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Bem vindo verão

por Elsa Filipe, em 21.06.23

A primavera deixa-nos, dando lugar ao verão.

O solstício de verão, que marca o início astronómico de uma nova estação, ocorre no hemisfério norte, quando o polo sul se encontra mais inclinado na direção do Sol onde tem uma maior exposição à luz do dia. E assim temos o dia mais longo do ano. O oposto acontece no hemisfério sul, ou seja, é o dia com menos luz solar e corresponde ao solstício de inverno. 

Desde a pré-história, o solstício de verão é visto como uma época significativa do ano em muitas culturas e é marcado por festivais e rituais. 

Ao longo da história da humanidade, tornou-se uma data marcante, carregada de simbolismo e celebrada desde tempos imemoriais. Os ritos pagãos, que ligam este dia à renovação da natureza, ao sol, à fertilidade e aos ciclos das colheitas, foram mais tarde incorporados pelo cristianismo. As celebrações dos santos vieram apenas, em muitos países, dar um novo nome a festas ancestrais. Em Portugal, os Santos Populares não são mais do que a junção dos rituais pagãos à fé nos santos do cristianismo. Saltar a fogueira, lançar balões de papel iluminados, o alho-porro e o manjerico são tudo exemplos dessa origem pagã das festas de junho, que marcam o início da estação das colheitas.

Há monumentos que indicam que já na pré-história o solstício de verão era um fenómeno astronómico conhecido, como é o caso de Stonehenge, em Inglaterra. Quem está no centro do monumento megalítico, no dia do solstício, pode contemplar o nascer do Sol sobre Heel Stone, um megálito que se ergue no exterior do círculo principal.

O monumento permitia, três mil anos antes de Cristo, determinar datas significativas, como os solstícios. As pirâmides do Egito são outro exemplo de monumento que revela noções antigas de astronomia: as Grandes Pirâmides foram construídas de forma que o Sol se ponha exatamente entre duas das pirâmides, no solstício de verão, quando visto a partir da Grande Esfinge de Gizé.

Atualmente, ONU celebra a 21 de junho o Dia Internacional do Solstício. Conhecido como a incorporação da unidade de culturas e tradições centenárias. Este dia foi criado pela Assembleia Geral da ONU como uma forma de fortalecer os laços entre os povos com base no respeito mútuo e em ideais de paz e de boa vizinhança.

A cultura é um conjunto de características emocionais, intelectuais, materiais e espirituais da sociedade e de grupos sociais. Abrange a arte, a literatura, estilos de vida e formas de convivência, assim como sistemas de valores, tradições e crenças.

Solstício de verão, hoje dia 21 de Junho celebra-se o dia mais longo do ano

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Solst%C3%ADcio_de_ver%C3%A3o

https://www.noticiasaominuto.com/tech/2345700/hoje-e-dia-de-solsticio-e-a-chegada-oficial-do-verao

https://news.un.org/pt/story/2021/06/1754182

https://myplanet.pt/solsticio-de-verao/

(imagem) = https://surftotal.com/noticias/nacionais/item/23395-solsticio-de-verao-hoje-dia-21-de-junho-celebra-se-o-dia-mais-longo-do-ano

 

 

 

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publicado às 15:10

Halloween ou Pão por Deus

por Elsa Filipe, em 01.11.22

São tradições diferentes e uns festejam uma, outros pedem pela outra. Eu confesso que prefiro o Halloween. E porquê?

Pessolamente porque na minha casa, não se fazia o Pão por Deus e ouvi várias vezes a minha acvó dizer "dá com a direita que nem a esquerda saiba" referindo-se às pessoas que davam neste dia, para que os outros vissem, mas nos restantes não ajudavam ninguém. Por outro lado, se apareciam lá alguns vizinhos a pedir doces, dava-se algumas boachas ou pão, ou até arroz, feijão, comida que sabíamos que aquelas crianças levariam para a família mas raramente se davam chocolates ou chupas. Mas não se dava só naqueles dias. Trocavam-se produtos de mercearia por ovinhos caseiros, ou por frangos para a canjinha "das meninas". Era comum esta ajuda entre vizinhos e não porque se pedia por algo.

No meu tempo de criança não se festejava o Halloween, mas faziam-se lanchinhos na escola com sumpos, tortas dancake e batatas ruffles. Lembro-me de no 5º ano, quando comecei a ter InglÊs, a professora ter proporcionado à turma um pouquinho desta tradição e aí sim ter festejado com um lanche e irmos mascarados! Como sempre adorei o carnaval, era mais uma oportunidade de voltar a usar as máscaras. Cortavamos as calças que já nos ficavam curtas para um estilo mais "punk" e usavamos o lápis dos olhos das mães para desenhar verrugas no queixo! 

