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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Hoje morreram pelo menos 24 pessoas "num ataque terrorista a tiros na região de Pahalgam, um destino turístico popular na parte indiana de Caxemira." O ataque, perpetado por um grupo armado, autodenominado "Resistência de Caxemira," teve como alvo principal "um grupo de turistas," ."que se encontravam numa "estância turística." Que turistas seriam e de onde, fica a questão, pois não me apercebi de grandes movimentações acerca do tema (refira-se no que se trata de política externa). De referir, ainda que não exista qualquer relação confirmada, que este "ataque coincidiu com a visita à Índia do vice-presidente dos EUA, JD Vance, que está a efetuar uma viagem de quatro dias de caráter pessoal."
"O ataque foi descrito como o pior contra civis nos últimos anos na região, que tem maioria muçulmana e vinha registando relativa acalmia após anos de conflito." Numa mensagem colocada nas redes sociais, o grupo que reinvindicou o ataque, "criticou a concessão de direitos de residência a mais de 85 mil pessoas de outras partes da Índia, o que, segundo eles, estará a promover uma mudança demográfica na região."
A região de Caxemira é atualmente disputada pela Índia e pelo Paquistão. Num conflito com mais de 50 anos, "só na última década, o confronto que opõe a Índia ao Paquistão já provocou mais de 50 mil mortos e um inquantificável sofrimento às populações." Nos últimos anos, este conflito agravou-se "quando as duas potências anunciaram a realização de ensaios nucleares, numa demonstração mútua de força destinada a intimidar o rival."
Assim vai o nosso mundo...
Fontes:
https://www.dn.pt/internacional/caxemira-ataque-armado-contra-turistas-faz-pelo-menos-24-mortos
https://www.rtp.pt/programa/tv/p13497
Desde que o presidente Donald Trump lançou uma nova campanha militar contra os rebeldes Houtis no mês passado, este terá sido um dos maiores ataques, resultando na morte de "pelo menos 58 pessoas" e ferindo "mais de 100." O ataque aéreo atingiu "o porto petrolífero de Ras Issa, no Iémen," e o grupo Houthi, veio já divulgar "imagens gráficas do rescaldo," alegando "que o ataque visava trabalhadores civis."
"O Pentágono não fez comentários sobre as vítimas civis e recusou-se a responder às perguntas dos meios de comunicação social," embora Washington tenha já informado que o ataque tinha "como objetivo cortar uma fonte de de combustíveis e fundos para os huthis."
Este ataque vem aumentar a escalada de violência de uma "campanha que começou a 15 de março," e que tem como objetivo "acabar com as ameaças aos navios no Mar Vermelho." Num comunicado raro, os Houthis afirmam que esta foi uma "agressão completamente injustificada" e que a sua ocorrência "representa uma violação flagrante da soberania e independência do Iémen e um alvo direto de todo o povo iemenita." Designaram ainda o alvo como uma "instalação civil", que tem sido vital para a população há largos anos. De facto, cerca "de 70% das importações do Iemén e 80% da ajuda humanitária chegam através de três portos, incluindo o de Ras Issa.," que agora foi alvo de ataque.
O porta-voz da diplomacia iraniana considerou o caso “um exemplo de crime agressivo e uma flagrante violação dos princípios fundamentais da Carta da ONU”. Em resposta, o grupo afirma que foram lançados "ataques contra um alvo militar próximo ao aeroporto Ben Gurion, em Israel, e contra dois porta-aviões dos EUA."
O bombardeamento do porto de Ras Issa, "acontece pouco antes da segunda ronda de negociações entre Washington e Teerão sobre o programa nuclear iraniano," o qual está previsto para amanhã, sábado, em Roma.
Fontes:
Uma explosão numa fábrica de armas na "província de Balıkesir, na região de Marmara, na Turquia", teve como consequênca a morte de 11 pessoas (inicialmente, tinham sido noticiados 12 mortos, mas o número terá sido depois alvo de correção pelas autoridades turcas) e levou ainda a ferimentos graves em cinco outras.
