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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Esta tarde, um "homem de 25 anos esfaqueou várias pessoas," todos utentes de um "centro de tratamento de toxicodependência, localizado na freguesia de Almoster, Santarém." No ataque, conseguiu esfaquear três pessoas, e agredido fisicamente outras quatro. Um dos feridos ficou mesmo em estado grave. Houve ainda outra pessoa que se terá sentido "mal" ao assistir a este crime.
De acordo com um testemunho dado pela GNR, este homem terá sido expulso e ao ver-se nessa situação, terá dado início ao "ataque, usando uma faca de cozinha", com a qual conseguiu atingir várias pessoas.
O alerta para esta ocorrência terá ocorrido "pelas 14h35", tendo sido mobilizados para o local "32 operacionais" (entre elementos "da GNR, bombeiros e INEM"), 12 viaturas, veículos e um meio aéreo, "helicóptero do INEM (HeliSul) e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Vila Franca de Xira." Esta instituição, a Associação Picapau, "foi criada em 1993 com a missão de combater a toxicodependência, a pobreza e a exclusão social."
Fontes;
Ontem foi domingo e fomos "chamados" a votar.
O PSD ganhou 136 autarquias, enquanto o PS viu o número baixar para 127. Os socialistas perdem, por isso, presidência da Associação Nacional de Municípios," e da Associação Nacional de Freguesias. O PSD conseguiu vencer nas duas maiores câmaras do país (Lisboa e Porto), e conquista Beja pela primeira vez. O PSD conseguiu "1447 entre mais de três mil juntas de freguesia."
O PS venceu, em "cinco capitais de distrito - Coimbra, Faro, Viseu, Évora e Bragança. Conseguem manter Loures, Almada, Amadora e Matosinhos e recuperam Bragança, ao fim de 30 anos e ganha, pela primeira vez, Viseu. Os maus resultados conseguidos pelo PS na Madeira, levaram a que Paulo Cafôfo tivesse anunciado a sua demissão na sequência de ter perdido "uma das três presidências de câmaras municipais que detinha," (a Câmara Municipal da Ponta do Sol, na zona oeste da ilha da Madeira).
A CDU viu o número de presidentes de câmara reduzir "- de 19 para 12 - no número de vereadores, de 148 para 93, e no número de presidentes de junta de freguesia, de 112 para 97." A coligação teve "nestas eleições autárquicas o seu pior resultado de sempre," num declínio que tem vindo a acontecer desde 2013. As câmaras do Seixal e de Sesimbra continuam nas mãos da CDU, embora esta última tenha realmente tremido. Perdeu Setúbal, Évora e Serpa, entre outras.
No caso do CDS, houve um ligeiro aumento, passando das seis autarquias que já tinha e onde se incluiam Albergaria-a-Velha ou Ponte de Lima, para sete presidentes de câmara, tento ganho a câmara de Mêda em coligação com o PSD. Passa também de "41 para 44 presidentes de junta de freguesia, reduzindo no número de vereadores - de 31 para 28."
"O Chega, embora tenha conseguido - pela primeira vez - três câmaras (Albufeira, Entroncamento e São Vicente, na Madeira), não atingiu todos os objetivos a que se" tinha proposto. Estas eleições eram cruciais para se ver qual o impacto do partido no território nacional. Além das três câmaras conquistadas, ganhou ainda 13 juntas de freguesia, entre as quais a da Quinta do Conde, em Sesimbra. Nas últimas autárquicas tinha tinho apenas 19 vereadores, mas o número subiu agora para "137 vereadores." Esta subida pode ter várias leituras, mas uma coisa eu sei: houve muita gente a ficar em casa e a não ir votar deixando o destino da sua junta, da sua autarquia na mão dos outros! Apesar disso, a abstenção foi a mais baixa "neste tipo de eleições desde 2005, representando a maior participação em 20 anos." Neste caso, a "taxa de abstenção foi de 40,7% - mais de cinco pontos abaixo de 2021, quando a abstenção esteve nos 46,4%."
O LIVRE conseguiu apenas uma Câmara, embora tenha conseguido passar de "8 para mais de 50 autarcas." Jã o NÓS Cidadãos ganhou a Câmara de Belmonte. De destacar que foram 20, as câmaras municipais, a ficar nas mãos de Independentes.
Fontes:
https://rr.pt/noticia/politica/2025/10/13/abstencao-e-a-mais-baixa-em-autarquicas-em-20-anos/443581/
Domindo, 12 de outubro. Dia de eleições autárquicas. Vamos votar em três órgãos: Câmara Municipal. Junta de Freguesia e Assembleia Municipal. Vivemos em democracia, "um sistema político em que o poder está no povo" e esse poder "pode ser exercido de forma direta, através de participação popular direta em decisões, ou indiretamente, através de representantes eleitos." É isso que temos hoje de fazer. Ir às urnas e votar, dar a nossa opinião, mostrar com quem concordamos e em quem discordamos, mesmo que não seja totalmente. Quem queremos na frente da nossa autarquia, a dar a cara, a decidir, nos próximos 4 anos?
