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A erupção de um vulcão é sempre notícia, pela raridade do acontecimento (pelo menos para nós) e pelas imagens magníficas que proporciona. Mas infelizmente esta erupção está a destruir a "cidade piscatória de Grindavík, situada a cerca de 41 quilómetros a sul da capital, Reiquiavique, e obrigou à retirada dos habitantes da localidade."

"A atividade sísmica acelerou fortemente durante a noite". Os habitantes de Grindavik sabiam que uma erupção poderia estar próxima, uma vez que a cidade tinha sido evacuada desde 11 de novembro. "A atividade vulcânica acontece cerca de três semanas depois do último episódio na região, a 18 de dezembro. Trata-se da segunda erupção na mesma falha vulcânica."

Foi seguido o plano de "construir uma parede de proteção, em torno de Grindavik," de forma a proteger a cidade mas desta vez isso não impediu a destruição, uma vez que "a erupção deste domingo ocorreu no interior desses muros," e pelo menos três casas acabaram por arder completamente.

Os habitantes de Grindavik que tinham sido evacuados, já tinham regressado à cidade "uma vez que as expectativas das autoridades apontavam para uma provável nova erupção noutra zona", mas desta vez a evacuação poderá ser mais duradoura. "O mais certo, é que estas pessoas não possam regressar a Grindavík nos próximos meses."

Infelizmente, durante as obras de reconstrução da cidade após os últimos eventos antes desta nova erupção," um trabalhador desapareceu depois de ter caído numa das falhas que estavam a ser tapadas."

Já no Japão, que tem atualmente "110 vulcões ativos", e tem sido afetado nos últimos dias por vários sismos, o nível de atividade vulcanológica também aumentou. "O monte Ontake junta-se assim a outros dois vulcões atualmente em alerta de nível três em Kagoshima." A erupção não trouxe até agora danos humanos nem materiais.

Pelo contrário, são muitos os mortos causados pelos sucessivos sismos que têm afetado a "península de Noto" desde o início deste ano. "Mais de três mil habitantes da península" continuam no final da passada semana "isolados do mundo enquanto aguardam socorro, atrasado pela chuva, neve e deslizamentos de terra." De facto, "a atividade sísmica continua a ser sentida na península de Noto e arredores cerca de uma semana depois do sismo de magnitude 7.6."

De lembrar que o sismo sentido a 1 de janeiro no Japão, foi considerado "o mais mortífero no Japão desde 2011, quando um terramoto de magnitude 9.0 provocou um 'tsunami' que deixou mais de 20 mil mortos e desencadeou o desastre nuclear de Fukushima."

Fontes:

https://observador.pt/2024/01/14/vulcao-na-islandia-entra-em-atividade/

https://www.dn.pt/121813005/nova-erupcao-vulcanica-na-islandia-obriga-a-retirar-habitantes-de-grindavik/

https://observador.pt/2024/01/14/japao-sobe-nivel-de-alerta-devido-a-erupcao-vulcanica-em-ilha-do-sudoeste/

 

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publicado às 23:09

Nada está nas nossas mãos quando se trata da erupção de um vulcão, a não ser abandonar o local e tentar encontrar alguma proteção, assistindo de longe a tudo o que se vai passando. É isto que tem estado a acontecer na Islândia, onde no dia 10 houve sinais de aparecimento de um túnel de magma e de atividade sísmica intensa, o que junto com o aumento dos níveis de enxofre à superfície, indica a possibilidade de uma erupção eminente. Devido a este conjunto de fatores, no dia 11 deste mês, as pessoas foram obrigados a sair das suas casas, não apenas devido aos fortes abalos sísmicos sentidos e que destruiram importantes estruturas da cidade mas também devido ao risco eminente de que uma grande erupção ocorra a qualquer momento.

Os cerca de 3400 habitantes da cidade islandesa de Grindavik, situada na Península de Reykjanes, a cerca de 50 quilómetros da capital, Reiquiavique, apenas tiveram autorização para regressar durante cinco minutos, para poderem retirar animais de estimação que tivessem ficado para trás e alguns pertences pessoais ou de valor. As planícies começaram a sofrer deformações e as estradas estão intransitáveis devido às fendas que se têm vindo a abrir dia após dia.