"A explosão ocorreu numa unidade de produção de explosivos" e o forte impacto "derrubou um dos principais edifícios de produção" e provocou danos nos "edifícios circundantes." A fábrica tinha sido inaugurada em 2014 e "fabricava munições para armas de pequeno porte," principalmente para uso civil.
Fontes:
No passado sábado, "jatos russos e sírios bombardearam" várias cidades na província de Idlib, que havia caído "sob controle rebelde." Na véspera, a região tinha sido invadida por insurgentes, o que acabou por forçar o "Exército a se remobilizar, no maior desafio ao presidente Bashar al-Assad em anos." De acordo com o exército sírio, dezenas de soldados "foram mortos no ataque."
Idlib é um enclave sob o "domínio dos rebeldes perto da fronteira com a Turquia, onde cerca de quatro milhões de pessoas vivem em tendas e moradias improvisadas."
No dia 1 de dezembro, domingo, forças russas e sírias atacaram diretamente a cidade de Idlib, conseguindo recapturar várias das "cidades que tinham sido invadidas nos últimos dias por rebeldes." Num ataque aéreo, os soldados russos "atingiram a praça junto à Universidade de Alep, matando pelo menos cinco pessoas."
Estes rebeldes são uma coligação secular entre grupos armados "apoiados pela Turquia,"e o grupo islâmico "Hyat Tahrir al Sham." A situação que se vivia este domingo em Alepo, fez com que as ruas da cidade estivessem desertas. Muitos civis escolheram já deixar a cidade, receando o agravamento da situação. Os rebeldes terão entretanto capturado "a cidade de Khansir," numa tentativa de "cortar a principal rota" de fornecimento de material ao exército. Esta ofensiva que teve início na passada quarta-feira já fez mais de 300 vítimas mortais, entre civis, militares e rebeldes.
Fontes:
https://www.jn.pt/6186843720/cinco-mortos-em-ataque-russo-perto-da-universidade-de-alepo/
O ocidente assinalou esta semana 1000 dias de conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas a verdade é que se perguntássemos a um ucrâniano, esse número seria muito superior. O momento da invasão da Ucrânia pela Rússia deu-se no dia 24 de fevereiro de 2022, mas as tropas russas há muito que se aproximavam das fronteiras daquele país.
Estes dois países "compartilham diversos laços históricos, políticos e culturais e inclusive fizeram parte de uma mesma nação, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), uma das principais potências do século XX, que se fragmentou em diversas repúblicas." Em 1991 a Ucrânia ganha a sua própria independência, mas o novo país quer mais e torna o afastamento à Rússia e a aproximação à União Europeia e à NATO (Tratado do Atlântico Norte), como um dos objetivos a conseguir.
Esta tentativa de aproximação que a Ucrânia tem feito ao Ocidente, de há cerca de trinta anos para cá, desde sempre foi considerada pela Rússia "como uma ameaça à sua soberania" e pode ser apontada como uma das principais causas do conflito entre os dois países. Em 2014, a Rússia "invadiu a Península da Crimeia, parte integrante do território ucraniano," com o "pretexto de proteger os russos nativos que habitam essa região." A região do Donbas, situada no leste da Ucrânia, tem também sofrido com "conflitos separatistas ao longo dos últimos anos."
Apenas quatro dias depois da invasão russa, que ocorreu a 22 de fevereiro de 2022, a Ucrânia, "visando ao apoio político e económico das potências europeias, realizou o pedido oficial para ingressar na União Europeia." A Rússia consegue tomar Kherson a sul, alguns dias depois. Esta cidade é "considerada estratégica pelos dois lados do conflito" devido à sua localização geográfica na foz do rio Dnieper. Entretanto, logo nos primeiros dias de conflito foram milhares as pessoas que abandonaram as suas casas e tentaram sair do território, pedindo asilo um pouco por toda a Europa. Países como a Polónia, a Hungria, a Eslováquia, a Roménia e a Moldova foram os que maior número de refugiados receberam, embora toda a Europa tenha reunido esforços para aceitar a chegada de refugiados, na sua maioria mulheres e crianças e de os apoiar com habitação, alimentação, vestuário e educação.
