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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Assim devia ser, todos os dias e... em todo o lado.
Infelizmente, a paz é quase uma utopia, algo impossível de alcançar. Neste dia, os Estados deviam reforçar os ideais de paz, "através da observação de 24 horas de não-violência e de cessar-fogo em todo o mundo."
Mas o que temos?
Numa cultura de paz em que deveria prevalecer o "respeito pela vida, pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais," temos milhares de pessoas deslocadas dos seus países, fugindo praticamente sem nada.
Quando "a promoção da não-violência através da educação, do diálogo e da cooperação" falha, temos escolas a ser destruídas por mísseis, meninos e meninas sem poderem estudar porque as salas onde antes se ensinava para a vida, estão agora a servir-lhes de abrigo. Estas crianças nunca mais sentirão na escola um lugar seguro. As lembranças dos seus dias de infância serão negros e escuros, os seus ouvidos não lembrarão cantigas de roda, mas o silvar das balas e a queda das bombas. Os gritos. A agonia.
Se não se consegue um "compromisso com a resolução pacífica dos conflitos", quem sofre são sempre os mais frágeis, aqueles que menos têm, aqueles que só queriam estar junto das suas famílias nas suas casas.
Quando falha "a adesão à liberdade, à justiça, à democracia, à tolerância, à solidariedade, à cooperação, ao pluralismo, à diversidade cultural, ao diálogo e à compreensão a todos os níveis da sociedade e entre as nações," falha também a humanidade. Falhamos todos.
A guerra devia ser uma memória que tivesse de ser contada nos livros de história aos alunos, nunca uma vivência para qualquer criança ou jovem, nunca uma ameaça ou, uma certeza. A paz, parece estar cada vez mais longe e a ameaça de um conflito global envolve-nos a todos. Desde que o Homem é Homem, que esta dicotomia faz parte da sua natureza. A humanidade evoluiu tanto e, nisto, fomos incapazes de evoluir, de construir pontes e de quebrar fronteiras. A guerra nunca trouxe nada de positivo, muito pelo contrário, mas é com armas que constroem barreiras entre culturas, é com a morte que se destrói um povo.
Fontes:
https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-internacional-da-paz
Depois de inúmeras situações em que as condições de Joe Biden para continuar na corrida à Casa Branca foram postas em causa, ontem o atual presidente dos EUA, acabou mesmo por desistir da sua candidatura e de mostrar o seu apoio à candidatura da sua atual vice-presidente.
A situação não é nova nos EUA. "A última vez que um presidente americano em exercício abandonou a campanha para a reeleição foi em 1968 e o protagonista foi Lyndon Baines Johnson." Joe Biden saiu, na opinião de vários comentadores (e na minha também) por ter sido "empurrado" tantos pela alta esfera democrata, como pelos patrocinadores da campanha, devido aos resultados das sondagens que têm mostrado o baixo apoio demonstrado pelos próprios democratas. A situação piorou depois de Biden, de 81 anos, se ter mostrado muito fragilizado tanto física como cognitivamente, durante "um debate televisivo com Donald Trump, a 27 de junho. Neste debate, Biden mostrou "dificuldade em refutar as afirmações muitas vezes falsas do seu oponente, deu as suas próprias respostas de forma desconexa e, por vezes, olhou fixamente para o espaço." Nos dias seguintes, nas entrevistas e aparições públicas que se sucederam e que serviriam tranquilizar os eleitores e o seu próprio partido, Biden não convenceu, parecendo sempre cansado.
No comunicado transmitido ontem à noite, Biden afirma-se profundamente "agradecimento à sua equipa, em especial à vice-presidente Kamala Harris "por ser uma parceira extraordinária em todo este trabalho".
A decisão do Partido Democrático ainda não está tomada e só será oficializada durante a Convenção Nacional que acontecerá a 19 do próximo mês. Kamala Harris está a receber já apoio de outros democratas, como é o caso do "governador da Califórnia, Gavin Newsom," do "secretário dos Transportes, Pete Buttigieg," e do "governador da Pensilvânia, Josh Shapiro." Além destes, também a "ex-candidata democrata à presidência Hillary Clinton, o ex-presidente Bill Clinton e o ex-secretário de Estado John Kerry", bem como a atual "senadora do Massachusetts, Elizabeth Warren, e a senadora do Minnesota, Amy Klobuchar, que concorreu contra Biden para a nomeação em 2020," mostraram já o seu apoio a Kamala Harris.