Apesar de ainda não haver certeza absoluta de que o vulcão vai entrar em erupção, os especialistas afirmam que durante vários meses será muito perigoso voltar para a cidade. O túnel de magma que está por baixo da cidade tem cerca de 15 quilómetros de extensão. Planeia-se a construção de um muro que proteja a central de energia geotérmica, que se localiza a cerca de 50 quilómetros de Reiquiavique, para travar a lava e impedir a destruição da central que abastece milhares de casas.

Este sistema vulcânico voltou a dar sinais de atividade em 2021, depois de 8 séculos "adormecido", mas nessa altura os danos foram mínimos, mas as erupções na Islândia são frequentes em comparação com outras zonas do globo. A mais significativa aconteceu em 2010, quando o vulcão Eyjafjallajokull causou enormes nuvens de cinza que durante dias afetaram o ar e os voos em toda a Europa.

Fontes:

https://expresso.pt/internacional/2023-11-18-Islandia-habitantes-retirados-por-causa-de-vulcao-so-poderao-regressar-dentro-de-meses-3e6bd082

https://observador.pt/2023/11/12/probabilidade-de-erupcao-vulcanica-na-islandia-aumenta-com-1-000-novos-sismos/

https://actualidadfestera.es/islandia-construye-un-muro-para-proteger-una-central-electrica-de-la-lava/

 

 

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publicado às 21:22

Este é um tema que me interessa bastante. Estou muito atenta ao que se vai passando pelo mundo, no que respeita aos movimentos sísmicos, mas a verdade é que aquilo que mais me preocupa é o meu país. Passaram dois séculos e meio, mais ano menos ano, desde o grande sismo de 1755. O que mudou?

Recomendos estes vídeos, para saberem um pouco mais sobre este desastre que afetou o nosso país:

https://youtu.be/fKigEJj3iVI

https://youtu.be/N4SqWIPGrD8

De acordo com vários registos, sabemos os danos causados por este enorme evento. Os sismólogos estimam que o sismo de 1755 atingiu magnitudes entre 8,7 a 9 na escala de Richter e  levou à destruição quase completa da cidade de Lisboa, especialmente da zona da Baixa. Atingiu ainda grande parte do litoral do Algarve e Setúbal.

O epicentro não é ainda hoje conhecido com precisão, mas pensa-se, devido a um forte sismo, ocorrido em 1969 no Banco de Gorringe, que tenha sido nesse mesmo local que provavelmente se localizou o epicentro em 1755.

sismo foi seguido de um maremoto que se acredita ter atingido a altura de 20 metros e de vários incêndios que, não tendo sido controlados, alastraram durante vários dias destruindo tudo o que o sismo tinha deixado de pé. Contaram-se mais de 10 mil mortos (embora haja quem aponte muitos mais). Foi um dos sismos mais mortíferos da história, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Relatos da época afirmam que os abalos foram sentidos, consoante o local, durante duas horas e meia, causando fissuras enormes de que ainda hoje há vestígios em Lisboa. 

Minutos depois do primeiro abalo, as águas do Tejo começaram a subir ameaçadoramente pelas ruas da cidade, invadindo a baixa. Muitas pessoas que tinham fugido para as margens do Tejo com o objetivo de escapar aos edifícios que ruíam, foram apanhadas pelas águas.

Não podemos também esquecer que se celebrava neste dia um feriado do calendário religioso, o Dia de Todos os Santos (celebrado desde o século VII e fixado nesta data no século VIII, pelo Papa Gregório III) e que por isso, as igrejas e as ruas estavam cheias de gente e se haviam acendido muitas velas nos altares. 

Ainda hoje, em algumas zonas de Portugal, no dia de Todos os Santos, as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos grupos para pedir o pão-por-deus de porta em porta.

Conhecer a história é o primeiro passo para a mudança! As construções sofreram alterações, as ruas tornaram-se mais largas e isso foi um passo importante, tanto na sua reconstrução como na prevenção de danos causados por futuros eventos sísmicos. Mas estamos a falar em mais de 200 anos. Neste tempo, o que foi feito para melhorar as construções? E não falo apenas em Lisboa.