As primeiras eleições autárquicas realizaram-se em 1976, no mesmo ano em que se realizaram as primeiras eleições livres para a AR. Nas primeiras eleições autárquicas, o partido vencedor foi o Partido Socialista, "que conseguiu cerca de 33% dos votos, apesar de ter empatado com o Partido Popular Democrático (PPD) em número de presidentes de câmara: 115." Em 1976, tendo sido eleitos no total "304 presidentes de câmara municipais, 1 906 vereadores municipais, 5 130 deputados municipais, 4 035 presidentes de junta de freguesia (787 dos quais em plenário de cidadãos eleitores) e 26 286 membros de assembleias de freguesia."
Nas últimas eleições autárquicas, que se realizaram em 2021, "o PS venceu 147 municípios e o PSD 114" municípios.
Hoje, facto curioso, estão inscritos mais de "9,3 milhões de eleitores" para votar, dos quais, cerca "de 41 mil são cidadãos estrangeiros recenseados em Portugal." Dos 9,3 milhões, existem também "18.319" que "são eleitores estrangeiros da União Europeia (UE) e 22.799" que "são eleitores estrangeiros provenientes de fora da UE, em ambos os casos recenseados em território nacional. Em muitas autarquias, vão ver-se novas caras, não porque a mudança fosse desejada, mas porque quem estava no poder atingiu o limite de mandatos. São 89 os presidentes que saem "nestas autárquicas por terem chegado ao limite de três mandatos consecutivos na mesma autarquia," sendo que destes, "49 são socialistas, 21 social-democratas ou de coligações lideradas pelo PSD, 12 da CDU, três do CDS-PP e quatro independentes."
Durante a manhã, já fomos vendo as rádios e as televisões a entrevistarem os líderes dos vários partidos com assento parlamentar, enquanto estes fazem o dever cívico de ir votar, tentando assim ter algumas reacções e captar mais alguns detalhes sobre aquilo que, à partida, todos sabemos: cada um votará certamente no seu próprio partido e todos desejam, lá no fundo, que no fim, a contagem lhes dê a vitória. Mais do que quem fica a governar cada Câmarra Municipal, quer-se saber quais as cores com que o país será pintado e, far-se-ão inúmeras comparações noite dentro.
Ao votar, cada eleitor irá receber três boletins: um verde, para a câmara municipal, um amarelo, para a assembleia municipal e um branco, para a assembleia de freguesia. Três órgãos distintos mas que trabalham em articulação no dia a dia de cada município. Acredito que hoje, se vá votar mais pela pessoa, pelo efetivo que se conhece ou contra aquele que achamos que já ali não faz nada, e não pela cor partidária.
Uma outra curiosidade, é que este ano, foram repostas "302 freguesias" que tinham sido "extintas na reforma administrativa de 2013, num processo que desagrega 135 uniões de freguesia. O país passa assim a ter 3.258 freguesias." De todos os concelhos, o "Corvo é o único concelho sem junta de freguesia, sendo as suas competências assumidas pela câmara municipal." E sabiam que em "37 freguesias" do país se irá "escolher o executivo em plenários de cidadãos, por terem menos de 150 votantes"?
Fontes:
https://www.rtp.pt/noticias/politica/dia-de-eleicoes-autarquicas-ao-minuto_e1690256
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_aut%C3%A1rquicas_portuguesas_de_1976
O movimento começou a ser mais conhecido aquando da participação dos portugueses Mariana Mortágua (deputada da Assembleia da República), Sofia Aparício (manequim e atriz), Miguel Duarte e Diogo Chaves, que se juntaram a ativistas de outras quarenta nacionalidades numa viagem com destino a Gaza, onde pretendiam entregar ajuda humanitária e contestar o bloqueio israelita sobre o território palestiniano. Este grupo de barcos que viajou em direção a Gaza, não foi o primeiro a tentá-lo, tendo havido já situações que resultaram em mortes de ativistas.
Desde logo, é de realçar as intenções mediáticas que um transporte por terra não causaria - a intenção também era desde logo marcar uma posição! A ativista sueca Greta Thunberg faz também parte desta missão. A ajuda humanitária, essa não seria assim de grande volume - sendo divergentes as opiniões sobre as quantidades transportadas a bordo - mas fosse o que fosse, seria sempre mais o valor mediático da viagem do que o da própria ajuda em si, mostrando que Israel não permite que se entre na região nem para ajudar quem passa fome. A questão aqui é muito mais complexa. Uma das opiniões é a de que Israel não permitindo que civis ali entrem serve primeiramente como proteção aos próprios, uma vez que aquela é uma zona de guerra. Outras opiniões dizem que este encerramento de fronteiras leva ao agravamento da fome, ao isolamento da população palestiniana e ao seu genocídio. A própria declaração de genocídio não foi ainda aceito por todos os estados da mesma forma.
