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Três anos de conflito

por Elsa Filipe, em 26.02.25

Três anos...

Há três anos, eramos surpreendidos pela entrada de tropas russas na Ucrânia. Da mesma forma que Putin achava que entrava por ali adentro e derrubava o governo ucraniano, subjugando o seu povo às suas vontades, também o povo daquele país mostrava que não seria com duas cantigas que se renderiam ao arsenal bélico do inimigo. Um inimigo conhecido de longa data, é bom que se diga. 

Os planos do presidente russo, Vladimir Putin, previam uma vitória fácil e poucos "analistas internacionais ousaram contestar essa previsão, dada a disparidade de força entre os dois países." Mas, a verdade, é que o povo ucrâniano tem dado provas de que a sua decisão em resistir, não foi uma má escolha e que, mesmo com todas as dificuldades e as perdas em vidas humanas, tem conseguido resistir. Passaram-se três anos e a guerra está num impasse. A Rússia não tem avançado muito, mas também é verdade que a Ucrânia ainda está longe de recuperar as regiões perdidas.

Embora os dados sejam difíceis de confirmar, desde o início da invasão, a Ucrânia terá registado "43 mil militares mortos em combate e mais de 370 mil feridos, números abaixo das estimativas de várias entidades." Do lado russo, terão havido cerca de "845.310 baixas desde o começo do conflito."

A Ucrânia pediu ajuda... mas foi muito a medo que a União Europeia e a NATO foram facultando armas e viaturas, não cedendo aos muitos pedidos da Ucrânia para entrar na Organização Transatlântica. Durante todo este tempo, a Ucrânia pediu ajuda e esta lá foi chegando, primeiro mais a medo, depois de forma mais visível, mas sempre sob ameaça da Rússia. Atualmente, "a Rússia controla pouco menos de 20% do território ucraniano, ou cerca de 110 mil quilómetros quadrados." A Ucrânia, conseguiu entretanto avançar também "a província fronteiriça de Kursk, no oeste da Rússia, onde chegou a ocupar cerca de mil quilómetros de quadrados de território, segundo as autoridades militares de Kiev, mas esse número deverá ser atualmente menos de metade."

António Guterres, secretário-geral da ONU, destacou hoje no seu discurso, "o impacto devastador do conflito: milhares de civis mortos, cidades destruídas e infraestruturas essenciais reduzidas a escombros," referindo ainda que a "ONU tem mobilizado todos os seus recursos para aliviar o sofrimento da população e promover uma paz justa e duradoura."

As proporções desta crise humanitária são, apesar de tudo o resto que uma guerra envolve, o mais alarmante: "cerca de cinco milhões de ucranianos enfrentam insegurança alimentar, especialmente nas regiões próximas da linha da frente. A subida dos preços e a destruição das cadeias de abastecimento deixaram muitas famílias sem acesso a alimentos nutritivos, forçando-as a recorrer a medidas extremas, como saltar refeições ou contrair dívidas para comprar comida." 

Foram cerca de "11 milhões" as pessoas forçadas "a abandonar suas casas, com 6,9 milhões registados como refugiados e outros 3,7 milhões deslocados internamente." No que respeita aos civis mortos desde o início do conflito, estes deverão andar próximo aos 2500, "incluindo 669 crianças." Além disso, 28.382 civis, entre os quais 1.833 menores, ficaram feridos, mas os números reais deverão ser "consideravelmente maiores", já que apenas são contabilizados os casos verificados.

Uma das situações mais preocupantes é a "das mulheres e das raparigas na Ucrânia."

"Além disso, a ONU documentou centenas de casos de violência sexual relacionada com o conflito e alertou para o aumento de 36% nos casos de violência doméstica. Em resposta, a ONU Mulheres tem investido em programas de apoio psicossocial, empoderamento económico e participação feminina nos processos de paz e reconstrução." Assinalando esta data, "o executivo comunitário anuncia um pacote de ajuda à segurança energética da Ucrânia e aprova o 16.º pacote de sanções à Rússia."

Os EUA terão sido o país que mais ajuda em termos de armamento enviou para a Ucrânia, mas a relação entre os dois países deixou de ser a mesma desde que Trump chegou ao poder. "Crítico da ajuda norte-americana a Kiev, Trump já suspendeu os financiamentos globais da agência estatal de desenvolvimento USAID. Segundo o Instituto Kiel, os Estados Unidos transferiram 3,4 mil milhões de euros em ajuda humanitária para a Ucrânia desde o começo do conflito."

