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Estamos na Páscoa, mas...

por Elsa Filipe, em 20.04.25

É tempo de festa para uns, fé para outros, mas independentemente da religião e crenças de cada um, deveria ser um tempo de paz, de respeito e de tolerância. Mas o que mais se vê, é ódio. Quero acreditar que o ser humano consegue ser melhor do que isto...

O presidente Vladimir Putin declarou uma trégua durante o período de Páscoa, com o anúncio de um cessar-fogo. No entanto, o ato não passou de um anúncio, já que no terreno, os ataques continuaram. 

Kiev acusa a Rússia de ter duplicado "o uso de drones kamizakes."  

Na província de Kherson, "três pessoas morreram" devido a ataques russos.

De acordo com declarações à imprensa do presidente Zelensky, "até agora, de acordo com relatórios do comandante-chefe, as operações de ataque russo continuam em vários setores da frente e o fogo da artilharia russa não diminuiu," sobretudo na "frente de Pokrovsk, localizada na região de Donetsk e uma das prioridades nos esforços da Rússia para continuar a ganhar terreno no leste da Ucrânia."

Fontes:

https://www.dw.com/pt-br/ucr%C3%A2nia-relata-ataques-russos-apesar-da-tr%C3%A9gua-de-putin/a-72290346

 

 

 

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publicado às 22:28

Desde que o presidente Donald Trump lançou uma nova campanha militar contra os rebeldes Houtis no mês passado, este terá sido um dos maiores ataques, resultando na morte de "pelo menos 58 pessoas" e ferindo "mais de 100." O ataque aéreo atingiu "o porto petrolífero de Ras Issa, no Iémen," e o grupo Houthi, veio já divulgar "imagens gráficas do rescaldo," alegando "que o ataque visava trabalhadores civis."

"O Pentágono não fez comentários sobre as vítimas civis e recusou-se a responder às perguntas dos meios de comunicação social," embora Washington tenha já informado que o ataque tinha "como objetivo cortar uma fonte de de combustíveis e fundos para os huthis."

Este ataque vem aumentar a escalada de violência de uma "campanha que começou a 15 de março," e que tem como objetivo "acabar com as ameaças aos navios no Mar Vermelho." Num comunicado raro, os Houthis afirmam que esta foi uma "agressão completamente injustificada" e que a sua ocorrência "representa uma violação flagrante da soberania e independência do Iémen e um alvo direto de todo o povo iemenita." Designaram ainda o alvo como uma "instalação civil", que tem sido vital para a população há largos anos. De facto, cerca "de 70% das importações do Iemén e 80% da ajuda humanitária chegam através de três portos, incluindo o de Ras Issa.," que agora foi alvo de ataque.

O porta-voz da diplomacia iraniana considerou o caso “um exemplo de crime agressivo e uma flagrante violação dos princípios fundamentais da Carta da ONU”. Em resposta, o grupo afirma que foram lançados "ataques contra um alvo militar próximo ao aeroporto Ben Gurion, em Israel, e contra dois porta-aviões dos EUA."

O bombardeamento do porto de Ras Issa, "acontece pouco antes da segunda ronda de negociações entre Washington e Teerão sobre o programa nuclear iraniano," o qual está previsto para amanhã, sábado, em Roma.

Fontes:

https://pt.euronews.com/2025/04/18/rebeldes-houthi-dizem-que-ataques-dos-eua-mataram-mais-de-50-pessoas-no-iemen

https://www.jn.pt/6586834208/huthis-lancam-retaliacao-apos-ataque-mais-mortal-dos-eua-no-iemen/?utm_source=jn.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=rec_edit_externo_marcas

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/ataques-aereos-dos-eua-contra-porto-petrolifero-iemenita-matam-dezenas-de-pessoas_n1648757

 

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publicado às 19:30

Crimes de guerra

por Elsa Filipe, em 15.04.25

Falamos em crimes de guerra quando os alvos atacados não têm fundamento militar ou estratégico. 

Falamos em crimes de quando são violados os direitos contra a humanidade.

