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O ocidente assinalou esta semana 1000 dias de conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas a verdade é que se perguntássemos a um ucrâniano, esse número seria muito superior. O momento da invasão da Ucrânia pela Rússia deu-se no dia 24 de fevereiro de 2022, mas as tropas russas há muito que se aproximavam das fronteiras daquele país.

Estes dois países "compartilham diversos laços históricos, políticos e culturais e inclusive fizeram parte de uma mesma nação, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), uma das principais potências do século XX, que se fragmentou em diversas repúblicas." Em 1991 a Ucrânia ganha a sua própria independência, mas o novo país quer mais e torna o afastamento à Rússia e a aproximação à União Europeia e à NATO (Tratado do Atlântico Norte), como um dos objetivos a conseguir.

Esta tentativa de aproximação que a Ucrânia tem feito ao Ocidente, de há cerca de trinta anos para cá, desde sempre foi considerada pela Rússia "como uma ameaça à sua soberania" e pode ser apontada como uma das principais causas do conflito entre os dois países. Em 2014, a Rússia "invadiu a Península da Crimeia, parte integrante do território ucraniano," com o "pretexto de proteger os russos nativos que habitam essa região." A região do Donbas, situada no leste da Ucrânia, tem também sofrido com "conflitos separatistas ao longo dos últimos anos."

Apenas quatro dias depois da invasão russa, que ocorreu a 22 de fevereiro de 2022, a Ucrânia, "visando ao apoio político e económico das potências europeias, realizou o pedido oficial para ingressar na União Europeia." A Rússia consegue tomar Kherson a sul, alguns dias depois. Esta cidade é "considerada estratégica pelos dois lados do conflito" devido à sua localização geográfica na foz do rio Dnieper. Entretanto, logo nos primeiros dias de conflito foram milhares as pessoas que abandonaram as suas casas e tentaram sair do território, pedindo asilo um pouco por toda a Europa. Países como a Polónia, a Hungria, a Eslováquia, a Roménia e a Moldova foram os que maior número de refugiados receberam, embora toda a Europa tenha reunido esforços para aceitar a chegada de refugiados, na sua maioria mulheres e crianças e de os apoiar com habitação, alimentação, vestuário e educação.

Segue-se a queda de Mariupol, outra "cidade estratégica, localizada nas margens do mar de Azov" a sudeste, onde se registou aquele que pode ser considerado como "um dos mais sangrentos conflitos" desta guerra, com um elevado "número de civis mortos" às mãos das forças russas.

A 2 de abril de 2022 a Ucrânia consegue recuperar Kiev, aproveitando-se "das dificuldades encontradas pela Rússia" e da consequente mudança "de foco do conflito para o leste ucraniano," onde se localiza província de Lugansk que acabaria nas mãos da Rússia a 3 de julho desse ano, "consagrando assim o objetivo desse país em concentrar seus esforços de guerra na porção leste do território ucraniano."

A 30 de setembro de 2022 é finalmente formalizado pela Ucrânia o pedido de entrada na NATO, "visando a um apoio militar efetivo da Organização do Tratado do Atlântico Norte. A Rússia nunca deixou de ameaçar que, caso a Ucrânia fosse ajudada por países pertencentes à NATO, estes países estariam sob mira de ataques russos, inclusivé de ataques com mísseis nucleares. E esse fator sempre serviu para que o apoio à Ucrânia fosse feito usando pinças, de forma a evitar que o conflito escalasse e se alargasse a outros territórios. A 5 de outubro de 2022, a Rússia procede à anexação ilegal e não reconhecida das províncias "de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia."

Um "cessar-fogo de 36 horas entre o meio-dia de 6 de Janeiro e a meia-noite de 7 de Janeiro, coincidindo com a celebração do Natal cristão ortodoxo," é permitido pela Rússia, mas poucos dias depois, a 13 de janeiro de 2023, a Rússia reclama a conquista de Soledar, "alegando ter provocado mais de 500 baixas nas forças de Kiev." Por seu lado, a Ucrânia admitiu uma “situação difícil” na defesa desta localidade, "mas continua sem admitir tê-la perdido para os invasores." Apesar de não haver registo de mortos ou feridos, a verdade é que nas "horas que antecederam o início do cessar-fogo, vários mísseis atingiram um prédio residencial na cidade ucraniana de Kramatorsk, perto da linha de frente oriental, danificando 14 casas." 

Ainda durante o mês de janeiro, a Alemanha anuncia "finalmente o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, depois de ter autorizado os países aliados a reexportar os veículos de fabrico alemão, e após dias de pressão, com este tema em cima da mesa." A caminho da Ucrânia estariam catorze veículos "Leopard 2."

