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Sismo no Tibete

por Elsa Filipe, em 07.01.25

A região do Tibete, na Cordilheira dos Himalaias, foi afetada por um sismo de 6.8 na escala de Richter (corrigido depois para uma magnitude de 7,1 pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos) e que provocou uma vasta destruição, 95 vítimas mortais e centenas de feridos. Eram 9h05m locais (01h05m em Lisboa).

O abalo ocorreeu no "condado de Dingri, a cerca de 75 quilómetros a nordeste do Monte Evereste," no sudoeste da China, tendo sido sentido no Nepal, no Butão e na Índia. O epicentro ocorreu numa zona onde se dá a junção das "placas da Índia e da Eurásia," que quando chocam, provocam muitas vezes "elevações nas montanhas dos Himalaias suficientemente fortes para alterar a altura de alguns dos picos mais altos do mundo."

Têm sido registadas algumas réplicas na zona afetada, embora com menor magnitude.

Fontes:

https://expresso.pt/internacional/asia/2025-01-07-terramoto-no-tibete-fez-pelo-menos-95-mortos-dalai-lama-mostrou-se-profundamente-triste-24230f98

 

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publicado às 13:26

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou imagens captadas pelos seus bombardeiros nucleares TU-95, "pertencentes às Forças Aeroespaciais Russas, e bombardeiros estratégicos H-6, da Força Aérea Chinesa, acompanhados por aeronaves," interceptados ontem por caças dos Estados Unidos e do Canadá perto do Alasca, enquanto participavam numa operação de patrulha conjunta com a China. O Alasca é "o Estado mais ocidental dos EUA," mas as "aeronaves permaneceram no espaço aéreo internacional, sem entrarem no espaço aéreo dos Estados Unidos ou do Canadá."

Estas "aeronaves militares russas e chinesas realizaram patrulhas aéreas conjuntas sobre as águas dos mares de Chukchi, Bering e no Pacífico Norte. Mas Moscovo sublinhou que foram cumpridas todas as disposições do direito internacional e que não houve violação do espaço aéreo de países estrangeiros." As autoridades russas, informaram ainda que nenhum avião envolvido no encontro foi abatido. Estas aeronaves foram avistadas a atuar em conjunto pela primeira vez. "O Ministério da Defesa da Rússia disse que a missão conjunta durou mais de cinco horas e, durante o voo, foram escoltados por caças de países estrangeiros."

Estes patrulhamentos acontecem "menos de duas semanas depois de as forças navais da China e da Rússia terem iniciado um exercício militar conjunto." Este exercício teve início apenas dias depois de os aliados da NATO terem chamado Pequim de "facilitador decisivo" da guerra na Ucrânia. "Esta patrulha conjunta, a quarta entre os dois países desde 2021, está planeada de acordo com um calendário anual e com o acordo entre os dois países," e foi realizada "como parte do plano de cooperação militar russo-chinesa para 2024" e que não tem outros países como alvo.

No passado domingo, já tinha sido a vez dos russos interceptarem dois aviões militares norte-americanos, neste caso, "um par de bombardeiros estratégicos B-52H da Força Aérea dos EUA," que "estavam próximas da fronteira do país." 

Fontes:

https://www.poder360.com.br/poder-internacional/eua-e-canada-interceptam-avioes-russos-e-chineses-perto-do-alasca/

https://pt.euronews.com/2024/07/25/bombardeiros-da-china-e-da-russia-intercetados-perto-do-alasca

https://pt.euronews.com/2024/07/16/russia-e-china-juntas-em-novo-exercicio-militar

 

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publicado às 19:23

Durante o dia de ontem, oito pessoas acabaram por perder a vida "na sequência de um incêndio num edifício de escritórios na cidade de Fryazino, nos arredores de Moscovo."

De acordo com o governo russo, mais "de 100 bombeiros e 40 veículos estiveram envolvidos na extinção do incêndio", que alastrou a uma área de 4500 metros quadrados. Em consequência dos danos provocados pelo fogo e pela água, as estruturas interiores do edifício que albergava na sua maioria escritórios, acabaram por desmoronar.