Estas festividades são ambas festas de origem cultural muito remotas. Umas mais ligadas à tradição religiosa, outras à pagã.

Eu como não creio em religiões nem me identifico com nenhuma em particular, prefiro a pagã em que o folclore popular festeja a vida e a morte, como o fim de um ciclo e o início de outro (não tendo tanto a ver com a "morte como nós a entendemos, mas trata-se de o fim do ciclo do verão e das cultura, para o iniciar um novo ciclo, um novo ano, novas culturas). E é uma tradição bem mais antiga, pois tem mais de 3000 anos, vindo já do tempo dos Celtas. Celtas esses que eram politeístas, ou seja acreditavam em vários deuses relacionados com a natureza, festejavam o Samhaim que comemorava o novo ano Celta cujo 1º dia equivalia ao nosso 1º de novembro.

Eles acreditavam que nesse dia os mortos se levantavam e se apoderavam do corpo dos vivos e usavam fantasias com artefatos sombrios para afastar esses espíritos.

A própria igreja foi ao longo dos anos adaptando as tradições pagãs, dando uma nova vida às mesmas. No sentido de afastar quem se opunha aos dogmas da igreja, na idade média começou-se a condenar a morrer na fogueira as bruxas - hoje muitos cientistas, seriam chamados bruxos e muitos médicos queimados por saberem como usar medicamentos para curar as doenças - mas na época a ciência estava a aparecer e estava rodeada de obscuridade. Tudo o que era estranho ou se opunha à "criação de  Deus" era mal entendida e calada através do uso das fogueiras. Condenando estas festividades pagãs, a igreja declarou o "Dia das Bruxas" e instituiu o medo. 

Não conseguindo lutar contra todas as manifestações culturais e tal como fez com outras festividades, começa a festejar o Dia de Finados, que é o mesmo que mortos e mais tarde a igreja acaba por trocar o dia de Todos os santos, de 13 de Maio para 1 de Novembro, começando a tradição de se pedir esmola para os pobres através do "Pão por Deus". No fundo, este ritual, é festejar o dia dos mortos, mas com outro nome pois se numas culturas se oferecem banquetes aos mortos, noutras se põem velas e flores. A ideia é a mesma, a intenção de agradar a quem já morreu.

De notar que mais recentemente, o 13 de Maio ganhou um novo significado, mas poucos sabem que antes de se celebrar as aparições de Nossa Senhora, se festejava o dia de Todos os Santos. 

 

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publicado às 09:35

A 1 de julho de 1922, o Teatro Maria Vitória, aquele que é o mais antigo do Parque Mayer, e que ficou conhecido como a "Catedral da Revista", fez a sua primeira estreia com a peça "Lua Nova," da autoria de Ernesto Rodrigues, Félix Bermudes e João Bastos. A peça do género teatro de revista, fazia uma retrospetiva, "em jeito de piada, dos principais acontecimentos do ano anterior."

Na fachada do novo Teatro de Lisboa, o nome "Maria Vitória" imortaliza a jovem fadista e atriz de apenas 26 anos que com a sua voz forte já era um sucesso na capital e no país. A jovem, conhecida, entre outros com o "fado do 31", tornou-se uma lenda e ainda hoje é lembrada. 

"O Parque Mayer surge como uma tentativa de revitalizar as tradicionais feiras itinerantes que, no início do século XX, eram pontos de entretenimento para os lisboetas - desde a conhecida Feira de Agosto, no parque Eduardo VII, à Feira de Santos, que foi proibida em 1919 devido à instabilidade noturna."

Mas no palco do Maria Vitória não passou só revista. Ali também era "possível assistir a comédias musicadas, operetas - como “Quebra-Bilhas” (1930) e as “Lavadeiras” (1933) - ou à proclamação de poemas." Algumas das revistas com mais destaque da sua história, foram "as revistas Foot-ball e Rataplan. Nesta, contava-se a "história de Artur Alves dos Reis, um burlão que falsificava notas de 500 escudos quase impercetíveis aos olhos dos especialistas de contrafação." 

Foram muitos os nomes que se estrearam ou que passaram pelas tábuas do Maria Vitória, entre eles, Amália Rodrigues, que também ali se estreou em 1940, na revista “Ora Vai Tu." E ali conheceu "o compositor Frederico Valério." Também aqui se estreou Io Appolloni, em 1965, na revista “Sopa de Mel." Marina Mota, Carlos Cunha e Fernando Mendes também ali se lançaram.

