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Portugal foi um dos muitos países afetado por um problema que atingiu os sistemas da Microsoft pelo mundo fora. O "apagão" afetou a "aviação civil e o transporte ferroviário em vários países", bem como, "bancos, serviços de saúde e estações televisivas, como a britânica Sky News". 

Mas o que originou este "apagão" parece que nem sequer foi nenhum ataque informático, mas sim uma simples atualização no software de uma outra empresa, neste caso, "num serviço da empresa de cibersegurança Crowdstrike, utilizado pela Microsoft." Esta atualização, que eventualmente, tinha um erro, acabou por provocar toda esta situação que levou a que "milhares de computadores com o sistema operativo windows" tivessem ficado bloqueados. Esta espécie de "erro" decorreu mesmo de um antivírus, cuja nova atualização, "não é muito compatível com os sistemas Microsoft."

Em Portugal, as falhas informáticas afetaram "companhias aéreas, segundo avançou a ANA-Aeroportos, com constrangimentos no check-in e no embarque para diversos voos", embora o sistema informático dos aeroportos portugueses não tivesse sido diretamente atingido.

A conclusão a que podemos chegar é que quantos mais serviços de software estiverem interligados, mais vulneráveis ficaremos a este tipo de ocorrências, e que dependemos todos deste tipo de sistemas informáticos para que os nossos sistemas funcionem. Existe, como já se falou por diversas vezes, a necessidade de manter sistemas redundantes que, numa situação como esta, possa permitir o funcionamento dos hospitais, dos transportes e das telecomunicações.

Fontes:

https://observador.pt/2024/07/19/apagao-global-da-microsoft-avioes-em-terra-televisoes-em-baixo-e-bancos-com-problemas/

https://www.rtp.pt/noticias/pais/portugal-falhas-informaticas-atingem-aeroporto-e-varias-organizacoes_v1587233

 

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publicado às 22:03

O uso de whatsapp pelas crianças e jovens é cada vez mais frequente e, sejamos realistas, tem-se tornado uma necessidade até na comunicação entre os alunos de uma mesma turma, entre treinadores e atletas, entre outras funções que já fazem parte do nosso dia a dia. Eu pessoalmente utilizo bastante como forma preferencial de comunicação uma vez que permite o rápido envio de ficheiros, ou por exemplo, para receber trabalhos das minhas formandas. Apesar de haver uma idade mínima para o seu uso (16 anos é a idade mínima para utilizar esta rede social na União Europeia), é fácil ultrapassar essa regra e acabamos por permitir que os nossos filhos usem a aplicação antes de atingirem essa idade.

Mas esta semana, uma notícia preocupante tem estado a ser divulgada nos meios de comunicação social e temos todos de estar cada vez mais atentos. Milhares de números de telefone "de alunos de escolas da zona do Porto estão a ser adicionados, desde terça-feira, a um grupo de WhatsApp com conteúdos pornográficos, pedófilos e de violência extrema."  Não se sabe ainda a origem, mas os membros vão sendo adicionados automaticamente (a maioria crianças de 10, 11 anos) a um grupo denominado "Bora bater record de mais pessoas no grupo", 

Além da divulgação destas situações, para que mais pais e escolas possam estar atentos a esta situação, devemos também "denunciar quaisquer situações problemáticas às autoridades, mas também às próprias plataformas online envolvidas."

"A par disso, é preciso educar constantemente os filhos para os perigos da Internet, passando a mensagem de que não devem partilhar grupos de desconhecidos, nem convidar os colegas e amigos para os mesmos." Penso que conversar com as crianças é fundamental e tem de ser algo natural. Sabemos que os filhos não contam tudo aos pais, mas temos de criar momentos propícios a que estas conversas sucedam, por exemplo, aproveitando para assistir em conjunto a estas notícias e a estes alertas e debatendo em família o que se pode fazer em relação à segurança. Existem sites que ajudam neste aspeto, como o Agarrados à Net ou o Centro Internet Segura.

O mesmo aconteceu em Espanha, onde numa "escola em San Sebastián," também foram identificados "dois grupos de WhatsApp com conteúdo sexual envolvendo mais de mil alunos."

Fontes:

https://www.jn.pt/4192075519/milhares-de-criancas-adicionadas-a-grupo-com-pornografia-e-pedofilia-whatsapp-nao-inativou-grupo/

https://zap.aeiou.pt/grupos-whatsapp-conteudos-violentos-569380

https://agarradosa.net/?doing_wp_cron=1704978601.8842160701751708984375

https://zap.aeiou.pt/criancas-grupo-whatsapp-pornografia-569079

 

 

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publicado às 22:49

Ecrãs na Infância... riscos e desafios

por Elsa Filipe, em 16.07.23

Os telemóveis e os computadores são uma excelente ferramenta de trabalho para alguns de nós e são também uma forma de entretenimento e de passarmos o tempo. As redes sociais podem ser uma forma de muitas pessoas não estarem isoladas. São uma companhia. O uso das redes sociais deve ser feito com ponderação e basta ligarmos a televisão ou espreitarmos a internet para sermos "bombardeados" com notícias de burlas em que são utilizadas as redes sociais.