"Segundo a imprensa russa, seis pessoas morreram como consequência direta do incêndio e duas saltaram dos pisos de cima do edifício, morrendo na queda." Apesar das causas ainda estarem por ser divulgadas, o incêndio terá tido início numa "explosão causada por uma botija de gás de uma das 30 empresas sediadas no prédio," que também alberga "um centro de investigação para a indústria da defesa russa." Segundo a imprensa internacional, este edifício "pertence ao instituto de investigação Platan, responsável pela produção de componentes para caças, munições de lançamento nuclear, defesas aéreas e variados tipos de munições." No entanto, outras informações alegam que "o instituto já não está sediado no local desde os anos 90."

No que respeita à Coreia do Sul, houve pelo menos 22 vítimas mortais e um desaparecido "num incêndio numa fábrica de baterias de lítio na Coreia do Sul. Este incêndio, "na fábrica da empresa sul-coreana de baterias Aricell, em Hwaseong," perto de Seul, teve a sua origem esta "segunda-feira, numa altura em que 102 pessoas estavam a trabalhar no local." Segundo informaões policiais, "as vítimas mortais foram encontradas no segundo andar da fábrica, onde começou o incêndio" cuja origem pode ter estado numa explosão de baterias que estavam a ser examinadas para serem embaladas. No local, estariam armazenadas "cerca de 35 mil baterias de lítio."

Os trabalhadores seriam na sua maioria "oriundos da China", da Coreia do Sul e de Laus. As equipas de socorro fizeram "buscas no interior do prédio de três andares, tendo retirado "oito feridos da fábrica, dois deles com gravidade."

Fontes:

https://pt.euronews.com/2024/06/25/pelo-menos-oito-mortos-apos-incendio-em-edificio-de-escritorios-nos-arredores-de-moscovo

https://observador.pt/2024/06/25/oito-mortos-em-incendio-num-edificio-em-moscovo/

https://observador.pt/2024/06/25/novo-balanco-aponta-para-22-mortos-em-incendio-em-fabrica-na-coreia-do-sul/

 

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publicado às 18:20

Numa extensão que vai desde a Polónia até à Noruega, são seis os países que acordaram usar drones e outras tecnologias para proteger as suas fronteiras. Lituânia, Letónia, Estónia, Finlândia, Noruega e Polónia, vão "usar sistemas de vigilância" que lhes permitirão prevenir ataques hostis e "contrabando".

Enquanto isso, a Rússia terá mobilizado um grupo de "2000 soldados e oficiais", além de vários "mercenários experientes" oriundos do Regimento russo destacado em África, para combaterem nos ataques a Kharkhiv. Este alerta foi feito pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. Este Regimento terá sido criado em dezembro de 2023. Segundo a acusação do governo britânico, estes homens terão sido "muito provavelmente enviados para a Síria, Líbia, Burkina Faso e Niger" e depois terão seguido para as fronteiras com a Ucrânia já em abril deste ano.

Segundo Kiev, o objetivo desta ofensiva em "Vovchansk, na província de Kharkhiv,"será levar à "rutura das linhas defensivas ucranianas, enfraquecidas por dois anos de guerra." E se a Ucrânia cair, que mensagem será dada à Rússia? O que será esperado daí em diante? Em que posição nos vamos colocar como Estado?

Sabemos que a Rússia tem muitos apoiantes - o que é natural, estejamos ou não de acordo com eles - e que uma guerra é, também, um "jogo" de tabuleiro que mexe com muito mais do que armamento, ataques e defesas. Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a China foi um dos países que se distanciou do contexto direto "de guerra, recusando-se a fornecer apoio militar," mas que no entanto nunca tomou uma posição condenatória das ações de Moscovo. Esse apoio tem sido visto em termos económicos, fazendo com que as sanções ocidentais aplicadas à Rússia, não se tenham mostrado eficazes. "Pequim comprou" mesmo "petróleo, carvão, cobre e níquel," à Rússia, "garantindo importantes fontes de rendimento ao Kremlin. Perante estas circunstâncias, o gigante asiático tem um interesse claro em impedir uma vitória ucraniana, já que esta fortaleceria o Ocidente e aumentaria o risco da queda de Putin."

