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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Entre janeiro e junho desde ano, pelo menos 1146 pessoas morreram afogadas no Mar Mediterrâneo, enquanto faziam a travessia rumo à Europa. Este levantamento mostra a situação atual em algumas das rotas marítimas mais perigosas do mundo, tendo-se ainda registado uma subida de 58% no primeiro semestre deste ano, no total de migrantes que tentaram chegar à Europa pelo mar.
O diretor-geral da agência pede aos países que “tomem, com urgência, medidas para proteger os migrantes e reduzir o número de fatalidades." Este aumento das mortes poderá estar relacionado com operações insuficientes de busca e regaste, tanto no Mediterrâneo quanto na rota do Atlântico para as Ilhas Canárias. Apesar dos dados disponíveis serem já aterradores, várias ONGs reportaram casos de “naufrágios invisíveis”, que são situações “extremamente difíceis de serem confirmadas”, mas que indicam que o total de mortes no Mediterrâneo pode ser muito maior.
Segundoa alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, “todos os anos, as pessoas se afogam porque a ajuda chega tarde demais ou nunca chega.”
Ela contou que os resgatados são forçados a esperar dias ou semanas para desembarca com segurança, mas muitas vezes são retornados à Líbia, onde não estão seguros, por causa da violência.
De acordo com o relatório, as falhas são “uma consequência de decisões políticas e práticas concretas” de autoridades líbias, dos Estados-membros da União Europeia e de atores para criar um ambiente que põe a dignidade e os direitos humanos. Enquanto que os países da União Europeia reduziram significativamente as suas operações de busca e salvamento, ao mesmo tempo, ONG's humanitárias foram impedidas de resgatar os migrantes.
O caso da Líbia é chocante. Em 2020, pelo menos 10.352 migrantes foram interceptados pela Guarda Costeira da Líbia no mar e reconduzidos ao país, em comparação com 8.403 em 2019. Entre janeiro e maio deste ano, foram menos 632 mortes que em igual período do ano passado. Com a pandemia, alguns migrantes resgatados tiveram que fazer a quarentena a bordo dos navios. Ao serem libertados, depararam-se com falta de condições de recepção e com o risco de detenção prolongada.
Fontes:
https://news.un.org/pt/story/2021/07/1756692
https://news.un.org/pt/story/2021/05/1751832
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