Segue-se a queda de Mariupol, outra "cidade estratégica, localizada nas margens do mar de Azov" a sudeste, onde se registou aquele que pode ser considerado como "um dos mais sangrentos conflitos" desta guerra, com um elevado "número de civis mortos" às mãos das forças russas.
A 2 de abril de 2022 a Ucrânia consegue recuperar Kiev, aproveitando-se "das dificuldades encontradas pela Rússia" e da consequente mudança "de foco do conflito para o leste ucraniano," onde se localiza província de Lugansk que acabaria nas mãos da Rússia a 3 de julho desse ano, "consagrando assim o objetivo desse país em concentrar seus esforços de guerra na porção leste do território ucraniano."
A 30 de setembro de 2022 é finalmente formalizado pela Ucrânia o pedido de entrada na NATO, "visando a um apoio militar efetivo da Organização do Tratado do Atlântico Norte. A Rússia nunca deixou de ameaçar que, caso a Ucrânia fosse ajudada por países pertencentes à NATO, estes países estariam sob mira de ataques russos, inclusivé de ataques com mísseis nucleares. E esse fator sempre serviu para que o apoio à Ucrânia fosse feito usando pinças, de forma a evitar que o conflito escalasse e se alargasse a outros territórios. A 5 de outubro de 2022, a Rússia procede à anexação ilegal e não reconhecida das províncias "de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia."
Um "cessar-fogo de 36 horas entre o meio-dia de 6 de Janeiro e a meia-noite de 7 de Janeiro, coincidindo com a celebração do Natal cristão ortodoxo," é permitido pela Rússia, mas poucos dias depois, a 13 de janeiro de 2023, a Rússia reclama a conquista de Soledar, "alegando ter provocado mais de 500 baixas nas forças de Kiev." Por seu lado, a Ucrânia admitiu uma “situação difícil” na defesa desta localidade, "mas continua sem admitir tê-la perdido para os invasores." Apesar de não haver registo de mortos ou feridos, a verdade é que nas "horas que antecederam o início do cessar-fogo, vários mísseis atingiram um prédio residencial na cidade ucraniana de Kramatorsk, perto da linha de frente oriental, danificando 14 casas."
Ainda durante o mês de janeiro, a Alemanha anuncia "finalmente o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, depois de ter autorizado os países aliados a reexportar os veículos de fabrico alemão, e após dias de pressão, com este tema em cima da mesa." A caminho da Ucrânia estariam catorze veículos "Leopard 2."
Em fevereiro de 2023, quase um ano volvido, realiza-se "em Kiev a cimeira UE-Ucrânia para discutir as reformas necessárias para a adesão da Ucrânia ao bloco europeu." Além dos "tanques Leopard 2, de fabrico alemão," já enviados por Berlim, encontram-se também a caminho de Kiev, "os Challenger 2 britânicos" e trinta e um "Abrams norte-americanos," embora os "pedidos de aviões de guerra, em particular os caças F-16" ainda não tivessem sido atendidos. Quanto a Portugal, iria decidir nos dias seguintes sobre o envio dos Leopard 2 solicitados por Zelensky.
Dias depois das eleições que deram a Trump a vitória, Joe Biden, ainda presidente dos EUA, fez uma declaração em que dizia autorizar a Ucrânia a usar armamento americano para atacar alvos russos em território do invasor. Ou seja, a Ucrânia passou a dispor de uma melhor e mais avançada força bélica para usar contra alvos dentro das fronteiras russas, em vez de a usar apenas como defesa do seu próprio território. Esta mudança de paradigma trouxe logo uma resposta russa, com Vladimir Putin a voltar às ameaças, garantindo que iria atacar quem fosse o proprietário das armas e não apenas quem as usasse.