Todos os dias, há relatos de sismos de maiores ou menores dimensões que atingem a Europa e o Norte de África e que podem influenciar os movimentos tectónicos das placas que nos são mais próximas. O que tem sido feito para minimizar danos caso voltemos a ter uma ocorrência grave?

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_de_Lisboa_de_1755

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_de_Todos_os_Santos

https://ensina.rtp.pt/artigo/o-terramoto-de-lisboa-de-1755/

 

 

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publicado às 21:47

O Afeganistão foi ontem atingido por um sismo de magnitude 6.3 na escala de Richter, ao qual se seguiram várias réplicas. O governo Talibã, falou em cerca de 2000 mortos na província de Herat, mas ainda podem existir outros tantos soterrados. As várias réplicas que se fizeram sentir - terão ocorrido sete abalos com magnitudes entre 5,5 e 6,3 - dificultaram a chegada aos feridos. O epicentro ocorreu a 40 quilómetros de Herat, a terceira maior cidade do Afeganistão, considerada a capital cultural do país, com quase dois milhões de habitantes.

Este país asiático é muito vulnerável a desastres naturais por estar situado na cadeia montanhosa do Hindu Kush, perto do ponto onde se encontram as placas tectónicas euro-asiática e indiana, numa zona de grande atividade sísmica.

De referir o sismo de 5,9 ocorrido em junho de 2022, tinha sido considerado o mais mortífero no país em quase 25 anos tendo feito mais de mil vítimas mortais e dezenas de milhares de desalojados na província de Paktika. Aguardam-se os dados definitivos para se confirmar que o sismo de ontem terá ultrapassado estes valores, mas penso que já se pode dizer que se ultrapassará aqui o número de vítimas.

Depois dos ataques que aconteceram ontem em Israel, temo que as vítimas deste sismo fiquem esquecidas pela comunidade internacional.

Fontes:

https://observador.pt/2023/10/08/novo-balanco-de-sismo-no-afeganistao-eleva-numero-de-mortos-para-2-mil/

https://pt.euronews.com/2023/10/07/forte-sismo-e-replicas-fazem-mais-de-uma-centena-de-mortos-no-afeganistao

 

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publicado às 12:47

Enquanto uns têm de lidar com grandes incêndios e altas temperaturas, outros lidam com tempestades destruidoras. Na Líbia ainda se procuram por 10 mil desaparecidos depois da passagem da tempestade Daniel. Só na zona de Derna, na zona costeira, a mais afetada, há 30 mil deslocados, três pontes desmoronaram e a água invadiu vários bairros. Esta foi uma das várias localidades a ficar isolada, sem eletricidade, nem comunicações. Esta região do país acolhe as principais infraestruturas petrolíferas líbias, sobre as quais os responsáveis nacionais decretaram o estado de alerta máximo.

Dezenas de corpos têm sido encontrados "constantemente" na água devido às cheias provocadas pela chuva intensa e pelo rebentamento de duas barragens e até agora o número ronda os 5300 mortos. O serviço de evacuação médica de ambulância aérea da Líbia anunciou a abertura de uma ponte aérea entre Trípoli e a região oriental para transportar pessoas gravemente feridas, no meio do caos que se vive nalgumas cidades do leste do país. Tudo isto a somar à falta de manutenção dos edifícios devido ao caos político e militar que se vive na Líbia há mais de 10 anos, com um governo a controlar o leste e outro o ocidente do pais, a devastação sobretudo em Derna atingiu um nível impressionante.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) na Líbia, que garante estar a preparar medicamentos e equipas de busca e salvamento para o local e já foi enviada ajuda humanitária de vários países, após um apelo feito ontem pelas autoridades líbias. Foram entretanto decretados três dias de luto nacional.

Ontem, três voluntários da ONG Crescente Vermelho Líbio morreram quando ajudavam vítimas das inundações na Líbia. Um residente de Derna disse à Almasar TV, da Líbia, que, "infelizmente, talvez 90% da população se tenha afogado". Um outro residente diz estarem "a enterrar corpos em massa". 

Descrita pelos especialistas como um "fenómeno extremo em termos da quantidade de água que choveu", a tempestade Daniel já provocou também pelo menos 27 mortes na Grécia, Turquia e Bulgária, onde as águas começam finalmente a recuar deixando ver a verdadeira realidade dos estragos sofridos. A tempestade Daniel atingiu o leste da Líbia na tarde do passado domingo, tendo sido declarado recolher obrigatório. Várias escolas foram fechadas. 