Um bombardeamento russo a uma cidade ucraniana resultou em 35 mortos e 117 feridos. "Moscovo alega ter alvejado uma reunião de comandantes militares, mas os dois mísseis balísticos atingiram zonas civis. Trump responsabilizou Joe Biden e Volodymyr Zelensky por esta guerra." 

No passado dia cinco deste mês, um ataque a uma zona residencial na região de Kryvyi Rih, resultou na morte de "18 pessoas, incluindo nove crianças, e feriu mais de 30."

No artigo 11º, secção 2, da Lei n.º 31/2004, de 22 de Julho, constam como crime de guerra, quem "atacar a população civil em geral ou civis que não participem directamente nas hostilidades", "atacar bens civis, ou seja, bens que não sejam objectivos militares", "atacar, por qualquer meio, aglomerados populacionais, habitações ou edifícios que não estejam defendidos e que não sejam objectivos militares", "Lançar um ataque indiscriminado que atinja a população civil ou bens de carácter civil, sabendo que esse ataque causará perdas de vidas humanas, ferimentos em pessoas civis ou danos em bens de carácter civil, que sejam excessivos..." e muitos outros.

Fontes:

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/ataque-russo-mata-35-pessoas-na-ucrania-e-trump-culpa-kiev_v1648024

https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?artigo_id=123A0009&nid=123&tabela=leis&pagina=1&ficha=1&so_miolo=&nversao=

https://www.publico.pt/2025/04/05/mundo/noticia/ataque-russo-mata-18-pessoas-incluindo-nove-criancas-cidade-zelensky-2128674

 

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publicado às 22:41

Massacres... a morte em cada esquina

por Elsa Filipe, em 09.03.25

O regime de Bashar al-Assad caiu há apenas três meses, mas a população Síria não tem visto melhorias na sua situação. As "forças do novo regime estão a ser acusadas do massacre de mais de 700 civis", num total de "29 massacres, entre sexta-feira e sábado, na região costeira de Latakia, na zona ocidental do país." Deposto o ditador, ficaram vários grupos, uns fiéis a Assad e outros fiéis ao novo regime. Entre estes grupos têm-se registado vários conflitos num constante clima de tensão "entre as forças governamentais sírias e grupos armados leais ao antigo regime de Bashar al-Assad."

Os mortos espalham-se pelo chão. As imagens que nos chegam, deixam-nos sem palavras para descrever o massacre. A situação agravou-se quando na passada quinta-feira, "grupos armados ligados ao antigo regime - muitos deles antigos soldados e oficiais - lançaram ataques coordenados" investindo contra "as forças de segurança" e conseguiram tomar "o controlo de edifícios governamentais."

Deste então, contando com a situação vivida este fim de semana, contabilizaram-se já quase mil mortos. As forças de segurança não reconhecem a culpa por estas mortes, dizendo que muitas das "execuções sumárias de dezenas de jovens e os ataques a casas e aldeias da comunidade alauita nos últimos dias," se devem a várias "milícias armadas que vieram ajudar as forças de segurança."

A escalada de violência agravou-se "levando a ataques contra civis inocentes, incluindo mulheres e crianças", afirmaram os patriarcas das igrejas cristã ortodoxa, católica melquita e siríacos ortodoxos, num comunicado conjunto."

Pensa-se que a "maior parte das vítimas" sejam alauitas, pertencendo à "comunidade religiosa de que descende a família de Bashar al-Assad." A mensagem foi clara: ou entregavam as armas ou sofriam as consequências. 

A fuga levou a que muitos fossem procurar refúgio numa base militar russa.

Fontes:

https://sicnoticias.pt/especiais/guerra-na-siria/2025-03-09-video-o-sonho-durou-pouco-tres-meses-depois-novo-regime-da-siria-acusado-de-massacre-643dc0b1

https://expresso.pt/internacional/medio-oriente/2025-03-08-siria-autoridades-tentam-restaurar-a-ordem-apos-568-mortes-em-tres-dias-igrejas-condenam-massacres-de-civis-inocentes-fcdc6c0d

https://www.publico.pt/2025/03/09/mundo/noticia/siria-mil-mortos-crescem-receios-perseguicao-religiosa-alauitas-2125274

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publicado às 19:51

Trump recebeu o presidente ucrâniano na Casa Branca e o mundo assistiu a um desenrolar de acusações e de perguntas a que Zelensky foi respondendo, mantendo a compustura a que já nos habituou, mas não deixando de mostrar o seu desagrado. Já a postura de Trump foi de humilhação ao presidente ucraniano.