Composta por mais de 50 embarcações e cerca de 500 pessoas a bordo, a flotinha partiu de Barcelona, tendo sofrido vários contratempos que obrigaram a paragens forçadas, começando por terem tido todos de regressar à costa espanhola devido a condições meteorológicas adversas. Devido ao mau tempo que se fez sentir no Mediterrâneo, "cinco dos barcos mais pequenos," acabaram mesmo por não seguir viagem, "por causa das condições do mar." Dias depois, algumas das embarcações chegaram mesmo a ser atacadas por drones.
A 28 de setembro saíram de Creta, mesmo sendo avisados da perigosidade de prosseguirem a viagem. A deputada Mariana Mortágua chegou a dizer, na aproximação ao destino que "o sentimento" era o "de missão mais próxima de ser cumprida e de sucesso na parte em que foi possível pressionar os governos para garantir que a missão chegava até aqui." O facto de se aproximarem de Gaza, levantava agora mais riscos, uma vez que começavam a "entrar em águas que Israel declarou exclusivas." Vários navios começavam então a rodear a flotilha. O governo chegou mesmo a aconselhar que regressassem, uma vez que a posição que queriam mostrar estava alcançada. Itália aconselhou o mesmo, acompanhando até àquela posição os barcos, numa forma de os proteger, mas avisando que a partir daquele ponto já estariam por sua conta se decidissem avançar, sugerindo até que poderiam "entregar a ajuda humanitária noutro lugar que não Gaza."
Semelhantes avisos vieram de Espanha.
Apesar dos avisos e de já estarem sob mira de Israel, decidem prosseguir viagem, avisando que só parariam em Gaza e, é na saída da segurança das águas internacionais que "o exército israelita interveio, detendo a maioria dos ativistas, entre eles os quatro portugueses que se sabe que seguiam a bordo."
No momento em que Mariana Mortágua (coordenadora do Bloco de Esquerda) fazia declarações para a RTP, foi-lhe mandado que atirasse o telemóvel à água assim como a todos os que estavam a bordo. Além desta, outras 12 "embarcações da flotilha foram intercetadas pela Marinha do Estado hebraico. Uma delas terá sido mesmo abalroada em águas internacionais, de acordo com a Flotilha Global Sumud." Mortágua havia ainda conseguido gravar um vídeo, que publicou nas redes sociais, em que apelava "para que os portugueses" se mobilizassem e pressionassem "o Governo português a agir."
De acordo com Paulo Rangel (MNE), todos os que foram detidos estão em segurança e irão estar na presença de um representante da embaixada portuguesa em Telaviv. Paulo Rangel referiu também, que já era esperada esta intervenção israelita, uma vez que "a flotilha saiu das águas internacionais," e que tinha existido sempre um acompanhamento da parte do Estado portuguêsm, dando como exemplo Tunes e explicando que, a intervenção militar, seria desproporcional.
No entanto, apesar do apoio que Portugal está a dar através da embaixada, "as diligências poderão atrasar-se por estas detenções terem ocorrido num período de festividades em Israel, durante as quais os serviços estão parados."
Entretanto, em várias cidades europeias, sucedem-se manifestações que pedem a libertação dos ativistas e voltam a exigir o fim do genocídio em Gaza. Qual é a sua opinião? Existe ou não um genocídio? E não existirá também noutros locais dos quais pouco se fala?
Fontes:
Celebra-se hoje a Paz!
Era tão bom que fosse uma realidade, mas infelizmente, parece que estamos cada vez mais perto do alargamento da guerra e a uma distância cada vez maior da tão desejada paz. "Este Dia foi estabelecido em 1981 e proclamado na Resolução 55/282, adotada na Assembleia Geral da ONU a 28 de setembro de 2001."
Nesta data, tenta-se assinalar o desafio internacional pela paz "através da observação de 24 horas de não-violência e de cessar-fogo em todo o mundo." Este ano, acrescenta-se uma outra iniciativa, simbólica, em que se juntam o "Centro Regional de Informação das Nações Unidas para a Europa Ocidental (UNRIC)", a "UNICEF Portugal" e um "grupo de personalidades públicas", que concretizam a "iniciativa #JanelaBrancaPelaPaz" em que se desafiam "todas as pessoas e entidades a decorarem, nesse dia, a sua janela com uma peça branca para evocar a importância da Paz e para mostrar a sua solidariedade para com todos os que vivem em situação de guerra ou de conflito." Uma ação pacífica e fácil de concretizar. Mas o que é a Paz, nos tempos que correm? Estamos em Paz armada? Ou envolvidos numa guerra através das alianças criadas? E sobre a política externa? Estaremos apenas a seguir na cauda daquilo que os outros querem ou estaremos a pensar naquelas que devem ser as nossas prioridades? Não sabemos...