A Bielorrússia, por sua vez, já todos sabemos que é um dos grandes apoiantes da Rússia. Este "estado, que anteriormente integrava a União Soviética, tornou-se num vassalo da Rússia. Sem grande interesse a nível económico e sem capacidade para ceder ajuda militar, a Bielorrússia é importante pela postura fiel que apresenta em relação aos planos políticos de Vladimir Putin." Foi mesmo a partir deste território que a invasão da Ucrânia teve início.

Já o Irão, "tem fornecido, desde o início da guerra na Ucrânia, um apoio militar sem precedentes à Rússia. As entregas de armamento passam, em grande parte, pelo envio de drones kamikaze, que têm aumentado a capacidade de ataque aéreo das forças de Moscovo." Também o Regime de Pyongyang, na Coreia do Norte, "é outro grande apoio militar para Moscovo. O regime norte-coreano tem fornecido enormes quantidades de munições - um elemento essencial numa guerra de longo prazo, na qual a rapidez de produção de armamento não acompanha as necessidade no campo de batalha."

Mas e os países africanos? Que benefícios tiram deste guerra? Bem, um desses benefícios foi conseguido na Cimeira Russia-África, realizada em 2023 e em que Putin se comprometeu a "fornecer cereais gratuitamente a seis países africanos." Entre os beneficiários estavam o "Burkina Faso, o Zimbabué, o Mali, a Somália, a República Centro-Africana e a Eritreia". Apesar de Angola se estar a aproximar cada vez mais das políticas do Ocidente, a verdade é que, anteriormente, os dois países tinham celebrado um importante plano de cooperação (anexado ao acordo de cooperação militar, técnico-militar e policial entre a Rússia e Angola para os anos 2014-2020), "cujos programas individuais" chegam "a prever a construção de fábricas de armamento com patente russa em território angolano." Este mesmo programa "previa o fornecimento de armamento aos três ramos das forças armadas angolanas, incluindo aviões de combate, vigilância e treino, mísseis e outras armas sensíveis à força aérea angolana; navios de patrulha à marinha ou construção de uma fábrica de artilharia e outra de armas ligeiras, modernização de blindados, e cedência de armas ligeiras ao exército e polícia angolanos."

No que respeita a Moçambique, "a Rússia assinou nos últimos anos vários acordos militares, um de proteção mútua de informações classificadas, em agosto de 2019, e outro de procedimentos simplificados para a entrada de navios de guerra russos em portos moçambicanos, em abril de 2018, seguido de um memorando de cooperação naval um ano depois." Não nos podemos esquecer que a Rússia enviou "o grupo paramilitar Wagner para combater a al-Shabab em Cabo Delgado, numa operação efémera, que se saldou por um fracasso dos mercenários russos."

A própria Guiné-Bissau, "para além do perdão da dívida na ordem dos 26 milhões de euros, anunciado pelo Governo russo em março último," também surge "nos registos oficiais russos como signatária, em novembro de 2018, de um acordo de cooperação técnico-militar." Haverá um aproveitamento das fragilidades destes países, ou será a ganância dos seus governantes e altas patentes que aqui está em causa?