Já do lado da Rússia, os principais apoiantes têm sido o Irão e a Bielorrússia. Mas o aliado que se tem mostrado mais na concretização do apoio à Rússia no "campo de batalha é a Coreia do Norte. No âmbito de uma parceria estratégica com a Rússia e a troco de alimentos e cooperação tecnológica e financeira, e ainda de proteção militar mútua, Pyongyang forneceu a Moscovo pelo menos 13 mil contentores de munições de artilharia, 'rockets' e mísseis, segundo o serviço de informações de Seul (NIS), como forma de ambos os países contornarem o isolamento internacional e as sanções ocidentais." O governo de "Kim Jong-Un destacou acima de dez mil militares para lutar ao lado das tropas russas na província russa de Kursk, parcialmente ocupada pela Ucrânia."

Apesar de afirmar que não apoio militarmente a Rússia, "a China é acusada pelas potências ocidentais de alimentar a máquina de guerra do Kremlin, através da venda de componentes para a sua indústria de defesa, e a sua economia por via do comércio e mesmo acontece em relação a outro gigante global, a Índia." Já no que respeita às sanções aplicadas, as mesmas acabaram por não ter os resultados esperados, uma vez que durante os três anos em que esta guerra já dura, "a China surge como o principal cliente de combustíveis fósseis da Rússia, com cerca de 165 mil milhões de euros em importações, bastante à frente da Índia (98 mil milhões), da Turquia (68 mil milhões) e dos países da União Europeia (55 mil milhões)."

Fontes:

https://unric.org/pt/tres-anos-de-guerra-na-ucrania-a-resposta-humanitaria-da-onu/

https://www.publico.pt/2025/02/24/mundo/noticia/ucrania-tres-anos-guerra-mapas-numeros-2123649

https://sicnoticias.pt/especiais/guerra-russia-ucrania/2025-02-24-principais-indicadores-em-tres-anos-de-guerra-na-ucrania-c210fa43

 

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publicado às 19:51

Os ataques a Beirute continuam...

por Elsa Filipe, em 28.09.24

...e o líder do Hezbollah terá sido dado como morto. É nesta situação que agora todas as atenções se estão a focar.

Hassan Nasrallah, líder do movimento islamita libanês, terá sido morto "durante um ataque aéreo na sexta-feira à sede da organização em Beirute." Além dele, terão ainda sido eliminados "outros comandantes do Hezbollah que se encontravam no mesmo local, em Dahiyeh, um subúrbio do sul de Beirute, densamente povoado."

A sede do Hezbollah, estaria a funcionar "numa estrutura subterrânea, debaixo de um edifício residencial," o que levou também à morte de vários civis, cujo número ainda não foi revelado. "As forças israelitas dizem não ter ainda essa informação, recusando especificar o tipo de armamento usado no bombardeamento, assim como detalhes sobre a comprovação da morte de Nasrallah." Sabe-se apenas que terá sido através de um dos vários ataques de precisão lançados contra Beirute, com recurso "a um esquadrão de caças F15I munidos de bombas antibunkers."

De acordo com o jornal New York Times, citado pelo Observador, terão sido "lançadas mais de 80 bombas durante vários minutos com o objetivo de matar Hassan Nasrallah," num ataque que teria "começado a ser planeado no início da semana passada, ainda antes de Netanyahu, primeiro-ministro israelita deixar o país para marcar presença na Assembleia Geral das Nações Unidas." 

A situação envolve também o Irão.

Ali Khamenei, líder do Irão, deixou numa "mensagem muito clara sobre as consequências dos ataques militares ao Líbano," que "é obrigatório para todos os muçulmanos apoiar orgulhosamente o povo libanês e o Hezbollah.," contra Israel que acusa de ser um "regime usurpador, cruel e maléfico."

Nasrallah, nasceu em 1960 e tinha 67 anos. "Quando Israel invadiu o Líbano, em 1982, Nasrallah juntou-se a um grupo de combatentes que evoluiria para o atual Hezbollah."

Desde 1992 que era líder do movimento "em substituição de Abbas Moussaoui, depois de este ter sido igualmente morto durante um ataque israelita com um helicóptero."

Durante os últimos anos, viveu quase sempre escondido e tornou-se "o homem mais poderoso e influente" do Líbano. A sua popularidade "no seio da comunidade xiita é apoiadas por uma vasta rede de escolas, hospitais e associações ao serviço dos seus apoiantes. Membro do governo e do parlamento, onde nem o seu campo nem os seus opositores têm maioria absoluta, impediu a eleição de um Presidente da República durante quase dois anos."

Entre ontem e hoje, estão ainda a ser retirados do Líbano vários portugueses.

