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Desafios do Tik tok

por Elsa Filipe, em 02.08.22

Em morte cerebral. Depois de participar num desafio do Tik-tok, que fez com que desmaiasse por falta de oxigenação, um menino de apenas 12 anos, foi declarado em morte cerebral. Não consigo imaginar a dor terrível destes pais.

A criança sofreu danos cerebrais em abril deste ano, depois de, segundo a mãe, ter participado num desafio nas redes sociais em que os utilizadores são encorajados a suster a respiração até desmaiarem por falta de oxigénio. Desde essa data que o menino está internado no Royal London Hospital, localizado em Whitechapel, na capital britânica.

Os pais não aceitam que as máquinas que o mantém vivo, sejam desligadas, mas o hospital afirma que o rapaz se encontra em morte cerebral e que manter o tratamento de suporte artificial de vida "não está de acordo com os melhores interesses da criança". O desejo dos pais é que seja permitido ao filho ter uma morte "natural". É tão duro aquilo que eles estão a passar.

No entanto, os tribunais britânicos têm respondido negativamente aos pedidos do casal, dando razão ao hospital. Sabendo que a data da interrupção do tratamento se aproximava (estava marcada para esta segunda-feira, 1 de agosto) os pais decidiram interpor um recurso para adiar o momento em que as máquinas irão ser desligadas. O recurso permitiu que ganhassem algum tempo, mas não o suficiente, uma vez que o recurso foi recusado. 

Mas e quanto às redes sociais? Devemos poibir, ou basta estarmos atentos?

Podemos prevenir que as crianças participem neste tipo de desafios? E será mesmo possível fazê-lo?

Este menino fez um desafio chamado "blackout challenge" em que se tem de usar um cinto ou algo para ir apertando o pescoço até desmaiarem. Ele poderia ter-se negado a fazê-lo, poderia ter dito apenas "não".

A necessidade de se sentrir aceite num determinado grupo, acompanhava-nos a nós também. "Não és capaz de tocar à campainha da D. Amélia!" - e lá ia um de nós tocar e fugir a correr. Agora as brincadeiras são feitas sozinhos em casa, mas com os "amigos" atrás de um ecrã. Acho que agora as parvoíces são maiores. Ou melhor, deixaram de ser parvoíces como as que nós fazíamos e passaram para algo muito grave.

Com um filho da mesma idade, preocupo-me sim.

 

Fontes:

https://expresso.pt/sociedade/2022-08-03-Desafio-do-TikTok-colocou-Archie-em-morte-cerebral.-Apertar-pescoco-e-reflexo-de-comportamento-destrutivo-alerta-pedopsiquiatra-1178dc78

https://sic.pt/programas/casafeliz/desafio-de-tik-tok-deixa-jovem-de-12-anos-em-morte-cerebral-esta-na-internet-qualquer-crianca-tem-acesso/

 

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publicado às 19:48

Perigo da Internet e dos desafios virais

por Elsa Filipe, em 02.06.19

As consequências são quase sempre graves. Crianças e jovens acabam com graves lesões ou, em casos mais graves, as consequências podem ser mortais. Os danos psicológicos de quem pratica e de quem assiste também não podem ser esquecidos! Estou a falar dos desafios virais que estão por todo o lado, desde o facebook ao tiktok e que "obrigam" crianças e jovens a seguir determinados comportamentos que colocam a sua vida em risco.

De que forma é que os podemos combater? A primeira coisa é estar atento e disponível para conversar. Mas o papel do adulto não é só esse. Há que denunciar, sempre. Existem a circular vários desafios. Um deles, que envolve pelo menos dois participantes, passa pela asfixia, expulsando todo o ar dos pulmões da vítima e impedindo-a de respirar até perder a consciência. Parece estúpido, só por si não é? Mas há de facto crianças e jovens a experimentar! Estejamos atentos! São as nossas crianças a estar em perigo!

Segundo o jornal “El Mundo”, Espanha, uma menina aceitou de livre vontade participar no jogo em plena via pública no município de Pinto, em Madrid. As amigas que que estavam com ela, estrangularam-na e pressionaram o peito da menina de apenas 12 anos, até lhe provocar falta de oxigénio e cair ao chão inconsciente. Foi rapidamente assistida e transportada para o hospital.

Devemos estar atentos a determinados sinais de alerta relativos à prática da asfixia e de outros desafios perigosos, como o isolamento, a utilização de golas altas mesmo no verão, olhos vermelhos, desorientação, dor de cabeça frequente, conversas sobre estes jogos ou presença de objetos suspeitos no quarto como cordas ou trelas, refere o portal Projeto MiudosSegurosNa.Net e o Instituto Dimicuida.