Kamala Harris poderá vir a ser a primeira mulher a assumir a presidência dos EUA.
Kamala tem 59 anos e cresceu em Oakland, na Califórnia. É filha de pai "jamaicano-americano e mãe indiana tamil." Formou-se em direito, tendo-se tornado "procuradora distrital, subindo no sistema jurídico da Califórnia antes de ser eleita procuradora-geral do estado em 2010", função para a qual foi reeleita em 2014. Em 2016, foi "eleita para o Senado dos EUA," onde substituiu "a senadora democrata Barbara Boxer."
Em 2019, Kamala chega a lançar a sua campanha, como opositora de Biden, mas depois de alguns fracos resultados, acaba por entrar com ele na campanha às presidenciais em 2020. Quando ganharam as eleições, "Harris tornou-se a primeira mulher, a primeira pessoa negra e a primeira pessoa de origem sul-asiática a servir como vice-presidente dos EUA de uma só vez." Como vice-presidente, ela recebeu de Biden uma pasta com "questões imponentes, entre as quais a imigração e o direito de voto - questões profundamente polémicas que só poderiam ser abordadas através de legislação importante, algo que, por sua vez, exigia o apoio de uma supermaioria do Senado que os democratas não dominavam." As reformas que defendeu, nunca tiveram "sucesso no Capitólio" e o esforço feito "para resolver os problemas de imigração", foram postos em causa numa entrevista em que se mostrou bastante "irritada quando lhe perguntaram porque é que ainda não tinha visitado a fronteira entre os Estados Unidos e o México."
Donald Trump refere que será mais fácil vencer Kamala Harris, caso seja ela a candidata democrata, desvalorizando as suas competências e a sua determinação para assumir a presidência, aproveitando ainda para acusar Biden de ser "corrupto" e "inapto" e acusa ainda "toda a sua equipa de ter mentido sobre a capacidade do presidente dos EUA."
Fontes:
https://pt.euronews.com/2024/07/21/joe-biden-desiste-da-corrida-a-casa-branca
Portugal foi um dos muitos países afetado por um problema que atingiu os sistemas da Microsoft pelo mundo fora. O "apagão" afetou a "aviação civil e o transporte ferroviário em vários países", bem como, "bancos, serviços de saúde e estações televisivas, como a britânica Sky News".
Mas o que originou este "apagão" parece que nem sequer foi nenhum ataque informático, mas sim uma simples atualização no software de uma outra empresa, neste caso, "num serviço da empresa de cibersegurança Crowdstrike, utilizado pela Microsoft." Esta atualização, que eventualmente, tinha um erro, acabou por provocar toda esta situação que levou a que "milhares de computadores com o sistema operativo windows" tivessem ficado bloqueados. Esta espécie de "erro" decorreu mesmo de um antivírus, cuja nova atualização, "não é muito compatível com os sistemas Microsoft."
Em Portugal, as falhas informáticas afetaram "companhias aéreas, segundo avançou a ANA-Aeroportos, com constrangimentos no check-in e no embarque para diversos voos", embora o sistema informático dos aeroportos portugueses não tivesse sido diretamente atingido.
A conclusão a que podemos chegar é que quantos mais serviços de software estiverem interligados, mais vulneráveis ficaremos a este tipo de ocorrências, e que dependemos todos deste tipo de sistemas informáticos para que os nossos sistemas funcionem. Existe, como já se falou por diversas vezes, a necessidade de manter sistemas redundantes que, numa situação como esta, possa permitir o funcionamento dos hospitais, dos transportes e das telecomunicações.
Fontes:
Assinala-se hoje o Dia internacional das Mulheres na diplomacia, instituída apenas há dois anos por resolução aprovada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas. Esta data pretende valorizar o papel que as mulheres desempenham a nível diplomático, mas que muitas vezes é relegado para segundo plano, bem como a importância de dar cada vez mais competências às mulheres desde tenra idade, como acesso à educação e formação superior e acesso a cargos de topo em empresas e organizações.
"Este dia procura apelar à reflexão sobre o desequilíbrio no acesso à carreira diplomática e a sub-representação feminina, em especial, nas posições diplomáticas de topo."
