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Português morre num atentado em França

por Elsa Filipe, em 22.02.25

França foi mais uma vez palco de um "atentado com recurso a uma faca durante uma manifestação", que decorria na cidade de Mulhouse, em "apoio à República Democrática do Congo, que enfrenta uma ofensiva, no leste, do movimento armado M23, apoiado pelo Ruanda."

Durante o ataque, um português de 69 anos, que tentou conter o ataque, foi morto e cinco polícias municipais foram feridos, "sendo que dois estão em estado grave." 

"A unidade nacional de procuradores antiterroristas de França (PNAT), que assumiu o comando da investigação, disse que o suspeito atacou primeiro os polícias municipais." Também o "presidente francês, Emmanuel Macron," se referiu a este ato, como um "ato de terrorismo" e como um ato de origem "islâmica". O suspeito, é um homem de 37 anos que nasceu "na Argélia" e que já "estava sinalizado para efeitos de prevenção de terrorismo." ,Segundo relatos da imprensa francesa, ao avançar com uma faca direito aos manifestantes, "terá gritado “Allahu akbar” (“Deus é grande”, em português)."

Num outro ataque, que aconteceu na noite de ontem, mas neste caso, na Alemanha, um "turista espanhol de 30 anos ficou gravemente ferido." A vítima, foi "atacada aparentemente sem razão conhecida," tendo sido esfaqueada na região do pescoço, "quando visitava o Memorial do Holocausto em Berlim."

O suspeito deste ataque, fugiu, mas acabou por ser detido algumas horas depois. o suspeito deste ataque é um cidadão sírio, com estatuto de refugiado. Terá apenas "19 anos" e "mora em um abrigo para refugiados na cidade de Leipzig, no leste alemão." 

Estas duas situações, além da sua proximidade temporal, nada terão que as relacione. No entanto, o ato que ocorreu na Alemanha, foi relacionado com o "conflito no Oriente Médio", tendo acontecido apenas "dois dias antes das eleições gerais no país." Um país que está em tensão não apenas pelas eleições mas por uma "série de ataques fatais" que aconteceram durante as últimas semanas e "cujos suspeitos são imigrantes," ou refugiados.

Fontes:

https://observador.pt/2025/02/22/um-morto-e-pelo-menos-dois-feridos-em-ataque-com-faca-em-franca-suspeito-foi-detido/

https://www.jn.pt/2156646721/portugues-morre-em-ataque-com-faca-em-franca-macron-fala-em-ato-de-terrorismo/

https://www.dw.com/pt-br/homem-%C3%A9-ferido-em-ataque-no-memorial-do-holocausto-em-berlim/a-71711656

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publicado às 19:37

No dia 27 de janeiro de 1945, soldados das forças soviéticas chegaram ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, onde encontraram aqueles que tinham ficado para trás. Começo por aconselhar a vossa pesquisa sobre esta data - existe muita informação, espalhada por aí. Reforço ainda que esta data não deve ser esquecida! Um dos primeiros locais que vos convido a visitar é o site "A Enciclopédia do Holocausto", onde encontram diversa informação sobre o tema.

"À medida em que as tropas aliadas penetravam na Europa, em uma série de ofensivas contra a Alemanha, os soldados começaram a encontrar e a libertar os prisioneiros dos campos de concentração, muitos dos quais haviam sobrevivido às marchas da morte para o interior da Alemanha. As forças soviéticas foram as primeiras a se aproximar de um campo nazista de grande porte, chegando ao campo de Majdanek próximo de Lublin na Polônia, em julho de 1944. Surpreendidos pelo rápido avanço soviético, os alemães tentaram demolir o campo numa tentativa de ocultar as evidências do extermínio em massa que haviam cometido."

Neste dia, começava a ser posta a descoberto "a escala das atrocidades cometidas pelo regime nazi naquele e noutros locais.

"6 milhões de judeus, minorias e dissidentes políticos foram assassinados durante a Segunda Guerra Mundial pelo regime nazi," e para que isto não se repita, há que lembrar o que se passou e não deixar disseminar as ideologias que, ainda hoje, passados 80 anos, dizem que foi tudo uma invenção.