Fontes:

https://expresso.pt/internacional/medio-oriente/guerra-israel-hamas/2024-09-28-nasrallah-esta-morto.-israel-anuncia-morte-do-lider-do-hezbollah-632e727d

https://expresso.pt/internacional/medio-oriente/guerra-israel-hamas/2024-09-28-lider-do-irao-pede-apoio-de-todos-os-muculmanos-ao-libano-e-ao-hezbollah-fc998ed0

https://observador.pt/especiais/como-nasrallah-tornou-o-hezbollah-um-dos-maiores-inimigos-de-israel-e-semeou-o-caos-no-libano/

https://observador.pt/liveblogs/israel-diz-que-matou-lider-do-hezbollah/#liveblog-entry-678580

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publicado às 16:00

E a guerra continua...

por Elsa Filipe, em 24.09.24

E parece que pouco ou nada se pode fazer. 

Nos ataques que Israel levou a cabo contra o Líbano entre ontem e hoje, já se contabilizam 558 mortos - o "número mais elevado desde a última guerra entre o Hezbollah e Israel em 2006." Nesta lista, estão "50 crianças e 94 mulheres." Ao número de mortos, é preciso acrescentar os feridos - "1835 feridos até agora" - muitos deles, graves.

O ministro libanês da Saúde, Firass Abiad, “desmente todas as alegações israelitas de que os alvos são combatentes", acrescentando que "na verdade, infelizmente, a grande maioria, se não todos, são pessoas desarmadas que se encontravam nas suas casas". Muitos habitantes do sul do Líbano acabaram por fugir "em massa para Beirute," devido incessantes bombardeamentos por parte da aviação israelita. "A preocupação também atinge a capital libanesa com habitantes a receberem avisos israelitas nos seus telemóveis e linhas fixas. As escolas foram encerradas em todo o país."

Durante esta manhã, dezenas de rockets foram disparados do Líbano contra Israel, em retaliação, atingindo diversos edifícios. De um lado, ou do outro, quem sofre é o povo...

As companhias aéreas já estão a cancelar os voos para Beirute devido ao risco de insegurança que o intensificar deste conflito está a provocar.

O Irão promete que não vai abandonar o Hezbollah e a escalada de violência não parece parar aqui. Como pode alguém aguentar tudo isto? Como não compreender que, muitas destas pessoas, queiram afinal sair destes territórios, deixando para trás o pouco que tinham?

Hoje começou a "79.ª Assembleia Geral da ONU" onde António Guterres apelou "à comunidade internacional" para que se mobilizasse de forma a que "seja alcançado um acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns entre Israel e o Hamas." Referiu ainda que “devemos todos ficar alarmados com a escalada" de violência que está a lcolocar o "Líbano à beira do abismo." Apela a que se faça alguma coisa para que "o Líbano" não "se transforme noutra Gaza."

Fontes:

https://sicnoticias.pt/especiais/conflito-israel-palestina/2024-09-24-ataques-de-israel-no-libano-sobe-para-558-o-numero-de-mortos-cdc2b469

https://www.rfi.fr/pt/geral/20240924-ataques-israelitas-no-l%C3%ADbano-provocaram-mais-de-550-mortos

https://observador.pt/2024/09/24/comeca-agora-a-79-a-assembleia-geral-da-onu-guterres-pede-cessar-fogo-e-diz-que-libano-nao-se-pode-tornar-numa-nova-gaza/

 

 

 

 

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publicado às 18:22

Massacre em Beslan... 20 anos depois

por Elsa Filipe, em 01.09.24

Passaram já 20 anos desde que um grupo terrorista atacou uma escola em Beslan, na Ossétia do Norte, na Rússia.

O ataque começou precisamente a 1 de setembro de 2004, no dia da abertura oficial do ano escolar, com o rapto de mais de 1100 pessoas (das quais, quase 800 eram crianças).

Os raptores eram um "grupo de militantes islâmicos armados, composto principalmente por inguches e chechenos,", ou seja, mais especificamente por "membros do batalhão Ryadus-Salikhin" os quais teriam "sido enviados e instruídos pelo senhor da guerra tchetcheno Shamil Basayev que daquele modo exigia o reconhecimento da independência da Tchetchenia por parte das Nações Unidas e a retirada das tropas russas do seu território."

Às 9h30 da manhã, um grupo de terroristas, invadiu a escola de forma violenta, fazendo reféns todos os que lá se encontravam, entre crianças e jovens, familiares e professores. Os mais novos teriam seis, sete anos. Apenas cinquenta conseguiram escapar, na confusão inicial que se gerou,tendo os restantes passado por "três dias de inferno no ginásio da escola, sob ameaça constante de explosivos, e num calor sufocante."

"Às 10h, os assaltantes começaram a armadilhar com explosivos o ginásio e outros edifícios da escola. Às 10h20, o Presidente russo, Vladimir Putin, cancela as suas férias em Sochi e regressa a Moscovo."

Aos reféns, apesar do calor, foi-lhes recusada qualquer água ou comida.

"As crianças passaram por situações dramáticas e foram obrigadas" a coabitar com os corpos de 20 pessoas que "os terroristas mataram para marcar a sua posição e evitar uma revolta."

