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Prejudicados mais uma vez

por Elsa Filipe, em 30.03.23

Segundo algumas notícias, os preços dos medicamentos deverão subir a partir de abril e podem ficar até 5,6% mais caros. O Governo diz que a medida é para combater a rutura de medicamentos nas farmácias.

Ao que parece, “os medicamentos com PVP até 10 euros têm o preço atualizado em 5% e aqueles com preços entre 10 e 15 euros serão atualizados em 2%”.

Os mais caros, segundo o ministro, podem até baixar de preço, em compararção com outros países.

Para mim esta medida não tem lógica nenhuma, na conjuntura económica e social em que vivemos. Eu levei agora um aumento na renda de casa e, devido aos meus problemas de saúde, tenho de tomar vários medicamentos. Além disso, tomo suplementos que não são comparticipados e dos quais necessito, como por exemplo o magnésio, que cada vez são mais caros. Alguns medicamentos, estão a ser difíceis de encontrar nas farmácias e por isso ás vezes sou obrigada a aceitar a troca por mais caros, em vez daqueles de valor mais baixo. 

Prejjudica-nos a todos estas medidas. Quem não pode comprar, deixa de tomar a medicação? Que apoios estão pensados para estas pessoas? Já nem falo de mim porque trabalho e consigo (com dificuldade e muita gestão de cada cêntimo) comprar o que vou precisando - optando pelos mais urgentes e muitas vezes até diminuindo as dosagens para que chegue para mais tempo!

Esta regulação prejudica quem menos tem, tantas vezes com baixas reformas, com doenças crónicas e prolongadas com as quais já têm de lidar diariamente, sendo uma vez mais lesados.

 

Fontes:

https://www.rtp.pt/noticias/pais/medicamentos-mais-caros-a-partir-de-1-de-abril_v1476593 

https://expresso.pt/sociedade/2023-01-18-Medicamentos-mais-caros-para-travar-ruturas-0c48a989

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publicado às 11:55


2 comentários

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De Manuel da Rocha a 30.03.2023 às 14:43

A industria farmacêutica viu as empresas de retalho (super e hiper mercados) passar para 2 lugar, nas mais lucrativas. Já tinham decretado guerra, ao governo, com aumentos, mínimos, de 600%, nos genéricos. Além disso, vemos empresas portuguesas a comprar 99% dos medicamentos, para o mercado português e vender, para os PALOP e Europa, com lucros acima de 10000%. Em troca os laboratórios continuam a ganhar milhares de milhões à boleia dos preços dos "de marca". Sem maneira de lutar com esta conjugação de interesses, o governo apresentou tabelas superiores ao que queria pagar mas, sem ficar, sequer, próximo, dos mínimos que as empresas de farmácia exigiam. Contra grandes interesses pouco pode ser feito e pagar mais 19000 milhões de euros, anualmente, é impossível.
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De s o s a 30.03.2023 às 21:04

só diz uma coisa "util" : que apoios existem ou se exige existirem para os carenciados, que nao suportam compra de medicamentos ?
Por que o mais é mercado ( a funcionar).
(percebeu portanto que sou sensível á questao que nos afeta )

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