Assinalando hoje o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e os 80 anos que passaram sobre a libertação de Auschwitz, António Guterres, chefe das Nações Unidas, ressalta durante o seu discurso "que a lembrança dos eventos do Holocausto é um bastião contra a difamação da humanidade e um apelo à ação coletiva para garantir o respeito pela dignidade e pelos princípios fundamentais."

Os campos de concentração nazi foram erguidos na Alemanha em março de 1933, logo depois de Adolf Hitler se ter tornado Chanceler e do seu Partido ter recebido "o controle da polícia pelo Ministro do Interior do Reich, Wilhelm Frick, e pelo Ministro do Interior prussiano, Hermann Göring." Estes campos eram usados "para prender e torturar" aqueles que eram considerados como "adversários políticos e sindicalistas." Inicialmente, cerca de "45 mil prisioneiros" deram entrada nestes campos. Estima-se que em janeiro de 1945, estivessem em campos de concentração cerca de "715 000" pessoas. Além dos campos de concentração, onde existiam "bases de recursos de trabalho forçado para empresas alemãs," foram também criados "os campos de extermínio." Estes campos foram estabelecidos com apenas um objetivo: matar! Nestes campos, foram assassinadas milhares de pessoas, de todas as idades, a uma escala praticamente "industrial" não só de judeus, mas também de eslavos, comunistas, homossexuais e outros que os nazistas consideravam "Untermensch" (povos inferiores) ou indignos de viver," através das "câmaras de gás." 

Este genocídio do povo judeu por toda a Europa foi a solução encontrada pelo "Terceiro Reich para a questão judaica", o que hoje designamos coletivamente por Holocausto. 

Mas aqueles que conseguiram sobreviver, nunca chegaram a ver a sua vida reposta nem foi feita justiça ao que ali sofreram, muito menos chegou alguma vez a ser feita justiça às mortes causadas às mãos dos nazis.

A "segregação da população judaica na Alemanha," começou com "as leis de Nuremberga," introduzidas a "15 de setembro de 1935 pelo Reichstag, numa reunião especial durante o comício anual em Nuremberga do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães." O objetivo era obrigar à "Protecção do Sangue Alemão e da Honra Alemã." Em "26 de novembro de 1935", as leis foram corrigidas para incluírem, além da população judaica, "os ciganos e os negros." No ano seguinte, "depois dos Jogos Olímpicos de Verão de 1936," que se realizaram em Berlim, começaram as perseguições sob pretexto de pôr em prática estas leis.

"As Leis de Nuremberga tiveram um impacto económico e social incapacitante na comunidade judaica. As pessoas suspeitas de violar as leis do casamento eram detidas, e (a partir de 8 de março de 1938) após terem cumprido as suas condenações, eram novamente presas pela Gestapo e enviadas para campos de concentração nazis."

"Em 1938, já era difícil, se não impossível, os emigrantes judeus encontrarem um país que os aceitasse. Os esquemas para as deportações em massa, como o Plano Madagáscar, mostraram-se impossíveis de realizar, e a partir de meados de 1941, o governo alemão deu início à exterminação em massa dos judeus na Europa." Este plano consistiu numa tentativa de "transferir a população" judaica "da Europa para a ilha de Madagáscar," proposta pelo governo nazi, depois da França entregar a sua colónia à "Alemanha, como parte dos termos de rendição franceses," na 2ª Guerra Mundial. Este plano, acabou por não ir em frente e foi substituído, por uma "evacuação para o leste," mas que não era nada mais nada menos do que a expulsão e perseguição dos judeus em direção ao leste da Europa.