A ação que mais se destaca é a oficialização por Portugal e por outros nove países, do "reconhecimento do Estado da Palestina." Esta "decisão do governo" é apoiada pelo "o Presidente da República" que “acompanhou todo o processo”. Aliás, destaque-se a ida de Marcelo Rebelo de Sousa a Nova Iorque, onde será feito o anúncio, o qual está previsto "para as 15h15 (20h15, hora de Lisboa) e será proferido por Paulo Rangel, antes da Conferência de Alto Nível das Nações Unidas, que se realiza na segunda-feira, em Nova Iorque." Porquê agora e não antes?
A posição portuguesa, não é no entanto, unânime, com "o partido conservador CDS-PP, parceiro da coligação do atual executivo," a discordar "do anúncio, afirmando que o mesmo “é inoportuno”.
De acordo com o presidente da República e dos apoiantes da decisão, a posição do Estado português passa por "defender a moderação para que essa fórmula [de dois Estados, de Israel e da Palestina] seja possível, e afastar-se dos radicalismos." Entretanto, Londres já avançou com o reconhecimento, praticamente ao mesmo tempo que o Canadá e que a Austrália.
Fontes:
Muito se tem falado agora do acidente que envolve o ascensor da Glória e, é importante também referir que. além das vítimas que este desastre causou, poder-se-á ter perdido para sempre um ícone da nossa história. O elevador da Glória é um dos muitos monumentos nacionais, visitado por milhares de turistas todos os anos. Podemos até dizer que é um dos muitos postais de visita da cidade de Lisboa e do país (tal como outros ascensores, pontes e diversos monumentos que atraem os visitantes ao nosso país).
O Elevador da Glória pode mesmo ser considerado como um exemplo do desenvolvimento da "engenharia do século XIX", que viria ao longo do século XX" a sofrer diversas alterações para o adaptarem "ao crescimento constante da cidade e ao seu uso." Atualmente, podemos dizer que a engenharia foi evoluindo de forma a adaptá-lo às exigências do "século XXI, combinando tradição histórica com sistemas de segurança modernos."
Podem ler aqui mais um pouco sobre a história deste elevador, que é também um monumento nacional. Com muita pena, talvez já só venha a ser lembrado e não mais visitado.
O elevador da Glória descarrilou esta tarde, embatendo num prédio na rua da Glória. Infelizmente, o número de vítimas mortais é bastante elevado e irá ser decretado um dia de luto nacional. Fala-se em cerca de quinze mortos, a confirmar, pois ainda decorrem as operações de socorro às vítimas e de resgate dos corpos. O número de feridos é também elevado (18 feridos), cinco dos quais estão em estado grave. As noticias foram chegando praticamente em direto, através dos órgãos de comunicação social que se deslocaram ao local.
O acidente aconteceu pouco depois das 18 horas. O veículo que estava em baixo, na mesma rua, descaiu cerca de um metro e meio chamando a atenção a quem passava na rua e que tentou desde logo ajudar com os feridos leves que se encontravam na primeira composição. Rapidamente, apercebendo-se da composição que vinha desgovernada pela rua abaixo, as pessoas fugiram.
O veículo que descarrilou, descendo pela Rua da Glória e embatendo num prédio, ficou praticamente desfeito, numa enorme amálgama de ferro. Ambos os veículos teriam muita gente, antevendo-se que além dos ocupantes dos veículos, tenham também sido atingidos alguns peões que pudessem circular na rua, àquela hora.
Além das muitas ambulâncias do INEM e dos Bombeiros (Sapadores e Voluntários), foi ainda ativada a Viatura de Intervenção em Catástrofe do INEM, duas VMER's e um Posto de Comando Avançado. A causa do acidente ainda não foi apurada, mas a situação poderá ter tido como causa a quebra de um cabo de tração, que liga o elevador ascendente ao descendente (por "um cabo subterrâneo"), tendo o descendente ficado completamente destruído. De estranhar que os próprios travões (freios) não terem funcionado.
