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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Será que se consegue parar um país? Parece que sim, pelo menos em parte. E de certeza que se consegue, se isto continuar como está, levar muita gente ao desespero. O dia hoje foi complicado aqui na zona, mas houve de certo zonas do país e diversos setores que praticamente pararam!
A greve, convocada por tempo indeterminado, vem do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), estrutura independente da CGTP e da UGT. Esta greve de motoristas requer direitos e formação dos profissionais que abastecem o nosso país, os quais vêm reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, uma vez que a profissão obriga a formação ao nível da condução em condições de risco e do manuseamento de matérias perigosas. Até agora estes profissionais são equiparados a motoristas de pesados, o que faz com que também a revisão dos salários esteja em causa.
Anssim, o país sofre há três dias com bombas de combustível na reserva, sem previsão de abastecimento porque os motoristas de pesados que deviam fazer essas entregas não o estão a fazer. A greve dos motoristas de matérias perigosas continua "por tempo indeterminado" e os postos de combustível estão a ficar secos, sem notícias de reabastecimento. Ontem, eram quase 1240 os postos sem combustível de norte a sul do país.
Os serviços mínimos decretados no âmbito da greve garantem o abastecimento normal de combustíveis a hospitais, bases aéreas, bombeiros, portos e aeroportos. Esta madrugada, foram abastecidos os aeroportos de Lisboa e de Faro. A ANA - Aeroportos avançou também que pelo menos 31 aviões saíram dos aeroportos portugueses, realizando "escalas técnicas" para se abastecerem em aeródromos espanhóis.
A Brisa disponibilizou-se para transmitir quais os postos com combustível nas autoestradas. A empresa, além disso, mantém o serviço de assistência em estrada. Com o abastecimento de alguns postos durante o dia de hoje, acumularam-se longas filas de automobilistas, provocando situações de caos em algumas zonas do país.
Os efeitos da greve já se estendem aos serviços de transporte, com várias empresas a suprimir carreiras a partir de hoje. É o caso da maior transportadora rodoviária de passageiros, a Rede Expressos, do Grupo Barraqueiro.
A Barraqueiro Transportes, que integra as empresas Ribatejana Verde, Barraqueiro Oeste, Mafrense e Boa Viagem, irá reduzir até 50% as carreiras locais, urbanas e interurbanas do serviço público, garantido apenas as inter-regionais para Lisboa. Também a Rodoviária do Tejo vai suprimir a partir de hoje algumas carreiras fora das horas de maior procura, para tentar assegurar combustível para o transporte escolar na próxima semana, indicaram fontes da empresa.
A TST, uma das empresas de autocarros da Margem Sul do Tejo, deixou o aviso de que "os serviços irão sendo progressivamente reduzidos ou suprimidos, à medida que as reservas de combustível da empresa se forem esgotando". Sem transportes públicos disponíveis para irem trabalhar e sem forma de abastecerem os automóveis, muitas pessoas desesperam sem saber o que fazer. Nem de taxi se conseguem deslocar, porque também estes estão a ser afetados. A Federação Portuguesa do Táxi anunciou até que vai propor ao governo que os motoristas possam aceder aos depósitos das empresas de transporte como a Carris, em Lisboa, e a STCP, no Porto.
O dia ficou ainda marcado pelas primeiras ruturas na venda de gás engarrafado, registadas pela Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC). Através de um despacho assinado no final do dia, pelos ministros da Administração Interna e do Ambiente e da Transição Energética, o governo anunciou a criação de uma rede com 310 postos prioritários de combustível.
Fontes:
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/18-abr-2019/ao-terceiro-dia-falta-de-combustiveis-continua-a-agitar-o-pais-10809827.html
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