Já há duas semanas, o Presidente dos EUA tinha sugerido que a Ucrânia "nunca deveria ter começado" a guerra, deixando no ar a ideia de que seria a Ucrânia (e não a Rússia) a responsável pelo conflito. Estas "declarações de Trump surgiram horas depois do encontro entre os EUA e a Rússia, na Arábia Saudita," que tinha decorrido "sem a presença do presidente ucraniano." Além de criticar o facto de não terem existido eleições na Ucrânia (devido à Lei Marcial), Trump acusou ainda "a Ucrânia de desvios da ajuda norte-americana desde o início do conflito."

Desta vez, além das acusações, Donald Trump apresenta ainda uma proposta à Ucrânia, que envolve a cedência de terras aos EUA para exploração de minerais raros, como forma de pagamento da ajuda já prestada. Estas são terras que se encontram espalhadas pelo território ucraniano, mas que estão mais concentradas no leste do país. O lucro que viria da exploração destes minerais raros poderia dar aos EUA um grande lucro, mas não vem garantir à Ucrânia a proteção esperada e, por este e outros motivos, não foi aceite por Zelensky. Trump acabou por se enfurecer "com o seu homólogo de Kiev, tentando rebaixá-lo e acusando-o de não ser grato.

"O presidente ucraniano deixou claro que a exploração dos preciosos recursos geográficos e energéticos do seu país será uma forma de reconstruir a sua economia e as suas cidades após o fim da guerra." O vice-presidente JD Vance também interviu na reunião, assim como alguns jornalistas, um dos quais, questionou mesmo Zelensky o porquê de não usar fato. 

Nas palavras que usou para se defender e para defender o povo ucraniano, Zelensky disse que não venderia o país. Acusou ainda Trump de estar a ser afetado pela desinformação russa.

Fontes:

https://www.publico.pt/2025/02/19/video/trump-sugere-ucrania-responsavel-guerra-zelenszky-aponta-desinformacao-20250219-122839

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/o-acordo-de-minerais-que-trump-quer-na-ucrania-e-uma-metafora-perfeita-para-algo-muito-maior/20250221/67b8a921d34ef72ee4429536

https://cnnportugal.iol.pt/zelensky/trump/apos-trump-culpar-zelensky-pela-guerra-zelensky-pede-a-trump-para-ir-pressionar-a-outro-sitio/20250219/67b5b462d34e3f0bae9aa846

https://www.publico.pt/2025/02/28/mundo/noticia/trump-recebe-zelensky-casa-branca-acordo-justo-2124342

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publicado às 23:23

Três anos de conflito

por Elsa Filipe, em 26.02.25

Três anos...

Há três anos, eramos surpreendidos pela entrada de tropas russas na Ucrânia. Da mesma forma que Putin achava que entrava por ali adentro e derrubava o governo ucraniano, subjugando o seu povo às suas vontades, também o povo daquele país mostrava que não seria com duas cantigas que se renderiam ao arsenal bélico do inimigo. Um inimigo conhecido de longa data, é bom que se diga. 

Os planos do presidente russo, Vladimir Putin, previam uma vitória fácil e poucos "analistas internacionais ousaram contestar essa previsão, dada a disparidade de força entre os dois países." Mas, a verdade, é que o povo ucrâniano tem dado provas de que a sua decisão em resistir, não foi uma má escolha e que, mesmo com todas as dificuldades e as perdas em vidas humanas, tem conseguido resistir. Passaram-se três anos e a guerra está num impasse. A Rússia não tem avançado muito, mas também é verdade que a Ucrânia ainda está longe de recuperar as regiões perdidas.

Embora os dados sejam difíceis de confirmar, desde o início da invasão, a Ucrânia terá registado "43 mil militares mortos em combate e mais de 370 mil feridos, números abaixo das estimativas de várias entidades." Do lado russo, terão havido cerca de "845.310 baixas desde o começo do conflito."