Fontes:

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2567990/paises-da-nato-vizinhos-da-russia-vao-erguer-muro-de-drones

https://observador.pt/2024/05/24/londres-avanca-que-russia-mobilizou-unidades-de-africa-para-ofensiva-em-kharkiv/

https://www.jn.pt/8090083123/quem-sao-os-aliados-internacionais-que-sustentam-o-regime-de-vladimir-putin/

https://www.publico.pt/2023/07/27/mundo/noticia/putin-promete-cereais-gratuitos-seis-paises-africanos-2058337

https://expresso.pt/internacional/2024-05-19-acordo-militar-com-angola-e-o-mais-ambicioso-dos-assinados-pela-russia-com-os-palop-e602bda2

 

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publicado às 22:03

Finalmente... se desenha um novo governo

por Elsa Filipe, em 21.03.24

O nosso país passou por eleições legislativas no passado domingo, dia 10, e estivemos até ontem a aguardar os resultados da emigração, ou seja, estivemos mais de uma semana à espera de saber se, depois de contados os votos dos portugueses que, por variadíssimas razões, vivem no estrangeiro, continuaria a ser a AD a ter uma maioria relativa que lhes permitisse governar. Por esta forma, "votaram mais de 220 mil portugueses." Estes votos, apesar de chegarem mais de uma semana depois de se saber que Luís Montenegro iria ser o próximo Primeiro-ministro, poderiam vir a alterar esta situação uma vez que a diferença entre a AD e o PS não era assim tão significativa.

Finalmente, conseguimos que esses votos fossem contados e, já durante esta madrugada, o "site do Ministério da Administração Interna revelou que o Chega venceu com 18,30% dos votos, seguido da Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) com 16,79% e do PS com 15,73%." Assim, o Chega "elegeu dois deputados," um no círculo da Europa e outro no Brasil, enquanto a AD e o PS elegeram um deputado cada.

Na Alemanha, em França, no Reino Unido, na Irlanda do Norte e na Bélgica, a vitória foi do PS, enquanto que em Espanha, Estados Unidos e Canadá ganhou a Aliança Democrática, que ganhou também em alguns países da Ásia e da Oceânia. Na "China, a vitória da AD foi ainda maior (37,4%)."

O Chega acabou por ganhar no Brasil, com 24,6% (por grande influência de Bolsonaro), apesar de em São Paulo ter sido "dada a maioria à coligação, liderada por Luís Montenegro" com "22,59%." Já "no Luxemburgo, com 19,61% dos votos," a vitória volta a ser do Chega.

Entretanto, o presidente da República, lá se foi reunindo com os partidos políticos com assento parlamentar, ainda antes de todos os votos contados, dando de alguma forma a entender que uns portugueses são de primeira e outros, só por estarem lá fora... não são. Estes últimos votos, são responsáveis por atribuir quatro mandatos e, consoante os resultados, tudo poderia mudar. Durante a contagem destes votos, enviados por correspondência, surgiu "uma percentagem muito significativa" de voto nulos, que na maioria tiveram "origem no facto de os eleitores não terem juntado uma cópia do cartão do cidadão." 

No caso dos votos da emigração, o Chega foi o partido que mais se destacou, elegendo dois dos quatro lugares, enquanto o PS e a AD elegeram apenas um cada um. Este partido "venceu largamente na Suíça, onde votaram" cerca de 49 mil portugueses" e onde alcançou "32,62% dos votos" o que deverá fazer, pelo menos, com que o futuro governo comece a dar uma maior importância aos problemas de quem vive fora do país.

Ontem, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu então os representantes da coligação AD, onde aquilo que se fez notar não foram tanto as presenças, mas a ausência (ou se calhar até nem se notou muito, uma vez que a ausência do PPM marcou toda a campanha política). 

A AD teve então uma maioria relativa e por isso Luís Montenegro foi indigitado, já hoje perto da 01:00, como Primeiro-ministro. 

"A nova Assembleia da República poderá entrar em funções já no início de abril, tendo em conta o calendário previsto na lei, que exige que a Comissão Nacional de Eleições envie o Mapa Oficial das Eleições para Diário da República, após receber a Ata do Apuramento de Votos do Conselho Nacional de Eleições."