A 21 de novembro de 2024, a Rússia lança um míssil balístico "de alcance intermédio, capaz de transportar uma ogiva nuclear", o Oreshnik, "contra um alvo militar na cidade ucraniana de Dniepropetrovsk." Este ataque vem na "sequência das autorizações dos Estados Unidos e do Reino Unido para que as Forças Armadas ucranianas usem mísseis de longo alcance ATACMS e Storm Shadow, respectivamente, para atingir alvos militares dentro do território russo." O
governo russo acusou ainda a "nova base militar dos EUA na Polónia," a qual foi inaugurada no passado dia 13, como sendo "mais um passo extremamente provocador numa série de acções profundamente desestabilizadoras por parte dos norte-americanos e dos seus aliados da NATO”. Esta base de defesa antimísseis de Redzikowo, na Polónia, há muito que foi incluída na lista de alvos prioritários” da Federação Russa “para possível destruição”.
Fontes:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/tensao-entre-russia-e-ucrania.htm
Um atentado numa escola já é por si grave, mas o que faz aqui a diferença é, para mim, a idade do atirador. As crianças tinham ontem voltado às aulas, quando um menor de, apenas 12 anos, entrou na "escola de Viertola", na cidade finlandesa "de Vantaa, a norte da capital Helsínquia," onde estudam crianças e jovens com idades compreendidas entre os sete e os dezasseis anos de idade.
Do ataque resultou, para já, a morte de uma "criança de 12 anos, que frequentava o 6.º ano," e ferimentos graves em outras duas. Ao que se sabe, a "arma utilizada tem licença e pertence a um familiar do atirador." Além do atirador, que foi detido, espero que também o dono da arma seja chamado à razão. É que, de alguma forma, a arma estava acessível.
Já a 22 de fevereiro, num outro ataque, desta vez na Alemanha, um jovem de dezassete anos, feriu quatro estudantes - dois dos quais com gravidade - "num ataque à faca numa escola secundária na cidade alemã de Wuppertal. Este suspeito, que sofreria de problemas mentais, "terá também infligido ferimentos a si próprio e ficou igualmente ferido com gravidade."
Mas como é que se pode controlar a entrada de armas nas escolas? Com maior vigilância...
É uma tristeza que se tenham de começar a revistar crianças à porta das escolas...
***
Saindo aqui um pouco deste tema, sabiam que hoje se celebra o centenário da primeira viagem aérea entre Portugal e o Macau? Preferi hoje dividir este post em duas partes uma vez que considero que não se deve deixar passar esta data.
Sim, a viagem começou precisamente no dia 2 de abril de 1924. Passados apenas dois anos depois da travessia do Atlântico Sul (Lisboa-Rio de Janeiro) por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, os "aviadores José Manuel Sarmento de Beires (1892-1974) e António Jacinto da Silva Brito Pais (1884-1934), partiram de Vila Nova de Milfontes, na foz do rio Mira, para uma aventura inédita." A aventura não foi fácil e só conseguiram chegar aos "arredores da cidade chinesa de Cantão" no dia 23 de junho desse ano, depois de terem percorrido 16380 quilómetros com várias escalas e recorrendo a dois aviões, o "Pátria" e o "Pátria II."
Mas esta viagem acabou por estar ligada a uma época conturbada e pré-mudança política no país. Na época, o governo da I República já estava em queda e em breve emergiria um novo Regime.
"Durante a viagem Brito Pais e Sarmento de Beires demonstram a sua solidariedade com os aviadores que estão presos em Alverca. Sarmento de Beires, "combateu na I Guerra Mundial," e teve "uma carreira irrepreensível em termos militares." No entanto, Beires apresenta também um grande "interesse pela literatura e também pelas ideias políticas, e é isso que faz dele um opositor ao regime. Sempre se opôs ao golpe militar e ao salazarismo."