A Ucrânia pediu ajuda... mas foi muito a medo que a União Europeia e a NATO foram facultando armas e viaturas, não cedendo aos muitos pedidos da Ucrânia para entrar na Organização Transatlântica. Durante todo este tempo, a Ucrânia pediu ajuda e esta lá foi chegando, primeiro mais a medo, depois de forma mais visível, mas sempre sob ameaça da Rússia. Atualmente, "a Rússia controla pouco menos de 20% do território ucraniano, ou cerca de 110 mil quilómetros quadrados." A Ucrânia, conseguiu entretanto avançar também "a província fronteiriça de Kursk, no oeste da Rússia, onde chegou a ocupar cerca de mil quilómetros de quadrados de território, segundo as autoridades militares de Kiev, mas esse número deverá ser atualmente menos de metade."

António Guterres, secretário-geral da ONU, destacou hoje no seu discurso, "o impacto devastador do conflito: milhares de civis mortos, cidades destruídas e infraestruturas essenciais reduzidas a escombros," referindo ainda que a "ONU tem mobilizado todos os seus recursos para aliviar o sofrimento da população e promover uma paz justa e duradoura."

As proporções desta crise humanitária são, apesar de tudo o resto que uma guerra envolve, o mais alarmante: "cerca de cinco milhões de ucranianos enfrentam insegurança alimentar, especialmente nas regiões próximas da linha da frente. A subida dos preços e a destruição das cadeias de abastecimento deixaram muitas famílias sem acesso a alimentos nutritivos, forçando-as a recorrer a medidas extremas, como saltar refeições ou contrair dívidas para comprar comida." 

Foram cerca de "11 milhões" as pessoas forçadas "a abandonar suas casas, com 6,9 milhões registados como refugiados e outros 3,7 milhões deslocados internamente." No que respeita aos civis mortos desde o início do conflito, estes deverão andar próximo aos 2500, "incluindo 669 crianças." Além disso, 28.382 civis, entre os quais 1.833 menores, ficaram feridos, mas os números reais deverão ser "consideravelmente maiores", já que apenas são contabilizados os casos verificados.

Uma das situações mais preocupantes é a "das mulheres e das raparigas na Ucrânia."

"Além disso, a ONU documentou centenas de casos de violência sexual relacionada com o conflito e alertou para o aumento de 36% nos casos de violência doméstica. Em resposta, a ONU Mulheres tem investido em programas de apoio psicossocial, empoderamento económico e participação feminina nos processos de paz e reconstrução." Assinalando esta data, "o executivo comunitário anuncia um pacote de ajuda à segurança energética da Ucrânia e aprova o 16.º pacote de sanções à Rússia."

Os EUA terão sido o país que mais ajuda em termos de armamento enviou para a Ucrânia, mas a relação entre os dois países deixou de ser a mesma desde que Trump chegou ao poder. "Crítico da ajuda norte-americana a Kiev, Trump já suspendeu os financiamentos globais da agência estatal de desenvolvimento USAID. Segundo o Instituto Kiel, os Estados Unidos transferiram 3,4 mil milhões de euros em ajuda humanitária para a Ucrânia desde o começo do conflito."

Já do lado da Rússia, os principais apoiantes têm sido o Irão e a Bielorrússia. Mas o aliado que se tem mostrado mais na concretização do apoio à Rússia no "campo de batalha é a Coreia do Norte. No âmbito de uma parceria estratégica com a Rússia e a troco de alimentos e cooperação tecnológica e financeira, e ainda de proteção militar mútua, Pyongyang forneceu a Moscovo pelo menos 13 mil contentores de munições de artilharia, 'rockets' e mísseis, segundo o serviço de informações de Seul (NIS), como forma de ambos os países contornarem o isolamento internacional e as sanções ocidentais." O governo de "Kim Jong-Un destacou acima de dez mil militares para lutar ao lado das tropas russas na província russa de Kursk, parcialmente ocupada pela Ucrânia."