 

Fontes:

https://www.presidencia.pt/atualidade/toda-a-atualidade/2025/01/presidente-da-republica-assinala-o-80-o-aniversario-da-libertacao-do-campo-de-concentracao-e-exterminacao-de-auschwitz-e-o-dia-internacional-em-memoria-das-vitimas-do-holocausto/

https://expresso.pt/podcasts/o-mundo-a-seus-pes/2025-01-27-80-anos-de-libertacao-de-auschwitz-os-sobreviventes-estao-a-enfrentar-uma-vaga-de-antissemitismo-comparavel-a-dos-anos-30-e-40-082fa212

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_de_Nuremberg

https://pt.wikipedia.org/wiki/Campos_de_concentra%C3%A7%C3%A3o_nazistas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_exterm%C3%ADnio

https://news.un.org/pt/story/2025/01/1844016

https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/liberation-of-nazi-camps

 

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publicado às 14:03

De acordo com dados atualizados na quarta-feira, 73 pessoas morreram e outras "600 ficaram feridas em Cabo Delgado, Nampula e Niassa, na passagem do ciclone tropical Chido." Este ciclone formou-se a 5 deste mês "no sudoeste do oceano Indício," e depois de passar na ilha de Mayote no sábado, "entrou no domingo pelo distrito de Mecúfi, em Cabo Delgado, com ventos que rondaram os 260 quilómetros por hora e chuvas fortes."

"O Governo moçambicano decretou esta quinta-feira dois dias de luto nacional a partir de sexta-feira." Ociclone terá, segundo as autoridades, destruído total ou parcialmente, "52476 casas," afetado "49 unidades hospitalares, 26 casas de culto, 11 torres de telecomunicação e 34 edifícios públicos."

Este foi o mesmo ciclone que também fez 30 vítimas mortais e centenas de feridos e desalojados, na ilha francesa de Mayote. O presidente Macron, "decretou o estado de calamidade excecional no arquipélago para poder permitir uma gestão mais rápida e eficaz das medidas de urgência", tendo visitado hoje a ilha. Consido, no avião, seguiam também "mais de 4 toneladas de bens alimentares, medicamentos e material hospitalar, além de várias equipas de médicos e socorristas."

"Um navio da marinha francesa também já chegou ao arquipélago com mantimentos."

Fontes:

https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/governo-mocambicano-decreta-dois-dias-de-luto-apos-73-mortos-pelo-ciclone-chido

https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/pelo-menos-70-mortos-e-quase-600-feridos-pelo-ciclone-chido-em-mocambique

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-12-19-video-ciclone-chido-macron-leva-bens-alimentares-medicamentos-e-medicos-a-mayotte-b95712e7

https://www.jn.pt/1085698377/numero-de-mortos-pelo-ciclone-chido-em-mocambique-sobe-para-73/

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publicado às 22:28

Vanuatu atingida por sismo

por Elsa Filipe, em 17.12.24

"Um sismo de magnitude 7,3 atingiu esta terça-feira a capital do arquipélago do Pacífico Vanuatu, Porto Vila, provocando a queda de pontes, aluimentos de terras e danos em edifícios." Foi confirmada a morte de 14 pessoas e ferimentos em outras 200, chegando a ser lançado um "alerta de tsunami," que cerca de duas horas depois seria levantado.

Após o forte abalo, a "embaixada dos EUA em Porto Vila sofreu danos consideráveis" e encontra-se encerrada "até novo aviso, revelou um porta-voz da missão diplomática norte-americana na Papua-Nova Guiné. Também a embaixada francesa e britânica, que fica no mesmo edifício, sofreu danos."

Vanuatu é constituído por "um grupo de 80 ilhas onde vivem cerca de 300 mil pessoas," e é um dos países mais vulneráveis a este tipo de eventos, uma vez que se encontra localizado no Anel de Fogo do Pacífico, "zona de intensa atividade sísmica e vulcânica que se estende do Sudeste Asiático à bacia do Pacífico." 

Fontes:

https://observador.pt/2024/12/17/sismo-de-magnitude-73-atinge-arquipelago-do-pacifico-vanuatu-testemunha-afirma-ter-visto-cadaveres-apos-abalo/

https://pt.euronews.com/2024/12/17/terramoto-de-magnitude-73-na-escala-de-richter-atinge-vanuatu

 

 

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publicado às 23:06

A ilha francesa de Mayote, uma das mais pobres de França, localizada no "arquipélago das Comores," no oceano Índico, foi este sábado atingido pelo ciclone Chido.