"Depois de falhadas todas as tentativas de negociação, a 3 de setembro, as autoridades lançam um assalto à escola" provocando a morte de 334 pessoas que ainda se encontravam lá dentro, entre as quais 186 crianças. As mortes deveram-se aos combates entre as forças russas e os terroristas, o que levou a uma brutal explosão no ginásio onde se encontravam os reféns.

"O assalto à escola de Beslan acabou por ser classificado como o ato de terrorismo mais sangrento levado a cabo em solo russo desde que a Tchetchenia tinha sido declarada independente, em 1991."

Fontes:

https://pt.euronews.com/2014/09/01/relembrar-o-massacre-na-escola-de-beslan-dez-anos-depois

https://expresso.pt/internacional/massacre-de-beslan-foi-o-pior-assalto-a-escolas-mas-nao-o-unico=f902839

 

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publicado às 23:08

Há 25 anos, Timor foi a eleições e, além da independência, ganharia então a vontade de construir uma democracia firme. "Depois de uma colonização de quase cinco séculos, pelos portugueses, e 24 anos de ocupação indonésia, o povo timorense foi chamado no dia 30 de agosto de 1999 para votar se queria livrar-se dos ocupantes ou manter-se sob a sua governação." O ato foi de facto um marco importante, em que a verdadeira vontade daquele povo foi mostrada ao mundo. Na verdade, "ninguém, nem o próprio presidente indonésio, que aceitou o referendo após longa batalha diplomática entre Portugal, Indonésia e as Nações Unidas, esperava tamanha afluência às urnas."

António Guterres, antigo primeiro ministro português, está presente em "Díli para participar nas celebrações dos 25 anos do referendo que levou à restauração da independência do país, pondo fim à ocupação Indonésia" junto com outros representantes nacionais e internacionais. Ao atual secretário-geral da ONU foi atribuída hoje a cidadadina timorense.

Guterres encontrou-se hoje com "o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão", uma das figuras mais importantes em todo este processo, a quem "António Guterres prestou também homenagem", destacando o seu papel "enquanto líder da resistência timorense e pela forma como defendeu a independência do seu povo detido em Jacarta, capital da Indonésia," bem como, no seu papel na "transformação de Timor-Leste num país independente, democrático, respeitador dos direitos humanos e que se afirma internacionalmente com crescente influência."

Guterres referiu ainda, que tinha ficado "impressionado com o compromisso do Governo timorense em matéria de segurança alimentar e investimento na agricultura," o que considerava ser um "desafio crucial para o êxito do desenvolvimento, saúde, educação e infraestruturas."

"Timor-Leste aderiu no início do ano à Organização Mundial do Comércio, é fundador do G7+ e deverá aderir à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no próximo ano."

Uma outra figura importante neste processo, foi Durão Barroso, que em "1992, enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal," participou em "quatro rondas de negociações" com a Indonésia. Apenas a 5 de maio de 1999, os dois países assinariam "três acordos, nomeadamente sobre a questão de Timor-Leste, outro sobre a modalidade da consulta popular e um terceiro sobre segurança," com o contributo essencial das Nações Unidas. Barroso, salientou ainda que foi "o massacre do cemitério de Santa Cruz" o grande acontecimento que "contribuiu para dar visibilidade à questão de Timor-Leste." Lembro-me ainda hoje desse massacre e eu era bem pequena na altura. Existem imagens que nos ficam gravadas na mente. Se foi "com a ajuda da comunidade internacional," que o povo de Timor-Leste se conseguiu livrar do domínio indonésio, também não se deve esquecer que muitos países não acreditavam que tal fosse possível.

"Os acordos foram assinados por Jaime Gama, na altura chefe da diplomacia portuguesa, pelo seu homólogo indonésio, Ali Alatas, e por Kofi Annan, antigo secretário-geral da ONU." No entanto, o processo não foi fácil e a«s Nações Unidas tiveram mesmo de permanecer no país como força de gestão e manutenção de paz até ao ano de 2012. Durante este período, chegou mesmo a ser necessária a entrada de uma força liderada pela Austrália, devido a ataques de extrema violência causados por milícias apoiadas pela Indonésia.

Fontes:

https://www.tsf.pt/1577666496/timor-ganhou-a-batalha-da-independencia-agora-tem-de-ganhar-a-do-desenvolvimento/

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2623023/timor-uma-historia-bonita-conseguida-com-dificuldade-e-falta-de-apoio

 

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publicado às 22:42

Dia Mundial da Ajuda Humanitária

por Elsa Filipe, em 19.08.24

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, uma data tão importante quando relevante e necessária, criada "em memória das 22 vitimas do atentado à Nações Unidas em Bagdade, no Iraque." A data foi criada exatamente com o intuito de celebrar o trabalho de todos aqueles que "ao serviço dos outros e na defesa de causas humanitárias, arriscam as suas vidas na frente de combate, muitas vezes, em cenários inóspitos de guerra."

