónia, há muito que foi incluída na lista de alvos prioritários” da Federação Russa “para possível destruição”.

Fontes:

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/tensao-entre-russia-e-ucrania.htm

https://www.publico.pt/2022/02/24/infografia/russia-invade-ucrania-guia-visual-entender-guerra-661#id44

https://www.publico.pt/2024/11/21/mundo/noticia/kiev-russia-disparou-missil-intercontinental-ucrania-2112767

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 23:42

Armas dos EUA já atingiram a Rússia

por Elsa Filipe, em 19.11.24

No passado domingo, Joe Biden, levantou as restrições impostas ao uso de armamento dos EUA pela Ucrânia, permitindo assim que o país pudesse utilizar mísseis de fabrico americano contra território russo. Foram assim utilizados "mísseis balísticos ATACMS," de fabrico norte-americano, tendo o alvo - "um armazém de munições em Karachev, na região russa de Bryansk" - sido atingido com sucesso. Este depósito seria "utilizado para armazenar bombas e munições, incluindo as fornecidas pela Coreia do Norte."

A Ucrânia pode a partir de agora atingir importantes bases aéreas, instalações militares e bases logísticas russas.

Este ataque ucraniano, segue-se então a, momentos antes, Putin ter assinado "um decreto para autorizar o uso alargado de armas nucleares em caso de ataque."

Esta decisão de Biden, depois do seu partido ter perdido as eleições e num momento delicado do conflito em que se assinalam 1000 dias de guerra, vem neste momento mudar a panorâmica do conflito. Se é verdade que a Ucrânia deve ter todo o direito de se defender perante o inimigo que a invade, matando os seus cidadãos de forma indiscriminada e destruindo habitações e infraestruturas, também não deixa de ser verdade que Putin sempre colocou a ameaça nuclear como travão para evitar o apoio de outros países à Ucrânia.

O que mudou agora, para que essa ameaça deixasse de ser tida em conta pelos EUA, avançando com esta decisão? E a decisão foi devidamente debatida pela NATO ou foi uma decisão tomada apenas pela presidência de Biden, sem esquecer que estamos apenas a algumas semanas da passagem de poder para Trump.

Que interferência terá tido o acordo feito entre a Coreia do Norte e a Rússia para esta decisão dos EUA? Estima-se que existam já cerca de "12000 soldados norte-coreanos envolvidos em combates de pequena escala na Ucrânia," e que "tanto Moscovo como Pyongyang, são potências nucleares."

Fontes:

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2673060/forcas-ucranianas-dizem-ter-atacado-russia-com-1-missil-norte-americano

https://pt.euronews.com/2024/11/12/coreia-do-norte-conclui-pacto-historico-de-defesa-com-a-russia

https://pt.euronews.com/2024/11/19/russia-confirma-primeiro-ataque-ucraniano-com-misseis-de-longo-alcance

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:58

A guerra continua a matar

por Elsa Filipe, em 04.09.24

Passam os dias e os homem continuam em guerra...

Começa um novo ano escolar, os alunos, de olhos ávidos por aprender, trazem um cantinho escuro no seu pensamento, um cantinho onde estão aquelas imagens com que tantas vezes são bombardeados nos noticiários televisivos. Imagens de meninos como eles, desesperados depois de mais um ataque, imagens de crianças feridas, de crianças mortas.

Começamos a ficar cada vez mais habituados a este estado de "naturalidade". Estão-se todos a matar uns aos outros e... isso é "normal", "sempre foi assim", "já vem de trás..."

Mas onde é que nós andamos com cabeça para acharmos que isto é natural?

Esta manhã, em Lviv, um ataque russo matou sete pessoas, das quais três eram menores. E ontem, num outro bombardeamento, a Rússia tinha já atingido "o Instituto Militar de Comunicações da cidade de Poltava, no centro da Ucrânia," matando "pelo menos 51 pessoas" e causando "271 feridos, de acordo com a última contagem oficial."

Em Gaza, onde outro conflito parece não ter fim à vista, muitos dos refugiados a norte "recorrem às escolas como espaços de abrigo, enquanto no sul a grande maioria" está na zona das tendas humanitárias, "estabelecida pelas forças armadas ao longo da costa." Infelizmente, são estas mesmas escolas e estes mesmos acampamentos os alvos de muitos dos bombardeamentos com que Israel atinge a população, tal como sucedeu no passado domingo, havendo a lamentar a morte de "seis palestinianos" como resultado do bombardeamento a mais "uma escola na cidade de Gaza." E sem esquecer que, também nesta zona, está a decorrer por estes dias uma campanha de vacinação contra a poliomielite - uma grave doença que paralisa e mata bebés e crianças - e que em muitos países já tinha sido erradicada. Infelizemente a guerra também traz com ela estas coisas...