O elevador da Glória, foi inaugurado a 24 de outubro de 1885 e liga a "Praça dos Restauradores ao Bairro Alto." Este elevador constitui "uma das principais atrações turísticas de Lisboa e transporta anualmente mais de três milhões de passageiros." O primeiro elevador do género foi o ascensor do Lavra, inaugurado um ano antes "graças à iniciativa da Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa." O ascensor tinha inicialmente funcionado a água, depois a carvão e, atualmente, funciona através de um sistema elétrico.
Não há memória de um acidente deste tipo, apesar de em 2018 (a 7 de maio) ter-se registado um descarrilamento, mas do qual não resultaram vítimas. Nessa data, o "serviço do elevador foi interrompido durante cerca de um mês," e a inspeção feita às infraestruturas levou que fossem postas "a nu graves falhas na manutenção dos rodados dos veículos, o que levou a que os rodados saltassem para fora dos carris." Existem ainda em Lisboa, o "Elevador de Santa Justa" de 1885, que "liga a Rua do Ouro, na Baixa Lisboeta, ao Largo do Carmo," e o elevador da Bica que faz a ligação entre o Largo do Calhariz e a Rua de São Paulo, de 1982.
Fontes:
"Jornal do dia," e "Grande Edição", da SIC Notícias;
https://www.dn.pt/sociedade/elevador-da-gl%C3%B3ria-descarrilou-perto-da-avenida-da-liberdade;
https://sicnoticias.pt/pais/2025-09-03-descarrilou-o-elevador-da-gloria-em-lisboa-0761e662
https://www.publico.pt/2025/09/03/local/noticia/descarrilou-ascensor-gloria-lisboa-2145917#113915
A nossa História está recheada de episódios caricatos e interessantes (para quem gosta de saber um pouco mais sobre o país e as suas origens). A 25 de agosto de 1580, deu-se em Lisboa uma batalha curta mas na qual se tentou travar o avanço das tropas espanholas que nessa data entravam no território português. Ora, nos manuais dá-se pouco destaque a estes episódios, talvez porque nem meia hora as tropas do Prior do Crato, com o apoio da população, conseguiram resistir perante os avanços das tropas do Duque de Alba, ou talvez porque a chegada dos espanhóis já tinha sido assumida pela corte portuguesa. Mas será que não se deve falar desta batalha? Afinal de contas, termina aqui a Dinastia de Avis, "que se havia iniciado pouco menos de duzentos anos antes, em 1383-1385, e se havia consagrado com a vitória na batalha de Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385."
Mas quem foi D. António e porque nunca foi aclamado verdadeiramente como rei? D. António era, na verdade, "filho bastardo do infante D. Luís". Apesar do pai o tentar encaminhar através da carreira eclesiástica, esta não configura a sua vontade. D. António, terá sido apoiante de Gil Vicente e "protetor" de Damião de Góis, nomes hoje reconhecidos na praça pública, mas que na época, não era assim tão bem vistos.
Chegou ainda assim a receber o "priorado do Crato, um dos mais ricos do reino," mas com "a morte do pai", recusa "a ordenação de presbítero," o que não foi nada bem aceite pelo seu tio, o cardeal-regente D. Henrique. Uma das razões para esta oposição, teve principalmente a ver com a chamada "Crise de Sucessão."
Em 1568, D. António recebe o "título de governador de Tânger, em África, "e conquista a estima do rei, D. Sebastião," a quem acompanha na "batalha de Alcácer-Quibir." Nesta batalha, D. António "é feito prisioneiro." mas acaba por ser "libertado após convencer os mouros de que não passava de um pobre padre. Regressado a Lisboa, começa a fase mais política da sua vida," mostrando-se opositor à união dos dois países.
Ao saber-se do desaparecimento de D. Sebastião (e de se presumir a sua morte), D. António apresenta-se como "candidato à sucessão," argumentando que "os seus pais" se haviam "casado em segredo," o que o tornaria legítimo herdeiro e "o que lhe dava precedência na linha de sucessão sobre o cardeal D. Henrique, que efetivamente herdou o trono," apesar de já ter na altura "sessenta e seis anos." Não chega a governar dois anos e, é com o monarca já às portas da morte, que se reunem as Cortes de Almeirim. D. António voltou a apresentar-se para "reclamar os seus direitos à coroa portuguesa," como um de entre três candidatos: "D. António, prior do Crato, filho natural do infante D. Luís, segundo filho de D. Manuel I, ou D. Catarina, filha de D. Duarte, filho mais novo de D. Manuel I, a qual estava casada com D. João, duque de Bragança. Por outro lado, havia o candidato castelhano, Filipe II, filho de D. Isabel, filha mais velha de D. Manuel I, e de Carlos V."
Ora Filipe, apesar de governar em Castela, era descendente da coroa portuguesa, enqunto que, D. António, era considerado por muitos, inclusive por seu tio, D. Henrique, como filho ilegítimo por duas razões: o Infante D. Luís, "duque de Beja," não era casado com D. "Violante Gomes", sendo que esta, seria "cristã-nova", ou seja, não era de "sangue puro."