Podemos destacar Minerva Bernardino, nascida em Santa Cruz de El Seibo, em 1907. Foi uma diplomata da República Dominicana, tendo promovido "os direitos das mulheres internacionalmente" e sendo conhecida como "uma das quatro mulheres a assinar a Carta das Nações Unidas, o tratado original da Organização das Nações Unidas (ONU)." Ao longo da sua vida, Minerva dedicou o seu trabalho à promoção dos "direitos políticos e, especialmente," ao melhoramento do "sufrágio feminino nos países latino-americanos." Em 1945, Minerva consegue mesmo estar na Conferência de São Francisco "como representante da República Dominicana," enviada pelo ditador Rafael Trujillo, que via este gesto como uma "oportunidade de baixo risco para parecer progressista". No ano seguinte, fez parte da presidência da "Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto da Mulher," comissão que viria a ter grande relevância na adoção de uma "linguagem inclusiva de género na Declaração Universal dos Direitos Humanos," bem como na "criação da Declaração sobre a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, de 1967."
No ano de 1954, conseguiu incluir na "Convenção sobre os Direitos Políticos das Mulheres," a afirmação dos "direitos das mulheres de votar, concorrer e ocupar cargos." Apoiou também "o direito internacional que asseguraria a igualdade da mulher no casamento e no divórcio," através da "Convenção de Montevidéu sobre a Nacionalidade da Mulher Casada de 1933."
Outra mulher relevante foi a brasileira Bertha Lutz. Filha de Adolfo Lutz, Bertha foi "ativista feminista," tendo-se destacado também como "bióloga, educadora, diplomata e política brasileira." O seu principal papel de destaque foi na "educação no Brasil do século XX."
Bertha iniciou-se na política em 1934, como candidata "à Câmara dos Deputados" pelo "Partido Autonomista do Distrito Federal," chegando mesmo a assumir a posição de deputada em "1936, após a morte do deputado titular Cândido Pessoa." O Estado Novo, instaurado por Getúlio Vargas em 1937, veio pôr fim ao seu mandato. Tal como Minerva, "integrou a delegação brasileira à Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional em São Francisco, no Estados Unidos, em 1945, onde lutou para incluir menções sobre igualdade de género no texto da Carta das Nações Unidas".
Em Portugal, não posso deixar de destacar o papel de Carolina Beatriz Angelo, que se tornou a primeira mulher a obter o direito de votar no nosso país, tendo-se tornado "um marco na história das mulheres e da sua luta pelo direito ao voto, à inclusão social e ao direito de participação na vida política."
Um outro nome que não pode ser deixado de lado nesta data é o de Maria de Lourdes Pintassilgo, que ainda "durante o Estado Novo, foi convidada por Marcelo Caetano para se candidatar a deputada à Assembleia Nacional," tornando-se na "primeira mulher a exercer funções como procuradora à Câmara Corporativa nas duas últimas legislaturas deste órgão, até abril de 1974." Foi também presidente do "Grupo de Trabalho para a Participação da Mulher na Vida Económica e Social e à Comissão para a Política Social relativa à Mulher (mais tarde denominada Comissão da Condição Feminina)."
Em 1975, Maria de Lourdes Pintassilgo, "tomou posse como embaixadora junto da ONU para a Educação, Ciência e Cultura" e, entre 1979-1980, foi "a primeira mulher primeira-ministra em Portugal (segunda na Europa, seguindo Margaret Thatcher), a convite de Ramalho Eanes para chefiar o Governo de Gestão."
Fontes:
https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-internacional-das-mulheres-na-diplomacia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minerva_Bernardino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bertha_Lutz
https://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/Exposicao-As-mulheres-que-mudaram-Portugal.aspx
A Rússia está praticamente a um mês de ir a eleições e poucos duvidam que Putin vai continuar a governar. Afinal, quantos são os seus opositores e que poder têm? As "eleições presidenciais na Rússia," deverão colocar Putin por "mais seis anos no poder."
Navalny, "líder da oposição russa, advogado e ativista político, reconhecido pela sua luta contra a corrupção e autoritarismo,"morreu na prisão possivelmente na tarde desta sexta-feira. De acordo com os serviços prisionais, Navalny "sentiu-se mal depois de uma caminhada", estando as causas da morte a "ser apuradas". De acordo com o "hospital da cidade de Labytnangui, perto da colónia penal," os "médicos que chegaram ao local continuaram as operações de reanimação já efetuadas pelos médicos da prisão durante mais de 30 minutos, mas o óbito acabou por ser declarado no local."