Em fevereiro de 2023, quase um ano volvido, realiza-se "em Kiev a cimeira UE-Ucrânia para discutir as reformas necessárias para a adesão da Ucrânia ao bloco europeu." Além dos "tanques Leopard 2, de fabrico alemão," já enviados por Berlim, encontram-se também a caminho de Kiev, "os Challenger 2 britânicos" e trinta e um "Abrams norte-americanos," embora os "pedidos de aviões de guerra, em particular os caças F-16" ainda não tivessem sido atendidos. Quanto a Portugal, iria decidir nos dias seguintes sobre o envio dos Leopard 2 solicitados por Zelensky.

Dias depois das eleições que deram a Trump a vitória, Joe Biden, ainda presidente dos EUA, fez uma declaração em que dizia autorizar a Ucrânia a usar armamento americano para atacar alvos russos em território do invasor. Ou seja, a Ucrânia passou a dispor de uma melhor e mais avançada força bélica para usar contra alvos dentro das fronteiras russas, em vez de a usar apenas como defesa do seu próprio território. Esta mudança de paradigma trouxe logo uma resposta russa, com Vladimir Putin a voltar às ameaças, garantindo que iria atacar quem fosse o proprietário das armas e não apenas quem as usasse.

A 21 de novembro de 2024, a Rússia lança um míssil balístico "de alcance intermédio, capaz de transportar uma ogiva nuclear", o Oreshnik, "contra um alvo militar na cidade ucraniana de Dniepropetrovsk." Este ataque vem na "sequência das autorizações dos Estados Unidos e do Reino Unido para que as Forças Armadas ucranianas usem mísseis de longo alcance ATACMS e Storm Shadow, respectivamente, para atingir alvos militares dentro do território russo." O 
governo russo acusou ainda a "nova base militar dos EUA na Polónia," a qual foi inaugurada no passado dia 13, como sendo "mais um passo extremamente provocador numa série de acções profundamente desestabilizadoras por parte dos norte-americanos e dos seus aliados da NATO”. Esta base de defesa antimísseis de Redzikowo, na Polónia, há muito que foi incluída na lista de alvos prioritários” da Federação Russa “para possível destruição”.

Fontes:

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/tensao-entre-russia-e-ucrania.htm

https://www.publico.pt/2022/02/24/infografia/russia-invade-ucrania-guia-visual-entender-guerra-661#id44

https://www.publico.pt/2024/11/21/mundo/noticia/kiev-russia-disparou-missil-intercontinental-ucrania-2112767

 

 

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publicado às 23:42

Turquia ameaça avançar sobre Israel

por Elsa Filipe, em 29.07.24

Em resposta aos ataques contra a Palestina, o detentor do segundo maior exército da NATO, ameaçou Israel de poder vir a entrar no seu território com o objetivo de proteger os palestinianos. Erdogan, chegou mesmo a aludir ao apoio dado pela Turquia "ao Azerbaijão durante a Segunda Guerra do Nagorno-Karabakh contra a Arménia, em 2020," bem como ao envio de tropas para a Líbia em apoio ao "Governo de Acordo Nacional da Líbia," reconhecido pelas Nações Unidas, durante o mesmo ano.

Lembremo-nos que estas ameaças já vêm de trás, quando em inícios de dezembro, Israel afirmou que entraria pela Turquia se fosse necessário para combater o Hamas, mas com o agravamento da situação a cada dia que passa, poderemos ver em breve o escalar do conflito, com apoiantes dos dois lados a mostrar o seu poder bélico e a afrontar os seus opositores.

Erdogan criticou a "visita do primeiro-ministro israelita a Washington, onde foi aplaudido por representantes" de ambas as câmaras e acusou "o líder israelita Benjamin Netanyahu de genocídio, suspendendo todo o comércio com Israel e chamando de volta o embaixador turco."

Esta escalada de retórica, vem levantar "receios de um conflito regional mais amplo" que pode vir a envolver a NATO de uma forma mais intensa e direta. Netanuahu veio já comparar Erdogan a Saddam Husseim, relembrando a forma como o ditador iraquiano foi capturado e morto.

Se por um lado espero que "alguém" ponha "mão" em tudo isto e que os sucessivos ataques contra os palestinianos acabem, por outro, a entrada da Turquia nas hostes pode trazer graves consequências com o envolvimento da NATO. O que pode estar em causa é o envolvimento de vários países, alguns dos quais sob regimes ditatoriais que têm no seu território "zonas quentes" detidas por grupos armados.

Depois de, durante a noite passada, Israel "ter atingido uma série de alvos no Líbano," vem também o Hezbollah afirmar que efetuou diversos "ataques contra Israel", embora felizmente, não ter chegado a haver "relatos de vítimas destes ataques".