E poderia aqui elencar tantos e tantos destes ataques... e tantas e tantas razões para estar contra o uso de população civil como escudo humanos para proteger líderes e combatentes do Hamas... e tantas outras razões para que este estúpido conflito acabasse já. Mas resta-me apenas continuar a escrever sobre isto, sabendo que nada mais posso fazer.

Fontes:

https://www.dn.pt/4830395720/pelo-menos-sete-mortos-incluindo-tres-criancas-em-ataque-russo-a-lviv/

https://expresso.pt/internacional/medio-oriente/guerra-israel-hamas/2024-09-01-seis-palestinianos-mortos-em-ataque-israelita-a-escola-em-gaza-bd99a565

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:48

Massacre em Beslan... 20 anos depois

por Elsa Filipe, em 01.09.24

Passaram já 20 anos desde que um grupo terrorista atacou uma escola em Beslan, na Ossétia do Norte, na Rússia.

O ataque começou precisamente a 1 de setembro de 2004, no dia da abertura oficial do ano escolar, com o rapto de mais de 1100 pessoas (das quais, quase 800 eram crianças).

Os raptores eram um "grupo de militantes islâmicos armados, composto principalmente por inguches e chechenos,", ou seja, mais especificamente por "membros do batalhão Ryadus-Salikhin" os quais teriam "sido enviados e instruídos pelo senhor da guerra tchetcheno Shamil Basayev que daquele modo exigia o reconhecimento da independência da Tchetchenia por parte das Nações Unidas e a retirada das tropas russas do seu território."

Às 9h30 da manhã, um grupo de terroristas, invadiu a escola de forma violenta, fazendo reféns todos os que lá se encontravam, entre crianças e jovens, familiares e professores. Os mais novos teriam seis, sete anos. Apenas cinquenta conseguiram escapar, na confusão inicial que se gerou,tendo os restantes passado por "três dias de inferno no ginásio da escola, sob ameaça constante de explosivos, e num calor sufocante."

"Às 10h, os assaltantes começaram a armadilhar com explosivos o ginásio e outros edifícios da escola. Às 10h20, o Presidente russo, Vladimir Putin, cancela as suas férias em Sochi e regressa a Moscovo."

Aos reféns, apesar do calor, foi-lhes recusada qualquer água ou comida.

"As crianças passaram por situações dramáticas e foram obrigadas" a coabitar com os corpos de 20 pessoas que "os terroristas mataram para marcar a sua posição e evitar uma revolta."

"Depois de falhadas todas as tentativas de negociação, a 3 de setembro, as autoridades lançam um assalto à escola" provocando a morte de 334 pessoas que ainda se encontravam lá dentro, entre as quais 186 crianças. As mortes deveram-se aos combates entre as forças russas e os terroristas, o que levou a uma brutal explosão no ginásio onde se encontravam os reféns.

"O assalto à escola de Beslan acabou por ser classificado como o ato de terrorismo mais sangrento levado a cabo em solo russo desde que a Tchetchenia tinha sido declarada independente, em 1991."

Fontes:

https://pt.euronews.com/2014/09/01/relembrar-o-massacre-na-escola-de-beslan-dez-anos-depois

https://expresso.pt/internacional/massacre-de-beslan-foi-o-pior-assalto-a-escolas-mas-nao-o-unico=f902839

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 23:08

Dia Mundial da Ajuda Humanitária

por Elsa Filipe, em 19.08.24

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, uma data tão importante quando relevante e necessária, criada "em memória das 22 vitimas do atentado à Nações Unidas em Bagdade, no Iraque." A data foi criada exatamente com o intuito de celebrar o trabalho de todos aqueles que "ao serviço dos outros e na defesa de causas humanitárias, arriscam as suas vidas na frente de combate, muitas vezes, em cenários inóspitos de guerra."

Em ocasião desta data, refere a OMS que, desde o início do conflito, os "serviços de saúde da Ucrânia sofreram 1940 ataques", naquele que é já o maior número "registado durante uma crise humanitária." Na prática, destes ataques resultou a destruição de cerca de 200 ambulâncias por ano devido a ataques russos na Ucrânia. O grande problema está também naquilo que é chamado de "duplo ataque", em que "um bombardeamento inicial é seguido de um segundo bombardeamento, destinado a matar as equipas de socorro que acorrem em auxílio das vítimas do primeiro." Algo que não pode de forma nenhuma ser tolerado!