Tinha apenas 47 anos e era um forte opositor ao regime de Vladimir Putin. Era "casado com Yulia, pai de Daria e Zakhar." Nos anos "2000, inicialmente através do seu blog" Navalny começou a expor diversos "casos de corrupção no Governo russo e em empresas estatais como a gigante do gás Gazprom e a gigante do petróleo Rosneft." Ganhos muitos inimigos mas também vários apoiantes. "Em 2020, Navalny" esteve perto da morte depois de ter sido vítima de "envenenamento com o agente nervoso Novichok, um incidente que atraiu condenações internacionais e suspeitas de envolvimento do Governo russo." Fez a sua recuperação na Alemanha e podia ter ficado por lá, mas em janeiro de 2021, resolve voltar a enfrentar o regime e regressar ao seu país. Assim que chega a Moscovo, é novamente detido. "Desde então, tem alternado estadas em confinamento solitário com condições de detenção rigorosas." Foi "acusado de extremismo," levando num somatório de várias penas a uma condenação de cerca de 30 anos, os quais teria de cumprir "numa colónia de regime especial." Este tipo de prisões são as que têm as mais duras "condições de detenção" e, normalmente, estão "reservadas a presos a cumprir pena de prisão perpétua e aos detidos mais perigosos."
Em outubro do ano passado, conseguem isolá-lo um pouco mais, através da detenção de três dos seus advogados e, em dezembro, a família e os seus apoiantes passam cerca de três semanas sem saber do seu paradeiro até que no final de dezembro recebem a notícia de que se encontra numa prisão siberiana. Segundo os seus apoiantes, foi novamente isolado para que não consiga de nenhuma forma interferir nas "eleições presidenciais de março," mas os serviços prisionais informam que tinha estado de quarentena e que, depois disso, teria sido condendo a mais sete dias de solitária por não se ter "identificado" de forma correta.
Por todo o mundo se fala da sua morte, das dúvidas que as declarações prestadas pelos serviços prisionais suscitaram e agora a grande questão que é saber onde está o corpo. Assim que a notícia foi divulgada, "centenas de pessoas em dezenas de cidades russas acorreram com flores e velas a memoriais e monumentos improvisados em homenagem às vítimas da repressão política." Muitas acabaram detidas, por motivos políticos e acusadas de estarem a participar em manifestações contra a guerra. Fala-se já em mais de 400 detenções, sendo que cerca de 200 destas detenções aconteceram apenas em São Petersburgo.
"Fora da Rússia, as manifestações de luto pela morte do opositor de Putin foram mais visíveis," como aconteceu na capital da Estónia, onde muitas pessoas se juntaram em "frente à embaixada de Moscovo e não esconderam as lágrimas nem a raiva pelo que consideram mais um homicídio do regime."
Já na "Áustria, apoiantes de Navalny no exílio reuniram-se num momento solene em memória do ativista junto da missão diplomática russa em Viena." Noutros países europeus, "os momentos de homenagem repetiram-se" marcando a admiração pela coragem de Navalny em "fazer frente ao regime de Putin, mesmo que não tenha sido sempre uma figura consensual no seio da oposição russa."
"Poucos minutos após o anúncio da morte de Alexei Navalny, o Ocidente começou a pronunciar-se e a acusar Putin de ser responsável," incluindo João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios estrangeiros de Portugal. O próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acabou por afirmar que Navalny "merece o nosso respeito e admiração pela forma como lutou pelas suas convicções, sabendo os riscos que corria".
Grigory Mikhnov-Voitenko, "sacerdote da Igreja Ortodoxa Apostólica - um grupo religioso independente da Igreja Ortodoxa Russa" - foi um dos detidos. Este sacerdote tinha anunciado "nas redes sociais planos para realizar uma cerimónia em memória de Navalny" e após a sua detenção no sábado de manhã, "foi hospitalizado com um AVC."
Fontes:
https://sicnoticias.pt/mundo/2023-10-13-Advogados-de-Alexei-Navalny-presos-na-Russia-1d737b1f
https://pt.euronews.com/2024/02/16/russos-prestam-tributo-a-navalny-mesmo-arriscando-a-detencao
A esta hora já muita gente está em 2024. Eram por cá 10 horas e já Kiritimati, no arquipélago de Kiribati na Oceânia era a primeira região a entrar no novo ano. "A pequena ilha no oceano Pacífico, também conhecida como ilha do Natal, tem um fuso horário 14 horas à frente do Tempo Médio de Greenwich."
Seguem-se "Tonga, Samoa e partes da Nova Zelândia, uma hora mais tarde. Uma hora depois, partes mais a leste da Rússia, juntamente com as ilhas Fiji," passam para 2024. É sempre estranho quando penso que estamos uns num ano e outros noutro...