Em ocasião desta data, refere a OMS que, desde o início do conflito, os "serviços de saúde da Ucrânia sofreram 1940 ataques", naquele que é já o maior número "registado durante uma crise humanitária." Na prática, destes ataques resultou a destruição de cerca de 200 ambulâncias por ano devido a ataques russos na Ucrânia. O grande problema está também naquilo que é chamado de "duplo ataque", em que "um bombardeamento inicial é seguido de um segundo bombardeamento, destinado a matar as equipas de socorro que acorrem em auxílio das vítimas do primeiro." Algo que não pode de forma nenhuma ser tolerado!

Pelo mundo, a OMS acode anualmente a diferentes crises humanitárias, provocadas não só pos conflitos armados, mas também por catástrofes naturais. Os mais afetados são sobretudo as populações mais pobres, e as faixas mais suscetíveis das populaçoes continuam a ser as crianças e os idosos.

Uma das situações mais graves é, sem dúvida, o que se passa na fronteira sudanese, com "aproximadamente 13 milhões de pessoas" deslocadas. Cerca de 800 mil pessoas estão isoladas no Darfur, sem acesso a comida e "sem serviços essenciais."

Fontes:

https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-mundial-da-ajuda-humanitaria

https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/oms-contabiliza-1-940-ataques-a-servicos-de_66c3639bcbcd6f42659d0e5b

https://news.un.org/pt/story/2024/07/1834601

 

 

 

 

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publicado às 18:27

Dia Internacional das Mulheres na Diplomacia

por Elsa Filipe, em 24.06.24

Assinala-se hoje o Dia internacional das Mulheres na diplomacia, instituída apenas há dois anos por resolução aprovada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas. Esta data pretende valorizar o papel que as mulheres desempenham a nível diplomático, mas que muitas vezes é relegado para segundo plano, bem como a importância de dar cada vez mais competências às mulheres desde tenra idade, como acesso à educação e formação superior e acesso a cargos de topo em empresas e organizações.

"Este dia procura apelar à reflexão sobre o desequilíbrio no acesso à carreira diplomática e a sub-representação feminina, em especial, nas posições diplomáticas de topo."

Podemos destacar Minerva Bernardino, nascida em Santa Cruz de El Seibo, em 1907. Foi uma diplomata da República Dominicana, tendo promovido "os direitos das mulheres internacionalmente" e sendo conhecida como "uma das quatro mulheres a assinar a Carta das Nações Unidas, o tratado original da Organização das Nações Unidas (ONU)." Ao longo da sua vida, Minerva dedicou o seu trabalho à promoção dos "direitos políticos e, especialmente," ao melhoramento do "sufrágio feminino nos países latino-americanos." Em 1945, Minerva consegue mesmo estar na Conferência de São Francisco "como representante da República Dominicana," enviada pelo ditador Rafael Trujillo, que via este gesto como uma "oportunidade de baixo risco para parecer progressista". No ano seguinte, fez parte da presidência da "Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto da Mulher," comissão que viria a ter grande relevância na adoção de uma "linguagem inclusiva de género na Declaração Universal dos Direitos Humanos," bem como na "criação da Declaração sobre a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, de 1967."

No ano de 1954, conseguiu incluir na "Convenção sobre os Direitos Políticos das Mulheres," a afirmação dos "direitos das mulheres de votar, concorrer e ocupar cargos." Apoiou também "o direito internacional que asseguraria a igualdade da mulher no casamento e no divórcio," através da "Convenção de Montevidéu sobre a Nacionalidade da Mulher Casada de 1933."

Outra mulher relevante foi a brasileira Bertha Lutz. Filha de Adolfo Lutz, Bertha foi "ativista feminista," tendo-se destacado também como "bióloga, educadora, diplomata e política brasileira." O seu principal papel de destaque foi na "educação no Brasil do século XX."

Bertha iniciou-se na política em 1934, como candidata "à Câmara dos Deputados" pelo "Partido Autonomista do Distrito Federal," chegando mesmo a assumir a posição de deputada em "1936, após a morte do deputado titular Cândido Pessoa." O Estado Novo, instaurado por Getúlio Vargas em 1937, veio pôr fim ao seu mandato. Tal como Minerva, "integrou a delegação brasileira à Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional em São Francisco, no Estados Unidos, em 1945, onde lutou para incluir menções sobre igualdade de género no texto da Carta das Nações Unidas".

Em Portugal, não posso deixar de destacar o papel de Carolina Beatriz Angelo, que se tornou a primeira mulher a obter o direito de votar no nosso país, tendo-se tornado "um marco na história das mulheres e da sua luta pelo direito ao voto, à inclusão social e ao direito de participação na vida política."

