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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Segundo informação do IPMA foi na noite passada sentido um sismo de magnitude 4,9. O evento ocorreu no norte de África, mais propriamente em Marrocos, mas acabou por ser sentido também am algumas regiões do Algarve, embora sem provocar danos. O abalo ficou registado pelas 22:49 e teve epicentro "a cerca de 75 quilómetros sudoeste de Tetuan, em Marrocos," e a "dez quilómetros de profundidade."
Entretanto a situação em Santorini continua a manter as autoridades preocupadas. Desde janeiro, foram já milhares os abalos registados, embora a maioria não seja sequer sentida pela população. No entanto, muitos ultrapassam os 4 e os 5 na escala de Richter e foram essencialmente estes que levaram a que "mais de onze mil habitantes e turistas" fossem obrigados a abandonar "as ilhas gregas." Temem-se sobretudo os deslizamentos de terras e a possibilidade de ocorrência de um Tsunami. O governo grego já "declarou o estado de emergência em Santorini, as escolas foram encerradas e os residentes e proprietários de hotéis foram obrigados a esvaziar todas as piscinas, uma vez que o movimento da água poderia destabilizar os edifícios." Houve recomendações para que se evitasse a proximidade a zonas de risco tais como prédios antigos ou zonas em risco de derrocada.
Entretanto, esta noite a "ilha grega de Santorini" sentiu "o maior terramoto desde que se iniciou a atividade sísmica," com "5.3 na escala de Richter." Não imagino o que a população daquela região possa estar a sentir e como isto pode estar-lhes a afetar a vida.
Fontes:
https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/sismo-de-4-9-atinge-norte-de-marrocos-e-e-sentido-em-portugal
A situação nas ilhas gregas tem levantado preocupações devido aos vários sismos que têm sido sentidos nos últimos dias. A "Grécia declarou esta quinta-feira estado de emergência na região, que durará até 1 de março." Em Santorini as ruas estão praticamente desertas, o comércio e as escolas estão fechadas.
"Desde a semana passada, foram registados 7,700 sismos, entre Santorini e a ilha de Amorgos, que levaram mais de 12 mil residentes e trabalhadores a retirarem-se." O mais forte aconteceu ontem, com uma "magnitude 5,2 na escala de Richter" e hoje foram sentidos novos abalos na ilha. Felizmente, não se têm registado danos graves ou feridos, mas as equipas de resgate estão preparadas para atuar em caso de necessidade.
Apesar da intensidade aparentemente estar a diminuir, os "especialistas ainda não conseguiram dar uma estimativa definitiva de quando esta atividade sísmica vai terminar."
Esta região "não registava tamanha atividade sísmica desde que os registos começaram em 1964," sendo que a ilha de Santorini "está sobre um vulcão que entrou em erupção pela última vez em 1950." De acordo com especialistas estes abalos não estarão relacionados com qualquer aumento "atividade vulcânica“.
Não é expectável que venha a haver, para já, um tsunami, embora não se possa descartar totalmente essa possibilidade. Por outro lado, o risco de erupção também está a ser vigiado, embora com baixa probabilidade de acontecer, uma vez que "a atividade que atualmente ocorre no Mar Egeu é de natureza tectónica, sendo portanto improvável que provoque atividade vulcânica."
O maior risco será o de haver deslizamentos de terra, que já levaram à decisão de encerrar algumas escolas que possam estar em zonas de maior risco. "Os moradores foram ainda aconselhados a evitar portos e reuniões em ambientes fechados."
Sabiam que a ilha de Santorini assumiu a sua forma atual após uma das maiores erupções vulcânicas da história, que terá acontecido por volta de 1600 AC?
As vítimas tentavam chegar a Espanha. Podemos julgar ou condenar as suas decisões? Não estamos na situação em que estas pessoas se encontravam e, por muito que queiramos pensar que haveria outras soluções, a verdade é que esta foi a solução que eles encontraram.
Seguiam no barco cerca de 80 pessoas e o destino seria as ilhas Canárias, em Espanha, uma das várias portas de entrada na Europa. Destas apenas 11 sobreviveram. Entre as vítimas estão "25 jovens" provenientes do Mali. Os restantes 69 foram dados como mortos.
Mas o naufrágio deste barco aconteceu no passado dia 19 de dezembro, embora a Lusa e outras fontes estejam agora a divulgá-lo, por ocasião do balanço feito todos os anos e que nos dão conta de números assustadores. Este ano, "10.457 pessoas" perderam a vida "na tentativa de chegarem à costa espanhola, numa média de quase 30 por dia e num aumento de 58% em relação ao ano passado." A causa para tanta mortalidade poderá estar na falta de auxílio, com "os protocolos de resgate" a serem tardiamente ativados na maioria das vezes e à "escassez de recursos nas operações de resgate."