O que fez do teatro de revista um género não só do povo, mas também de todas as classes sociais, foi desde sempre a forma como retratava a verdade do país. E também por isso, sofreu as agruras da ditadura. "Quando, a 28 de maio de 1926, o golpe de Estado liderado pelo general Gomes da Costa proclama o início da segunda República Portuguesa - mais conhecida como Estado Novo -, a revista Ás de Espadas cantou o movimento militar. A população estava habituada a revoluções constantes desde a implantação da República, em 1910, e desvalorizou a importância de mais um movimento militar."

Já calada com a "Lei da rolha" que sentiu durante a monarquia, a Revista vem então a sentir os cortes da Censura, nos seus textos. Mesmo assim, é com muita arte, que se continua a fintar muitos dos cortes do "lápis azul."

Na revista “O Banzé”, em 1939, tem disso um bom exemplo. Posta em cena logo depois da "declaração de guerra à Alemanha que daria início à II Guerra Mundial, tinha um quadro onde a “Taberna Inglesa”, o “Hotel França” e a “Casa Alemã” disputavam entre si a "anexação de um armazém." Nunca chegou a subir ao palco devido aos cortes efetuados pela censura. 

Era preciso ter um selo branco que aprovasse cada uma das páginas do guião, o que tornava o "processo de produção de uma revista" já de si complexo, ainda mais difícil e demorado. A Comissão da Censura "analisava a escrita e cortava palavras, falas ou até mesmo números inteiros. Os empresários iam buscar os guiões, apresentavam aditamentos e correções, num vai e vem que não tinha fim à vista." 

Mas também tinham vários truques para escapar aos censores. Um deles eram os "trocadilhos" que faziam parte dos textos, que com muita imaginação e inteligência, conseguiam "ludibriar os censores." Além dos truques para enganar a PIDE, no Maria Vitória havia um camarote - o cinco - que "estava sempre reservado para receber os censores ou outros representantes do Estado Novo que, para o ocuparem," precisavam de mostrar na entrada o respetivo cartão ao fiscal. Assim, se esse camarote estivesse ocupado, os atores já sabiam que a PIDE lá estava e, claro, reprimiam um pouco mais algumas piadas. Foi no teatro que se denunciou a "independência da Guiné." A revista, afinal de contas, era "uma forma de cultura expressiva, já completamente entrosada no país desde meados do século XIX" e, por isso, não era proibida.

Na madrugada de 25 de abril, o Maria Vitória era o único palco com espetáculo a decorrer no Parque. Enquanto na Rádio Renascença, a música "Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, tocava, via-se ainda no Maria Vitória a revista “Ver, Ouvir e Calar”, que tinha sido "escrita por Aníbal Nazaré, Henrique Santana e Henrique Parreirão" e que depois se passou a chamar "Ver, Ouvir e Falar" fazendo jus ao espírito revolucionário. A revista “Até Parece Mentira” foi a primeira revista criada para o palco do "Maria Vitória em tempo de liberdade."

No dia 10 de maio de 1986, um incêndio deflagrou no Maria Vitória e destruiu o teatro. A companhia do Maria Vitória continuou o seu trabalho, mas durante esse período fê-lo no teatro Maria Matos e "só regressou a casa em 1990" quando as obras terminaram e foi permida a estreia da "revista Vitória! Vitória!."

Atualmente, Hélder Freire Costa, nascido "nas Janelas Verdes," em 1941 é "o último a resistir", contando já com 55 anos no Maria Vitória. Reclama que aquela casa, está a precisar de obras, mas que já não lhe caberá a ele fazê-las.

Fontes:

https://sdistribution.impresa.pt/data/content/binaries/5e5/409/e112e0b6-7282-49bd-ad89-a46d94681ead/

https://amensagem.pt/2022/06/14/helder-freire-costa-ultimo-empresario-teatro-maria-vitoria-centenario-parque-mayer/

 

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publicado às 21:01

A nossa Língua

por Elsa Filipe, em 12.01.22

Mundo fora, a língua portuguesa venceu barreiras geográficas e culturais, espalhando-se, evoluindo, crescendo e enriquecendo.

Todos os dias, trabalho com pessoas que falam as várias variantes do português.

O português teve origem no que é hoje a Galiza e o norte de Portugal, derivada do latim vulgar que foi introduzido no oeste da Península Ibérica há cerca de dois mil anos. Tem um substrato céltico-lusitano, resultante da língua nativa dos povos ibéricos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da Península (GalaicosLusitanosCélticos e Cónios). Surgiu no noroeste da Península Ibérica e desenvolveu-se na sua faixa ocidental, incluindo parte da antiga Lusitânia e da Bética romana.

O romance galaico-português nasce do latim falado, trazido pelos soldados romanos, colonos e magistrados. O contato com o latim vulgar fez com que, após um período de bilinguismo, as línguas locais desaparecessem, levando ao aparecimento de novos dialetos.