Um outro nome que não pode ser deixado de lado nesta data é o de Maria de Lourdes Pintassilgo, que ainda "durante o Estado Novo, foi convidada por Marcelo Caetano para se candidatar a deputada à Assembleia Nacional," tornando-se na "primeira mulher a exercer funções como procuradora à Câmara Corporativa nas duas últimas legislaturas deste órgão, até abril de 1974." Foi também presidente do "Grupo de Trabalho para a Participação da Mulher na Vida Económica e Social e à Comissão para a Política Social relativa à Mulher (mais tarde denominada Comissão da Condição Feminina)."

Em 1975, Maria de Lourdes Pintassilgo, "tomou posse como embaixadora junto da ONU para a Educação, Ciência e Cultura" e, entre 1979-1980, foi "a primeira mulher primeira-ministra em Portugal (segunda na Europa, seguindo Margaret Thatcher), a convite de Ramalho Eanes para chefiar o Governo de Gestão." 

Fontes:

https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-internacional-das-mulheres-na-diplomacia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Minerva_Bernardino

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bertha_Lutz

https://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/Exposicao-As-mulheres-que-mudaram-Portugal.aspx

 

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publicado às 22:51

Em primeiro lugar, permitam-me dizer que eu, não estou do lado de nenhum dos dois, e quando aqui coloco como título "de que lado estamos" estou a clocar o enfoque na União Europeia e na "nossa" posição como país, nesse âmbito. 

Analisar estes factos não é fácil, porque estou desde logo a falar de culturas e de ideologias diferentes daquelas com as quais me identifico. Afinal, qual a posição das nações e como é que Portugal se está a posicionar no meio destes conflitos? Penso que Portugal vai na onda da maioria, mas aquilo que todos queríamos é que este conflito tivesse um fim...

E o que é que se passa nesta tríade - Israel, Irão e Palestina? Sabemos que o ataque do Hamas a 7 de outubro foi um ato terrorista que veio abalar a segurança de Israel, resultando na morte de perto de 1400 pessoas e em muitos reféns. Israel, atacou a Faixa de Gaza, com a principal intenção de acabar com o Hamas e recuperar os reféns. O Hamas é apoiado pelo Irão através de grupos como o Hezbollah, O Irão fornece a maioria do armamento de que o Hamas dispõe, colocando assim o Irão na linha direta de ataque de Israel. Apesar do Irão ter negado a sua participação no ataque de 7 de outubro, há sempre a questão da origem das armas utilizadas.

Como está mais do que percebido, os ataques das tropas israelitas, estão a destruir edifícios residenciais, hospitais, escolas e, até, centros de refugiados, com a desculpa de que nesses locais estão homens do Hamas. Mas também se diz que é verdade que os membros deste grupo, usam a população civil como escudo humano. Assim, como é possível que se esteja a debater quem é no meio disto tudo tem razão! Acho que, na verdade, estamos impotentes e que estamos todos a aguardar qual será o próximo ataque, para depois apoiarmos os civis, de um lado ou do outro, minimizando da forma que for possível, os danos causados. E é isto que é triste! Esta impotência!

O primeiro-ministro israelita coloca-se contra todos os países que vêm defender os palestinianos ou mesmo contra aqueles que defendem um cessar-fogo. Sabemos também que, apesar de não haver consenso dentro da União Europeia, uma coisa é certa, os resultados atingidos por Israel ficam muito aquém dos seus objetivos e colocaram a Palestina numa crise humanitária sem precedentes naquela zona.

Enquanto a União Europeia se esforça "por controlar uma potencial retaliação israelita e evitar uma escalada ainda maior," Netanyahu já veio por diversas vezes dizer que já estariam aprovados "planos para uma operação militar no sul de Gaza." 

Na terça-feira, dia 16, os 27 ministros dos Negócios Estrangeiros da UE realizaram por videoconferência "uma reunião extraordinária do Conselho," na qual discutiram "a resposta coletiva à escalada, vista como um ponto de inflexão no conflito no Médio Oriente." Apesar de muitos se terem colocado do lado de Israel, ninguém quer que este conflito escale. Reino Unido e França, estão de facto do lado dos EUA e reconhecem "o direito do Irão a uma resposta ao ataque ao seu consulado" em Damasco, na Síria. As forças destes três Estados participaram de forma ativa "na interceção do ataque iraniano" a Israel, abatando vários dos drones lançados contra o país. Mas Israel, deve retaliar?

Se Israel retaliar, o conflito irá complicar-se. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ameaçou que “se o regime sionista fizer a mais pequena invasão" contra o Irão, "os israelitas podem ter a certeza de que enfrentarão uma resposta agressiva e em larga escala”. Mas Israel (cuja população é composta na sua maioria - mais de 75% - por judeus) já atacou diversos alvos do Hezbollah, grupo que é apoiado pelo Irão (regime islâmico).