Este ciclone "trouxe ventos superiores a 220 km/h, arrancando telhados de casas no arquipélago," e deixou a ilha de Mayote sem eletricidade, sem água e sem locais disponíveis para abrigar a população depois de "bairros inteiros de barracas e cabanas de metal" terem sido arrasados. O cenário é de caos! A torre de controlo do "aeroporto internacional de Mamoudzou" foi danificada, assim como a maioria das estradas, deixando grande "parte das infraestruturas do arquipélago" inacessível.

França tem estado a enviar ajuda para a ilha, mas ainda não se sabe o número exato de vítimas. "Mais de 100 socorristas e bombeiros de França e do território vizinho da Reunião foram destacados para Mayotte e um reforço adicional de 140 pessoas" já foram para o arquipélago.

Este ciclone passou também pelo "sudeste do Oceano Índico, afetando também as ilhas vizinhas de Comores e Madagáscar."

Fontes:

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/12/16/autoridades-admitem-varias-centenas-de-mortos-em-mayotte-apos-passagem-do-ciclone-chido

https://observador.pt/2024/12/15/pelo-menos-14-mortos-no-arquipelago-frances-de-mayotte-devido-ao-ciclone-chido/

 

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publicado às 22:15

A guerra civil Síria - a queda de al-Assad

por Elsa Filipe, em 09.12.24

O regime de Bashar al-Hassad na Síria foi derrubado e começam-se a mostrar os horrores daquele que foi um regime com quase 50 anos. Quando achamos que já assistimos aos maiores horrores, eis que nos surge a verdade sobre mais um regime que, além de opressor, assassinou sem dó nem piedade um povo. 

A Síria fica localizada no Médio Oriente, fazendo fronteira com o Iraque, a Jordânia, Israel, o Líbano e a Turquia, é um local de uma riqueza cultural única, não convivessem no seu território "diversos grupos étnicos e religiosos, inclusive árabes, gregosarméniosassírioscurdoscircassianos, mandeus e turcos. Os grupos religiosos incluem sunitascristãosalauitasdrusos, mandeus e iazidis. Os árabes sunitas formam o maior grupo populacional do país." E é este caldo cultural que faz da Síria uma zona em constante conflito.

A história da Síria remonta à sua capital, Damasco - uma das cidades mais antigas do mundo. Durante "a era islâmica," Damasco tornou-se "a sede do Califado Omíada e uma capital provincial do Sultanato Mameluco do Egito."

Mas foi só depois da "Primeira Guerra Mundial durante o Mandato Francês," que a Síria moderna se estabeleceu, conquistando" a independência como uma república parlamentar em 24 de outubro de 1945." Nessa altura, a Síria tornou-se também "membro fundador da Organização das Nações Unidas, um ato que legalmente pôs fim ao antigo domínio francês — embora as tropas francesas não tenham deixado o país até abril de 1946." O período que se seguiu foi tumultuoso e esta nação árabe acabaria por ser abalada por "vários golpes militares" entre 1949 e 1971.

Hafez al-Assad, governou a Síria entre 1970 e 2000, e Bashar al-Assad, seu filho, era o presidente do país desde 2000, num sistema de governo "amplamente considerado como autoritário," que caiu na última semana. 

Em 2012, arrastada pela Primavera Árabe, que fez cair vários governos do Médio Oriente, começou a guerra civil Síria, "que começou como uma série de grandes protestos populares" a 26 de janeiro de 2011 a que se seguiu "uma violenta revolta armada" a 15 de março de 2011. A "23 de agosto de 2011, a oposição" uniu-se finalmente," formando uma "única organização representativa", chamada "Conselho Nacional Sírio."  

Em 2013, o Estado Islâmico, "começou a reivindicar territórios na região," atacando "qualquer uma das fações," fossem ou não apoiantes de Assad. Em 2014, conseguiram proclamar um Califado na região e iniciaram a sua "expansão militar," subjugando os seus "rivais e impondo a sharia (lei islâmica) nos territórios que controlavam." A NATO começou a intervir contra o EI, enquanto a Rússia e o Irão, vieram apoiar militarmente o regime de Assad.