Assume-se que a língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras línguas ibéricas através do contato das diferentes línguas nativas locais com o latim vulgar, o que levou ao possível desenvolvimento de diversos traços individuais ainda no período romano. A língua iniciou a segunda fase do seu processo de diferenciação das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano, durante a época das invasões bárbaras no século V quando surgiram as primeiras alterações fonéticas documentadas que se reflectiram no léxico. Começou a ser usada em documentos escritos pelo século IX. 

Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul na sequência da Reconquista, deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o BrasilÁfrica e outras partes do mundo.  no século XV tornara-se numa língua amadurecida, com uma literatura bastante rica.

Durante a Época dos Descobrimentos, os marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português.

O português do Brasil, ou português ultramarino, é sem sombra de duvida o mais falado, muito mais que o seu original de Portugal. Na verdade, é esta a variedade ensinada em muitas escolas para estudantes estrangeiros de língua portuguesa, sobretudo no Japão, na América Latina e nos Estados Unidos. Além deste fator, existem também grandes comunidades brasileiras, em particular nos Estados Unidos, na Alemanha, Reino Unido, França, Espanha e claro, em Portugal.

Esta é uma língua extremamente rica uma vez que nasceu da união das variadas línguas indígenas faladas em todo o território. Pedro Álvares Cabral, ao chegar ao Brasil levou o Português que ao longo dos muitos anos foi incorporando termos e ajustes do Tupi, e claro das línguas africanas, provenientes dos escravos levados para trabalhar nas casas senhoriais e nas terras. O quimbundo, o Umbundo, o Quicondo, foram então juntando-se não só ao Português, mas também ao Francês, ao Castelhano, Inglês e Italiano, nas vagas comerciais, exploratórias e colonizadoras. O português é a língua habitual de 71,15% da população de Angola, sendo que cerca de 85% dos angolanos são capazes de falar português, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Além disso, por razões históricas, falantes do português, ou de crioulos portugueses, são encontrados também em Macau (China), Timor-Leste, em Damão e Diu e no estado de Goa (Índia), Malaca (Malásia), em enclaves na ilha das Flores (Indonésia), Baticaloa no (Sri Lanka) e nas ilhas ABC no Caribe.

Com aproximadamente 280 milhões de falantes, o português é a 5.ª língua mais falada no mundo, a 3.ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul do planeta. O português também é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas).

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (sigla CPLP) consiste em nove países independentes que têm o português como língua oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

 A Guiné Equatorial fez um pedido formal de adesão plena à CPLP em junho de 2010, o que somente é concedido a países que têm o português como idioma oficial. Em 2011, o português foi incluído como sua terceira língua oficial (ao lado do espanhol e do francês) e, em julho de 2014, o país foi aceite como membro da CPLP.

Hoje, não podemos estranhar que crianças portuguesas usem termos do Português do Brasil, com a mesma facilidade com que usamos os termos do Inglês dos EUA que nos entra diariamente em casa, pelas várias plataformas. Sim podemos misturar, sabendo sim o que significam, o que querem dizer e qual a intenção do uso de cada palavra, para não cairmos em grosseirismos. 

Na escrita, a Língua tem de se adequar tal como na oralidade ao contexto, mais formal se assim tiver razão de ser, mais eloquente ou mais expressivo! 

Propositadamente, aqui escrevi as Línguas com maíusculas, pois cada uma delas entendo como tão grande que não poderia nunca ser um termo comum, mas sim próprio de cada nação falante. 

Em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, um museu interativo sobre o idioma, foi fundado em São Paulo, Brasil, a cidade com o maior número de falantes do português em todo o mundo. 

No dia 21 de dezembro de 2015, infelizmente, as instalações do Museu foram atingidas por um incêndio de grandes proporções o que obrigou ao encerramento do espaço para o grande público. Entretanto, a instituição continuou a funcionar, promovendo ações educativas, exposições itinerantes e com vários recursos a que se podia aceder através nas Redes Sociais.

As obras para estabilização do edifício começaram apenas 48 horas após o incêndio. E, no dia 21 de janeiro de 2016, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, assinou um acordo com a Fundação Roberto Marinho e a organização social ID Brasil visando à união de esforços para a reconstrução do museu.

O Dia Internacional da Língua Portuguesa é comemorado em 5 de maio.