Fontes:

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-09-13-Tempestade-na-Libia-ha-mais-de-5.300-mortos-mas-numero-podera-duplicar-3bfc0ecf

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-09-12-Libia-tres-voluntarios-entre-as-mais-de-cinco-mil-vitimas-da-tempestade-Daniel-bab83a68

https://pt.euronews.com/2023/09/12/inundacoes-paralisam-leste-da-libia

https://pt.euronews.com/2023/09/13/balanco-de-vitimas-da-tempestade-daniel-na-libia-aponta-para-mais-de-5-mil-mortos

 

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publicado às 11:31

Sismo em Marrocos é sentido em Portugal

por Elsa Filipe, em 09.09.23

Para já começo por dizer que só vi hoje as notícias e que, apesar de estar acordada à hora a que se deu o abalo, não dei por nada. Pelo que se sabe até agora, não houve danos em Portugal.

O sismo de 6,9 ocorreu às 23h11, a uma profundidade de 18,5 quilómetros, e foi registado nas estações da Rede Sísmica Nacional. O epicentro foi na localidade de Ighil, que se situa a 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe. Um segundo tremor de 4,9 foi registado a nordeste de Taroudant (200 quilómetros a sul de Marraquexe) por volta das 23h30. O tremor foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 quilómetros do epicentro, bem como em Casablanca e Rabat, a 300 e 370 quilómetros, respetivamente. O sismo foi sentido também no sul de Espanha, onde o serviço de emergências da Andaluzia registou cerca de 20 chamadas provenientes das províncias de Huelva, Sevilha, Málaga e Jaén. De acordo com relatos nas redes sociais, o sismo foi sentido ainda no Mali e na Argélia.

Até agora, estão contabilizados pelo menos 1305 mortos e 1832 feridos, 1220 dos quais em estado grave, segundo informação da televisão estatal do país africano, citada pela Reuters. O número ainda pode aumentar muito, como sabemos de situações anteriores. E quanto a desaparecidos ainda não há dados, principalmente porque ainda há zonas afetadas onde ainda não chegou qualquer ajuda.

Muito se tem falado na possibilidade de haver um sismo de grandes dimensões a atingir o nosso país e a verdade é que os pequenos abalos têm sido frequentes. Neste caso em específico, o facto do epicentro se ter dado a várias centenas de quilómetros, não trouxe nenhum constrangimento no nosso país.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros já entrou em contacto com alguns portugueses que se encontram em Marrocos, informaram em comunicado: "Todos os portugueses com quem, até ao momento, foi estabelecido contacto encontram-se bem, não tendo reportado problemas de saúde ou danos materiais substantivos".

Para sabermos o que se tem vindo a falar nos noticiários, em especial as escalas de que falam, ficam aqui algumas informações. A Escala Richter é uma ferramenta que foi criada em 1935 pelos pesquisadores Charles Francis Richter e Beno Gutenberg e serve para verificar a magnitude de um tremor de terra por meio da medição das ondas liberadas pelo sismo em seu ponto de origem. O cálculo da Escala Richter é feito por meio da utilização de sismógrafos, que indicam a magnitude de um tremor de terra. Por outro lado, a Escala de Mercalli avalia a intensidade, por meio da observação dos impactos gerados pelos tremores de terra.

O substrato terrestre é dinâmico e está em constante movimentação, devido ao deslocamento das placas tectónicas, portanto a ocorrência de terramotos é comum, especialmente em zonas geográficas localizadas nas áreas de contato dessas placas. Quando esse deslocamento envolve maior liberação de energia, ocorrem eventos sísmicos mais intensos, ou seja, de maiores magnitudes na Escala Richter.

Fontes:

https://expresso.pt/internacional/2023-09-09-Sismo-em-Marrocos-ja-ha-820-mortos-e-mais-de-670-feridos.-O-abalo-sentiu-se-em-Portugal-4f528899

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/sismo-de-69-na-escala-de-richter-causa-pelo-menos-296-mortos-em-marrocos

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/escala-richter.htm

 

 

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publicado às 13:33

Na madrugada desta terça-feira, ocorreu um sismo que atingiu a índia, o Afeganistão e o Paquistão. Numa zona fortemente afetada por constantes conflitos, este evento acabou por afetar a população de forma muito negativa.

