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Acordamos para mais um dia negro...

por Elsa Filipe, em 18.09.24

...num pequeno país onde apesar de tanto mar, rios e lagoas, falta água que ponha cobro a tantas chamas! 

Pois é, o que é "demasiado" num dia, no outro já falta. De inverno, ficamos aborrecidos quando chove e a água sobe, os rios transbordam, inundando tudo à sua passagem. Agora, imagino que um pouqinho dessa água estaria a fazer falta a muita gente. Infelizmente, não mandamos no tempo. Não podemos fechar a "janela" e evitar o vento, mas existem outras coisas que podemos fazer e, das quais, só nos lembramos quando a desgraça chega à nossa porta. 

Parece que em breve, a chuva vai voltar e parece que existem meios a caminho de Portugal, vindos de Espanha e de outros países. Pelo menos, ajudarão a dar alguma "folga" aos nossos bombeiros que não têm tido descanso. 

No total, foram já registadas "150 vítimas, entre elas 12 feridos graves, (...) 65 ligeiros feridos ligerios e 68 assistidos." Lamenta-se ainda a perda de sete vidas, dos quais quatro eram bombeiros. Da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, lamenta-se a perda de Paulo Santos, Susana Carvalho e Sónia Melo. Dos bombeiros de S. Mamede de Infesta, lamenta-se a morte de João Manuel Silva. Uma outra vítima foi Carlos Eduardo, "imigrante brasileiro" de 28 anos e que "morreu carbonizado no incêndio de Albergaria-a-Velha," quando "tentava salvar maquinaria da empresa para a qual trabalhava." Conta-se também a morte de uma senhora com 83 anos, "vítima de paragem cardiorrespiratória na aldeia de Almeidinha, Mangualde, ao ver as chamas a aproximar-se da sua área de residência." Há ainda a contabilizar a morte de um homem de 88 anos, do "lugar do Fontão, na freguesia de Angeja em Albergaria-a-Velha" e que deixa "três filhos e vários netos."

As regiões norte e centro do país continuam a ser as mais afetadas, tendo o Governo declarato situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.

Em Gondomar, desde o início desta grande ocorrência, foram já assistidos oito bombeiros, dos quais um chegou mesmo a ser sujeito a uma cirurgia. Este incêndio iniciou-se ontem pelas 13h02 e, já levou à evacuação "por precaução, e no sentido de evitar a inalação de fumo," de trinta idosos do "Lar da Santa Casa da Misericórdia de Gondomar. Estes "idosos foram transportados para o Multiusos de Gondomar, estando acompanhados pelos técnicos do próprio lar e pelos técnicos das áreas da saúde e da ação social da Câmara Municipal de Gondomar."

Foi também necessário proceder à evacuação de "três estabelecimentos de ensino - EB1 de Ramalde (S. Cosme), EB1 de Aguiar (Jovim) e Jardim de Infância de Trás da Serra (Jovim), tendo, dos cerca de 100 alunos dos três estabelecimentos, 20 sido transportados para o Multiusos de Gondomar, de onde foram depois "recolhidos pelos encarregados de educação". Há pessoas desalojadas e terão já ardido "três casas arderam esta segunda-feira no incêndio que está a lavrar na freguesia de Jovim." O incêndio avançou "na direção da freguesia vizinha da Foz do Sousa." Algumas habitações localizadas "na zona de Branzelo, em Melres, concelho de Gondomar, estão a ser evacuadas e a população retirada devido aos incêndios."

No que respeita ao incêndio de Valongo, Gondomar, presidente da junta de freguesia foi constituído arguido devido a ser responsável por "dois funcionários da autarquia" que, alegadamente, estavam a usar "roçadoras de disco," para limpar as ruas. Estas máquinas, que são proibidas quando existem alertas (como era o caso) "terão gerado faíscas." Segundo o autarca, os funcionários teão usado o disco por "haver uns tojos na rua" e as faíscas prococadas terão dado início ao incêndio, "tendo o alerta, segundo os Bombeiros de Valongo, sido dado às 9:45," de ontem.

Em Vila Pouca de Aguiar a situação também é crítica. O "incêndio galgou para Vila Real, pelas zonas de Covelo e da Samardã," avançando em diferentes frentes. O comandante Hugo Silva, informou à agência Lusa, que tinha havido uma "reativação forte em Sabroso, uma frente completamente incontrolável, acrescentando que não tinha "meios disponíveis para reforçar" nem para "substituir" os bombeiros que "já andam aqui em trabalho há vários dias."

O comandante mostrou também receio de que este incêndio que "progride em direção a norte," chegue "à porta de Vidago (Chaves)." Existem ainda outras duas frentes preocupantes "que se desenvolvem na zona de Soutelinho do Mezio e na Samardã."

O incêndio de Tábua, no distrito de Coimbra, e que "teve origem no fogo que na segunda-feira eclodiu em Nelas e se estendeu a Carregal do Sal, no distrito de Viseu," foi fdado esta manhã como "dominado" apesar de não ter havido hipótese de se baixar os braços.