 

Fontes:

https://www.museudalinguaportuguesa.org.br/

https://www.diasporalusa.pt/instituicoes/museu-da-lingua-portuguesa/

https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa

http://cvc.instituto-camoes.pt/literatura/LINGUA.HTM

 

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publicado às 10:17

Rogério Samora

por Elsa Filipe, em 16.12.21

Depois de ter sofrido duas paragens cardio-respiratórias a 20 de Julho deste ano, Rogério Samora acabou por falecer a 15 de Dezembro. Durante estes meses, em que esteve em coma profundo, muito se falou sobre a sua vida, sobre a pessoa ativa que era e sobre os projetos em que estava envolvido e, já se tornava, infelizmente, expectável este desfecho.

O teatro, o cinema e a televisão deram-nos a conhecer este homem, que no entanto, era uma pessoa reservada.

A carreira do ator começou no teatro, na Casa da Comédia, local em Lisboa que já se encontra encerrado. Mas não se ficou só por aí, participando em mais de 50 filmes e 40 séries, entre elas três séries alemãs e uma francesa, e cinco dobragens, sendo a mais reconhecida a voz ao vilão "Scar" no filme "O Rei Leão".

Estava a gravar a novela "Amor Amor", da SIC, quando se deu o colapso, sem que nada o fizesse prever.

Este ano foi trágico para os atores portugueses, para a cultura no geral e perderam-se grandes nomes e sobretudo pessoas ainda jovens e em atividade.

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publicado às 17:46

Otelo Saraiva de Carvalho

por Elsa Filipe, em 25.07.21

Quando eu andava na escola, falaram-me do 25 de Abril, da revolução. Em casa, ouvi várias vezes falar sobre o "antes", de como era a vida, do que a revolução trouxe. Mas a verdade é que só em adulta entendi. Só quando vi a reconstituição feita por atores é que entendi quem era quem, aqueles atores mostraram-me a noite que mudou muitas vidas.

Foi através da televisão que eu depois senti vontade de pesquisar mais sobre o tema (mais do que tinha feito quando aluna para vários trabalhos que fiz sobre o tema). Li romances que retratavam a vida nos anos 50, 60. Não pensei que nada se dissesse (quase nada) quando morre um dos heróis do nosso país, da nossa história moderna. Para muitos pode ter sido apenas mais um coronel ou capitão de Abril, mas não terá sido Amália também mais uma cantora e Eusébio mais um jogador? 

Acredito que esta foi uma das pessoas marcantes da nossa história recente e que um dia se falará (mais) do seu papel nos livros de História.

Nasceu em Lourenço Marques a 31 de Agosto de 1936 e faleceu a 25 de Julho de 2021. Além da sua carreira militar, foi também político e, apesar de se concordar ou não com algumas das suas opções, a verdade é que devemos olhar a história com a importância que esta merece.

As suas primeiras atividades de contestação ao regime deram-se por ocasião da preparação do Congresso dos Combatentes do Ultramar (que teve lugar de 1 a 3 de junho de 1973, no Porto). Exigiu, junto com os outros oficiais em Bissau, a participação de oficiais do Quadro Permanente que exigiam reconhecimento pelo congresso.

Foi depois um dos principais dinamizadores do movimento de contestação ao Decreto Lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães que depois se transformou em MFA. Esse decreto trouxe grande descontentamento porque faria entrar para o quadro permanente das Forças Armadas, como capitães ou majores, muitas pessoas com uma qualificação e tempo de aprendizagem muito inferiores às dos oficiais do quadro na altura.

Em Bissau foi criada a Comissão do Movimento dos Capitães (CMC), em que Otelo teve um papel de relevo. Foi promovido a Major em 1 de Setembro de 1973 e a 7 do mesmo mês faz uma exposição ao Ministro do Exército. Reunidos em Évora, 136 capitães assinam um documento semelhante, seguindo o exemplo da Guiné, seguidos por 94 em Angola e 106 em Moçambique. Em resumo, a contestação foi tal que esse decreto foi revogado (e um seguinte, que "resolvia" o problema dos majores), mas, como diz Otelo no seu livro Alvorada em Abril, o movimento já estava lançado. 

A 1 de dezembro de 1973, há um plenário mascarado de confraternização em Óbidos, e é criado o MOFA (Movimento de Oficiais das Forças Armadas, cujo nome, por razões óbvias de sigla, mudaria para MFA alguns dias antes do 25 de Abril por sugestão de Spínola).

Após o fracasso da intentona das Caldas de 16 de março de 1974, em que vários militares seus companheiros foram presos, e Otelo não o foi por um triz, tomou a seu cargo desenhar o plano militar de operações que deu origem ao golpe militar de 25 de Abril, sendo, portanto, o estratega indiscutível da Revolução de 25 de Abril de 1974, responsável pelo setor operacional da Comissão Coordenadora e Executiva do Movimento dos Capitães.