Também "D. Catarina, ainda que tivesse uma boa situação jurídica para poder suceder ao trono," não "contava com fortes apoios."
Entretanto, já Filipe II começava a pressionar cada vez mais "as autoridades portuguesas a reconhecerem-no como rei, ameaçando que se não fosse obedecido invadiria Portugal." Para tal, D. Filipe II encontrava-se já a "reunir um poderoso exército," em Badajoz pronto para avançar e, a 18 de junho de 1580, Elvas rende-se. No dia seguinte, impulsionados pelo receio da já "iminente invasão castelhana, D. António foi aclamado tumultuosamente rei em Santarém." Também foi aclamado rei, em "Lisboa a 23 de junho."
Em agosto desse mesmo ano, dá-se a chegada do exército de D, Filipe II, "comandado pelo duque de Alba." Antecipando a sua chegada e sabendo de antemão na queda de outros postos, a "1 de agosto de 1580, D. António mandou concentrar as suas forças na margem esquerda da ribeira de Alcântara, frente à velha ponte que aí existia." Nesse local, sabendo que pouco haveria a fazer para impedir a entrada do "exército invasor", manda "abrir duas linhas de trincheiras e parapeitos com plataformas de artilharia para assim" tentar "impedir" o seu avanço, enquanto mais para o interior, "num olival", se encontrava escondida a "maior parte dos seus homens," muitos deles sem qualquer "experiência militar." Conta-se que, no "decorrer dos dias de espera pela chegada dos invasores em Alcântara muitos dos homens que a defendiam iam dormir a Lisboa, tendo alguns deles aí ficado no dia da batalha."
D. António, apesar de sair bastante ferido desta batalha, tanto por inimigos como por forças portuguesas, que o terão atacado de traição, não se deu por derrotado.
Encontra alguns apoiantes e, depois de ter passado por França e por Inglaterra, chega mesmo a ser "reconhecido como Rei na Ilha Terceira," para onde tinha fugido, muito para não ser morto à traição, algo muito comum. Acaba por ser novamente derrotado, mas desta vez pelas forças do "Marquês de Santa Cruz", no ano de 1583.
"A partir de então, e até à sua morte em 1595, D. António viveu entre França e Inglaterra."
Fontes:
https://ensina.rtp.pt/artigo/d-antonio-prior-do-crato-e-defensor-de-portugal/
https://www.defesa.gov.pt/pt/defesa/organizacao/comissoes/cphm/rphm/edicoes/ANO4/72024/7_8
O incêndio, que "deflagrou por volta das cinco da manhã", ficou confinado ao quarto onde começou. A causa aparente terá sido um curto-circuito "num colchão anti-escaras," num quarto onde as três pessoas que ali residiam acabaram por morrer. Faleceram ainda outras três pessoas, "devido à inalação de fumo e a problemas respiratórios," que "não conseguiram resistir." Do incêndio "resultaram ainda 25 feridos, dos quais cinco em estado grave, segundo confirmou o presidente da Câmara Municipal de Mirandela."
O lar da Santa Casa da Miseriórdia, "Bom Samaritano", albergava 89 idosos, e aparentava ter boas condições (digo isto pelas imagens que entretanto consegui ver), mas falta saber qual o número de funcionários que estariam presentes nas instalações. Está a ser dado apoio às famílias e aos restantes utentes, tendo sido organizado um "Centro de Apoio à Vítima," que ficou "instalado no pavilhão do INATEL." Os restantes idosos acabaram por ser entretanto transferidos para outros lares da região, estando ainda os bombeiros e o Inem no local. O provedor da Santa Casa, numa entrevista dada à NOW, afirma que o alarme contra incêndios não terá disparado e que foi quando as funcionárias foram ao quarto e abriram a porta do mesmo, o incêndio tornou-se muito intenso (digo eu, por entrada de oxigénio no espaço e que alimentou o fogo) e que o fumo se terá espalhado pelo restante edifício.
Foram ao quarto porque ouviram chamar ou havia algum fumo a sair que lhes chamou a atenção? E se detetaram que havia um incêndio no quarto, como foi aberta a porta? Tinham extintor e usaram-no imediatamente? Fiquei com muitas dúvidas a partir das palavras deste senhor, mas a Judiciária há-de fazer o seu trabalho e detetar o que foi bem feito e o que não foi feito. Não é só o incêndio que mata... Haveria capacidade para evacuar todas as pessoas que se encontravam naquelas instalações? É que não é só saber onde estão os extintores ou as saídas de emergência, têm de ser feitos simulacros e, aqui, sabemos bem, que nenhum simulacro é feito às 5h da manhã com o número reduzido de funcionários, os utentes a dormir e, também de referir, normalmente, com um número reduzido de operacionais presentes nos quartéis (por ser de noite e por estarem na sua maioria destacados para os incêndios rurais e florestais que deflagram) - mas é precisamente nessas horas da madrugada, que muitas destas situações acontecem. Aqui pode estar em causa um incêndio por negligência e homicídios por negligência, que podem ter sido ampliadas por falta de fiscalização.