Já este ano, em novembro e depois de quatro anos de uma aparente acalmia, talvez escondida pelos conflitos nos territórios fronteiriços, "a guerra recomeçou a todo vapor, com as forças rebeldes" a atacar vindas de norte, sul e leste. A "8 de dezembro de 2024, após treze anos de guerra, Bashar al-Assad fugiu de Damasco." Nem a Rússia, nem o Irão, conseguiram pôr cobro à ação que derrubaria "cinquenta e três anos de governo da Família Assad."

O fim desta guerra civil, foi para muitos "um momento  de vitória popular, após anos de miséria" e de "pobreza extrema," mas a estabilidade não será imediata.

"O colapso do regime de Assad pode abrir caminho para uma nova era de esperança, mas também traz o  risco de vácuo de poder, ascensão de fações radicais e perpetuação do sofrimento."

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADria

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_S%C3%ADria

https://observador.pt/opiniao/a-queda-de-bashar-al-assad-e-o-destino-incerto-do-povo-sirio/

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publicado às 22:21

E cai mais um governo...

por Elsa Filipe, em 06.12.24

Na passada quarta-feira, na "sequência de uma moção de censura na Assembleia Nacional (câmara baixa do parlamento)," em que "a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e o partido de extrema-direita Rassemblement National (RN) votaram em massa" contra Michel Marnier, o "governo do primeiro-ministro francês" caiu. Barnier tinha utilizado "o n.º 3 do artigo 49.º da Constituição para fazer aprovar o plano orçamental da Segurança Social para 2025, sem votação parlamentar," o que não agradou aos seus opositores. Em vez de resolver a situação, "o orçamento de austeridade proposto por Barnier - que corta 40 mil milhões de euros em despesas e aumenta os impostos em 20 mil milhões de euros - apenas aprofundou as divisões, inflamando as tensões na câmara baixa e desencadeando um confronto político dramático."

Esta decisão do primeiro-ministro Michel Barnier, "foi tomada após vários dias de negociações com a extrema-direita de Le Pen, a quem fez várias concessões," entre elas a de eliminar "um imposto sobre a eletricidade," e a de acabar com "a ajuda médica aos imigrantes ilegais," no entanto, não ter cedido ao "adiamento do aumento das pensões por meio ano para contrariar a inflação," fez com que o orçamento não tivesse sido aprovado. Assim, optou por tomar a decisão nas suas mãos e avançar com o orçamento sem votação parlamentar e, tal como muitos receavam que acontecesse, a esquerda acabou por se aliar à extrema-direita e uma moção de censura foi levada em diante.

"No total, 331 deputados apoiaram a moção, de um total de 577 legisladores. Eram necessários, no mínimo, 288 votos. Michel Barnier tornou-se assim o inquilino mais efémero do Matignon, a residência oficial do Primeiro-Ministro francês, na história moderna do país. Foi a primeira moção de censura bem sucedida desde 1962."

Na manhã seguinte, Barnier apresentava a sua demissão de forma oficial. Com a "queda do Executivo," França volta a enfrentar um "cenário de crise política," que aliado "ao risco de uma grave crise financeira" pode também colocar Macron em risco.

"Embora o mandato presidencial de Macron se prolongue até à primavera de 2027, alguns partidos estão a pedir a demissão do chefe de Estado devido ao caos político que se seguiu à sua decisão de dissolver o parlamento." Emmanuel Macron tem agora de voltar a nomear um novo primeiro-ministro, "já que não pode convocar novas eleições antes de julho de 2025, uma vez que dissolveu a Assembleia Nacional em junho deste ano."

Apesar de toda esta situação, "Emmanuel Macron afastou o cenário de demissão e garantiu que irá continuar como presidente de França até ao fim do seu mandato."

Quanto ao orçamento de Estado, voltou à estaca zero e esta é uma situação que tem de ser resolvida para que o país continue a funcionar. Se este "não for votado até 20 de dezembro, o governo pode usar os seus poderes constitucionais" para o aprovar por decreto.