Apesar de afirmar que não apoio militarmente a Rússia, "a China é acusada pelas potências ocidentais de alimentar a máquina de guerra do Kremlin, através da venda de componentes para a sua indústria de defesa, e a sua economia por via do comércio e mesmo acontece em relação a outro gigante global, a Índia." Já no que respeita às sanções aplicadas, as mesmas acabaram por não ter os resultados esperados, uma vez que durante os três anos em que esta guerra já dura, "a China surge como o principal cliente de combustíveis fósseis da Rússia, com cerca de 165 mil milhões de euros em importações, bastante à frente da Índia (98 mil milhões), da Turquia (68 mil milhões) e dos países da União Europeia (55 mil milhões)."

Fontes:

https://unric.org/pt/tres-anos-de-guerra-na-ucrania-a-resposta-humanitaria-da-onu/

https://www.publico.pt/2025/02/24/mundo/noticia/ucrania-tres-anos-guerra-mapas-numeros-2123649

https://sicnoticias.pt/especiais/guerra-russia-ucrania/2025-02-24-principais-indicadores-em-tres-anos-de-guerra-na-ucrania-c210fa43

 

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publicado às 19:51

Ataques com drones a várias regiões russas

por Elsa Filipe, em 03.02.25

Uma explosão num edifício residencial fez duas vítimas mortais e três feridos. "Entre as vítimas mortais está Armen Sargsyan, um ex-membro do Grupo Wagner, criador do batalhão de Arbat, que era procurado pelas autoridades ucranianas."

A explosão deu-se num edifício de "29 andares no complexo residencial Alye Parusa na rua Aviatsionnaya," em Moscovo. Além desta explosão, várias infraestruturas foram atingidas "após um ataque ucraniano com dezenas de drones, de acordo com as autoridades e os meios de comunicação locais."

"Kiev intensificou os seus ataques aéreos contra instalações militares e energéticas russas nos últimos meses, uma campanha descrita como uma resposta ao bombardeamento da Rússia contra as suas cidades e rede elétrica." Entre várias infraestruturas energéticas, foi também atingida uma refinaria de petróleo na região de Volgogrado, a qual não provocou vítimas.

Estes ataques poderão ter sido uma resposta à investida russa que ontem atingiu vários pontos importantes na Ucrânia e provocou quatro mortos e quatro feridos graves, quando uma escola onde estavam 80 pessoas foi atingida. Nenhuma das partes assumiu os danos. Na região de Poltrava, "continuam as operações de busca e resgate" pelos desaparecidos que possam ainda estar "no meio dos escombros. Mas para várias famílias já não há qualquer esperança." Neste ataque, "pelo menos 12 pessoas morreram - duas delas crianças - e mais de uma dezena ficaram feridas."

Fontes:

https://sicnoticias.pt/especiais/guerra-russia-ucrania/2025-02-03-varias-infraestruturas-russas-incendiadas-apos-ataque-da-ucrania-a5c49f11

https://sicnoticias.pt/especiais/guerra-russia-ucrania/2025-02-02-video-pelo-menos-quatro-pessoas-morreram-num-ataque-a-uma-escola-na-ucrania-ccc1724d

 

 

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publicado às 19:19

No dia 27 de janeiro de 1945, soldados das forças soviéticas chegaram ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, onde encontraram aqueles que tinham ficado para trás. Começo por aconselhar a vossa pesquisa sobre esta data - existe muita informação, espalhada por aí. Reforço ainda que esta data não deve ser esquecida! Um dos primeiros locais que vos convido a visitar é o site "A Enciclopédia do Holocausto", onde encontram diversa informação sobre o tema.

"À medida em que as tropas aliadas penetravam na Europa, em uma série de ofensivas contra a Alemanha, os soldados começaram a encontrar e a libertar os prisioneiros dos campos de concentração, muitos dos quais haviam sobrevivido às marchas da morte para o interior da Alemanha. As forças soviéticas foram as primeiras a se aproximar de um campo nazista de grande porte, chegando ao campo de Majdanek próximo de Lublin na Polônia, em julho de 1944. Surpreendidos pelo rápido avanço soviético, os alemães tentaram demolir o campo numa tentativa de ocultar as evidências do extermínio em massa que haviam cometido."

Neste dia, começava a ser posta a descoberto "a escala das atrocidades cometidas pelo regime nazi naquele e noutros locais.