Os EUA são os principais fornecedores de armamento a Israel e é em parte esse armamento que tem destruído a faixa de Gaza. Apesar de, quando a 9 de abril, Netanyahu afirmou que já existia "uma data para o início das operações militares em Rafah," os Estados Unidos da América terem avisado que não apoiariam qualquer operação que visasse um ataque à "cidade do sul da Faixa de Gaza," parece que afinal agora voltaram com a palavra atrás. Se antes pareciam preocupados com os quase 1,5 milhões de palestinianos que estão encurralados em Rafah, agora parecem ver esse ataque como um mal menor, desde que se evite uma propagaçaõ da guerra contra outros países.

Numa declaração das autoridades egípcias, a um meio de comunicação do Catar, é hoje dito que os EUA "aceitaram o plano de Israel para avançar com uma ofensiva em Rafah, em troca de não retaliar contra o Irão." Ou seja, será que estou a ler bem? Desde que fiquem dentro daquelas fronteiras, não há problema em apoiar ataques contra milhões de civis que neste momento, nem comida nem água têm?

Segundo informações de órgãos de comunicação internacionais, "pelo menos quatro batalhões do Hamas estão em Rafah, preparados para o início da ofensiva". Em Rafah podem estar escondidos "vários líderes do Hamas" mas também é possível que estejam "reféns israelitas". Mas... e os quase 1,5 milhões de palestinianos que lá estão encurralados?

 

Ontem, quarta-feira, no decorrer da reunião entre os 27 estados da UE ficou decidido que iriam ser reforçadas as sanções contra o Irão, depois do ataque de sábado. Ao isolarem o Irão, estes estados, esperam conseguir "avançar no sentido de um processo de paz" na região. Mas em parte, alguns dos países que também estão representados na ONU, defendem que "os líderes europeus devem tomar medidas mais concretas contra Israel, incluindo a revogação do reconhecimento diplomático e a aplicação de sanções específicas a funcionários do governo." Ainda há poucos dias, isto foi defendido pela Irlanda e pela nossa vizinha Espanha. Manu Pineda (eurodeputado espanhol) veio afirmar que é "vergonhoso que a União Europeia continue a comprar e a vender armas a Israel, que estão a ser utilizadas em combate e que estão a cair sobre as cabeças das crianças palestinianas na Faixa de Gaza."

Fontes:

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-04-18-video-lideres-da-uniao-europeia-decidem-reforcar-sancoes-contra-o-irao-8f2b31ba

https://sicnoticias.pt/video/2024-04-09-Netanyahu-garante-que-ja-tem-data-para-ataque-a-Rafah-3c908a2d

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/04/15/ue-tenta-controlar-repercussoes-do-conflito-entre-israel-e-irao

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-04-17-video-netanyahu-diz-que-agradece-conselhos-dos-lideres-mundiais-mas-decide-sozinho-ataque-ao-irao-75115339

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/04/10/albanese-ue-deve-suspender-relacoes-com-israel-devido-ao-genocidio-em-gaza

 

 

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publicado às 18:49

1994, o ano da morte no Ruanda

por Elsa Filipe, em 07.04.24

Passaram-se 30 anos, mas ninguém pode esquecer o massacre que aconteceu no dia 7 de abril de 1994 no Ruanda. Lembro-me vagamente de ouvir algumas coisas sobre isto, mas na altura eu tinha apenas 10 anos e, claro, os blocos noticiosos muito mais fechados naquela época, não nos traziam as notícias como no-las trazem hoje.

Há 30 anos, o Ruanda estava em plena guerra civil. "O Ruanda e o Burundi são dois pequenos países africanos que viviam em permanente tensão desde a sua independência, na década de 50. Essa tensão decorria precisamente do conflito entre a maioria Hutu e a minoria Tutsi." 

"No Ruanda, as raízes desta hostilidade remontam ao período colonial." Esta região foi colonizada primeiro pela Alemanha mas, posteriormente, passou para a administração da Bélgica, que "favoreceu a rivalidade entre os dois grupos e promoveu a supremacia da minoria Tutsi." Já os Hutus, mesmo sendo 85% da população, não tinham acesso à mesma educação, nem às mesmas oportunidades que eram dadas aos Tutsis. A raiva contra os Tutsis cresceu e deu origem à segregação em vastos campos de refugiados que se perdiam de vista. O gatilho, já bastante tenso, foi puxado quando o avião onde seguia o presidente Hutu foi abatido e os rebeldes Tutsis considerados culpados pela sua morte.