No que diz respeito ao PS, Pedro Nuno Santos foi recebido pelo Presidente da República na terça-feira e, à saída da reunião, o líder do PS "salientou que não há uma maioria governativa à esquerda, pelo que o papel do PS será liderar a oposição" de forma "responsável." Um dos temas em que se manifestou, foi na possibilidade de haver um entendimento, no que diz respeito à "necessidade" de valorização das "carreiras" e das "grelhas salariais de alguns grupos profissionais da administração pública."

Mas nem tudo está "em paz". Apesar das afirmações que André Ventura tem vindo a fazer, alegando o que disse ou não disse Marcelo Rebelo de Sousa durante a reunião com o Chega, o "Presidente da República rejeitou comentar declarações de partidos ou notícias de jornais," isto apenas alguns minutos depois de "o líder do Chega ter dito que Belém não se oporia a uma eventual presença do partido no Governo." Uma coisa seria opôr-se a que o partido estivesse representado na Assembleia, algo que foram os portugueses a votar, bem ou mal, através do seu direito ao voto, outra coisa, seria o país ser governado por um partido com ideias de cariz extremista. Claro que neste momento se compreende que o que Rebelo de Sousa quer, é atrasar ainda mais a tomada de posse de um novo governo, com as consequências que isso possa trazer para o país. 

Entretanto, Mariana Mortágua tem-se reunido com outros grupos parlamentares, da esquerda. A líder do BE, disse ontem "que o BE não viabiliza orçamentos da direita", apesar de "considerar que orçamentos retificativos são ainda cenários hipotéticos." Desta forma, Mariana Mortágua ressalva que, no que respeitar a "matérias concretas votará de acordo com o seu programa eleitoral e político." Perante a insistência de vários jornalistas, acaba por reforçar que "politicamente a garantia que" tinham dado e que mantinham, seria de "que o Bloco de Esquerda não viabiliza governos de direita, não viabiliza orçamentos de direita."

 

Fontes:

https://pt.euronews.com/2024/03/13/marcelo-ja-comecou-a-ouvir-os-partidos-para-indigitar-o-novo-primeiro-ministro

https://www.dn.pt/7006167823/apos-receber-ventura-marcelo-rejeita-comentar-afirmacoes-sobre-chega-no-governo/

https://www.dn.pt/6338215120/mariana-mortagua-afirma-que-be-nao-viabiliza-nem-governo-nem-orcamento-de-direita/

https://expresso.pt/politica/eleicoes/legislativas-2024/resultados/2024-03-21-Ventura-ganhou-um-deputado-na-Suica-e-outro-no-Brasil--pais-a-pais-como-foram-os-resultados-na-emigracao--737a3701?fbclid=PAAaYDt5vpTP8EeA01sIZNe9bfJYvho-ew-Xopw4UQAYghu5GOcOilBABjfII_aem_AdXFFvtumUMzs3L4fis8qATwTmUpxDCWRvi0PnSeiYCw4BmSTO9q6izG6VQPMLcQ-WU

https://eco.sapo.pt/2024/03/20/ps-ganha-entre-emigrantes-na-alemanha-e-franca-ps-nos-eua-e-espanha-preferem-ad/

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publicado às 20:30

Um vulcão na Islândia e sismos na China

por Elsa Filipe, em 19.12.23

Ao fim do dia de ontem, o Reykjanes, um vulcão situado a 40 km de Reiquiavique, capital da Islândia, acabou mesmo entrou em erupção depois de meses de forte atividade sísmica que foi deixando as infraestruturas daquela zona bastante danificadas. A erupção do tipo efusivo, além de ter desalojado 4 mil pessoas, retiradas da vila piscatória de Grindavik, a 11 de novembro, obrigou agora à alteração do Código de cores da aviação para vermelho, embora ainda não se tenham dado "perturbações nas chegadas ou partidas no aeroporto de Keflavik".