Quando for meia noite em Portugal, "apenas cerca de metade do planeta terá chegado" também ao novo ano. "O último lugar chegar a 2024 serão as ilhas da Samoa Americana, novamente no Pacífico, cerca de 24 horas depois." Vamos acordar e ainda não será 2024 em todo o planeta.
Por cá preparam-se os fogos de artifício, que embora mais pequenos do que em Sydney ou Dubai, levarão certamente milhares a olhar para os céus.
Na Coreia do Sul, vive-se uma tradição já "centenária: na passagem da meia noite, o Sino Bosingak toca 33 vezes. Esta cerimónia pretende representar a esperança, a renovação a e sorte."
Em França, várias regiões estão em alerta máximo. Especificamente em Paris, "vive-se com a segurança reforçada ao máximo, devido à ameaça de um ataque terrorista." Os receios estão relacionados com aquilo "que está a acontecer em Israel e na Palestina"
Deste ano gostaria de poder deixar para trás muitas das coisas negativas que me acontecerão, mas sei que isso é apenas uma utopia. O mundo amanhã irá acordar um ano mais velho... mas os homens não terão aprendido grande coisa entretanto.
Adeus 2023 e que 2024 chegue, pelo menos, trazendo algum juízo aos grandes decisores mundiais.
Fontes:
https://portocanal.sapo.pt/noticia/343722
https://pt.euronews.com/2023/12/31/paris-em-seguranca-maxima-na-passagem-de-ano
Para já começo por dizer que só vi hoje as notícias e que, apesar de estar acordada à hora a que se deu o abalo, não dei por nada. Pelo que se sabe até agora, não houve danos em Portugal.
O sismo de 6,9 ocorreu às 23h11, a uma profundidade de 18,5 quilómetros, e foi registado nas estações da Rede Sísmica Nacional. O epicentro foi na localidade de Ighil, que se situa a 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe. Um segundo tremor de 4,9 foi registado a nordeste de Taroudant (200 quilómetros a sul de Marraquexe) por volta das 23h30. O tremor foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 quilómetros do epicentro, bem como em Casablanca e Rabat, a 300 e 370 quilómetros, respetivamente. O sismo foi sentido também no sul de Espanha, onde o serviço de emergências da Andaluzia registou cerca de 20 chamadas provenientes das províncias de Huelva, Sevilha, Málaga e Jaén. De acordo com relatos nas redes sociais, o sismo foi sentido ainda no Mali e na Argélia.
Até agora, estão contabilizados pelo menos 1305 mortos e 1832 feridos, 1220 dos quais em estado grave, segundo informação da televisão estatal do país africano, citada pela Reuters. O número ainda pode aumentar muito, como sabemos de situações anteriores. E quanto a desaparecidos ainda não há dados, principalmente porque ainda há zonas afetadas onde ainda não chegou qualquer ajuda.
Muito se tem falado na possibilidade de haver um sismo de grandes dimensões a atingir o nosso país e a verdade é que os pequenos abalos têm sido frequentes. Neste caso em específico, o facto do epicentro se ter dado a várias centenas de quilómetros, não trouxe nenhum constrangimento no nosso país.
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros já entrou em contacto com alguns portugueses que se encontram em Marrocos, informaram em comunicado: "Todos os portugueses com quem, até ao momento, foi estabelecido contacto encontram-se bem, não tendo reportado problemas de saúde ou danos materiais substantivos".
Para sabermos o que se tem vindo a falar nos noticiários, em especial as escalas de que falam, ficam aqui algumas informações. A Escala Richter é uma ferramenta que foi criada em 1935 pelos pesquisadores Charles Francis Richter e Beno Gutenberg e serve para verificar a magnitude de um tremor de terra por meio da medição das ondas liberadas pelo sismo em seu ponto de origem. O cálculo da Escala Richter é feito por meio da utilização de sismógrafos, que indicam a magnitude de um tremor de terra. Por outro lado, a Escala de Mercalli avalia a intensidade, por meio da observação dos impactos gerados pelos tremores de terra.
O substrato terrestre é dinâmico e está em constante movimentação, devido ao deslocamento das placas tectónicas, portanto a ocorrência de terramotos é comum, especialmente em zonas geográficas localizadas nas áreas de contato dessas placas. Quando esse deslocamento envolve maior liberação de energia, ocorrem eventos sísmicos mais intensos, ou seja, de maiores magnitudes na Escala Richter.