"Muitos migrantes que empreendem esta perigosa viagem vêm de países da África Ocidental, como o Mali, o Senegal e a Mauritânia, em busca de melhores condições de vida ou fugindo da violência e da agitação política."
Fontes:
As migrações acompanham o Homem desde antes mesmo do conceito de História. Atualmente, as rotas do Mediterrâneo continuam a ser usadas como caminhos de fuga a conflitos e são, para milhares de pessoas, a única esperança de sobrevivência. No Observador podemos ler que o "fluxo de migrantes no Mediterrâneo Central quadruplicou este ano, um aumento de 376% face ao ano passado, devido nomeadamente à chegada às costas italianas, que já recebeu 91 mil pessoas em 2023." O ano ainda não terminou e por isso os números ainda são mais preocupantes, tendo em conta que neste momento existem vários conflitos ativos que podem propiciar novas fugas.
Na pré-históricas, as migrações ocorreram por diversos fatores: busca de melhores condições, caçadas de grandes manadas, guerras, embora estivessem mais frequentemente relacionadas com mudanças climáticas. As migrações pré-históricas do Homo Sapiens terão começado a partir do continente africano há 70 mil anos e foram-se movimentando para a atual Europa e Ásia, seguindo para a América do Norte. Sabe-se também que há cerca de 70.000 anos, os nativos australianos foram o primeiro grupo a separar-se de outros agrupamentos humanos modernos, o que vem desafiar a teoria do estágio único da migração a partir do continente africano.
Pelos estudos efetuados, foi possível perceber que outros grupos seguiram diretamente para a Ásia em pequenas embarcações à cerca de 50 mil anos atrás, alcançando as ilhas menores do Oceano Pacífico e o atual território da Austrália. Devido às suas baixas temperaturas, o continente antártico não apresenta qualquer registo de ocupação humana.
Atualmente, atravessar o Mar Mediterrâneo é a principal forma que muito migrantes têm para entrar na Europa, onde ficam clandestinamente ou pedem asilo, consoante os países da União Europeia onde conseguem entrar, após passarem dias no mar com risco da sua própria vida. São aos milhares aqueles que acabam por morrer de doenças, de frio, ou afogados. A maioria que o arrisca, fá-lo porque nos seus locais de origem, já não há condições de vida e o medo acaba por ser superado, muitas vezes apenas com o intuito de encontrarem um sítio onde possam ficar sem ser perseguidos e onde consigam, pelo menos, alimentar os filhos.
Terão os países de destino condições para os receber?Ou quererão fazê-lo? Em que condições?
"A ilha de Lampedusa, o território italiano mais próximo da costa africana, continua a ser o principal ponto de chegada dos pequenos barcos com migrantes, tendo recebido mais de 90.000 pessoas entre o início do ano e meio de outubro, o que representa 70% de todas as chegadas de migrantes este ano." Na Sicília e na Itália continental, os migrantes de Lampedusa são acomodados em centros de acolhimento, onde são registados. Mas as condições por muito que se queira são degradantes. A maioria destas pessoas pretende seguir viagem para o norte, até países como Alemanha, França ou Áustria. "Os centros de acolhimento não são fechados e os migrantes podem deixar o local por conta própria." no entanto, as fronteiras começam-se a apertar. De facto, a "França voltou a reforçar" o controlo nas suas fronteiras com a vizinha Itália e a "Áustria fez o mesmo" na sua fronteira sul. No caso da Alemanha, este país estabeleceu novamente os seus controlos fronteiriços entre o estado da Baviera e o território austríaco.
No último mês, a Alemanha e a França acabaram por suspender "por completo o acolhimento voluntário de migrantes vindos da Itália. Em 2022, 3.500 foram transferidos do país mediterrâneo para outras nações da UE." O Secretário-geral da ONU afirmou que "o fluxo inclui quem migra por questões económicas", admitindo que deve "ser possível identificar quem merece o status de refugiado, observando o respeito aos direitos humanos."
Fontes:
https://www.infoescola.com/historia/migracoes-pre-historicas/
https://observador.pt/2023/10/17/fluxo-de-migrantes-no-mediterraneo-central-aumenta-376-este-ano/
https://www.dw.com/pt-br/lampedusa-a-ilha-italiana-no-centro-da-crise-migrat%C3%B3ria/a-66826153
Sabiam que março já foi o primeiro mês do ano? Eu confesso que não sabia, mas aqui nas andanças de me pôr a descobrir coisas, encontrei esta curiosidade que vou partilhar convosco.