Fontes:

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/12/04/governo-frances-caiu-o-que-e-que-acontece-a-seguir

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/12/05/macron-recusa-demitir-se-apos-queda-do-governo-frances-vou-cumprir-o-mandato-ate-ao-fim

https://pt.euronews.com/2024/12/05/michel-barnier-apresenta-formalmente-a-sua-demissao

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-12-04-video-governo-frances-cai-mocao-de-censura-foi-aprovada-83ebedaa

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publicado às 22:56

Anunciado cessar-fogo no Líbano

por Elsa Filipe, em 26.11.24

O primeiro ministro de Israel anunciou "um acordo de cessar-fogo no Líbano após uma reunião do Conselho de Segurança de Israel." Este acordo "abre espaço para pôr termo a quase 14 meses de combates iniciados após a resposta israelita ao ataque de 7 de outubro do Hamas." Mas será que o acordo vai ser respeitado?

Entre outras coisas, esta trégua de 60 dias, que foi mediada com os EUA e com a França, "implicaria o fim da presença armada do Hezbollah ao longo da fronteira a sul do rio Litani e exigiria a retirada das tropas israelitas do sul do Líbano," ali colocadas "para combater as milícias xiitas libanesas do Hezbollah." A área situada entre uma e outra região, "ficará sob responsabilidade de uma força de cinco mil soldados das forças armadas libanesas e de contigentes da ONU integrados na UNIFIL." Esta proposta, na qual está incluida "a criação de um comité internacional para monitorizar a aplicação do acordo, liderado pelos Estados Unidos, é muito semelhante àquela que em 2006 foi feita com o apoio norte-americano "e que originou 17 anos de tréguas entre o Hezbollah e Israel. Na altura, constituiu-se uma força das Nações Unidas, a UNIFIL, em apoio ao exército do Líbano, que seria agora reforçada."

No entanto, antes do cessar-fogo ter sido anunciado, os ataques contra Beirute agravaram-se, com o envio da parte de Israel de "uma forte vaga de ataques aéreos" contra a capital do Líbano e que resultaram na morte de, pelo menos, sete pessoas. 

O acordo não é extensível a Gaza, havendo mesmo a intenção de intensificar os ataques na região.

Fontes:

https://pt.euronews.com/2024/11/26/netanyahu-anuncia-cessar-fogo-no-libano-a-partir-desta-quarta-feira

https://pt.euronews.com/2024/11/26/israel-lanca-fortes-ataques-aereos-contra-beirute-antes-de-anunciar-cessar-fogo

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/netanyahu-anuncia-acordo-para-cessar-fogo-entre-israel-e-libano_n1617656

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publicado às 20:16

Itália e França atingidas pelo mau tempo

por Elsa Filipe, em 21.10.24

O mau tempo tem estado a assolar várias regiões de Itália e do centro de França. 

"A região italiana de Emilia Romagna foi a mais atingida."  Na cidade de Pianoro, "uma pessoa morreu" quando a sua viatura foi arrastada pela força das águas. Os rios Icice, Elsa e Salto, bem como o ribeiro Crostolo, um afluente do rio Pó, transbordaram, provocando "inundações repentinas." Nos primeiros dias desta catástrofe, "uma pessoa de 75 anos que foi apanhada pela chuva enquanto caminhava na floresta perto de Génova acabou por falecer." Na cidade de Siena, "os caminhos-de-ferro ficaram cobertos de água."

Já há cerca de um mês, a região tinha sido afetada por fortes chuvas. Nessa altura, a tempestade Boris levou a que os rios transbodassem "em muito pouco tempo e houve vários deslizamentos de terras."

Em França, as fortes chuvas levaram também à ocorrência de graves inundações que "causaram danos generalizados e cortes de eletricidade," tendo a "pequena aldeia de Limony, no sudeste do país," sido "particularmente afetada."

Em Annonay, França, "as águas subiram repentinamente quando a barragem de Ternay, ao norte, transbordou." Os rios Deûme e Gier, também transbordaram. Várias estradas tiveram de ser encerradas de forma a evitar vítimas.

Por cá, o mau tempo ameaçou, mas a situação não teve nem comparação com o que se está a passar nestes dois países. A situação foi pior nas zonas de Lisboa e Vale do Tejo, tendo-se registado várias inundações e quedas de árvores.