"6 milhões de judeus, minorias e dissidentes políticos foram assassinados durante a Segunda Guerra Mundial pelo regime nazi," e para que isto não se repita, há que lembrar o que se passou e não deixar disseminar as ideologias que, ainda hoje, passados 80 anos, dizem que foi tudo uma invenção.

Assinalando hoje o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e os 80 anos que passaram sobre a libertação de Auschwitz, António Guterres, chefe das Nações Unidas, ressalta durante o seu discurso "que a lembrança dos eventos do Holocausto é um bastião contra a difamação da humanidade e um apelo à ação coletiva para garantir o respeito pela dignidade e pelos princípios fundamentais."

Os campos de concentração nazi foram erguidos na Alemanha em março de 1933, logo depois de Adolf Hitler se ter tornado Chanceler e do seu Partido ter recebido "o controle da polícia pelo Ministro do Interior do Reich, Wilhelm Frick, e pelo Ministro do Interior prussiano, Hermann Göring." Estes campos eram usados "para prender e torturar" aqueles que eram considerados como "adversários políticos e sindicalistas." Inicialmente, cerca de "45 mil prisioneiros" deram entrada nestes campos. Estima-se que em janeiro de 1945, estivessem em campos de concentração cerca de "715 000" pessoas. Além dos campos de concentração, onde existiam "bases de recursos de trabalho forçado para empresas alemãs," foram também criados "os campos de extermínio." Estes campos foram estabelecidos com apenas um objetivo: matar! Nestes campos, foram assassinadas milhares de pessoas, de todas as idades, a uma escala praticamente "industrial" não só de judeus, mas também de eslavos, comunistas, homossexuais e outros que os nazistas consideravam "Untermensch" (povos inferiores) ou indignos de viver," através das "câmaras de gás." 

Este genocídio do povo judeu por toda a Europa foi a solução encontrada pelo "Terceiro Reich para a questão judaica", o que hoje designamos coletivamente por Holocausto. 

Mas aqueles que conseguiram sobreviver, nunca chegaram a ver a sua vida reposta nem foi feita justiça ao que ali sofreram, muito menos chegou alguma vez a ser feita justiça às mortes causadas às mãos dos nazis.

A "segregação da população judaica na Alemanha," começou com "as leis de Nuremberga," introduzidas a "15 de setembro de 1935 pelo Reichstag, numa reunião especial durante o comício anual em Nuremberga do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães." O objetivo era obrigar à "Protecção do Sangue Alemão e da Honra Alemã." Em "26 de novembro de 1935", as leis foram corrigidas para incluírem, além da população judaica, "os ciganos e os negros." No ano seguinte, "depois dos Jogos Olímpicos de Verão de 1936," que se realizaram em Berlim, começaram as perseguições sob pretexto de pôr em prática estas leis.

"As Leis de Nuremberga tiveram um impacto económico e social incapacitante na comunidade judaica. As pessoas suspeitas de violar as leis do casamento eram detidas, e (a partir de 8 de março de 1938) após terem cumprido as suas condenações, eram novamente presas pela Gestapo e enviadas para campos de concentração nazis."

"Em 1938, já era difícil, se não impossível, os emigrantes judeus encontrarem um país que os aceitasse. Os esquemas para as deportações em massa, como o Plano Madagáscar, mostraram-se impossíveis de realizar, e a partir de meados de 1941, o governo alemão deu início à exterminação em massa dos judeus na Europa." Este plano consistiu numa tentativa de "transferir a população" judaica "da Europa para a ilha de Madagáscar," proposta pelo governo nazi, depois da França entregar a sua colónia à "Alemanha, como parte dos termos de rendição franceses," na 2ª Guerra Mundial. Este plano, acabou por não ir em frente e foi substituído, por uma "evacuação para o leste," mas que não era nada mais nada menos do que a expulsão e perseguição dos judeus em direção ao leste da Europa.

