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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Há uns dias, a comunicação social relatou a notícia de um recém-nascido encontrado por um homem num ecoponto, em Lisboa. A história do pequeno bebé, fez-me pensar em quem seria capaz de tal acto. Mas a verdade é que isto é tudo muito complicado e não sou ninguém para julgar esta mãe.
Fonte envolvida na investigação da PJ explicou ao DN que "em causa podem estar os crimes de infanticídio, caso se venha a confirmar que a mãe quis matar o filho durante ou logo após o parto, em estado de perturbação (artigo 136 do Código Penal), de homicídio de forma tentada ou de abandono. Só depois da conclusão da investigação ficará clarificado".
Segundo um comunicado da Polícia Judiciária (PJ), através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, esta "identificou, localizou e deteve", na madrugada desta sexta-feira, em Lisboa, "uma mulher, de 22 anos de idade, por fortes indícios da prática de homicídio qualificado, na forma tentada, vitimando uma criança do sexo masculino, recém-nascido, seu filho". A medida aplicada foi depois a prisão preventiva para a mulher, que irá ser encaminhada para o Estabelecimento Prisional de Tires.
A mãe, vivia na rua junto à estação ferroviária de Santa Apolónia com um companheiro que não será pai do bebé e que diz nem se ter apercebido da gravidez. No momento da detenção, a mulher "não apresentava sinais de consumo de droga, estava completamente consciente" e não ofereceu resistência.
Neste caso, o que poderia ter corrido muito mal, acabou por correr bem e o pequeno foi encontrado a tempo por um homem que passava por ali. Manuel, um sem-abrigo, foi alertado por sons vindos do eco-ponto e podia ter virado as costas, ignorado, mas não o fez. A surpresa foi imensa quando descobriu que ali havia um bebé!
Depois de dado o alerta, Luís Pedro Nunes, um técnico de emergência pré-hospitalar, chegou ao local. O bebé ainhda corria perigo por apresentar "uma hemorragia ativa no cordão umbilical, hipotermia grave e dificuldades respiratórias”, disse o TEPH, em entrevista ao DN.
Mais tarde, foi ao Hospital D. Estefânia para saber como estava o recém-nascido: "As enfermeiras no hospital perguntaram-me que nome lhe queria dar”, contou ao “DN”. “Tenho uma filha, gostava de ter um filho mas se calhar não vou conseguir e, se tivesse, seria Salvador."
O bebé apesar de tudo está clinicamente bem e terá alta em breve da Maternidade Alfredo da Costa, onde está internado. De acordo com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), o recém-nascido não deverá ser entregue a nenhuma instituição. Poderá ficar numa família de acolhimento e possivelmente será encaminhado para adoção. Outra possibilidade é se aparecerem familiares que comprovadamente tenham condições e interesse em ficar com o menino.
Fontes:
https://expresso.pt/sociedade/2019-11-08-Bebe-abandonado-em-ecoponto-vai-para-familia-de-acolhimento
https://www.dn.pt/pais/bebe-recem-nascido-encontrado-em-caixote-do-lixo-em-lisboa-11483325.html
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