Otelo dirigiu também as operações com outros militares, a partir do posto da Pontinha, no Regimento de Engenharia n.º 1, onde esteve em permanência desde o fim da tarde de 24 de abril até ao dia 26 de abril de 1974 e entre outras ações, Otelo também seguiu de perto os acontecimentos do Largo do Carmo, tendo sido ele que escreveu a ordem manuscrita para que Salgueiro Maia iniciasse o fogo contra o Quartel do Carmo.

Depois da revolução, foi nomeado comandante da Região Militar de Lisboa, e Comandante do COPCON, com polémica atuação durante o Processo Revolucionário em Curso.

Pertenceu ao Conselho dos 20 e ao Conselho da Revolução, e é considerado um dos elementos mais carismáticos do Movimento das Forças Armadas.

Nos anos 1980, foi acusado de ter participado da luta armada em prol da revolução proletária como membro da organização terrorista Forças Populares 25 de Abril, tendo sido condenado a 15 anos de prisão por associação terrorista em 1986. Otelo sempre negou essa participação. Em 1991, Otelo recebeu indulto por seus crimes, que foram amnistiados em 2004. 

Muito poderia acrescentar aqui, de uma vida cheia e que em vários aspetos contribuiu para o país que hoje temos. Ele e outros com a devida importância.

 

Fontes:

https://observador.pt/2021/07/25/morreu-otelo-saraiva-de-carvalho/

https://www.dn.pt/politica/morreu-otelo-saraiva-de-carvalho-13972428.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Otelo_Saraiva_de_Carvalho

 

 

 

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publicado às 23:40

Carlos Miguel

por Elsa Filipe, em 19.06.21

Lembro-me do "Fininho" do concurso 1,2,3. Mas a sua carreira foi muito grande e rica! Tanto que fez pela nossa cultura e tão grande a sua luta. Trabalhou com a grande Laura Alves, com Vasco Santana, Raúl Solnado e tantos outros grandes figuras do teatro.

Achava-o engraçado. Nos meus tempos de criança, passava de certo mais tempo a brincar nas escadas da minha avó ou na praia, do que a ver televisão, mas ao jantar havia sempre uma televisão acesa, fosse nas notícias, fosse num concurso que passasse. Podia escrever muito sobre ele, mas será melhor ver a entrevista da própria boca, na Tarde é sua. 

entrevista tarde é sua carlos miguel

Lembro-me do "Homem mais belo do mundo", da revista "Lisboa, Tejo e Tudo", de César de Oliveira, Raul Solnado e Fialho Gouveia, em que ele participou, no Teatro ABC, em 1986, que não vi no original, mas vi várias vezes em repetições que iam sendo transmitidas na RTP.  A minha avó, fã de teatro de revista, tinha cassetes que ia gravando com transmissões televisivas de revista e que eu ia vendo sempre que ela me deixava.

O ator nascido a 11 de Junho de 1943, faleceu aos 77 anos, em Santarém.

O percurso de Carlos Miguel no teatro teve início em 1959, no Conservatório Nacional, em simultâneo com os seus primeiros trabalhos em palco, no Teatro da Trindade, num espetáculo de mímica, que também viria a estudar em Paris.

Na década de 1960, fez parte da Companhia Lírica e da Companhia de Teatro Popular, mas foi na Empresa Teatral José Miguel, que se manteve ativa durante cerca de 20 anos, que se estreou na revista. Foi em 1966, na produção "Mini saias", de Paulo da Fonseca, César de Oliveira e Rogério Bracinha.

O sucesso e a facilidade com que se adaptou ao modelo ditaram o seu futuro nas quatro décadas seguintes, durante as quais entrou em cerca de 200 peças, na maioria de revista, muitas delas 'produções-chave' da história do "teatro musical à portuguesa", como "O prato do dia", "Pimenta na língua", "Ora bolas p'ró Pagode" e "Cala-te boca!...", um desafio à censura dos últimos anos da ditadura.

Participou em teatro de revista como "Lisboa acordou", "Ó pá, pega na vassoura!", "Ó patêgo, olha o balão", "Vamos a votos", "Quem tem Ecu tem medo" e, mais tarde, o grande sucesso da sua carreira e talvez um dos últimos dos tempos em plenitude do Parque Mayer, "Lisboa, Tejo e tudo", uma produção da Empresa Carlos Santos.

O ator também entrou em comédias, como "Os porquinhos da Índia", "A cama dos comuns", "Que medo, senhor Alfredo!" e "Três na (mesma) cama.

O seu nome era presença regular nas produções de teatro comercial, de empresários como Giuseppe Bastos e Vasco Morgado, interpretando sobretudo autores portugueses.