No distrito de Swat, no Paquistão, pelo menos 150 pessoas ficaram feridas e os hospitais declararam estado de emergência. Também as unidades de saúde do Afeganistão estão em alerta. segundo dados divulgados pelo Governo paquistanês. Entre as vítimas mortais estão duas crianças.

E do lado afegão, pelo menos quatro pessoas morreram e 70 ficaram feridas. Por enquanto, ainda se fazem buscas, por isso estes números podem aumentar.

O terramoto atingiu uma magnitude de 6,5 na escala de Richter e o seu epicentro localizou-se a 40 quilómetros a sudeste de Jurm, na cordilheira Hindu Kushno que se localiza no nordeste do Afeganistão. O abalo - que durou cerca de 30 segundos - teve origem a 187,6 km de profundidade.

O sismo foi sentido numa área de 1000 quilómetros quadrados que chegou também ao Uzbequistão, Tajiquistão, Cazaquistão, Quirguistão e Turcomenistão. Esta zona já está a viver uma crise humanitária provocada pela guerra, pela pobreza generalizada e falta de recursos da população, e que agora se agrava com a ocorrência deste sismo.

 

Fontes:

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-03-22-Sismo-no-Afeganistao-e-Paquistao-faz-pelo-menos-13-mortos-0771014a

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-03-21-Forte-sismo-atinge-Afeganistao-abalo-sentido-no-Paquistao-e-na-India-6e491aca

https://www.tsf.pt/mundo/sismo-de-magnitude-65-atinge-afeganistao-16046006.html

 

 

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publicado às 15:59

Síria e Turquia

por Elsa Filipe, em 07.02.23

Um sismo veio unir na desgraça dois países. 

Reergueram-se os prédios que a guerra derrubou, para agora a natureza voltar a fazê-los cair como cartas de um baralho debilmente empilhadas. Um primeiro abanão, fez cair as primeiras infraestruturas e todas as réplicas que se sucederam, vieram consumar o número que a morte quis roubar para si.

Mais uma vez.

Os nossos olhos postos nas crianças retiradas dos escombros, enquanto se vê o pé de um cadáver de algum familiar ou vizinho ali esmagado pelas placas de betão. Um bebé que já nasce órfão no meio do caos, mas que é aplaudido pelo mundo como um sinal de esperança. É ver o copo meio cheio.

A neve que cai adormece na hipotermia aqueles que tentavam resistir até que a ajude finalmente chegasse. Talvez a natureza a atuar para terminar com o seu sofrimento, pois com tantos mortos em sedentas réplicas provocados, a ajuda nunca chegue a tempo de lhes apaziguar a dor e o desespero.

Olhar para um povo, dois países, várias religiões, credos e fações, que aqui nada valem. Valham-lhes as pessoas que para lá foram e todos os que já lá estavam e que os tentam deseperadamente ajudar. Valham-lhes, não as súplicas, mas os atos. Valham-lhes os gestos, sim, em vez das rezinhas, que esses, mesmo que pequenos, têm o valor de quem os faz.

Que lhes valham as equipas cinotécnicas, os médicos, os enfermeiros, os bombeiros, os voluntários. Mais do que dinheiro, que lhes chegue gente com vontade!

 

Fontes:

https://sicnoticias.pt/especiais/sismo-na-turquia-e-siria

https://observador.pt/2023/03/06/sismo-na-turquia-e-siria-e-o-pior-desastre-na-europa-num-seculo/

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publicado às 14:00

Depois da tempestade

por Elsa Filipe, em 14.12.22

Depois da tempestade vem a bonança, sempre ouvi dizer. Mas os últimos dias não foram fáceis para muitos portugueses, que viram os seus bens serem levados pela água, as casas e os negócios ficarem destruídos e as suas vidas completamente viradas do avesso. Se era esperado? Pela forma como se vão sucedendo as notícias nos meios de comunicação parece que foi algo de muito estranho, algo que o país nunca viveu. Mas, infelizmente, foram muitos os episódios de cheias que noutros anos deixaram algumas zonas do país arrasado. Talvez agora tenha subido mais em algumas zonas, talvez desta vez os alertas não tenham chegado a tempo, mas quantas destas pessoas sabiam que estavam em leito de cheia e que, havendo chuva e  as condições adequadas, o rio irá retomar o seu leito natural e toda a bacia hidrográfica vai ficar completa?