Esta é uma das zonas da Europa com mais atividade sísmica, existindo "32 sistemas vulcânicos considerados ativos". Em 2010, ocorreu uma grande erupção, ""quando o vulcão Eyjafjallajokull causou enormes nuvens de cinza que durante dias afetaram o ar e os voos em toda a Europa". Durante cerca de oitocentos anos, a "península de Reykjanes, a sul da capital Reiquiavique, foi poupada a erupções", até março de 2021. Desde essa data, "ocorreram outros dois" grandes eventos, um "em agosto de 2022" e outro em "julho de 2023, um sinal, para os vulcanologistas, de retomada da atividade vulcânica na região."

Ontem um violento "atingiu o noroeste da China, causando 126 mortos e mais de 700 feridos." Na zona as redes "elétrica e de água e outras infraestruturas foram danificadas" estando a  população a lidar com temperaturas extremas de "15 graus negativos". O abalo, com epicentro "a cerca de 1300 quilómetros a sudoeste de Pequim, a capital da China", ocorreu perto da província de Gansu, onde foi entretanto lançado "um apelo para que fossem recrutados mais 300 trabalhadores para as operações de busca e salvamento". Nesta província, 536 pessoas terão ficado feridas.

Em Qinghai, as autoridades "informaram que 20 pessoas estavam desaparecidas num deslizamento de terras," havendo já 132 feridos confirmados.

"Os terramotos são comuns no noroeste da China, uma região montanhosa que se ergue para formar o limite oriental do planalto tibetano." Em setembro do ano passado, "pelo menos 74 pessoas morreram num terramoto de magnitude 6,8 que abalou a província de Sichuan, no sudoeste da China".

Fontes:

https://observador.pt/programas/atualidade/video-as-imagens-da-erupcao-do-vulcao-reykjanes

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-12-19-As-primeiras-imagens-da-erupcao-do-vulcao-na-Islandia-5a9faa06

https://expresso.pt/internacional/2023-12-19-Vulcao-entra-em-erupcao-a-30-quilometros-da-capital-da-Islandia.-Situacao-esta-a-estabilizar--com-fotogaleria-e-videos--c7f3b8b8

https://observador.pt/2023/12/19/sismo-na-china-provoca-mais-de-100-mortos/

https://www.tsf.pt/mundo/pelo-menos-116-mortos-e-500-feridos-apos-sismo-no-noroeste-da-china-17526129.html

 

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publicado às 19:52

As autoridades japonesas deram início nesta quinta-feira, à "terceira fase de descarga no mar da água tratada da central nuclear de Fukushima, enquanto Pequim e Moscovo restringiram as importações japonesas em protesto contra este processo, que deve durar várias décadas." Contextualizando a notícia, de que se tratam estas descargas?

A descarga de águas "tratadas" vem no seguimento do acidente nuclear de 2011, que ocorreu em Fukushima quando a central foi atingida por um sismo de 9.1 na escala de Richter, a que se seguiu um tsunami, que fez suspender o fornecimento de eletricidade que garantia a sua refrigeração e levou a que "os reatores, mesmo desativados," continuassem a aquecer, levando a "uma fusão parcial do núcleo nos reatores 1, 2 e 3," seguido de explosões de hidrogénio que levaram à contaminação do ambiente. Este tsunami, levou também à "evacuação de 160000 pessoas."

"Depois de tratadas, as águas usadas para o arrefecimento das barras de combustível dos três reatores destruídos foram armazenadas em cerca de mil tanques, estando a ocupar grande parte da área da central e devem ser removidas para libertar espaço para a construção de instalações para a limpeza e desmantelamento da central, o que também deverá demorar décadas."

Este escoamento das águas que fazem o arrefecimento dos núcleos, e que alegadamente são depois "tratadas", é feito através de descargas no oceano. No entanto, o processo não consegue tratar o Trítio, que em quantidades elevadas poderá ser nocivo para o ambiente e para as pessoas. Os dados são ainda pouco fiáveis, porque não existem ainda "dados a longo prazo." Por isso, as águas depois de tratadas são diluídas até uma concentração "aceitável." Está estimado que este processo ainda "demore entre 30 e 40 anos a ficar concluído."