Sabemos que ao atingir a adolescência, as crianças são curiosas sobre o mundo que as rodeia e aprendem a exprimir-se e a interagir com segurança e confiança com os amigos online. Não podemos negar a sua existência, uma vez que enquanto nós nos encontrávamos na rua, brincávamos e estudávamos na casa uns dos outros, agora os nossos jovens encontram-se, brincam e estudam através dos computadores, tablets e telemóveis. Os adolescentes precisam da orientação dos seus pais e de outros adultos de confiança, ​​e os serviços online deveriam trabalhar para fornecer ferramentas que ajudem os adolescentes a fazer as escolhas certas sobre a sua segurança e privacidade. A regulamentação existe e tem de ser adaptada à realidade da sociedade atual, em que a Internet é um recurso.

 

Fontes:

https://miudossegurosnanet.blogs.sapo.pt/

https://expresso.pt/sociedade/2019-05-31-O-jogo-da-asfixia-que-esta-a-assustar-Espanha--em-Portugal-nao-foram-reportados-casos-mas-nao-quer-dizer-que-nao-haja-

https://www.noticiasmagazine.pt/2018/os-dez-desafios-perigosos-da-internet/estilos/comportamento/10/

 

 

 

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publicado às 17:21

Desafios que levam à morte de jovens

por Elsa Filipe, em 14.03.19

Os jovens e as crianças são facilmente manipuláveis pelos conteúdos a que assistem nas redes sociais. Nós, adultos agora, podemos fazer um esforço e tentar lembrarmo-nos como éramos na idade dos nossos filhos, sobrinhos, alunos, mas não conseguimos ter uma verdadeira comparação acerca dos perigos atuais.

Depois do jogo da "Baleia azul" que levou à morte várias crianças e jovens em todo o mundo, surge agora um novo evento viral que está já a provocar vítimas e azo qual devemos estar muito atentos. O "Momo" é uma personagem que envia mensagens e que "apela" ou "obriga" as suas vítimas a se automutilarem e pode mesmo levá-las a cometer suicídios. É assustador e temos de nos colocar no lugar da criança ou jovem que recebe estas mensagens e perceber como é que algo de certo modo "fantasioso" as leva a obedecer, colocando-se mesmo em risco de vida. Este desafio viral foi lançado através da aplicação WhatsApp e do jogo Minecraft. 

Este desafio consiste em adicionar um número de telefone começado por +81, que corresponde ao indicativo do Japão. A personagem que aparece a partir daí - Momo - corresponde à imagem, "de uma escultura de uma mulher-pássaro, exposta em 2016 numa galeria japonesa, em Tóquio, ameaçando os jogadores e seus familiares e incitando ao suicídio", garante a PSP. As primeiras ocorrências terão sido reportadas na Rússia, mas países como México, Colômbia, Brasil, Argentina e França, registaram no ano passado diversas mortes de adolescentes quase todas por enforcamento. A faixa etária que o jogo mais afeta é entre os 9 e os 20 anos de idade.

De acordo com uma reportagem emitida pela TVI24, para além da promoção a comportamentos destrutivos, o desafio passa também pela tentativa de obtenção de imagens de cariz erótico das vítimas. Em Portugal há já "vários jovens e crianças que entraram neste jogo suicida e que se automutilaram. A jovem mais nova tem apenas 11 anos. Em declarações à TVI24, uma criança menor de idade contou que começou a jogar por influência de uma amiga e disse que na altura pensou tratar-se apenas de uma brincadeira até que, depois de se ter recusado a realizar um dos desafios, o jogo, o Momo, lhe enviou uma fotografia da sua rua, de forma a mostrar que sabia onde esta vivia." Desta forma, o "jogo" (ou quem está por detrás dele), provoca medo na criança: medo de que alguém lhe faça mal a ela ou à sua família.

Segundo a mesma reportagem, também um outro jovem, esteve "às portas da morte" depois de ter realizado um corte no olho e um outro na barriga, enquanto que uma sua amiga se atirou do telhado de sua casa, tendo acabado por ficar "presa a uma cadeira de rodas". 

Temos de estar muito atentos e sempre que possível presentes nas atividades que as nossas crianças fazem nas redes sociais. Os limites de idade, são uma ajuda mas podem ser facilmente ultrapassados com declarações falsas na criação de novos perfis e na abertura de contas. E muitas vezes, somos nós que abrimos essas mesmas contas para os autorizarmos a jogar um ou outro jogo, sem percebermos os reais perigos a que devemos estar atentos. Conhecem algum caso próximo?

Fontes:

https://sol.sapo.pt/artigo/649241/desafio-momo-ja-chegou-a-portugal-e-esta-a-obrigar-jovens-menores-de-idade-a-automutilarem-se

https://www.jm-madeira.pt/nacional/ver/46454/Momo_desafio_mortal_da_Internet_ja_chegou_a_Portugal

https://www.techemportugues.com/2019/03/13/momo-afinal-esta-vivo-e-ja-fez-vitimas-em-portugal/

https://tvi.iol.pt/noticias/sociedade/jogo/ana-leal-momo-o-desafio-suicida-para-criancas-e-jovens-ja-fez-vitimas-em-portugal

 

 

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publicado às 16:13


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