Pelo mundo, a OMS acode anualmente a diferentes crises humanitárias, provocadas não só pos conflitos armados, mas também por catástrofes naturais. Os mais afetados são sobretudo as populações mais pobres, e as faixas mais suscetíveis das populaçoes continuam a ser as crianças e os idosos.

Uma das situações mais graves é, sem dúvida, o que se passa na fronteira sudanese, com "aproximadamente 13 milhões de pessoas" deslocadas. Cerca de 800 mil pessoas estão isoladas no Darfur, sem acesso a comida e "sem serviços essenciais."

Fontes:

https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-mundial-da-ajuda-humanitaria

https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/oms-contabiliza-1-940-ataques-a-servicos-de_66c3639bcbcd6f42659d0e5b

https://news.un.org/pt/story/2024/07/1834601

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:27

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou imagens captadas pelos seus bombardeiros nucleares TU-95, "pertencentes às Forças Aeroespaciais Russas, e bombardeiros estratégicos H-6, da Força Aérea Chinesa, acompanhados por aeronaves," interceptados ontem por caças dos Estados Unidos e do Canadá perto do Alasca, enquanto participavam numa operação de patrulha conjunta com a China. O Alasca é "o Estado mais ocidental dos EUA," mas as "aeronaves permaneceram no espaço aéreo internacional, sem entrarem no espaço aéreo dos Estados Unidos ou do Canadá."

Estas "aeronaves militares russas e chinesas realizaram patrulhas aéreas conjuntas sobre as águas dos mares de Chukchi, Bering e no Pacífico Norte. Mas Moscovo sublinhou que foram cumpridas todas as disposições do direito internacional e que não houve violação do espaço aéreo de países estrangeiros." As autoridades russas, informaram ainda que nenhum avião envolvido no encontro foi abatido. Estas aeronaves foram avistadas a atuar em conjunto pela primeira vez. "O Ministério da Defesa da Rússia disse que a missão conjunta durou mais de cinco horas e, durante o voo, foram escoltados por caças de países estrangeiros."

Estes patrulhamentos acontecem "menos de duas semanas depois de as forças navais da China e da Rússia terem iniciado um exercício militar conjunto." Este exercício teve início apenas dias depois de os aliados da NATO terem chamado Pequim de "facilitador decisivo" da guerra na Ucrânia. "Esta patrulha conjunta, a quarta entre os dois países desde 2021, está planeada de acordo com um calendário anual e com o acordo entre os dois países," e foi realizada "como parte do plano de cooperação militar russo-chinesa para 2024" e que não tem outros países como alvo.

No passado domingo, já tinha sido a vez dos russos interceptarem dois aviões militares norte-americanos, neste caso, "um par de bombardeiros estratégicos B-52H da Força Aérea dos EUA," que "estavam próximas da fronteira do país." 

Fontes:

https://www.poder360.com.br/poder-internacional/eua-e-canada-interceptam-avioes-russos-e-chineses-perto-do-alasca/

https://pt.euronews.com/2024/07/25/bombardeiros-da-china-e-da-russia-intercetados-perto-do-alasca

https://pt.euronews.com/2024/07/16/russia-e-china-juntas-em-novo-exercicio-militar

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:23

MH17 10 anos depois da tragédia

por Elsa Filipe, em 17.07.24

Passaram-se já 10 anos desde a queda do voo MH17, que levava 298 pessoas a bordo. O voo "tinha descolado dos Países Baixos, com destino a Kuala Lumpur," capital da Malásia. Poucas horas depois, "o Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido por um míssil de fabrico russo sobre um território ocupado por separatistas pró-russos."

Ninguém sobreviveu e, já em 2022, a "justiça dos Países Baixos condenou três homens a prisão perpétua pelo papel que desempenharam na tragédia, incluindo dois cidadãos russos, mas Moscovo sempre se recusou a extraditar os suspeitos." Embora Moscovo tenha sempre negado "qualquer envolvimento" e rejeite o veredicto do tribunal, investigadores internacionais chegaram mesmo a afirmar que "havia fortes indícios" de que o "Presidente russo Vladimir Putin tinha aprovado o fornecimento do míssil que abateu o avião."

Moscovo nega qualquer envolvimento e rejeita veementemente o veredicto do tribunal, descrevendo-o como "político e ultrajante".

No mesmo ano, já se tinha perdido outro voo da mesma companhia (e desse ainda pouco se sabe até aos dias de hoje).