Mesmo com a "Agência Internacional de Energia Atómica," a considerar que são "perfeitamente seguras," as operações de descarga levaram a "vários protestos, sobretudo por parte de pescadores e ambientalistas." Têm sido também vários os países a manifestar-se, entre eles, a China e a Rússia.

Em agosto deste ano, o governo chinês anunciou "a proibição imediata de todas as importações de marisco do Japão," chamando a estas descargas, um "ato extremamente egoísta e irresponsável que ignora os interesses públicos internacionais." Também na China, já tinham sido proibidas "as importações de produtos alimentares e agrícolas" de 10 prefeituras japonesas. Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, já tinha vindo dizer que o "oceano é propriedade de toda a humanidade, não um sítio para o Japão despejar arbitrariamente as suas águas contaminadas com matéria nuclear." Wenbin, informou ainda numa conferência de imprensa que seriam tomadas "as medidas necessárias para salvaguardar a vida marinha, a segurança alimentar e a saúde pública."

No entanto, o próprio governo japonês, já veio lembrar "que a descarga de água com trítio é prática comum em centrais nucleares do mundo inteiro, particularmente na Coreia do Sul e China, os países que mais se têm exprimido contra as descargas nipónicas."

Apesar do governo da Coreia do Sul, não se ter manifestado contra as descargas, "milhares de pessoas participaram em manifestações," contra a "libertação das águas contaminadas," o que resultou "na detenção de pelo menos 14 protestantes."

Fontes:

https://rr.sapo.pt/noticia/mundo/2023/11/02/japao-arranca-terceira-fase-de-descarga-de-agua-de-fukushima-no-pacifico/353406/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Fukushima_I

https://observador.pt/2023/08/24/protestos-em-toquio-e-importacao-de-marisco-proibida-pela-china-apos-libertacao-das-aguas-residuais-da-central-nuclear-de-fukushima/

https://pt.euronews.com/2023/08/24/descargas-de-fukushima-fazem-ondas-no-pacifico

https://rr.sapo.pt/noticia/mundo/2023/08/29/japao-pede-a-china-para-travar-assedio-por-causa-de-fukushima/344500/

 

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publicado às 21:50

Incêndio em Hospital de Pequim

por Elsa Filipe, em 19.04.23

Incêndios urbanos na China, trazem sempre questões relacionadas com a segurança (ou a falta dela) e com o elevado número de mortos e feridos que habitualmente ocorre. Ontem, ocorreu um trágico incêndio que levou à morte de pelo menos 29 pessoas (segundo atualização de fontes noticiosas) e que aconteceu num hospital situado no sudoeste de Pequim que estava a ser alvo de obras de reparação. Mais uma vez, existem lacunas nas informações que deixaram "sair" para o exterior.

Apesar de a causa do incêndio estar ainda sob investigação, pensa-se que o incêndio, que afectou principalmente uma ala para pacientes em estado grave, foi causado por material de pintura inflamável numa enfermaria em obras e, por esse motivo já foram detidas doze pessoas, entre as quais estão o diretor do hospital e funcionários da empresa encarregue das obras de reparação do hospital privado de Changfeng.

Este incêndio obrigou também à evacuação de dezenas de pessoas, enquanto alguns dos pacientes e funcionários conseguiram escapar pelas janelas, improovisando uma corda feita com lençóis. 

Os bombeiros conseguiram apagar as chamas cerca de meia hora depois, embora a operação de resgate tenha durado aproximadamente duas horas. Este é o incêndio mais mortífero em Pequim desde 2002, quando um incêndio num cibercafé fez 25 mortos.

Esta segunda-feira, pelo menos 11 pessoas morreram, na sequência de um incêndio numa fábrica em Jinhua, uma cidade localizada na província de Zhejiang, no leste da China.

 

Fontes:

https://www.publico.pt/2023/04/19/mundo/noticia/incendio-hospital-china-faz-29-mortos-2046640

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2301092/sobe-para-29-numero-de-mortos-em-incendio-em-hospital-de-pequim

 

 

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publicado às 11:59

Um incêndio terá deflagrado ontem numa fábrica na cidade de Jinhua, província de Zhejiang, no leste da China, e levado à morte de pelo menos 11 pessoas.

