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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Comecei a escrever sobre alguns dos vários casos de crianças desaparecidas, a propósito do dia Internacional da Criança Desaparecida que se assinalou a 25 de maio. Muitos casos ainda hoje são mediatizados, mas outros que não foram tão expostos, também continuam à espera de ser resolvido.
A maioria seria ou será agora uma pessoa adulta - de quem ninguém sabe até hoje. Foram um dia meninos e meninas, hoje são apenas rostos em fotografias amarelecidas pelo tempo, rasgos em corações que ainda sofrem na incereteza de um luto que fazem todos os dias mas que nunca têm a certeza de estar a fechar. Porque os lutos servem para desconstruir a dor, para a expressar, para se ser livre de a sentir, mas para os pais de filhos desaparecidos não.
Hoje venho falar de outro caso muito antigo, mas que ainda consta nos arquivos.
Hélder Alexandre Ferro Pagarim Cavaco
Hélder Cavaco nasceu em julho de 1973, em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal. Desapareceu em janeiro de 1990, com 16 anos, na zona da praia de São Torpes, em Sines, onde praticava surf.
De acordo com a descrição disponível no site da Polícia Judiciária, Hélder media 1,76 metros, tinha cabelo e olhos castanhos, e uma cicatriz sob o olho direito. Quando foi visto pela última vez, vestia calças e blusão de ganga azul e usava uma mochila da mesma cor com riscas amarelas e vermelhas.
Até hoje o caso não foi resolvido. Como é que se fecha um ciclo? Tem de haver um encerramento, nem que seja simbólico. Mas sem dados, sem corpo, sem respostas, como se pode encerrar, sem magoar nem desrespeitar os envolvidos que sofrem na sua perda?
Fontes:
https://www.jn.pt/nacional/vidas-roubadas-em-portugal-as-criancas-que-nunca-mais-ninguem-viu-10924324.html
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