 

Fontes:

https://www.presidencia.pt/atualidade/toda-a-atualidade/2025/01/presidente-da-republica-assinala-o-80-o-aniversario-da-libertacao-do-campo-de-concentracao-e-exterminacao-de-auschwitz-e-o-dia-internacional-em-memoria-das-vitimas-do-holocausto/

https://expresso.pt/podcasts/o-mundo-a-seus-pes/2025-01-27-80-anos-de-libertacao-de-auschwitz-os-sobreviventes-estao-a-enfrentar-uma-vaga-de-antissemitismo-comparavel-a-dos-anos-30-e-40-082fa212

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_de_Nuremberg

https://pt.wikipedia.org/wiki/Campos_de_concentra%C3%A7%C3%A3o_nazistas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_exterm%C3%ADnio

https://news.un.org/pt/story/2025/01/1844016

https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/liberation-of-nazi-camps

 

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publicado às 14:03

Prisioneiros libertados durante cessar-fogo

por Elsa Filipe, em 20.01.25

Dando continuação à publicação que ontem fiz, sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza, durante a madrugada houve então a libertação de 90 prisioneiros palestinianos tal como estava acordado entre as partes. Os prisioneiros foram "recebidos em festa, entre bandeiras do Hamas, do Hezbollah, da Fatah ou da Jihad Islâmica e gritos de alegria de familiares." Este grupo de 90 prisioneiros que chegou já à Cisjordânia, é composto na sua "maioria" por "mulheres e menores de idade."

Mas além da troca de reféns e de prisioneiros, que só por si seria já um facto de extrema importância, não posso deixar de realçar a troca de cumprimentos entre Donald Trump e Israel Katz, ministro da defesa de Israel, que afirmou na rede X que "o laço entre Israel e os EUA é inquebrável”, estando os mesmos "assentes em valores partilhados e interesses mútuos."

Israel Katz afirmou ainda estar "ansioso para trabalhar com sua administração para fortalecer esta aliança, trazer de volta todos os reféns mantidos em Gaza e impedir que o Irão adquira armas nucleares.” É possível que venha a ocorrer uma visita de "Benjamin Netanyahu, a Washington no mês de fevereiro para uma reunião com Donald Trump."

Entretanto, a próxima vaga de reféns só será libertada no próximo domingo. Sobre as três reféns que ontem foram libertadas, é de ressaltar que duas delas foram baleadas durante o ataque a 7 de outubro.

Este acordo de cessar-fogo provocou também desacordo no governo israelita, levanto à demissão do "ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de extrema-direita," e de dois outros ministros do "partido religioso Poder Judaico," que sse opunham às cedências deste acordo.

Em dúvida, está agora a situação de duas crianças que, apesar de terem os seus nomes na lista de reféns a serem entregues durante este cessar-fogo, poderão ter sido mortas durante o conflito devido aos bombardeamentos efetuados pelas tropas israelitas. "O Hamas alega que as crianças morreram," bem como a mãe, Shiri, que também se encontra nesta lista, mas os "militares não confirmam a informação, e ainda esperam que eles estejam vivos." No caso de se confirmar a sua morte, espera-se que os corpos possam ser entregues e repatriados.

 

Fontes:

https://observador.pt/liveblogs/90-prisioneiros-palestinianos-recebidos-em-festa-por-apoiantes-do-hamas-e-do-hezbollah/

https://pt.euronews.com/2025/01/19/tres-ministros-de-extrema-direita-abandonam-o-governo-de-israel-por-causa-do-acordo-de-ces

 https://www.terra.com.br/noticias/mundo/duas-criancas-refens-dadas-como-mortas-pelo-hamas-estao-em-lista-para-serem-libertadas,9f000b71bf9ae5860d1cdef81d0ac982lk5wukqu.html?utm_source=clipboard
 
https://cbn.globo.com/mundo/rfi/noticia/2025/01/20/prisioneiros-libertados-por-israel-chegam-ate-a-cisjordania-em-primeira-parte-de-cessar-fogo-em-gaza.ghtml
 
 

 

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publicado às 21:05

Cessar-fogo entre Israel e o Hamas

por Elsa Filipe, em 19.01.25

Nestes quinze meses de guerra, "as Forças de Defesa de Israel (IDF) bombardearam e ocuparam grande parte do território palestino," no qual o Hamas, domina. Pelo menos "46913 pessoas foram mortas em mais de 15 meses de guerra na Faixa de Gaza." De acordo com este balanço, feito à meia-noite de ontem, registaram-se também "110750" feridos na "Faixa de Gaza, onde a guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas a Israel em 07 de outubro de 2023."