As vítimas terão ficado presas no terceiro andar do edifício, localizado numa zona industrial, como confirmado esta manhã, depois das operações de resgate.

As causas do incêndio ainda estão a ser investigadas, mas tal como em outras situações, a falta de rotas de fuga e de acessos desobstruídos podem estar na origem do elevado número de vítimas.

Fontes:

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-04-18-Incendio-em-fabrica-na-China-faz-pelo-menos-11-mortos-55c4af91

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publicado às 20:39

Avançando pela Bielorrússia

por Elsa Filipe, em 26.03.23

Parte da URSS durante largos anos, ainda mantém as suas bases soviétivas, ditatoriais e opressoras com Alexander Lukashenko desde 1994 no poder. A sua relação com a Rússia é evidente e acaba por estar isolada dos outros países mantendo uma dependência direta, que pode significar uma possível reunificação.

Os meios de comunicação têm sido limitados pelo regime, levando a que muitos dos habitantes, não façam ideia do que relamente se está a passar. As próprias eleições realizadas em 2020 e que deram o sexto mandato a Lukashenko (com 80,23% dos votos) colocaram no exílio a sua opositora - Svetlana Tikhanovskaia - que está a ser julgada à revelia por acusações de traição.

Este mês, o presidente bielorrusso introduz a pena de morte para os casos de alta traição, para os oficiais do Estado e membros do Exército, a qual até agora só era aplicada nos crimes de homicídio agravado ou de atos de terrorismo. Outra lei, prevê uma pena de prisão para aqueles que desacreditarem as Forças Armadas do país  -  lei semelhante foi aprovada pela Rússia no ano passado, logo depois da invasão do território ucraniano.

Este fim de semana, voltou-se a falar muito neste país, e quem viu ontem o programa "Toda a Verdade" da SIC, teve a oportunidade de saber um pouco mais sobre esta relação - para mim, muito preocupante - entre Putin e Lukashenko.

Aquilo que foi anunciado por Putin neste sábado, foi que chegou a acordo para armazenar armas nucleares na Bielorrússia, uma estratégia de ataque que pode ser tanto à Ucrânia - uma vez que este país faz fronteira com a Ucrânia, permitindo assim a passagem de armas pelo seu território, tal como aconteceu no início do conflito - como à própria União Europeia. O Presidente russo, afirma que não está a violar o Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas este é o mesmo homem que dizia estar a salvar cidadão russos das mãos dos nazis na Ucrânia, por isso, sobre as suas afirmações não há mais nada a dizer.

Falar de armas nucleares é pôr na mesa um assunto que deixa as populações com medo, sem saber o que pode estar reservado para o futuro.Esta é uma questão que devia ser inaceitável, se pensarmos bem, e pelo que tem sido referido em vários sites noticiosos, a Rússia tem mais ogivas que os próprios EUA (não sei se este é um facto verdadeiro, mas preocupa-me). Que os EUA tenham armas na Europa - e isso também parece ser facto confirmado - será no nosso caso um fator defensivo, em caso de ataque, mas ninguém sairá bem se o conflito rebentar, envolvendo as formas russas (e os seus aliados) e a própria NATO.

Putin, sente-se de certa forma livre para ir contornando as regras do jogo e tem do seu lado, a Bielorrússia - que pode parecer um país pequeno mas que a nível geoestratégico é muito importante no avanço russo, como também de uma grande potência mundial como é a China. Estas reuniões e encontros não são meras coincidências diplomáticas. Algo mais se prepara em banho-maria, mas se aumentarem o lume, entrará em ebulição e os estragos serão imensos.

Fontes:

https://observador.pt/seccao/mundo/europa/bielorrussia/

https://www.infoescola.com/europa/bielorrussia/

Programa: "Toda a Verdade" -SIC Notícias;

 

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