Fontes:

https://www.jn.pt/7374207079/298-mortos-familiares-das-vitimas-do-voo-mh17-assinalam-dez-anos-com-pouca-esperanca/

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:48

Rússia ataca hospital pediátrico na Ucrânia

por Elsa Filipe, em 09.07.24

Apesar da Rússia negar "a autoria do ataque" e afirmar que "os estragos em Kiev foram provocados pelas defesas aéreas ucranianas", acho que já não existem dúvidas de que o ataque ao Hospital pediátrico de Kiev foi um ataque direto e planeado. Se tivesse sido um acidente já teria sido muito mau, mas saber que foi algo planeado, revolta-me ainda mais. O ataque com mísseis foi um dos maiores a atingir Kiev desde o início da guerra, ocorrendo em plena luz do dia.

O Hospital de terá sido atingido por "um míssil de cruzeiro KH101". No local são visíveis "civis, militares, voluntários, equipas de primeiros socorros, médicos do hospital e até de outros hospitais" que tentam encontrar "sobreviventes debaixo dos escombros." Os ataques russos de ontem mataram pelo menos "36 pessoas e feriram 150 em toda a Ucrânia," dos quais 10 mortos se registaram neste hospital, que ficou destruído a cerca de 60 ou 70% da sua estrutura. Ainda na capital, Kiev, outras áreas foram também "bombardeadas nesta ofensiva em grande escala: outro hospital e o bairro residencial de Lukyanovka."

Estes ataques ordenados por Moscovo, ocorreram pouco tempo "antes da cimeira da NATO em Washington, em que Zelensky deverá apelar aos aliados e em que pedirá mais sistemas de defesa Patriot." Foram lançados "40 mísseis de longo alcance," os quais "provocaram centenas de vítimas em Dnipro, em Sloviansk, em Kramatorsk e em Kryvyï Rig, a cidade natal de Zelensky."

Assim, este ataque terá sido um aviso ou uma retaliação contra os ataques que as forças ucranianas dirigiram "às linhas de abastecimento russas" e que deixaram as unidades russas "com carência de alimentos, água e munições"? 

Já em Kharkiv, "cinco civis, incluindo uma criança e um bebé, morreram quando o carro onde seguiam passou por cima de uma mina numa estrada florestal."

A Ucrânia não ficou de braços cruzados e já iniciou ações de retaliação.

Fontes:

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-07-08-video-ataque-a-hospital-pediatrico-na-ucrania-depois-do-choro-e-da-raiva-e-tempo-de-trabalhar-90db376c

https://expresso.pt/internacional/guerra-na-ucrania/2024-07-08-e-hora-de-negociar--o-que-o-ataque-a-um-hospital-pediatrico-ucraniano-diz-sobre-este-momento-do-conflito--dia-866-da-guerra--793ef41b

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-07-08-video-criancas-com-doencas-graves-esperam-horas-a-fio-na-rua-apos-ataque-russo-a-hospital-b984e23b

https://sicnoticias.pt/especiais/guerra-russia-ucrania/2024-07-08-ucrania-cinco-civis-mortos-incluindo-bebe-em-explosao-de-mina-na-regiao-de-kharkiv-c47aa185

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:27

A guerra continua... os inocentes morrem

por Elsa Filipe, em 07.07.24

A guerra continua... infelizmente, o fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia parece longe de terminar e, a população civil continua a ser atingida.

As acusações entre as duas forças são mútuas. Os russos acusam a Ucrânia de ter lançado drones contra "dois depósitos de combustível na região de Krasnodar, no sul da Rússia, perto da península anexa da Crimeia." Este ataque, terá também danificado "uma torre de telemóveis na cidade de Yeisk, no Mar de Azov."

O exército russo, "tem procurado penetrar nas linhas de defesa ucranianas no leste, para conquistar a parte do Donbass" que ainda não controla. No entanto, Moscovo afirma ter "libertado" (assumindo que o território lhe pertencia) "a aldeia de Sokil", que se localiza a "cerca de 30 quilómetros a noroeste da cidade de Donetsk."

No dia anterior, um ataque ucraniano com drones, contra a região de Krasnodar na Rússia, terá morto "uma criança" e ferido outras "cinco pessoas". De um lado e do outro, morrem inocentes, praticamente diariamente. Quando é que isto vai acabar?

Fontes:

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-07-06-russia-diz-ter-capturado-aldeia-na-regiao-de-donetsk-3bf7bc50

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-07-05-ataque-ucraniano-com-drones-faz-um-morto-e-cinco-feridos-na-russia-6222490f

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:01


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.



Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D