Fontes:

https://zap.aeiou.pt/turquia-admite-entrar-em-israel-para-proteger-palestinianos-617430

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/turquia-ameaca-entrar-em-israel-para-proteger-os-palestinianos/

https://pt.euronews.com/2024/07/29/diplomatas-tentam-evitar-guerra-regional-apos-ataque-ataque-que-matou-12-jovens-nos-montes

 

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publicado às 18:05

Celebra-se hoje o Dia da Europa. A data foi escolhida pelo Conselho Europeu de Milão, de 28 e 29 de junho de 1985 e celebrada pela primeira vez em 1986, de forma a assinalar a Declaração Schuman, e a necessidade de manter "a paz e a unidade do continente europeu."

Considera-se que a atual ideia de União Europeia, teve início com a proposta de Robert Schuman, que apresentou uma nova forma de cooperação política na Europa, que "tornaria impensável uma guerra entre os países europeus." No documento, de 9 de maio de 1950, destaca-se a frase:

"A paz mundial só poderá ser salvaguardada com esforços criativos à medida dos perigos que a ameaçam."

Em 2024, a ideia de uma Europa unida e democrática está presa por fios cada vez mais frágeis. Há muito que as ameaças têm sido ignoradas. Começando pela Lituânia, que alertou para a ameaça da Rússia em 2014, passando pelas palavras dirigidas à Finlândia que tem a maior fronteira terrestre da NATO com o território russo e que já disse estar na posse de "armas e equipamento militar armazenados na Noruega — e poderão fazê-lo igualmente na Suécia." Neste momento, é impossível falar em Europa sem referir a guerra na Ucrânia e a escalada do conflito naquela região. É impossível não nos lembrarmos das ameaças que constantemente são proferidas, seja em tom mais direto ou em tom mais irónico.  

Os EUA, já vieram também colocar em consideração, a possibilidade de usarem a Escandinávia como depósito de armas, "numa resposta clara à possibilidade de agressão russa contra um destes países do norte da Europa." E é por isto que não podemos descansar. É por isto que não podemos enfiar a cabeça na areia e ignorar o que se passa nas fronteiras que fazem parte do território europeu. A ideia de proteção mútua entre os países integradores da União Europeia, faz também com que, se um for ameaçado, os outros se coloquem também na sua pele e se sintam atacados, por meio de atos ou palavras. As palavras... essas que podem ter mais poder que um míssil e causar uma maior devastação, mas que tantas vezes são apenas palavras...

Esta semana, no discurso da tomada de posse de Putin, este referiu que estava aberto a dialogar com o ocidente de forma "sincera" - acrescentando as seguintes palavras: "veremos se continuam a travar o desenvolvimento do nosso país e a exercer pressão sobre o nosso país ou se procuram formas de cooperar connosco”. Um diálogo com cheirinho a ameaça...

Em 2024, são esses esforços criativos que estão a faltar. A guerra entrou pela porta da Eupopa, mas ainda não passou mais adiante por influência de vários fatores políticos. Espero, muito sinceramente, que as eleições europeias não nos venham a trazer nenhuma surpresa desagradável.

Fontes:

https://european-union.europa.eu/principles-countries-history/symbols/europe-day_pt

https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=35178&img=2661

https://expresso.pt/internacional/russia/2024-05-07-putin-toma-posse-pela-quinta-vez-e-garante-que-russia-nao-recusa-dialogo-com-ocidente-ccdd4edf

https://expresso.pt/internacional/guerra-na-ucrania/2024-05-06-putin-ja-puxa-dos-galoes-nucleares-vizinhos-armados-ate-aos-dentes-e-um-verao-que-cheira-a-nato-803-dias-em-guerra-9e6792a6

 

 

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publicado às 12:32

A NATO comemora 75 anos. E 75 anos continua a fazer sentido a sua existência, com o renascer da guerra dentro da Europa e, com um inimigo que não é novo: a Rússia.

Para celebrar esta data, o documento original que data de 1949, "viajou de Washington até Bruxelas," onde ficará hoje e amanhã em "exposição na sede da NATO."

Esta aliança militar, que começou com 12 membros e tem hoje 32, foi assinado num período de plena "oposição entre os blocos ocidental e oriental no âmbito da Guerra Fria" e, mantém ainda como "inimigo", já não a União Soviética, mas a Federação Russa. Os primeiros 12 países participantes foram os "Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Dinamarca, França, Grã-Bretanha, Itália, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos e Portugal." Em 1955, dando resposta "à adesão da República Federal da Alemanha (RFA) à NATO", o bloco de Leste criou "o Pacto de Varsóvia, uma aliança militar composta por oito países (URSS, Albânia, Bulgária, Roménia, Hungria, Polónia, Checoslováquia e Alemanha de Leste) e que acabou "dissolvido em 1991."