Isto num dia em que continuam os incêndios florestais no centro e norte do país. Em Oliveira do Hospital, na localidade de "Vila Pouca da Beira, na União de Freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira," uma casa acabou por ser "completamente destruída pelas chamas." Noutra zona, na "localidade de Avô ardeu uma casa devoluta que se encontrava nas imediações da Junta de Freguesia," tendo ainda ardido vários "anexos, barracões e explorações agrícolas." É bastante perceptível o desgosto e a revolta das pessoas. Mesmo a quem as casas não foram afetadas, as situações de evacuação, dias sucessivos a olhar para as chamas a chegar às povoações, e noites sem dormir, desgastam qualquer pessoa.
Espera-se que este domingo cheguem "dois meios aéreos cedidos pela Suécia," a partir do "Mecanismo Europeu de Proteção Civil em Portugal." Poderiam ser suficientes se os "nossos" meios estivessem todos a funcionar e a dúvida é quantos estão e quantos estão parados. Uma coisa, será a não atuação devido às condições atmosféricas (a segurança é muito importante e, no meio disto tudo, não pode ser descartada), mas outra coisa será estarem parados por falta de manutenção, porque falta uma peça ou porque não têm autorização para voar. Onde anda os meios aéreos portugueses, que sabemos bem, na sua maioria são "alugados." A empresa proprietária dos Canadair a operar em Portugal, já veio ontem afirmar que já podem contar "com três aviões CL-215 operacionais baseadas em Castelo Branco," uma vez que o avião de reserva já se encontra novamente funcional e que está pronto "para apoiar as autoridades portuguesas no combate aos incêndios em todo o país."
Aliás, de referir, que os outros dois aviões, atribuídos ao DECIR deste ano, devido a avarias, tinham já sido também substituídos ao abrigo do "mecanismo de cooperação bilateral com Marrocos, que enviou dois aviões Canadair de substituição, que passaram a integrar o DECIR até ao final desta semana e estão a operar a partir da Base Aérea de Monte Real." De acordo com o Secretário de Estado da Proteção Civil, como "Espanha" tinha "recorrido já ontem ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil", poderia dar-se o caso da "ajuda a Portugal" poder ser mais reduzida, o que vem dar razãpo a quem diz que o pedido já vem tarde. Em resposta às perguntas feitas, o SE pediu "serenidade e tranquilidade" ao país. Como? O país está a arder ou o senhor SE não deu conta disso?
De acordo com um deputado do PS, "o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa," terá obrigado "o primeiro-ministro a interromper as suas férias," convocando-o para "vir a Lisboa a uma reunião", que ocorreu "na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa." A presença do Primeiro-ministro no Pontal e a sua referência a se encontrar de "férias" tem despoletado muitas críticas e até pedidos de demissão. As pessoas estão desesperadas, continuam as temperaturas altas e continuam grandes frentes a avançar em direção às aldeias, aproximando-se e ameaçando habitações, sendo um dos mais preocupantes o que lavra "no concelho de Oliveira de Hospital." Neste caso, as frentes de fogo são "oriundas" do grande incêndio "que começou em Arganil na quarta-feira" e que acabou por passar "o rio Alva."
O país está "vestido" de negro, os relatos dividem-se entre a tristeza e a revolta e, claro está, há muitas críticas que se podem fazer, mas agora não é a hora de discutir, é hora de agir e de proteger as povoações, travando o avanço das chamas!
De destacar que já foram detidas ontem, duas pessoas suspeitas "de atear fogos florestais em Seia e Pinhel, duas cidades do distrito da Guarda." Uma delas, era um jovem de apenas "19 anos suspeito de atear um incêndio" no concelho de Seia "com recurso a chama direta, sem motivo evidente." Que se apanhem todos e que tenham penas pesadas, é o que se pede.
Fontes:
https://www.asbeiras.pt/incendio-destroi-casas-em-oliveira-do-hospital/
https://sicnoticias.pt/especiais/incendios-em-portugal/2025-08-04-muito-calor-e-risco-de-incendio-deixam-portugal-em-situacao-de-alerta-f1c01254?cb_rec=djRfMQ (em atualização);
Não pode estar em causa a vergonha de pedir meios e apoios, através do acionamento do Mecanismo Europeu de Proteção Civil! Ou estavam a competir em área ardida antes de pedirem ajuda?