Sucederam-se então, nos anos de 1980/1990, novos trabalhos em televisão, sempre em comédia - ou a fazer valer o seu jeito de comédia - em séries como "Eu Show Nico" e "Nico D'Obra", de Nicolau Breyner, "Trapos e Companhia", "Os Andrades", "Polícias", "Reformado e Mal Pago" e "Médico de Família".

Um cancro nas cordas vocais, em 1998, afastou-o da profissão e de Lisboa, onde nascera, para se fixar na aldeia do Granho, em Salvaterra de Magos.

Como disse Carlos Miguel,  a importância estava na cultura: "É a alma das coisas, sem cultura não há futuro".

 

Fontes:

https://www.publico.pt/2021/06/19/culturaipsilon/noticia/morreu-carlos-miguel-actor-comedia-fininho-concurso-123-1967200

https://ionline.sapo.pt/artigo/738832/morreu-carlos-miguel-um-ator-tao-amado-e-depois-esquecido?seccao=Mais_i

https://tvi.iol.pt/atardeesua/videos/a-tarde-e-sua-carlos-miguel-o-fininho/543ff4d23004b8a32596eecf

 

 

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publicado às 22:54

Maria João Abreu

por Elsa Filipe, em 14.05.21

A vida é tão injusta. Todos os dias, a Maria João entrava nas nossas vidas para nos fazer rir ou para nos fazer chorar. A mim fez-me dar muitas gargalhadas e, por esse motivo, apesar de toda a tristeza e revolta que sinto nesta ida tão precoce, não consigo deixar de fazer um sorriso sempre que a lembro em papéis como a criada do "Médico de Família" ou mais recentemente em "Patrões fora". Não imagino como será para os colegas regressar ao palco sem a sua presença.

A partida deu-se ontem, aos 57 anos, no Hospital Garcia de Orta, depois de um aneurisma cerebral que lhe vinha dando sinais (segundo dizem agora vários colegas) mas ao qual ninguém deu a importância devida. Faz-nos perceber como somos tão pequeninos.

Dela, nunca esquecerei a sua presença nas revistas à portuguesa, junto de outras grandes figuras que admiro, como Marina Mota, Simone de Oliveira, João Baião, Joaquim Monchique, José Raposo, Natalina José ou Carlos Areia, entre tantos outros nomes.

Aqueles que nos marcam, irão sempre cedo de mais.

Era filha de João António de Almeida de Abreu, que faleceu de cancro do pulmão e de COVID-19 a 23 de novembro de 2020, e de sua mulher, Maria Cândida Enes Gonçalves.

Maria João Abreu era casada com o músico João Soares desde setembro de 2012. Entre 1985 e 2008 foi casada com o ator José Raposo, com quem teve dois filhos, Miguel Raposo e Ricardo Raposo.

Maria João Abreu estreou-se como atriz profissional em 1983, no musical Annie de Thomas Meehan, dirigida por Armando Cortez, no Teatro Maria Matos.

Depois deste, seguiram-se vários espetáculos de revista no Parque Mayer, até participar, na Casa da Comédia, em O Último dos Marialvas, de Neil Simon, peça que a reconhece como atriz de comédia. Depois de várias revistas no Teatro Maria Matos, passa pelo Teatro Aberto, colaborando com João Lourenço (As Presidentes, de Werner Schawb) e José Carretas (Coelho Coelho, de Celine Serreau) no Teatro Aberto. Participa ainda em Bolero, um espetáculo de Manuel Cintra e José Carretas para o CCB.

Em 1998, funda, com José Raposo, a produtora Toca dos Raposos, que empresariou sucessos como a revista Ó Troilaré, Ó Troilará ou o musical Mulheres ao Poder, uma adaptação de Lisíastra, de Aristófanes. Em 2004, coprotagonizou A Rainha do Ferro Velho, de Garson Kanin, encenado por Filipe La Féria, no Teatro Politeama.

Em 2012, protagonizou a peça O Libertino, encenada por José Fonseca e Costa, no Teatro da Trindade, em Lisboa, contracenando com José Raposo, Custódia Gallego e Filomena Cautela.

No programa Quem É Que Tu Pensas Que És?, emitido pela RTP1 em 5 de fevereiro de 2013, ficou apurado que, pelo ramo da sua avó paterna, era descendente de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, por via de um filho destes, o Infante D. João.

No cinema, participou em filmes como A Falha, de João Mário Grilo (2001), António, Um Rapaz de Lisboa, de Jorge Silva Melo (1999), e Telefona-me!, de Frederico Corado (2000), sendo Lá Fora, de Fernando Lopes (2004), Call Girl, de António-Pedro Vasconcelos (2007), e Florbela, de Vicente Alves do Ó (2012), algumas das suas mais recentes participações.