O "Hamas é classificado como uma organização terrorista por Israel," bem como pelos "seus aliados ocidentais, assim como por alguns países árabes." Este conflito já terá morto "dezenas de milhares" de pessoas, entre as quais estão vários elementos de "organizações humanitárias" e também vários jornalistas e repórteres.

Na passada quarta-feira (dia 15/01), o Catar anunciou um avanço nas negociações para pôr fim ao conflito armado entre Israel e o Hamas." O acordo foi também mediado pelos EUA, Catar, Egito e Turquia. 

Depois de uma reunião que decorreu ontem e se estendeu por cerca de seis horas, "o governo de Benjamin Netanyahu ratificou o plano," o qual refere que as "armas deverão ser silenciadas inicialmente por seis semanas" a partir de hoje, domingo.

Israel deve começar por retirar as suas tropas da Faixa de Gaza e, ambos os lados, irão "libertar reféns e prisioneiros." Além disso, deverão ser abertos corredores de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

"Na primeira fase do cessar-fogo, que deve durar 42 dias, o Hamas deve entregar 33 reféns a Israel," prevendo o acordo a libertação inicial "de todas as crianças e mulheres restantes, seguidas pelos homens com mais de 50 anos de idade." No entanto, é desconhecido quantos dos reféns poderão já ter perdido a vida: até ao "momento, 36 deles foram declarados mortos," e outros 110 foram já "libertados com vida."

Sobre este cessar-fogo que hoje começa, teve grande influência como referi anteriormente, do governo dos EUA. Apesar de ainda estar em funções Joe Biden, Donald Trump tinha já ameaçado o Hamas: "se esses reféns não estiverem de volta quando eu assumir o cargo, o inferno vai explodir no Oriente Médio. E isso não será bom para o Hamas, e não será bom para ninguém".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de rejeitar partes do acordo para conseguir "extorquir concessões no último minuto", o que levou ao adiamento do início do cessar-fogo, uma vez que faltava a entrega do nome dos três reféns que seriam libertados. Apesar das negociações, ainda esta manhã, várias "regiões do norte de Gaza foram bombardeadas por Israel."

Pouco depois da entrada em vigor do cessar-fogo, os "primeiros camiões com ajuda humanitária entraram em Gaza." De acordo com um funcionário egípcio, “260 camiões de ajuda humanitária e 16 camiões de combustível” entraram através "da passagem de Kerem Shalom, entre Israel e Gaza, e de Nitzana, na fronteira entre o Egito e Israel."

A ONU apelou para que os países que têm “influência” sobre Israel, o Hamas e os grupos armados que estão a saquear os comboios, "para que usem a sua influência para que a ajuda possa chegar à população

As três primeiras "reféns israelitas já chegaram ao ponto de encontro definido, no sul do país," de onde seguirão depois para se juntar às “suas mães." Estas "jovens e as suas famílias serão acompanhadas pelas IDF até ao hospital Ramat Gan, onde serão sujeitas a uma primeira avaliação médica.

De acordo com informação transmitida pela Al Jazeera, "já chegaram à prisão de Ofer, na Cisjordânia, os membros da Cruz Vermelha responsáveis por receber 90 palestinianos feitos reféns por Israel," mas a entrega destes reféns, só se daria depois destas "três jovens israelitas," chegarem ao seu país.

Mas mesmo que o cessar-fogo seja respeitado por ambos os lados, o que se irá seguir?

 

Fontes:

https://www.dw.com/pt-br/israel-e-hamas-o-que-se-sabe-sobre-o-acordo-de-cessar-fogo/a-71324717

https://pt.euronews.com/2025/01/19/cessar-fogo-adiado-israel-suspende-entrada-em-vigor-ate-que-o-hamas-entregue-nomes-dos-ref

https://observador.pt/liveblogs/cessar-fogo-na-faixa-de-gaza-suspenso-ate-que-hamas-apresente-lista-de-refens-a-libertar/

 

 

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publicado às 16:02


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