No tempo dos romanos, março era o mês que dava início ao novo ano. Roma, beneficiando do clima mediterrânico, tinha então em março o início da primavera e, com o fim do inverno, era o mês ideal para se dar início às novas campanhas militares. Chamava-se "Martius, de Marte, o deus romano da guerra." Portugal, tal como outros países, foram "romanizados" e por isso, foi dos romanos que recebemos "as bases do nosso atual calendário." Assim, no calendário romano, "o ano tinha 304 dias distribuídos por 10 meses em que os primeiros quatro meses "tinham nomes próprios dedicados aos deuses da mitologia romana."
Aqui vem a minha dúvida e vejam se estão comigo. As estações do ano eram então diferentes e duravam "menos" tempo, uma vez que de dez em dez meses se observava a época ideal de iniciar as plantações e o fim do duro inverno. Poderei concluir que também a observação do clima e a sua progressiva alteração ao longo dos séculos tenha também interferido neste aumento de dois meses? E outra coisa que às vezes me aflige são os anos que nos foram "roubados" uma vez que na introdução do calendário gregoriano no século XVI em substituição do calendário juliano, foram retirados cerca de 38 anos. Claro que aqui não há certezas, mas a minha curiosidade continua a reinar.
Mas há ainda outras curiosidades. Na Rússia, mantiveram o início do novo ano a 1 de março "até o final do século XV." Na Grã-Bretanha e nas suas colónias o início do ano novo foi celebrado no equivalente ao "dia 25 de março" até 1752. Neste ano, foi então adotado "o calendário gregoriano," que já vigorava noutros países desde 1582.
Na Finlândia, o mês "é chamado de maaliskuu, que tem origem em maallinen kuu significando o mês terrestre. Isto é porque em maaliskuu a terra começa a aparecer sob a neve derretida." E vocês, conhecem outras curiosidades sobre o mês de março?
Fontes:
Os incêndios que têm afetado o país nos últimos dias, parecem estar controlados, mas um grande número de operacionais mantem-se no terreno para evitar reacendimentos e garantir a segurança das populações e bens. A Proteção Civil alertou para o aumento do risco de incêndio já a partir de hoje, quarta-feira, com previsão de subida da temperatura, diminuição da humidade relativa do ar e aumento dos ventos fortes. A temperatura máxima deverá subir entre dois a seis graus e o vento poderá atingir os 40 quilómetros por hora ao início da noite.
Nos últimos dias, os incêndios fizeram duplicar a área ardida em Portugal este ano. Em Vila de Rei e Mação arderam 9631 hectares de floresta e no passado sábado, foram registadas 41 vítimas assistidas, sendo que 17 delas tiveram mesmo de receber assistência hospitalar. Entre os feridos, um foi considerado grave e ficou internado na unidade de queimados do Hospital de S. José, em Lisboa.
Em Mação, viveram-se momentos muito preocupantes, quando o incêndio rondou várias casas e uma praia fluvial chegou mesmo a ser evacuada. A Polícia Judiciária refere que foi encontrado um artefacto explosivo na zona da Sertã e foi também detido um homem de 55 anos, suspeito de atear no sábado, um fogo nas imediações da cidade de Castelo Branco.
As altas temperaturas que têm atingido o país durante o mês de julho, têm ajudado à propagação de vários incêndios florestais que, nos últimos dias, têm feito recear que se repita os dramáticos acontecimentos de 2017, quando 119 pessoas perderam a vida e centenas perderam as suas casas, a maioria de primeira habitação, os seus negócios e os seus terrenos e viaturas.
Em média, 375.000 hectares de floresta são queimados anualmente na região do Mediterrâneo, num total de 56 mil incêndios florestais, sendo que Portugal, detém a maior percentagem de área ardida. O risco são as alterações climáticas e a falta de ordenamento do território que têm trazido uma nova geração de incêndios para a Europa Mediterrânea: os superincêndios. Este tipo de incêndio desenvolve-se de forma muito rápida, são letais e quase impossíveis de extinguir apesar dos avanços dos dispositivos de combate.
O impacto económico dos incêndios em Portugal, Grécia, Espanha, França e Itália pode mesmo chegar aos cinco mil milhões de euros por ano.
Fontes:
https://www.rtp.pt/noticias/pais/incendios-em-portugal-situacao-ao-minuto_e1162100
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