E se nós adultos, somos suscetíveis de sermos enganados, o que será das nossas crianças? Crianças e jovens que usam telemóveis, internet e têm redes sociais, devem ser ensinados e têm de ser controlados e supervisionados pelos pais ou por quem é por eles responsável. O uso destes aparelhos e a utilização das aplicações disponíveis podem ser uma ferramenta de trabalho e existem várias plataformas que apoiam as aprendizagens, por isso, as tecnologias têm muitos aspetos positivos que podem e devem ser explorados tanto pelas escolas como pelos próprios pais.

O problema está sempre naquilo que é excessivo e daquilo que é feito sem controlo e sem acompanhamento. E o primeiro passo é tomarmos consciência dos perigos que podem estar associados, bem como das recomendações que podemos seguir.

Um dos aspetos principais a ter em conta é que todo o desenvolvimento da criança ocorre na sua relação com os outros e com o ambiente que a rodeia. Deixar a criança presa a um ecrã está a limitar esse contato com os outros. A interação que a criança desenvolve com os seus pares (crianças da mesma faixa etária que a sua) são enriquecedoras e desafiantes, pois fazem-na gerir as suas emoções, ajudam-na a respeitar o outro e a exigir que o outro também a respeite. Num jogo, ela não tem esta interação. A nossa sociedade está cheia de exemplos de isolamento social e dos problemas que isso acarreta. Os mais preocupantes para mim, são os dos bebés que em vez de estarem cara a cara com um rosto humano, estão "cara a cara" com o ecrã do telemóvel ou de um tablet. Preocupa-me aquele bebé que está na cadeirinha da refeição e em vez de se estar a sujar e a pôr as mãos na comida, está a ver um vídeo ou pior ainda, tiktoks, de olhar fixo, enquanto abre e fecha a boca de cada vez que a comida se aproxima.

Segundo a neuropediatra Mónica Vasconcellos, o uso destes aparelhos pelas crianças, sobretudo as mais pequenas, “pode afetar o desenvolvimento do cérebro, que nesta fase está mais suscetível a influências externas”. Refere esta especialista que os danos podem ser bastante graves e que "desencorajam a criatividade, a flexibilidade do pensamento e prejudicam a aprendizagem ativa, o treino da capacidade de manter atenção e a destreza motora." Além de tudo isto acabam por interferir também nas rotinas familiares afetando o próprio "sono da criança tão importante para o ótimo desenvolvimento das funções neurocognitivas". Com que idade é que as crianças podem aceder então às redes? Isso depende muito, penso eu. Há situações em que a criança usa por exemplo o Teams para fazer um trabalho com os colegas ou em que assiste a uma aula pelo Classroom. Nestes casos, estamos a falar em tempos de aprendizagem que, não substituindo diretamente o contato com os professores, podem ser uma ferramenta de trabalho ou até de apoio ao trabalho escolar bastante útil, por ventura em situações específicas. No entanto, não é o mesmo que essa mesma criança estar durante várias horas a assistir a conteúdos no Insta ou no Tiktok, os quais além de na maioria das vezes serem desadequados à sua idade e não trazerem qualquer benefício, são também focos de informação muito curta e rápida, o que faz com que o cérebro da criança esteja exposto a estes "estímulos fragmentados."

Até aos dois anos, nenhuma criança deveria ter contato com ecrãs, muito menos passar horas a assistir a vídeos ou "distraída" para não chatear os pais na hora de comer. Depois dessa idade, deve ser uma conquista progressiva e condicionada e, quanto mais tardia, melhor.

Segundo Ivone Patrão, especialista, o caso torna-se também muitas vezes difícil de gerir com os adolescentes. De acordo com esta especialista a "adesão às redes sociais por parte dos adolescentes deve, assim, ser acompanhada e sempre com acesso às passwords por parte dos pais e o acordo de que os progenitores podem entrar no perfil dos filhos sempre que considerarem relevante." Conversar com os filhos sobre o que vêem é fundamental. Têm de haver tempo para se falar em assuntos, que embora muitas vezes sejam complexos, devem ser abordados. Por exemplo, os pais devem conversar com os filhos sobre o que deve ser partilhado e o que não deve ser partilhado. E devem deixar a "porta aberta" para todas as dúvidas que possam surgir sem julgamentos que os afastem de vir pedir opinião em determinado assunto. 

Cláudia Morais, psicóloga, explica que não acontece só aos outros. Pode estar mesmo ali na nossa casa um caso em que a criança ou o adolescente esteja a ser "alvo de predadores sexuais ou de cyberbullying" e não nos estarmos a aperceber. Todos nós, acredito eu também como esta especialista explica em Simplyflow, estamos cientes dos perigos, "mas muitas vezes achamos que alguns tipos de violência só acontecem aos outros." 

Fontes:

https://cnnportugal.iol.pt/educacao/parentalidade/ha-mas-noticias-para-os-pais-sobre-o-uso-das-redes-sociais-pelos-mais-novos-a-tecnologia-nao-veio-so-facilitar-a-vida-das-pessoas/20230715/64a832a2d34e3ae5b8c379fa

https://simplyflow.pt/quais-sao-os-perigos-das-redes-sociais-para-criancas-e-adolescentes/

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publicado às 19:29


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