Espanha pediu "o envio de duas aeronaves Canadair," numa altura em que sete pessoas já tinha sido "hospitalizadas, quatro das quais em estado crítico, na região de Castela e Leão." Já tinha havido duas mortes a lamentar no país vizinho. Na província de Ourense, em Espanha, os bombeiros estão com muitas dificuldades para "extinguir um grande incêndio em Chandrexa de Queixa."
E em Portugal, a situação tem estado a piorar! Há dias que se pedem meios, ajudas! A população está desesperada, não dorme de noite, olhando as chamas que galgam montes e vales sem se deter em mudanças de concelho, vedações ou zonas protegidas! Mas só esta tarde se avançou com o acionamento do "Mecanismo Europeu de Proteção Civil," tendo sido solicitada "ajuda para o combate aos incêndios". Este pedido, que irá "permitir a chegada de aviões Canadair de apoio internacional," vem tarde... já há uma enorme área ardida e já temos feridos a lamentar (vários deles operacionais dos bombeiros) - dois feridos graves e um morto...
É que por cá, para haver Canadairs, parece que só alugados! E isso dará jeito a quem?
"Apesar de ser o país do mediterrâneo com mais área de floresta ardida, Portugal é também o único que não tem uma frota própria destes aviões - os três" que por cá andavam e que avariaram, "são alugados"!
Olhando para as notícias, parecem-me um dejá-vu... a sensação é de estar a ver a repetição de algo mais antigo! Ainda se discute a falta de meios? Ainda se acusa quem limpou e quem não limpou os terrenos, quem permitiu a abertura de estradões? Não se discutiu já isto tudo, não se criaram grupos e comissões, nã se fez alterações na estrutura da PC? Então, o que é que se passa?
Existem meios no terreno, sim, e temos de agradecer a todos os operacionais que se encontram a combater as chamas. Mas continuamos a ter bombeiros a ter de ser alimentados pelas populações? Ainda é assim, em 2025? Os populares continuam a ter de combater as chamas praticamente sozinhos! Mandam evacuar as aldeias, mas se as pessoas não vêem os meios a chegar, como é que conseguem sair de lá? Como é que podem sentir que as suas coisas estão protegidas? Há muita coragem nestes dias, não apenas em quem enverga uma farda, mas também em quem luta apenas com uma mangueira de jardim e uns galhos.
Ontem, ouvi a ministra da Administração Interna a dizer coisas que, simplesmente, me enojaram. Maria Lúcia Amaral começou por agradecer aos operacionais o trabalho desenvolvido, para depois referir que o país está em luta contra as chamas, numa onde de calor que afeta o país há “22 dias consecutivos" e "que gera, evidentemente, naqueles que estão na linha da frente exaustão e cansaço”. Isso é óbvio senhora ministra, mas que apoios estão a ter os bombeiros, quando são rendidos pelos seus colegas e regressam a casa (muitos, não chegam a ir a casa, vão para o quartel e regressam ao trabalho), tanto a nível da sua saúde física quanto psicológica?
Como é que o socorro está dependente de contratações a empresas privadas? Quantos é que estão a ganhar dinheiro com isto? Enquanto isso, Montenegro andava pelo Algarve nas festanças. E decretar a situação de contingência no país? Porque demora tanto? Há pois, se estivessem em contingência teriam de interromper as férias? Cancelar eventos!?
Onze dias e 6500 hectares depois, o incêndio de Vila Real foi dado como dominado - ei! Mas não pára aqui o combate! Há uma enorme área que tem ainda de ser trabalhada, não se pode virar costas - acho que sabemos todos isso, certo? Cerca de três mil militares foram mobilizados "para o combate aos incêndios no país, tendo atualmente 34 patrulhas diárias empenhadas na vigilância e deteção de fogos." O trabalho destas equipas é extremamente importante, mas é preciso lermos tudo - três mil é o total acumulado ao longo do ano.
Refere Xavier Viegas que "os combustíveis, não só os finos, secos, mortos," que se vieram a multiplicr este ano, devido à chuva que caiu no início do ano e da falta de chuva no final da primavera, início do verão, mas também "os "arbustivos, que têm um tempo de resposta mais longo, também vão secando e a sua secura vai aumentando à medida que avançamos" pelo verão, ficando cada vez mais disponíveis para arder. Perante esta conclusão, os autarcas poderiam mandar limpar os terrenos. Basta vermos qualquer um dos canais de notícias e vemos, atrás dos jornalistas, vastas extensões de campos dourados, secos, a começarem logo junto às estradas e às habitações. Aqueles moradores, passam ali todos os dias, todos os dias... não se sentem em risco?
Fontes:
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