Fontes:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/escala-richter.htm
Bom dia!
Para começar, dizem que hoje completo 40 anos de vida! E para mim é um dos primeiros marcos da minha vida. Já vivi experiências muito diversas e tenho uma vida (razoavelmente) estável, se comparada a tantas pessoas que vivem em dificuldades.
Nasci na maternidade do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, num parto difícil, a ferros. Apesar de ter tido uma infância feliz em que nada me faltou, olho agora para trás e vejo que os meus problemas de saúde foram começando na infância e na época não foi dada qualquer atenção. Era a chata que dizia ter dores de cabeça para ficar na sala e não ir brincar, implicava com os barulhos e a confusão das festas de aniversário, ficava com febre porque não queria ir ao infantário (como se eu pudesse provocá-la conscientemente)... mais tarde, as dores musculares e articulares limitaram a minha continuidade na ginástica, não fui escolhida para a acrobática e os trampolins levaram a lesões sucessivas e mal curadas, que hoje em dia sei que teriam tido outros cuidados.
Refletindo na minha vida, foram 40 anos a lidar comigo mesma e se acham que sou difícil, acreditem que sozinha comigo, às vezes sou bem pior! Mas foram também 40 anos de grandes conquistas e realizações: ter um filho foi a maior de todas. Hoje em dia, já não me importa o que disseram de mim no passdo, o que me criticaram ou quem se considerava superior a mim. Hoje em dia, o meu foco é na minha vida e na vida do meu filho, no nosso crescimento como pessoas. Hoje em dia, ao contrário daquilo que acontecia há sete ou oito anos atrás, não me vejo uma pessoa cheia de limitações que está prestes a se reformar. Estou num patamar diferente, em que a aceitação das limitações, me levam sim a desafiar os meus próprios limites e a aproveitar cada dia e cada momento mesmo com dores.
Em 40 anos, o mundo tem mudado muito e já não é o mesmo. Em novembro de 1983, um exercício da NATO, (tratava-se dos exercícios militares Able Archer, que se baseavam no cenário hipotético de uma invasão soviética da Europa Ocidental que escalaria ao ponto da NATO realizar um ataque nuclear contra as forças da URSS e do pacto de Varsóvia - bloco comunista) - e que levou a que quase se tivesse entrado numa verdadeira guerra nuclear. Felizmente, tal não chegou a acontecer apesar da tensão constante entre as duas forças.
Mas será que 40 anos mudaram assim tanto o nosso país?
Em Portugal o ano de 1983, foi marcado por diversas greves e manifestações sindicais, em especial da CP, metropolitano e Carris. No dia 7 de Junho de 1983, vários trabalhadores da margem sul do Tejo, das empresas Lisnave, Parry and Sons, Companhia portuguesa de Pescas, Siderurgia Nacional e Mundet, realizam ações de rua, que incluem o corte do trânsito da auto-estrada Lisboa-Setúbal, como protesto contra a situação nestas empresas e o atraso no pagamento de salários.
A 5 de Outubro de 1983, a CGTP promove, em diversos pontos do país, desfiles e manifestações de protesto contra a política do governo, os salários em atraso, os despedimentos (lay-off) e o roubo do 13º mês.
A 6 de Dezembro de 1983, explodem 14 petardos de fraca potência, em Lisboa, Barreiro, Seixal, Cacilhas e Setúbal, espalhando panfletos das FP25 e a 13 de Dezembro a União dos Sindicatos de Lisboa (CGTP) revela que mais de 30 mil trabalhadores do distrito de Lisboa, de 118 empresas repartidas por 15 sectores, têm salários em atraso, num montante de cerca de 2 milhões de contos. O sector mais afectado é o metalúrgico.
A democracia ainda mostrava instabilidade e a nível social o país continuava a mostrar os seus muitos problemas. Ao longo destes anos, várias destas empresas acabaram por fechar, levando milhares de trabalhadores para o desemprego.
Fontes:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-56230542
https://cdi.upp.pt/cgi-bin/cronologia.py?ano=1983
Para Todos.
Foi assim que o Papa caraterizou a Igreja que defende.