Sarmento Beires esteve envolvido em várias tentativas para derrubar a ditadura. Acabou mesmo por ser "preso em Lisboa em 1933 e condenado no ano seguinte a sete anos de desterro, com perda dos direitos cívicos durante dez anos," tendo sido também "demitido das Forças Armadas." Enquanto está no Aljube, o seu companheiro de viagem, Brito Pais, morre com 49 anos, "vítima de acidente aéreo em 1934."
Quando sai da prisão, Sarmento de Beires vai para o Brasil, onde fica durante alguns anos. É no Brasil que continua a sua "atividade de jornalista, escritor, tradutor e cronista. Em 1951 foi amnistiado e integrado na reserva com o posto de major, e em 1964 recebeu o título de Comendador da Ordem do Império."
Acho que estes dois aviadores não podem ser esquecidos. Passaram cem anos e pouco se falou disto. Ainda mais no ano em que se celebram os 50 anos da Revolução de abril.
Fontes:
https://pt.euronews.com/2024/04/02/finlandia-em-choque-com-crime-de-crianca-de-12-anos
Armas, sejam elas quais forem, são sempre um problema em escolas. Há diariamente um clima de instabilidade e de insegurança nas escolas que está a afetar alunos, funcionários e professores. Pelo mundo, os casos são vários...
Hoje falo aqui do caso de um homem com cerca de 30 anos, que saltou o gradeamento da Escola Secundária Ruy Luís Gomes, no Laranjeiro e entrou no recinto escolar, munido de uma faca. Ameaçou um funcionário que o abordou e provocou um corte ligeiro na mão de um aluno de 15 anos que o tentou conter. Entretanto, fugiu da escola mas acabou por ser detido, pelas 11h20m pelos polícias da Esquadra de Investigação Criminal de Almada, que recuperaram também a faca, que tinha sido deitada fora durante a fuga.
Segundo a PSP, o objetivo do homem quando entrou na escola era jogar à bola com os alunos. Ninguém no seu perfeito juízo entra numa escola para jogar à bola, armado com uma faca que rapidamente sacou para atacar. Esfaqueou um podia ter esfaqueado mais, o que nos leva a pensar como é que está a ser feita a segurança das nossas escolas. Este homem acabou acusado dos crimes de introdução em lugar vedado ao público, ameaças a funcionário e agressão com arma branca a um aluno e terá de comparecer na terça-feira no Tribunal de Almada, no distrito de Setúbal. Continua na minha cabeça que aquele homem entrou ali com um objetivo muito específico, com intenções de atacar alguém, mas que não conseguiu finalizar a sua intenção. Haverá algum tipo de relação familiar deste homem com algum dos alunos desta escola, ou foi uma escolha aleatória? Estou curiosa sobre esse facto, porque me parece muito estranho.
Numa outra escola, em Felgueiras, um aluno de 16 anos atacou um professor de 46, batendo-lhe com um ferro na cabeça. O ataque aconteceu na manhã desta segunda-feira, dentro de uma sala de aula da Escola Básica 2,3 de Lagares. A agressão terá acontecido depois de uma chamada de atenção do professor ao aluno, por este ter tido um comportamento “impróprio” com um colega. Alertado que seria alvo de um processo disciplinar, o aluno saiu da sala e regressou no final com um ferro, com o qual agrediu o professor. A vítima foi transportada para o hospital de Penafiel, já depois das 10h00. Uma patrulha da GNR foi chamada à escola e localizou e identificou o estudante, que frequenta o ensino especial. O tutor do jovem foi informado do caso, que foi remetido pela GNR ao Ministério Público.
Poderia aqui relatar vários casos, apenas deste ano, mas aproveito apenas para acrescentar ainda o caso de um aluno que devido a uma "brincadeira", foi severamente agredido e ficou com lesões graves. O rapaz de 13 anos, aluno na EB 2,3 de Alfena, em Valongo, foi agredido com violência por três colegas, acabando por ficar inconsciente. A agressão aconteceu na passada terça-feira, à hora do almoço, e o estudante agredido teve de ser transportado para o Hospital de S. João, no Porto. Aqui o que salta logo à vista é que a reação à suposta "brincadeira", não foi de um, mas de três.