Fontes:

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/10/20/cheias-causam-mortes-e-estragos-em-italia-e-franca

https://www.trt.net.tr/portuguese/europa/2024/10/18/chuvas-fortes-provocam-cheias-em-italia-registou-se-1-morto-2200300

https://www.rfi.fr/br/fran%C3%A7a/20241017-chuvas-provocam-fortes-enchentes-e-alagamentos-no-sudeste-da-fran%C3%A7a

https://observador.pt/2023/10/20/mau-tempo-portugal-continental-com-2-694-ocorrencias-ate-as-22h00/

 

 

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publicado às 19:20

Os perigos de uma guerra em marcha...

por Elsa Filipe, em 02.10.24

Depois de Israel ter avançado com "ataques terrestres" contra o "Hezbollah na zona fronteiriça do sul do Líbano", tal como avisou, o "Irão lançou um ataque de cerca de 180 mísseis contra Israel." Isto depois da "morte de vários líderes de grupos armados," ou seja, numa clara "resposta à morte do líder do braço político do Hamas, Ismail Haniye," bem como em resposta "à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num bombardeamento israelita contra a capital libanesa."

Israel "está a enviar mais tropas para a fronteira do Líbano, com unidades regulares de infantaria e blindados a juntarem-se à operação terrestre."

A questão agora será saber quem está do lado de quem. EUA e França, claramente do lado de Israel contra o Irão. com o gveno dos EUA a juntarem-se a Israel para avaliar a "resposta a dar a Teerão."

Já a França declara que "mobilizou" esta terça-feira os seus "meios militares no Médio Oriente para fazer face à ameaça iraniana," "condenando "com a maior firmeza os novos ataques do Irão contra Israel."

A situação está claramente a descambar numa guerra envolvendo vários países, com Israel, Irão e Libano, no centro de todo este conflito. Mas qual o objetivo central? De um lado, fala-se de direito de auto-defesa, do outro, do combate a uma invasão...

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, presidente "italiana do G7 convocou para esta tarde uma reunião de líderes para discutir o agravamento da situação no Médio Oriente, após o ataque com mísseis do Irão contra Israel."

Do outro lado, o "ayatollah Ali Khamenei," líder do Irão, acusou "os Estados Unidos" e outros "países europeus" de serem "a principal causa dos problemas no Médio Oriente," situação essa que "provoca conflitos, guerras, preocupações e hostilidades," e que como diz Khamenei resulta "da presença das mesmas pessoas que afirmam defender a paz e a tranquilidade na região."

Num comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, declarou, referindo-se a Guterres, secretário geral da ONU, que "qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos."

A situação é bastante preocupante! 

No nordeste da Síria, "um grupo de jovens curdos" encontra-se neste momento a criar grupos armados, recrutando "crianças, aparentemente para eventual transferência" para integrarem esses mesmos grupos armados. De acordo com a HRW (organização Human Rights Watch), o "Movimento Revolucionário da Juventude da Síria" já está a recrutar várias "raparigas e rapazes com apenas 12 anos, retirando-os das suas escolas e casas, negando às suas famílias o contacto com eles e rejeitando os esforços frenéticos das famílias para os encontrar".

Portugal já retirou 40 cidadãos do Líbano e outros países estão a fazer o mesmo. Espanha enviou já "dois aviões da Força Aérea para Beirute, com o objetivo de trazer de volta para casa os espanhóis que queriam sair do Líbano," havendo já "uma lista de 350 cidadãos." Os ataques têm estado a intensificar-se e põe em risco as populações locais, mas também os cidadãos estrangeiros que trabalham, estudam ou residem na região.

Fontes:

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/irao-ataca-israel-com-vaga-de-misseis-a-situacao-ao-minuto_e1603817

https://www.jn.pt/6097283999/irao-acusa-eua-e-paises-europeus-de-causarem-problemas-na-regiao/

https://www.jn.pt/7673135344/persona-non-grata-guterres-proibido-de-entrar-em-israel/

https://www.jn.pt/2042814647/autoridades-da-siria-apoiam-recrutamento-de-criancas-para-grupos-armados/

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2642853/ao-minuto

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