Recordo, que num discurso à nação russa, Putin, "fez acusações ao Ocidente, sobretudo aos EUA, à NATO e destacou o poderio militar russo" não deixando de salientar "a ameaça nuclear." Referindo-se à atual corrida ao armamento, comparou-a ao período da Guerra Fria, reforçando que os países que fazem parte da Aliança Atlântica, "têm de entender que nós também temos armas que os podem derrotar no seu próprio território". Foi nesta mesma declaração que Putin acusou a NATO (ou melhor, o "Ocidente") de ser a culpada de ter provocado "um conflito na Ucrânia, no Médio Oriente e noutras regiões do mundo e", pasmem-se, de "continua a mentir." Referindo-se a um período específico da II Guerra Mundial, em que a URSS saiu vitoriosa sobre a Alemanha, lembrou o "destino daqueles que uma vez enviaram tropas para o território" russo.

Sabiam que França, apesar de ter sido um dos países fundadores, esteve "fora" da Aliança entre 1966 e 2009? Bem, a sua saída foi apenas no âmbito militar, continuando a participar no âmbito político de forma a "desafiar a hegemonia americana no seio da organização."

O primeiro envolvimento militar da NATO, foi em 1993, durante a "guerra na Bósnia-Herzegovina, que se seguiu ao desmembramento da Jugoslávia." Em 1999, interviu também no conflito do Kosovo em 1999.

Em 2001, de forma a dar "resposta aos ataques terroristas nos Estados Unidos" a NATO invocou pela primeira e única vez até agora, "o Artigo 5.º"que "consagra o princípio da defesa coletiva" e estipula que, "um ataque contra um membro da NATO, é considerado como um ataque contra todos os Aliados."

Em 2014, para dar "resposta à anexação ilegal e ilegítima da Crimeia pela Rússia" e a invasão da Ucrânia em 2022, "a presença militar da NATO tem sido progressivamente reforçada na parte oriental do seu território para apoiar a sua postura de dissuasão e defesa." Assim, além do contingente militar que se encontra distribuído por oito países, enviou, também,  "navios para o Mar Báltico e para o Mediterrâneo," além de ter aunmentado o "nível de prontidão operacional das suas tropas." A vigilância aérea foi também reforçada.

Os últimos países a entrar para a NATO, foram a Finlândia (em abril de 2023) e a Suécia (março de 2024) o que veio pôr "fim à sua tradição de neutralidade militar e de não-alinhamento."

Fontes:

https://www.dn.pt/5362597734/putin-sobre-a-nato-e-a-ameaca-nuclear-eles-tem-de-entender-que-tambem-nos-temos-armas/

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/04/04/75-anos-da-nato-o-tratado-de-washington-em-exposicao-em-bruxelas

 

 

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publicado às 10:40

Na segunda-feira, Israel bombardeou um edifício contíguo à embaixada do Irão, em Damasco, na Síria, o que faz com que os EUA, estejam agora em alerto, com receio de um "ataque do Irão contra ativos israelitas ou norte-americanos no Médio Oriente." Este foi apenas mais um de vários ataques. Já em fevereiro, um ataque com mísseis atingiu um edifício de 10 andares "num bairro que concentra edifícios residenciais, escolas e centros culturais iranianos, e fica perto de um grande complexo dos serviços secretos."

A região está em ebulição, o que pode levar a qualquer momento a um alargamento do conflito. Eu acho que é cada vez mais importante tentarmos compreender o que é que este clima de tensão pode vir a trazer e, para o fazermos, é preciso olharmos para a história do Médio Oriente e da sua relação tanto com os EUA como com a Europa. Acho que é preciso compreendermos quem apoia quem (e porquê) bem como quais podem ser as consequências diretas e indiretas desse apoio. O apoio dos EUA a Israel pode levar a que outros países que também pertencem à NATO venham a ser atingidos, pelos estados que se revelam opositores a Netanyau. Por outro lado, o apoio de alguns países - tal como é o caso de Portugal - à população palestiniana, pode ter também consequências graves.

Neste ataque, perderam a vida 16 pessoas, entre as quais poderá estar "um comandante militar iraniano," que pertencia à "Força Quds, o braço paramilitar de elite da Guarda Revolucionária, responsável pelo relacionamento com governos e grupos aliados" de Teerão.

O "chefe do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah," já veio dizer que a resposta do Irão será "inevitável" sem, no entanto, dizer, onde, como e quando esta irá acontecer. Devemos lembrar que, desde o ataque de 7 de outubro, que "o Hezbollah e Israel" se atacam recíprocamente, em particular  "nas regiões fronteiriças entre os dois países." Estes ataques "já provocaram centenas de mortos, na maioria combatentes do Hezbollah e civis libaneses," aumentando "os receios sobre uma extensão do conflito."

São estes receios fundamentados?