Não sabemos o que se passou em concreto, mas logo à partida há aqui uma óbvia desvantagem. Outro fator é a falta de funcionários que consigam por fim a estas situações rapidamente. Quem conhece a realidade das escolas, sabe bem do que estou a falar. Há formação, mas ainda falta muita preparação para lidar com estas situações. E o pior é que muitas vezes, os agressores estão identificados por casos menos graves, mas espera-se que algo corra muito mal para colocá-los fora da escola. Terá sido o primeiro ataque destes alunos? Fica aqui a minha questão.
De acordo com o pai, Ricardo Sousa, o rapaz sofreu ferimentos sobretudo na zona da cabeça. "Tem a boca rebentada por dentro, partiram-lhe um dente e abalaram mais três. Fizeram-lhe uma TAC e detetaram uma lesão no cérebro. Ainda vai fazer mais exames para ver como evolui", referiu o encarregado de educação, que apresentou queixa na GNR.
Tudo terá começado na cantina da escola, quando os alunos se preparavam para almoçar. O pai, conta como tudo se terá passado, de acordo com a versão do filho e de outros colegas que assistiram: "Foi uma brincadeira, em que supostamente o meu filho tirou o chapéu da cabeça de um amigo. Mas nada justifica tamanha violência; o miúdo foi brutalmente agredido" por colegas de "13, 14 e 15 anos", afirma Ricardo Sousa, referindo que o rapaz, que frequenta o 7.º ano, "levou chutos ou murros na cabeça e ficou inconsciente". Na sequência das agressões, o educando "nem sequer consegue comer ou falar", lamenta. Ricardo Sousa denunciou nas redes sociais as agressões de que o filho foi alvo, com o objetivo de lançar um alerta para situações análogas. "Quero alertar os outros pais, porque podia ser o filho de qualquer pessoa, e podia-se ter matado uma criança", diz, adiantando que foi informado que "os alunos foram suspensos" e que a escola "está a fazer averiguações internas". Nestes casos, mesmo que os danos não sejam tão graves como o deste aluno, os pais têm um papel preponderante, para que se acabe com estas situações. O problema aqui é mesmo manter a calma e não lhes dar um tratamento igual.
Mas hoje as notícias referentes à violência e a ataques em escolas não se centram apenas em Portugal. No Afeganistão, país onde domina o regime Talibã, oitenta raparigas foram envenenadas em ataques a duas escolas. Até agora, não está claro quem é o culpado, quais são suas motivações, nem o possível tipo de veneno usado contra as crianças.
Fontes:
https://clubefmradio.com/noticia/1393484/professor-agredido-na-cabeca-por-aluno-em-escola
https://veja.abril.com.br/mundo/pelo-menos-80-meninas-foram-envenenadas-em-escolas-no-afeganistao
Segundo diversas agências noticiosas, ocorreu esta manhã um tiroteio numa escola em Belgrado, na Sérvia. Este tiroteio, fez pelo menos nove mortes, incluindo oito crianças e um segurança da mesma escola, bem como vários feridos (até agora serão seis alunos e um professor). O suspeito, um estudante do sétimo ano do ensino básico, terá começado por atirar contra o professor, usando a arma do pai, que trouxe para a sala de aula. O aluno terá sido já detido pelas autoridades.
Tiroteios em massa na Sérvia são extremamente raros. Especialistas, no entanto, alertaram repetidamente sobre o número de armas que permaneceram no país após as guerras da década de 1990.
A polícia isolou os quarteirões em redor da escola Vladislav Ribnikar, que se localiza no centro de Belgrado.