Há quantos anos se estão a elaborar planos para minimizar as consequências destas cheias e há quantos anos eles aguardam para ser postos em prática? Estradas cortadas devido a lençóis de água por falta de escoamento. Linhas do metro completamente submersas, intransitáveis com cascatas de água a descer pelas escadas e levar tudo à sua frente. Infiltrações nas escolas que "sempre" pingavam mas não eram "nada de mais", levam ao encerramento de salas, de refeitórios e muitas crianças a ficar em casa ou a irem para os ATL ou centros de estudo, que sem esperarem têm de arranjar refeições para os alunos que deviam ter comido na escola e atividades para os meninos que deviam estar a ter aulas. Os pais ficam de mãos atadas sem saber se faltam ao trabalho para socorrer os filhos ou se os deixam aos cuidados das escolas e dos apoios que nestes dias não chegam.

A quantidade de chuva, cria rios de lama que correm velozes pelas encostas e que levam a derrocadas de muros que já estavam danificados, entram pelas portas e pelas janelas das casas, alagam garagens, caves, sobem pelas habitações até onde não dá mais. Alguns sobem aos pisos superiores, outros arrastam-se para os telhados e aguardam ajuda, no meio da aflição, uma senhora tenta salvar o marido acamado e morre curvada pela água e pelo desespero. 

O que nos aconteceu nestes últimos dias foi uma catástrofe natural, aliada a um grande "fechar" de olhos do governo. As promessas não chegaram a tempo, os alertas ou não vieram ou os que vieram não se tornaram eficientes.

E parece que a bonança que esperávamos ainda vai demorar a chegar pois a chuva não nos vai dar tréguas nos próximos dias. Cuidem-se e cuidem uns dos outros. A proteção civil somos nós e o primeiro passo é não nos colocarmos em risco, avaliando se temos mesmo de sair, se temos mesmo de pegar no carro e atravessar uma enchente ou se não podemos ficar em casa um dia ou dois com os filhos. Tomem conta dos idosos, que muitas vezes vivem em zonas antigas e casas menos resistentes às intempéries. Isto ainda não acabou!

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publicado às 22:06

Fascinantes e assustadores, os vulcões fazem parte do dia a dia do planeta há bilhões de anos. Como outros fenómenos naturais, sua atividade por vezes é imprevisível e pode provocar grande destruição.

Originalmente com 1,8 mil metros de altura, o Monte Pinatubo, nas Filipinas, ficou com 1,4 mil metros após a explosão ocorrida em 9 de junho de 1991. O cume do Monte explodiu como uma rolha, formando uma gigantesca cratera, sendo que se estima que o vulcão estivesse inativo há cerca de 600 anos.

Felizmente, os avanços registados até à época, permitiram que fosse feita uma comunicação prévia a respeito da iminência da erupção e assim os moradores do local puderam evacuar a tempo. Ainda assim, cerca de 800 pessoas acabaram por perder a vida.

As gotas de chuva transformaram as cinzas em uma avalanche de lama que soterrou casas, pontes e povoados inteiros. Cerca de 80 mil hectares de solo fértil desapareceram. Mais de 600 mil pessoas perderam seus lares.

O material lançado na atmosfera circundou o globo em três semanas e cobriu 42% do planeta dois meses depois da erupção. O inverno extremamente rigoroso da Nova Zelândia em 1992, os violentos ciclones daquele ano, assim como as chuvas torrenciais que alagaram o oeste dos Estados Unidos em 1993 foram atribuídos aos efeitos atmosféricos ocasionados pelo Pinatubo.

Fontes:

https://olhardigital.com.br/2023/03/14/ciencia-e-espaco/conheca-as-5-maiores-erupcoes-vulcanicas-da-historia/

https://www.dw.com/pt-br/1991-erup%C3%A7%C3%A3o-do-pinatubo-traz-mortes-e-destrui%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0s-filipinas/a-318985

 

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publicado às 16:33


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