Fontes:

https://www.dn.pt/6007382124/estados-unidos-em-alerta-maximo-para-um-eventual-ataque-do-irao/

https://www.dn.pt/6986719600/chefe-do-hezbollah-libanes-considera-inevitavel-resposta-do-irao-a-ataque-israelita-na-siria/

https://pt.euronews.com/2024/02/21/israel-lanca-ataque-contra-damasco-e-faz-dois-mortos

 

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publicado às 20:49

A morte de opositores ao governo russo já não é novidade, mas não posso deixar de referir que, enquanto familiares e amigos tentam fazer o funeral de Navalny, muita gente está a ser detida apenas por ir depositar flores. Segundo tem sido noticiado, a mãe de Navalny foi "alvo de chantagem por parte das autoridades russas, que a terão tentado forçar a realizar uma cerimónia fúnebre secreta, sem outros participantes." Várias agências funerárias foram ameaçadas para que não realizassem o transporte do corpo. Independentemente do lado em que cada um possa estar, isto é levar a opressão a um povo ao seu máximo, não permitindo sequer que se façam homenagens nem se manifeste apoio a uma causa. Dúvidas, se as existiam, penso que não há.

Isto, no dia seguinte à Rússia ter ameaçado usar armas nucleares contra os países da NATO. Esta ameaça vem no seguimento das declarações de vários representantes da Aliança Atlântica que estão a começar a ponderar um envolvimento mais direto no apoio à Ucrânia. 

Vladimir Putin garante que "não vai permitir que ninguém interfira nos assuntos internos da Rússia" (como se a Ucrânia fosse apenas um assunto interno) e ameaçou mesmo "os países da NATO com um ataque nuclear, caso a Aliança Atlântica envie tropas para a Ucrânia". Nas palavras de Putin, “sem uma Rússia forte e soberana não pode haver uma ordem estável no mundo”.

Informando que tinha armas capazes de atingir territórios de países da Aliança, Putin deixou ainda outro alerta: "agora que a Suécia e a Finlândia tiveram luz verde para se juntarem à Aliança Atlântica, a Rússia terá de fortalecer as suas capacidades militares destacadas junto a esses dois países." Não nos podemos esquecer que a Finlândia tem uma longa fronteira terrestre com a Rússia. 

Fontes:

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/russia-ameaca-paises-da-nato-com-ataque-nuclear_v1554019

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/estado-da-nacao-putin-alerta-para-risco-de-conflito-nuclear-caso-ocidente-envie-tropas-para-a-ucrania_n1553947
 

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publicado às 11:51

Eu tenho estado a acompanhar as notícias sobre as próximas eleições nos EUA. Portugal, que faz parte da NATO e que, constantemente, está a ser afetado pelas decisões políticas tomadas lá por fora, não pode ficar indiferente àquilo que se vai passando e, apesar de não termos força para mudar nada, pelo menos podemos ter os olhos abertos e ir observando o que se está a passar. Mais não seja, porque temos portugueses que vivem em comunidades espalhadas por vários países por todo o mundo.

As eleições serão apenas em novembro, mas até lá, terão ambos de "sobreviver" à dureza da campanha eleitoral e ao que ainda aí está para vir, especialmente, tendo Biden de honrar os seus compromissos como atual presidente, em especial no que concerne ao papel dos Estados Unidos na Nato e àquilo a que se comprometeram no que respeita aos conflitos atuais na Ucrânia e na faixa de Gaza.

Os dois candidatos à presidência dos EUA são Biden e Trump, ambos já com uma idade avançada. "Donald Trump tem 77 anos e Joe Biden 80. São os candidatos mais velhos de sempre à presidência dos Estados Unidos." Mas o problema, não está na idade em si, mas nas inúmeras gafes e situações constrangedoras por que ambos têm passado e que fazem muitos pensar se estarão de facto capazes de presidir ao destino da América e de tudo o que isso poderá vir a implicar. 

Numa situação que aqui serve de exemplo, "Donald Trump começou" um dos seus discursos agradecendo "aos cidadãos de Sioux Falls por terem votado nele em massa no passado. Mas o candidato republicano às presidenciais de 2024 não estava em Sioux Falls, no Dakota do Norte, mas sim em Sioux City, no Iowa. Não entendeu os gritos da multidão até que um político local lhe soprou ao ouvido que estava numa cidade diferente." Outras situações foram-se sucedend, entre as quais ter-se referido a "que ganhou a eleição contra Barack Obama (contra quem nunca concorreu), confundiu a Hungria com a Turquia e tem chamado húmus ao movimento islamita Hamas." Será este o homem que os americanos querem ver a ser eleito? O problema é que parece que sim... 