O genocídio não se fez esperar. Milhares de pessoas foram mortas de forma bárbara. O exército Hutu fechava as estradas e entrava nas casas dizimando todos os que lá estivessem. Os homens da casa eram mortos e depois as mulheres e as adolescentes violadas e assassinadas em seguida. As casas eram saqueadas. Avançavam casa após casa, até não restar ninguém.

Estamos a falar em cerca de dez mil pessoas por dia. Ainda hoje, trinta anos depois, se continuam a descobrir as valas comuns onde jazem cadáveres destas vítimas. "Calcula-se que tenham morrido entre 800 mil a 1 milhão de pessoas durante este período de pouco mais de três meses, enquanto a guerra civil que se seguiu terá causado cerca de 2 milhões de refugiados."

A indignação na altura, não foi  apenas causada pelo horror das imagens dos massacres, mas sobretudo "pela passividade e indiferença das potências mundiais." O contingente militar que a "ONU colocou" no país, revelou-se impotente para travar os ataques! Não conseguiram "proteger as populações. Houve alertas e denúncias de que estava em marcha uma catástrofe humanitária no país, mas nada foi feito."

Durante aqueles dias, a população foi completamente dizimada e "nem os locais de culto serviam como sítios seguros." Há relatos de que "numa igreja na província de Gikondo, controlada pela ordem religiosa polaca dos palotinos, e onde estavam escondidas várias pessoas, cerca de 100 homens pertencentes às milícias ligadas aos hutus entraram no local e levaram a cabo um autêntico massacre."

Quinze dias depois dos ataques começarem, as Nações Unidas retiraram as suas tropas da região. "A França, tradicional aliada dos Hutus, foi posteriormente acusada de ter tido conhecimento dos planos genocidas das elites Hutus e de não ter tomado nenhuma ação. As organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram igualmente a hipocrisia e a insensibilidade da comunidade internacional, por se tratar de uma região remota, longe dos centros de poder mundiais."

O massacre, esse só terminou cem dias depois, quando os rebeldes da Frente Patriótica do Ruanda conquistaram a capital. O seu comandante ainda é hoje, o presidente da República do Ruanda. 

Fontes:

https://ensina.rtp.pt/artigo/o-genocidio-no-ruanda/

CNN Portugal 07/04/2024: reportagem sobre os 30 anos do genocídio do Ruanda, transmitido no Jornal CNN Domingo;

 

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publicado às 20:56

Na segunda-feira, Israel bombardeou um edifício contíguo à embaixada do Irão, em Damasco, na Síria, o que faz com que os EUA, estejam agora em alerto, com receio de um "ataque do Irão contra ativos israelitas ou norte-americanos no Médio Oriente." Este foi apenas mais um de vários ataques. Já em fevereiro, um ataque com mísseis atingiu um edifício de 10 andares "num bairro que concentra edifícios residenciais, escolas e centros culturais iranianos, e fica perto de um grande complexo dos serviços secretos."

A região está em ebulição, o que pode levar a qualquer momento a um alargamento do conflito. Eu acho que é cada vez mais importante tentarmos compreender o que é que este clima de tensão pode vir a trazer e, para o fazermos, é preciso olharmos para a história do Médio Oriente e da sua relação tanto com os EUA como com a Europa. Acho que é preciso compreendermos quem apoia quem (e porquê) bem como quais podem ser as consequências diretas e indiretas desse apoio. O apoio dos EUA a Israel pode levar a que outros países que também pertencem à NATO venham a ser atingidos, pelos estados que se revelam opositores a Netanyau. Por outro lado, o apoio de alguns países - tal como é o caso de Portugal - à população palestiniana, pode ter também consequências graves.

Neste ataque, perderam a vida 16 pessoas, entre as quais poderá estar "um comandante militar iraniano," que pertencia à "Força Quds, o braço paramilitar de elite da Guarda Revolucionária, responsável pelo relacionamento com governos e grupos aliados" de Teerão.

O "chefe do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah," já veio dizer que a resposta do Irão será "inevitável" sem, no entanto, dizer, onde, como e quando esta irá acontecer. Devemos lembrar que, desde o ataque de 7 de outubro, que "o Hezbollah e Israel" se atacam recíprocamente, em particular  "nas regiões fronteiriças entre os dois países." Estes ataques "já provocaram centenas de mortos, na maioria combatentes do Hezbollah e civis libaneses," aumentando "os receios sobre uma extensão do conflito."

São estes receios fundamentados?

Fontes:

https://www.dn.pt/6007382124/estados-unidos-em-alerta-maximo-para-um-eventual-ataque-do-irao/

https://www.dn.pt/6986719600/chefe-do-hezbollah-libanes-considera-inevitavel-resposta-do-irao-a-ataque-israelita-na-siria/

https://pt.euronews.com/2024/02/21/israel-lanca-ataque-contra-damasco-e-faz-dois-mortos

 

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publicado às 20:49


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