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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Cerca de dois meses depois do início da guerra no Sudão estima-se que mais de 1,65 milhões de pessoas tenham fugido para zonas mais seguras no interior do Sudão ou atravessado as suas fronteiras para os países vizinhos. O Egito tem sido um dos destinos. Outras permanecem encurraladas nas suas casas, incapazes de escapar, à medida que as reservas de alimentos e de água diminuem. Os confrontos também perturbaram o trabalho dos grupos humanitários.
Mais de 13,6 milhões de crianças necessitam urgentemente de ajuda. A ONU, insta os países vizinhos a manterem as suas fronteiras abertas para os que fogem da violência e instou todos os Estados a permitirem aos civis que fogem do Sudão acesso não discriminatório aos seus territórios e a suspenderem retornos forçados ao Sudão, inclusive de pessoas que já tiveram pedidos de asilo rejeitados.
A ONU tem vindo ainda a alertar para o agravamento da subnutrição no Sudão, especialmente em zonas como o Darfur Ocidental, Cordofão Ocidental, Nilo Azul, Mar Vermelho e Darfur do Norte. É no Darfur, região ocidental do Sudão, que a situação é considerada mais dramática, sobretudo porque que já tinha sido martirizada por anteriores conflitos e onde foram já foram pilhados vários comboios de ajuda humanitária.
Num orfanato localizado no Sudão, cerca de 60 crianças perderam a vida, a maioria por falta de comida e com febre. Só no fim de semana passado 26 perderam a vida, ao mesmo tempo que continuam os combates no exterior.
Num vídeo, onde se vêem corpos enrolados em panos brancos, os trabalhadores do orfanato, apelaram a uma deslocação rápida para fora da capital, por causa da guerra.
A dimensão do sofrimento das crianças foi revelada através de entrevistas com mais de 12 médicos, voluntários, funcionários do setor da saúde e trabalhadores do orfanato Al-Mayqoma. A agência de notícias britânica Associated Press também analisou dezenas de documentos, imagens e vídeos que mostram a deterioração das condições nas instalações.
De acordo com as certidões de óbito, entre os mortos encontram-se bebés com apenas 3 meses, situação que gerou alarme e indignação nas redes sociais. Uma instituição de caridade local conseguiu entregar alimentos, medicamentos e leite em pó para bebés ao orfanato no domingo, com a ajuda da agência das Nações Unidas para a infância, a Unicef, e do Comité Internacional da Cruz Vermelha.
Fontes:
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