Eu, como tenho dito sempre, não acredito na existência de deuses, mas respeito quem crê em algo superior que os guia. A crença e a fé de cada pessoa não deve ser ridicularizada. Cada um de nós é livre de acreditar ou não e eu tenho cá para mim que ninguém pode impor a sua religião aos outros, seja ela qual for. Nestes dias, acompanhei as Jornadas Mundiais da Juventude através da televisão e senti ali uma onda de amor e de dedicação ao outro, que passava entre os voluntários e os peregrinos. Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a jornada nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
Esta onda de amor fraterno, entre pessoas que nunca se tinham conhecido, que receberam jovens em suas casas, que receberam os padres, os missionários e lhes deram abrigo é sem dúvida algo lindo que não pode ser esquecido. As Jornadas fizeram-me ver que ainda pode haver fé nos jovens de hoje e que mesmo que não sejam a maioria, estes jovens têm uma grande força e podem, se assim quiserem, transpor para o seu dia a dia as boas atitudes e os bons valores que a sua igreja lhes passa ao longo da vida.
Acredito nos jovens, que o Papa Franscisco desafiou a fazerem mais e a serem inconformados. Sim, os nossos jovens podem ser agentes de mudança. Esta união entre jovens de vários países, foi uma prova de que ainda há esperança e que se pode viver em comunidade. Mas enquanto uns rezam, outros matam, ferem, agridem! Pelo país, pelo mundo... o sofrimento tem sido uma constante. O respeito pelo outro, na sua diferença, não tem sido mantido.
O Papa deixou mensagens muito claras, que acho que todos conseguimos compreender. Sejamos cristãos, muçulmanos, hindus, budistas, judeus ou ateus, devemos pegar nas palavras deste homem e de refletir sobre o seu sentido. Independentemente do deus ou deuses em que acreditem (ou não), pelo menos podemos juntos acreditar na humanidade? Na beleza das coisas, em olharmos o outro nos olhos e sermos verdadeiros com quem nos rodeia, com quem nos pede auxílio. O papa considerou ainda que "esta Jornada ajuda tanto a reordenar a nossa vida". "E para pôr ordem na vida não servem as coisas, as distrações e o dinheiro; o que serve é dilatar o coração, por isso não tenham medo: dilatem o coração", disse, renovando o seu apelo de coragem aos jovens.
Sobre os gastos feitos, penso que o país quis mostrar que recebia bem, mas acho que era desnecessário gastar tanto dinheiro. Antes do evento, falava-se já em enormes gastos o que levantou, claro, muita polémica. Não há ainda números globais nem oficiais, mas estimou-se que, no total, a JMJ iria custar cerca de 160 milhões de euros. O Governo avançou com o número de 36 milhões de euros e a Igreja admitiu que iria gastar cerca de 80 milhões.
O recinto da jornada com cerca de 100 hectares, (concelhos de Lisboa e Loures), tinha a ponte Vasco da Gama como pano de fundo. Para unir os dois concelhos foi construída uma ponte sobre o Rio Trancão.
Apesar da comitiva que trazia ser grande, o Papa é uma pessoa simples. Poderiam ter gasto em melhores condições para os peregrinos e para os voluntários, bem como em melhoria nas condições de trabalho das forças de segurança e de saúde que esstiveram presentes neste evento em vez de terem gasto num palco enorme que não reflete aquilo que este Papa defende. É a minha opinião, a opinião de quem viu o evento de fora.
O Papa agradeceu hoje aos voluntários, dizendo que sem eles o evento não teria sido possível. “Quem ama não fica de braços cruzados, mas apressa o passo para alcançar os outros. E vós, quanto correstes nestes meses e nestes dias”, disse.
Com temperaturas sempre a subir - hoje estavam 40º aqui no Seixal quase às 18h - os números de participantes foram também muito elevados. Segundo as autoridades, cerca de 500 mil pessoas estiveram no Parque Eduardo VII para assistir à cerimónia de acolhimento, a primeira com a presença do Papa e que se realizou na quinta-feira. Na sexta-feira, aponta-se em 800 mil participantes, os que marcaram presença no Parque Eduardo VII para a Via-Sacra, presidida pelo Papa Francisco, segundo a sala de imprensa da Santa Sé. Na visita a Fátima estiveram presentes 200 mil pessoas. A Santa Sé estimou que 1,5 milhões de pessoas assistiram à vigília no Parque Tejo, no sábado à noite.
Os serviços de imprensa da Santa Sé avançam que estão cerca de um milhão e meio de pessoas estão este domingo, no Parque Tejo, em Lisboa, na missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), presidida pelo Papa Francisco.
