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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Em tempo de verão, é muito frequente ouvirmos falar nos noticiários sobre a presença de meios aéreos no combate às chamas. Noutras ocasiões, ouvimos também falar nos meios do INEM, no socorro e transporte de vítimas graves. No incêndio que ocorreu à dias na Madeira, os meios aéreos foram fundamentais e, infelizmente, na última sexta-feira, a queda de um helicóptero da UEPS, levou à morte de cinco dos seis ocupantes e deixou o país de luto. Sobre este acidente, já foram entretanto "divulgadas as primeiras imagens do momento do acidente aéreo", gravadas a partir das câmaras de segurança de uma unidade hoteleira localizada perto do local, e onde se pode "ver o helicóptero de combate a fogos a cair a pique nas águas do Douro, na zona de Cambres, em Lamego" bem como o aparecimento à tona do piloto e de alguns destroços.
Não se esperava, coincidência ou não, que hoje ocorresse um novo acidente aéreo, desta vez com um dos helicópteros do INEM, que se deslocava para "Mondim de Basto para socorrer uma vítima." Felizmente, os danos são apenas materiais e os seus quatro ocupantes ("um piloto, co-piloto, médico e enfermeira"), estão livres de perigo.
Aquilo que se sabe, neste caso, esta "equipa de emergência ia buscar um ferido de um acidente de trabalho," mas durante a aterragem na localidade de Pedreira, em Mondim de Basto, "o piloto perdeu a visibilidade por causa do pó e acabou por tombar lateralmente".
Trata-se de uma aeronave - AW139 - que "está sediada em Macedo de Cavaleiros". Sobre os meios do INEM disponíveis, em junho, saía a notícia de cerca de "12 milhões para manter aeronaves de emergência médica ao serviço" gastos pelo INEM. Depois do contrato chegar ao fim, a empresa "Avincis" volta a vencer "um concurso por cinco anos" e assina um contrato por "ajuste directo," para "continuar a transportar doentes urgentes, embora de forma deficitária durante a noite." Assim, ficaram disponíveis
"duas aeronaves de médio porte, sediadas em Macedo de Cavaleiros e Loulé, disponíveis 24 horas por dia, e outras duas ligeiras, estacionadas em Viseu e Évora, que voarão 12 horas diárias, durante o período diurno." A realidade é que só houve mais duas candidaturas... "mas ambas com valores significativamente superiores ao preço-base do concurso, que se situava nos 54 milhões de euros."
Apesar da empresa de aviação ter informado que não conseguia "manter as quatro aeronaves a operar em contínuo," o INEM acabou por aceitar "prescindir de duas das aeronaves durante o período nocturno sem reduzir o valor pago, o que significa que a Avincis (que já se chamou Babcock) ficou a ganhar, sem qualquer justificação, mais 1,5 milhões de euros." E sabe-se que estas cedências, podem não ter ficado por aqui...
Num e noutro caso, quem faz a manutenção destas aeronaves? E quem as inspeciona?
Fontes:
https://www.rtp.pt/noticias/pais/acidente-envolveu-helicoptero-do-inem_v1597157
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