Em Arouca, no distrito de Aveiro, uma "parte do troço de madeira dos Passadiços do Paiva," foi consumida pelas chamas. Devido a este incêndio, foi necessário proceder à retirada de alguns "habitantes com mobilidade reduzida," que foram depois "conduzidos para casa de familiares, noutras localidades." Foram também encerrados "todos os estabelecimentos de ensino da rede pública do concelho, afetando as escolas-sede dos agrupamentos de Arouca e Escariz ao acolhimento exclusivo" dos "filhos e dependentes a cargo dos profissionais diretamente envolvidos nas operações de socorro no âmbito dos incêndios." Uma ação de valorizar!

O incêndio de Albergaria-a-velha, que começou na segunda-feira, pelas 07:20, "entrou" segundo o comandante Albano Ferreira, "em resolução cerca das 10:30. Continua agora a ser necessário manter os meios no terreno, "atentos a reativações" que possam ocorrer.

"Os meios aéreos fornecidos pelos países europeus ao abrigo do mecanismo de proteção civil da União Europeia já estão a operar em território luso. Ao todo operam oito aviões, quatro oriundos de França, dois de Itália e mais dois de Espanha." Chegaram também esta madrugada 230 bombeiros vindos de Espanha, com a missão de apoiar os operacionais portugueses. Foi cancelada a vinda dos meios gregos. "O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta."

Fontes:

https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/09/16/incendios-seis-bombeiros-feridos-em-gondomar/393884/

https://www.rtp.pt/noticias/pais/incendios-em-portugal-a-situacao-ao-minuto_e1600618

https://www.jn.pt/3477787569/presidente-de-junta-de-campo-nega-culpa-em-incendio-causado-por-rocadora/

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/09/18/mais-de-cinco-mil-bombeiros-combatem-cerca-de-100-incendios-ativos-em-portugal

https://portocanal.sapo.pt/noticia/356074/

https://www.publico.pt/2024/09/18/sociedade/noticia/quatro-bombeiros-tres-civis-sao-vitimas-incendios-2104515

 

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publicado às 22:30

Sismo em Marrocos é sentido em Portugal

por Elsa Filipe, em 09.09.23

Para já começo por dizer que só vi hoje as notícias e que, apesar de estar acordada à hora a que se deu o abalo, não dei por nada. Pelo que se sabe até agora, não houve danos em Portugal.

O sismo de 6,9 ocorreu às 23h11, a uma profundidade de 18,5 quilómetros, e foi registado nas estações da Rede Sísmica Nacional. O epicentro foi na localidade de Ighil, que se situa a 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe. Um segundo tremor de 4,9 foi registado a nordeste de Taroudant (200 quilómetros a sul de Marraquexe) por volta das 23h30. O tremor foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 quilómetros do epicentro, bem como em Casablanca e Rabat, a 300 e 370 quilómetros, respetivamente. O sismo foi sentido também no sul de Espanha, onde o serviço de emergências da Andaluzia registou cerca de 20 chamadas provenientes das províncias de Huelva, Sevilha, Málaga e Jaén. De acordo com relatos nas redes sociais, o sismo foi sentido ainda no Mali e na Argélia.

Até agora, estão contabilizados pelo menos 1305 mortos e 1832 feridos, 1220 dos quais em estado grave, segundo informação da televisão estatal do país africano, citada pela Reuters. O número ainda pode aumentar muito, como sabemos de situações anteriores. E quanto a desaparecidos ainda não há dados, principalmente porque ainda há zonas afetadas onde ainda não chegou qualquer ajuda.

Muito se tem falado na possibilidade de haver um sismo de grandes dimensões a atingir o nosso país e a verdade é que os pequenos abalos têm sido frequentes. Neste caso em específico, o facto do epicentro se ter dado a várias centenas de quilómetros, não trouxe nenhum constrangimento no nosso país.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros já entrou em contacto com alguns portugueses que se encontram em Marrocos, informaram em comunicado: "Todos os portugueses com quem, até ao momento, foi estabelecido contacto encontram-se bem, não tendo reportado problemas de saúde ou danos materiais substantivos".

Para sabermos o que se tem vindo a falar nos noticiários, em especial as escalas de que falam, ficam aqui algumas informações. A Escala Richter é uma ferramenta que foi criada em 1935 pelos pesquisadores Charles Francis Richter e Beno Gutenberg e serve para verificar a magnitude de um tremor de terra por meio da medição das ondas liberadas pelo sismo em seu ponto de origem. O cálculo da Escala Richter é feito por meio da utilização de sismógrafos, que indicam a magnitude de um tremor de terra. Por outro lado, a Escala de Mercalli avalia a intensidade, por meio da observação dos impactos gerados pelos tremores de terra.

O substrato terrestre é dinâmico e está em constante movimentação, devido ao deslocamento das placas tectónicas, portanto a ocorrência de terramotos é comum, especialmente em zonas geográficas localizadas nas áreas de contato dessas placas. Quando esse deslocamento envolve maior liberação de energia, ocorrem eventos sísmicos mais intensos, ou seja, de maiores magnitudes na Escala Richter.

Fontes:

https://expresso.pt/internacional/2023-09-09-Sismo-em-Marrocos-ja-ha-820-mortos-e-mais-de-670-feridos.-O-abalo-sentiu-se-em-Portugal-4f528899

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/sismo-de-69-na-escala-de-richter-causa-pelo-menos-296-mortos-em-marrocos

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/escala-richter.htm

 

 

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publicado às 13:33


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