Fontes:
Setúbal, perto do Bairro da Bela Vista, o bairro Azul, acorda com tiros de caçadeira. Cedo, aproveitando as primeiras horas da manhã, um homem regava a sua horta, enquanto dois amigos esperavam a chegada de uns pombos. Os cães do atirador estariam a ladrar, entusiasmados com as movimentações que por ali se faziam sentir, talvez. O que se terá passado, as palavras proferidas, só eles terão sabido, o atirador matou os dois colombófilos e ainda o homem que regava a horta ali perto. Depois, disparou uma última vez e terminou com a sua própria vida. Em pouco tempo, se perderam quatro vidas e porquê? Por pombos? Pelo barulho do ladrar de uns cães?
Sem acesso a armas, teria a discussão ficado em palavras, talvez uns empurrões e umas ofensas verbais. Quatro mortos, não seriam de certeza. Valentes as pessoas que acorreram a ajudar e que nem se aperceberam na altura que também podiam ter sido vítimas deste homem, ainda de arma em punho e aparentemente, já sem nada a perder.
Segundo o site Notícias ao Minuto, "as autoridades depararam-se com quatro corpos e uma arma, que foi, entretanto, apreendida."
Mais tarde, já com algumas informações adicionais, esclareceu-se que a idade do atirador, Cesário, seria de 65 anos, e embora inicialmente se desconhecessem os motivos, dava-se a conhecer para as câmaras que já haveria divergências entre os homens por causa dos terrenos e da criação dos animais e que Cesário, já tinha ameaçado os vizinhos. Embora outros dissessem para as câmaras que ele era um homem pacato, que já tinha trabalhado numa escola e que morava ali numas barracas, as opiniões começavam a divergir conforme se iam sabendo mais informações.
Crimes cometidos sem que percebamos os motivos são muitos pelo mundo fora, mas basta-nos olhar para as notícias do nosso país e vamos perceber que o uso de armas para defender terrenos e para defender a "honra" ainda é muito comum. Infelizmente, ainda é hábito empunhar-se uma caçadeira, levando-a para uma discussão!
Fontes:
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/desentendimentos-antigos-na-origem-das-quatro-mortes-em-setubal
Hoje ocorreu um ataque com arma branca, no centro Ismaelita de Lisboa. Duas funcionárias deste centro acabaram por perder a vida, tendo havido ainda vários feridos, inclusivé o própria agressor que acabaou por ser baleado pela Polícia de Segurança Pública. Ferido nas pernas, foi detido e levado para o Hospital de S. José.
O líder desta comunidade confirmou que o agressor é afegão, mas os motivos do ataque não são ainda conhecidos. A resposta da PSP foi bastante rápida mas mesmo assim não o suficiente para impedir as duas mortes.
Os ismaelitas são uma minoria muçulmana xiita e a única comunidade muçulmana liderada por um Imã vivo, que se pensa ter descendência direta do profeta Maomé, o príncipe Karim Aga Khan. Em todo o mundo, a comunidade ismaelita conta com, aproximadamente, 15 milhões de pessoas, dos quais cerca de 8 mil estão em Portugal.
O centro Ismaelita de Lisboa celebrou 26 anos e caracteriza-se não só por ser um espaço de oração para a comunidade, mas também, por ser ponto de encontro entre pessoas de diversos contextos sociais e culturais. Um dos objetivos deste centro é o de promover a criação de pontes entre várias comunidades, mas também de seu um lugar de partilha de conhecimento e desenvolvimento inteletual. Associada a este Centro, está a Fundação Aga Khan em Portugal, fundada pelo princípe Karim, desempenha funções de investigação e de intervenção em áreas como a educação, exclusão social e pobreza urbana no nosso país e em países africanos de Língua oficial portuguesa, sendo por isso bastante reconhecida.
Fontes:
https://sicnoticias.pt/especiais/ataque-no-centro-ismaili/2023-03-28-Quem-sao-os-ismaelitas-e-quais-as-origens-do-centro-em-Lisboa--b09787b3
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