Mas o seu concorrente e atual presidente dos EUA também não se encontra melhor. Com mais 4 anos de idade que Trump, Biden tem tido também inúmeras situações em que seu estado mental e a sua memória podem ser postos em causa. Há uns dias, "Joe Biden, cometeu uma gafe e confundiu o mandatário da França, Emmanuel Macron, com François Mitterrand, morto em 1996. "Poucos dias depois, durante um evento de campanha, o presidente americano mencionou outra conversa que teria tido em 2021 com o ex-chanceler alemão Helmut Kohl, falecido em 2017."

Numa conferência de imprensa na Casa Branca na noite de quinta-feira, 8 de fevereiro, onde tentava "refutar as acusações sobre a deterioração das suas faculdades mentais," Biden conseguiu piorar "a situação, referindo-se ao presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi como o presidente do México."

As suas gafes não são uma novidade. "No início da guerra entre Rússia e Ucrânia," em 2022, "Biden confundiu o povo ucraniano e o povo iraniano." Na altura fez a seguinte declaração: “Putin pode cercar Kiev com tanques, mas nunca conquistará os corações e as almas do povo iraniano."

Num país de tão grandes dimensões, não haverá mais ninguém? É que se não roçar o ridículo, roça o triste... e o perigoso. Pois daqui poderão vir muitos perigos em decisões mal tomadas, em afirmações e mal entendidos que possam levar outros a se ofender e atacar. É que ès vezes brincamos e dizemos, quanto mais velho, mais teimoso... mas não esqueçamos que Putin também já vai com 71... e assim vai o mundo.

Fontes:

https://www.dn.pt/internacional/cicatrizes-da-inflacao-julgamentos-e-rejeicao-popular-marcam-revanche-biden-trump-17283329.html/

https://www.terra.com.br/noticias/mundo/biden-comete-gafe-e-confunde-macron-com-mitterrand,8c0c33cab0d29a50e0ce9ea0ec4223a5ll8int17.html?utm_source=clipboard

https://oantagonista.com.br/mundo/confusoes-gafes-e-lapsos-joe-biden-esta-caducando/#google_vignette

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publicado às 15:25

Ataque ao Irão

por Elsa Filipe, em 03.01.24

O ano ainda nem teve tempo de começar e já se sobrepõe atentados. Infelizmente, além dos ataques dos russos aos ucranianos e vice versa e nos constantes bombardeamentos na Faixa de Gaza, hoje regista-se um outro ataque que vem impor uma tensão maior no já quente Médio Oriente.

Ainda não se sabe quem foram os autores do ataque que matou pelo menos 103 pessoas e fez 141 feridos, "na província de Kerman, no sul do Irão, durante uma cerimónia de homenagem ao general Qassim Soleimani", suspeitando-se que tenha sido um ataque terrorista possivelmente obra do Estado Islâmico. Entre os mortos, cuja contagem ainda não foi encerrada, estão também várias crianças. 

A dupla explosão, ocorreu perto da mesquita Saheb al-Zaman, onde se encontra o túmulo de Qassem Soleimani, comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária, que foi morto em janeiro de 2020 num ataque de um 'drone' (aeronave sem tripulação) norte-americano no Iraque, e que é aclamado como "um herói do regime iraniano." Durante o seu funeral, "em 2020, registaram-se tumultos que causaram a morte de pelo menos 56 pessoas e ferimentos em mais de 200, quando milhares de pessoas se juntaram ao cortejo."

O presidente do Irão, Ebrahim Raisi, condenou os ataques “hediondos e desumanos”, enquanto o líder supremo do Irão, o ayatollah Khamenei prometeu “vingança”.

Quanto a Israel, o governo liderado por Benjamin Netanyahu não se pronunciou sobre o que aconteceu em Kerman, apesar de ser frequente que Teerão culpe Telavive de apoiar e incentivar grupos anti-Irão.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas já veio a público condenar o ataque que apelidou de “cobarde” e deu condolências às famílias das vítimas e ao governo iraniano. Este ataque ao Irão é o mais sanguinário desde 1978 - ainda antes da Revolução Islâmica - quando mais de 370 pessoas morreram num cinema de Abadan, atingido por um incêndio. Em 2022, o grupo reivindicou um ataque a um santuário xiita que matou 15 pessoas.
Fontes:
https://sicnoticias.pt/mundo/2024-01-03-Irao-Guterres-condena-ataque-que-matou-mais-de-100-pessoas-3596cec1
https://pt.euronews.com/2024/01/03/pelo-menos-20-mortos-em-explosoes-durante-cerimonia-de-aniversario-da-morte-do-general-sol
https://visao.pt/atualidade/mundo/2024-01-03-guterres-condena-ataque-que-matou-mais-de-100-pessoas-no-irao/

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publicado às 23:29

O Natal não fez a Rússia recuar e a Ucrânia foi mais uma vez atacada em grande escala. De um lado e do outro, intensificaram-se os ataques e mais uma vez é a população que sofre. De ambos os lados da fronteira, há a morte de crianças a lamentar e, se não fosse por mais nada, a última semana do ano é já uma semana negra.

