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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Na Irlanda do Norte, registaram-se várias "inundações, linhas de comboio encerradas e árvores caídas," tendo a região de Newtownabbey, sido uma das mais afetadas. "Milhares de casas, quintas e empresas ficaram sem eletricidade."
Devido à tempestade, "que assolou o país com chuvas torrenciais e fortes rajadas de vento durante o fim de semana," foram vários os operadores ferroviários que tiveram de cancelar os seus serviços. "Árvores caídas para linhas de comboio interromperam os serviços entre Londres e o Aeroporto de Stansted."
As estradas transformaram-se em autênticos "cursos de água," com as "principais estradas de Northamptonshire e Bristol" a serem encerradas. Vários voos sofreram atrasos no "aeroporto de Newcastle" e muitos ficaram mesmo em terra.
Fontes:
Aqui no blogue costumo relembrar alguns acontecimentos ocorridos no nosso país e que considero que foram de alguma forma marcantes - ou pelas suas consequências ou pela sua grandeza. Neste caso, o aluvião que ocorreu na ilha da Madeira há 10 anos foi um desses casos, pela destruição causada e pelo elevado número de mortos e de feridos.
Dez anos depois, "ainda há cinco corpos por descobrir, cinco famílias por realojar, feridos à espera de cirurgia e máquinas a trabalhar nas ribeiras", segundo o Expresso, que lembra esta como uma das maiores tragédias deeste século, apenas superada apenas pelos incêndios de 2017. "Naquele dia, a chuva intensa provocou deslizamentos de terras — só no Funchal registaram-se mais de 150 derrocadas quase em simultâneo — e fez transbordar as três ribeiras (e os seus afluentes) que atravessam a Baixa da capital madeirense e a ribeira da Ribeira Brava, localidade a oeste do Funchal. A água e lama arrastaram tudo o que encontraram pela frente."
Este temporal teve início com uma forte precipitação durante a madrugada do dia 20 de fevereiro, com origem num sistema frontal de forte atividade associado a uma depressão que se deslocou a partir dos Açores, seguida por uma subida do nível do mar. Estes acontecimentos provocaram inundações e derrocadas ao longo das encostas da ilha, em especial na parte sul da ilha.
Segundo o Instituto de Meteorologia, o choque da massa de ar polar com a tropical deu origem a uma superfície frontal, que aliada à elevada temperatura da água do oceano acelerou a condensação, causando uma precipitação extremamente elevada num curto espaço de tempo. A orografia da ilha contribuiu para aumentar os efeitos da catástrofe. A possibilidade de se terem aliado valores recorde de precipitação e erros de planeamento urbanístico - tais como o estreitamento de leitos das ribeiras e a construção legal ou ilegal dentro ou muito próximo dos cursos de água, bem como falta de limpeza e acumulação de lixo nos leitos de ribeiras de menor dimensão - fizeram com que a situação se tornasse ainda mais grave do que seria inicialmente esperado.
Segundo um estudo realizado já em 2020, "o relevo irregular e montanhoso é o factor explicativo da perigosidade natural predominante,
normalmente associada a eventos de precipitação intensa." Neste mesmo estudo, "salientam-se os movimentos de terreno, em particular os deslizamentos, ou a queda de blocos nas vertentes de elevado declive e as cheias e inundações repentinas e intensas nos vales muito estreitos e sem planícies de cheia. Estas cheias, designadas por aluviões, correntes de detritos ou debris flow, caracterizam-se por concentrações elevadas de material sólido, incluindo blocos de grandes dimensões, que conferem ao escoamento um enorme poder destrutivo."
Outro fator apontado para a ocorrência destes fenómenos com alguma frequência na ilha, devem-se à sua geomorfologia, a qual "condiciona fortemente a ocupação do território da ilha e tem levado as populações a assumirem, de forma consciente ou inconsciente, riscos não desprezáveis, instalando-se nos cones de dejecção na parte terminal das ribeiras, como é o caso, entre outros, dos principais aglomerados urbanos da vertente sul da ilha, como Machico, Funchal e Ribeira Brava."