Hoje, domingo, os números de participantes contiunuam elevados, apesar do calor. "As autoridades locais confirmaram a presença de cerca de um milhão e 500 mil pessoas no Parque Tejo para a Santa Missa”, divulgou a Santa Sé. Também presentes, a concelebrar com o Papa, estão 30 cardeais, 700 bispos e 10 mil sacerdotes.
Durante a JMJ, o Banco Alimentar promoveu uma campanha de sensibilização para o desperdício alimentar dirigida aos jovens de todo o mundo que participaram no encontro. No entanto, no fim do evento e apesar dos participantes terem usado as caixas para deixar alimentos que seriam depois enviados a famílias carenciadas, estes não chegaram a ser recolhidos e estão a estargar-se ao sol.
Fontes:
https://pt.euronews.com/2023/08/06/jmj-ultimo-dia-do-papa-francisco-em-portugal
Assinala-se hoje o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão. Na designação atribuída a este dia, até se podia suprimir o termo "inocentes", ou será que neste mundo, no meio de tantos conflitos, tantas guerras, há crianças culpadas? Pois, eu penso que culpados são os adultos e que as crianças ainda só deveriam estar naquele mundo de sonho e de esperança caraterístico da sua condição. Mas no mundo real, temos de ter um dia em que se fala de violência contra crianças, em que se alerte, se grite, se discuta sobre este tema e sobre o que fazer!
Violência contra crianças há no outro lado do mundo, mas também há na casa do lado. As crianças sofrem agressões físicas, devido à guerra mas também sofrem em tempo de paz nas escolas, em casa onde deviam ser protegidas ou nas instituições que as deviam acolher. As crianças são muitas vezes armas de arremesso entre pais que se divorciam, ou são alvos fáceis de fúrias acumuladas.
Foi proclamado o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão através da Resolução ES-7/8 adotada na Assembleia Geral da ONU de 19 de agosto de 1982, com o objetivo de evidenciar e reconhecer a realidade em que tantas crianças têm que viver, desde contextos de guerra, violência sexual ou sequestro.
As crianças são as mais afetadas pela guerra e respetivas consequências, dada a sua vulnerabilidade. Assim, é também um dia de consciencialização e reflexão dedicado à dor de todas as crianças vítimas de abusos físicos, mentais e emocionais.
Esta data traduz o compromisso da ONU de proteger as crianças através da «Convenção dos Direitos da Criança». O tratado internacional de direitos humanos foi o mais ratificado da história.
Em 2020, a APAV apoiou 1841 crianças e jovens, das quais 432 foram vítimas de violência sexual.
Podemos destacar diversos tipos de abuso, de entre os quais os casamentos forçados. Mais de um terço dos 15,4 milhões de vítimas de casamentos forçados tinha menos de 18 anos aquando do casamento, a maioria eram mulheres e meninas (84%). Estima-se que 650 milhões de meninas e mulheres vivas hoje, se tenham casado quando eram ainda crianças e, até 2030, outros 150 milhões de meninas com menos de 18 anos se venham a casar nas mesmas condições.
Além disso, uma preferência extrema por filhos em vez de filhas em alguns países, alimentou a seleção de sexo ou a negligência extrema, resultando em 140 milhões de “mulheres desaparecidas”, que poderiam ter sobrevivido num mundo sem discriminação.
Pelo menos 19 práticas nocivas – que variam desde o achatamento dos seios até testes de virgindade – são consideradas violações dos direitos humanos, de acordo com o relatório do UNFPA. O relatório concentra-se nas três práticas mais comuns: mutilação genital feminina, casamento infantil e preferência por filhos homens.
O que significa que, apesar de seus direitos humanos inerentes, o seu corpo, a sua vida e seu o futuro não lhes pertencem. A maioria das mulheres e meninas enfrenta muitas barreiras à igualdade em virtude da discriminação.
Vários tratados internacionais de direitos humanos e outros acordos, firmados por quase todos os países, exigem que os Estados atuem para impedir estas e outras práticas nocivas. A Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, por exemplo, estipula a tomada de todas as medidas apropriadas a fim de eliminar preconceitos e práticas baseadas na discriminação de género.
O Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento de 1994 reconhece explicitamente a mutilação genital feminina como uma violação dos direitos básicos que deve ser proibida onde quer que exista.
O que torna mais difícil acabar com estas práticas, é que na sua maioria são realizadas por membros da família, comunidades religiosas, prestadores de serviços de saúde, empresas comerciais ou instituições do Estado.
Fontes:
https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-internacional-das-criancas-inocentes-vitimas-de-agressao
https://news.un.org/pt/story/2021/06/1752452
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