Mais de 160 mísseis e dezenas de drones kamikaze foram lançados contra alvos ucranianos, muitos deles atingindo edifícios civis, armazéns, um centro de escritórios, uma estação de metro e até uma maternidade. Será que eram alvos militares para os russos? Em Kharkiv, junto à fronteira russa, foram atingidos "um hospital, uma escola, várias empresas e prédios" de habitação. 

Cerca de 31 mortos e 160 feridos, é o balanço provisório do mais grave ataque desde o início do conflito. Os ataques começaram ainda de madrugada. A Rússia começou por lançar "dezenas de drones Shahed de fabrico iraniano contra o país vizinho. A seguir, vários aviões de combate e navios dispavam 110 mísseis de cruzeiro. A maioria foi abatida mas os poucos que chegaram aos destinos causaram morte e destruição."

O presidente ucraniano garantiu que o “terror russo” não ficaria sem resposta, enquanto "o conselheiro presidencial ucraniano Andriy Yermak" pedia "ao ocidente mais ajuda para enfrentar os ataques russos." O porta-voz de António Guterres, afirmou que "os ataques contra civis e infraestruturas civis violam o direito humanitário internacional".

Em resposta aos ataques, a Ucrânia atacou hoje o território russo, naquele que foi considerado até agora o ataque mais mortífero perpetrado pelo exército ucraniano, que deixou pelo menos 14 mortos e mais de 100 feridos. "Segundo o comunicado das autoridades russas, entre os mortos há duas crianças. Os tiros da artilharia ucraniana atingiram vários edifícios da cidade de Belgorod, capital da província russa homónima, que partilha 552 quilómetros de fronteira com a Ucrânia. Entre as infraestruturas visadas estão a sede do governo regional e uma universidade."

Na sequência deste ataque, o Kremlin pediu já uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

Num comunicado, o ministério russo da defesa definou o ataque como um "crime," e que a Ucrânia "está a tentar desviar a atenção da derrota na frente e também a provocar-nos a cometer atos semelhantes". Será que está a ver os acontecimentos pela correta sequência temporal?

A Ucrânia, por seu lado, contrapõe que "esta foi uma represália pelo ataque maciço de sexta-feira de madrugada, em que a Rússia enviou mais de 160 mísseis e drones para vários pontos da Ucrânia, fazendo pelo menos 39 mortos e 160 feridos."

O conflito, que está longe de terminar, está agora em risco cada vez maior de envolver a Polónia, que diz que um míssel russo percorreu cerca de 40 quilómetros do seu espaço aéreo sem autorização. Não nos esqueçamos que a "Polónia faz fronteira com a Ucrânia e é membro da NATO e da União Europeia."

No seguimento desta informação, o "presidente polaco, Andrzej Duda, convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional," e o "secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, revelou que já entrou em contacto com o presidente polaco para manifestar o apoio da Aliança Atlântica." Temo que apesar do frio do inverno, as coisas estejam a começar a aquecer cada vez mais e que não tarde estejamos todos envolvidos.

Enquanto isso... por cá vamos passar o ano com um governo sem Primeiro-ministro e preocupados com o aumento da mortalidade devido aos cada vez maiores focos gripais que estão a levar já ao regresso do uso das máscaras de proteção.

 

Fontes:

https://observador.pt/2023/12/29/o-maior-ataque-aereo-russo-desde-o-inicio-da-guerra-fez-31-mortos-e-mais-de-160-feridos/

https://pt.euronews.com/2023/12/30/ucrania-ataca-territorio-russo-e-faz-pelo-menos-14-mortos

https://pt.euronews.com/2023/12/29/polonia-diz-que-missil-russo-dirigido-a-ucrania-entrou-no-espaco-aereo-do-pais

 

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publicado às 16:47

A NATO

por Elsa Filipe, em 04.04.22

Não é raro o dia em que esta sigla não nos entre "casa dentro", mas quais são os seus objetivos, de uma forma geral? O que significa e o que faz esta organização?

Criada a 4 de abril de 1948, NATO (em português, OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte) é formada hoje em dia por 30 países, e tem como principais objetivos a promoção de valores democráticos e a promoção entre os seus membros, a consulta e cooperação em matérias relacionadas com a defesa e segurança com vista a resolver problemas, desenvolver confiança e, a longo prazo, evitar conflitos. O último país a aderir à NATO foi a Macedónia do Norte, em 2020.

 A sede da NATO localiza-se na região belga de Bruxelas (Bélgica).