Fontes:
https://poseur.portugal2020.pt/media/4020/estudo-de-risco-de-aluvi%C3%B5es-da-madeira.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aluvi%C3%A3o_na_ilha_da_Madeira_em_2010
Os incêndios que têm afetado o país nos últimos dias, parecem estar controlados, mas um grande número de operacionais mantem-se no terreno para evitar reacendimentos e garantir a segurança das populações e bens. A Proteção Civil alertou para o aumento do risco de incêndio já a partir de hoje, quarta-feira, com previsão de subida da temperatura, diminuição da humidade relativa do ar e aumento dos ventos fortes. A temperatura máxima deverá subir entre dois a seis graus e o vento poderá atingir os 40 quilómetros por hora ao início da noite.
Nos últimos dias, os incêndios fizeram duplicar a área ardida em Portugal este ano. Em Vila de Rei e Mação arderam 9631 hectares de floresta e no passado sábado, foram registadas 41 vítimas assistidas, sendo que 17 delas tiveram mesmo de receber assistência hospitalar. Entre os feridos, um foi considerado grave e ficou internado na unidade de queimados do Hospital de S. José, em Lisboa.
Em Mação, viveram-se momentos muito preocupantes, quando o incêndio rondou várias casas e uma praia fluvial chegou mesmo a ser evacuada. A Polícia Judiciária refere que foi encontrado um artefacto explosivo na zona da Sertã e foi também detido um homem de 55 anos, suspeito de atear no sábado, um fogo nas imediações da cidade de Castelo Branco.
As altas temperaturas que têm atingido o país durante o mês de julho, têm ajudado à propagação de vários incêndios florestais que, nos últimos dias, têm feito recear que se repita os dramáticos acontecimentos de 2017, quando 119 pessoas perderam a vida e centenas perderam as suas casas, a maioria de primeira habitação, os seus negócios e os seus terrenos e viaturas.
Em média, 375.000 hectares de floresta são queimados anualmente na região do Mediterrâneo, num total de 56 mil incêndios florestais, sendo que Portugal, detém a maior percentagem de área ardida. O risco são as alterações climáticas e a falta de ordenamento do território que têm trazido uma nova geração de incêndios para a Europa Mediterrânea: os superincêndios. Este tipo de incêndio desenvolve-se de forma muito rápida, são letais e quase impossíveis de extinguir apesar dos avanços dos dispositivos de combate.
O impacto económico dos incêndios em Portugal, Grécia, Espanha, França e Itália pode mesmo chegar aos cinco mil milhões de euros por ano.
Fontes:
https://www.rtp.pt/noticias/pais/incendios-em-portugal-situacao-ao-minuto_e1162100
Eu sou daquelas pessoas que adora o inverno. Gosto de assistir a uma boa trovoada, a chuva grossa a bater nas janelas.
Mas quando o inverno, traz consigo o prejuízo aí há que pensar o que é que nós podemos fazer, seja para nos protegermos e aos nossos bens, seja para evitar a perda de vidas.
Uma das coisas de que repetidamente se fala, é nas cheias e nos aluimentos de terras, ambos com graves prejuízos tanto para as vidas humanas, como a nível financeiro com a destruição de bens materiais. Os leitos dos rios estão lá e não é porque se decide construir que o rio se vai afastar. Pode parecer seguro, mas aquilo que eu venho a aprender é que a natureza consegue recuperar o que lhe é retirado. Os edificados urbanos e rurais têm mesmo de ser repensados, para se evitar danos maiores. Não é fácil retirar de lá as casas e quem lá vive, sim eu compreendo esse ponto de vista, sempre lá viveram, foi ali que cresceram, mas e se a casa for arrastada, ruir e os matar, será mais fácil então?
Parece-me que continuar a permitir as construções em zonas consideradas perigosas é um mau caminho. Pode sempre haver outra solução, mas as entidades competentes têm de se juntar e arranjar opções seguras. Mudou-se uma aldeia inteira para se fazer uma barragem, então é possível.
A segurança das populações tem de vir sempre em primeiro lugar, ignorando teimosias e finca-pés!
O inverno, esse, vai continuar e parece que vamos continuar a ter dias de chuva e vento forte. Sempre que posso, leio umas páginas, ou escrevo, acompanhada por um café. É tão bom quando isso é possível. Aproveitemos a natureza e a sua beleza!
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