 

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Jo%C3%A3o_Abreu

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publicado às 09:23

Artur Garcia

por Elsa Filipe, em 15.04.21

Artur Garcia, morreu esta quarta feira, na véspera de completar 84 anos.

Poucos se lembram deste cantor que cedo deixou - ou foi afastado - da vida pública de cantor, mas que teve uma vida completamente dedicada à música e ao entretenimento. Faleceu quase a completar os 84 anos, após um período de doença e de um AVC que o deixa dependente. Estaria muito debilitado e a residir numa residência de Cuidados Continuados em Cascais.

Como outros grandes nomes da canção da sua geração, Artur Garcia frequentou o Centro de Preparação de Artistas da então Emissora Nacional.  Além de programas como “Gente Nova ao Microfone” e “Serões para Trabalhadores”, participou em "Andam canções no ar", em "Melodias de Sempre" onde fazia duetos com vozes tão conhecidas como Simone de Oliveira, Fernanda Soares, Madalena Iglésias e Maria de Lourdes Resende.

Artur Garcia participou em várias edições do festival da canção, nomeadamente nas duas primeiras, em 1964 e 1965. Em 1967, interpretou “Porta Secreta”, uma canção composta pelo autor de “Ele e Ela”, Carlos Canelhas, com a qual atingiu o 5.º lugar, a sua melhor posição neste festival e que se revelou um dos maiores êxitos da sua carreira.

A última vez que representou o seu país na Eurovisão foi em 1974, com “Dona e Senhora da Boina”. Este foi um Festival da Canção muito particular, dele viria a sair a primeira senha para o arranque do Movimento das Forças Armadas que viria a devolver a liberdade e a democracia aos portugueses. Este Festival realizou-se a 7 de março no Teatro Maria Matos em Lisboa e teve apresentação de Artur Agostinho e de Glória de Matos.

Foi também ator em diversas peças e filmes e em algumas produções da RTP. De 1978 a 1998, com menos atividade nos palcos, foi proprietário de uma loja de discos, em Lisboa. Em 1977 fez com Amália Rodrigues uma digressão aos Estados Unidos.

Foi homenageado em 2005 pela Câmara Municipal de Lisboa, aquando dos 50 anos da sua carreira.

Em 2015, participou no espetáculo “Scarllaty – 40 Anos, A Vida à sua Maneira”, dedicado a Guida Scarllaty, a personagem criada por Carlos Alberto Ferreira, pioneiro do transformismo em Portugal.

 

Fontes:

https://www.dn.pt/cultura/morreu-o-cantor-artur-garcia-13571211.html

https://www.jn.pt/artes/morreu-cantor-artur-garcia-nome-da-musica-ligeira-portuguesa-da-decada-de-60-13571252.html

https://festivaiscancao.wordpress.com/2018/08/09/artur-garcia-no-xi-grande-premio-tv-da-cancao-portuguesa-1974/

 

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publicado às 21:51

Carmen Dolores

por Elsa Filipe, em 17.02.21

Ontem soube que o mundo da representação tinha ficado mais pobre com a morte da atriz Carmen Dolores, com 96 anos. 

Deixo-vos aqui hoje um pouco da sua história de vida, que contou com grandes marcos. 

Carmen Dolores nasceu a 22 de abril de 1924 e era filha de José Sarmento, (jornalista, tradutor e crítico de teatro) tendo por isso desde muito cedo, tido contato com o meio teatral lisboeta.

Estreou-se como atriz aos 19 anos, com o filme 'Amor de Perdição'. Foi declamadora na rádio e pisou o palco pela primeira vez no Teatro da Trindade em Lisboa em 1945, na Companhia "Os Comediantes de Lisboa". A partir daí, foi sempre somando sucessos.

A carreira passou pelos palcos mas também pela televisão, em  telenovelas como 'Passerelle', 'A Banqueira do Povo' ou a 'Lenda da Garça'.

Pelo cinema, além de 'Amor de Perdição', esteve também em 'Balada da Praia dos Cães' ou a 'Mulher do Próximo'.

Foi uma das fundadoras da APOIARTE/Casa do Artista, com Raul Solnado, Manuela Maria, Armando Cortez e Octávio Clérigo. Abandonou os palcos em 2005.

Recebeu ainda várias distinções pelas interpretações no teatro, no cinema e na televisão. A primeira distinção foi a de melhor interpretação feminina de cinema, no filme "Um homem às direitas", em 1944. Foi ainda agraciada pela Presidência da República com a Ordem de Sant'Iago da Espada em 1959, com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique em 2005 e com as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Mérito em 2018.

Imagem Presidência da República.
Fontes:
https://observador.pt/2021/02/16/morreu-a-atriz-carmen-dolores-aos-96-anos-de-idade/

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publicado às 12:00


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