A nível militar, esta organização afirma estar empenhada na resolução pacífica de litígios, mas caso os esforços diplomáticos falhem, a NATO conta com poder militar para realizar operações de gestão de crises. Estas são realizadas no âmbito da cláusula de defesa coletiva do tratado de fundação da NATO - Artigo 5º do Tratado de Washington ou no âmbito do mandato das Nações Unidas, individualmente ou em cooperação com outros países e organizações internacionais.

A NATO pauta-se pelo princípio de que um ataque contra um ou mais dos seus membros é considerado um ataque contra todos. Este é o princípio de defesa coletiva consagrado no Artigo 5º do Tratado de Washington.

Até hoje, o Artigo 5º foi invocado apenas uma vez - em resposta aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Cada país membro tem uma delegação permanente na sede política da NATO em Bruxelas. Cada delegação é liderada por um "embaixador" que representa o seu governo no processo de consulta e tomada de decisão da Aliança.

O Conselho do Atlântico Norte (CAN) é o principal organismo de decisão política da NATO. Cada país membro tem um assento no CAN.
O Conselho reúne-se, pelo menos, uma vez por semana ou sempre que seja necessário, a diferentes níveis. É presidido pelo Secretário-Geral, que ajuda os membros a chegarem a acordo sobre matérias fundamentais. Ele é também responsável por orientar o processo de consulta e de tomada de decisões na Aliança e por garantir a implementação das decisões. O Secretário-Geral é igualmente o principal porta-voz da NATO, e lidera o Secretariado Internacional da Organização, que presta aconselhamento, orientação e apoio administrativo às delegações nacionais na sede da NATO. 

O atual secretário-geral é o ex-primeiro-ministro norueguês Jens Stoltenberg, que assumiu o cargo a 1 de outubro de 2014. A liderança de Stoltenberg como secretário-geral foi prorrogada para outro mandato de quatro anos, o que significa que ele liderará a OTAN até 30 de setembro de 2022.

Temos de perceber a conjuntura que se vivia na época em que foi criada. Tinha terminado a 2ª Guerra Mundial em 1945. Em 1948, inicia-se a Guerra Israelo-Árabe, quando o Egito, a Síria, a Jordânia, o Líbano e o Iraque, apoiados pela Arábia Saudita e pelo Iémene, invadem o território do antigo Mandato Britânico da Palestina.

Por outro lado,  enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra Fria que se estenderia pelos próximos quarenta e seis anos (1945-1991). 

A NATO era inicialmente pouco mais que uma associação política, até ao despoletar da Guerra da Coreia. A Guerra Fria levou a uma rivalidade com os países do Pacto de Varsóvia (assinado em 1955 pela União Soviética e sete outras repúblicas socialistas do Bloco Oriental da Europa Central e Oriental).  As dúvidas sobre a força da relação entre os países europeus e os Estados Unidos eram constantes, junto com questões sobre a credibilidade das defesas da NATO contra uma potencial invasão da União Soviética, o que levou ao desenvolvimento da dissuasão nuclear francesa independente e a retirada da França da estrutura militar da organização em 1966 por 30 anos.

Depois  da queda do muro de Berlim, em 1989, a organização foi levada a intervir na dissolução da Jugoslávia e conduziu as suas primeiras intervenções militares na Bósnia em 1992-1995 e, posteriormente, na Jugoslávia em 1999. Politicamente, a organização procurou melhorar as relações com países do antigo Pacto de Varsóvia, muitos dos quais acabaram por se juntar à aliança em 1999 e 2004.

Assim, percebendo um pouco da confusão geo-política que se vivia, em 1948, surge o Tratado de Bruxelas. Este foi um tratado de defesa mútua criado contra a ameaça soviética no início da Guerra Fria, assinado em 17 de março de 1948 por Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, França e Reino Unido e é a este tratado que devemos o posterior aparecimento da NATO. Devido à ameaça soviética e ao Bloqueio de Berlim em 1948, procedeu-se à criação de uma organização de defesa multinacional, a Organização de Defesa da União Ocidental, em setembro de 1948. Mas com membros com pouco poder militar e ainda não recuperados da grande guerra, os líderes europeus reuniram-se com oficiais de defesa, militares e diplomáticos norte-americanos no Pentágono para projetar uma estrutura nova e sem precedentes para uma associação. As negociações resultaram no Tratado do Atlântico Norte. Incluiu os cinco países do Tratado de Bruxelas, bem como os Estados Unidos, Canadá, Portugal, Itália, Noruega, Dinamarca e Islândia.

 

 

Fontes:

https://www.nato.int/nato-welcome/index_pt.html#members

https://pt.wikipedia.org/wiki/Secret%C3%A1rio-geral_da_Organiza%C3%A7%C3%A3o_do_Tratado_do_Atl%C3%A2ntico_Norte

https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pacto_de_Vars%C3%B3via

https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_do_Tratado_do_Atl%C3%A2ntico_Norte

 

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