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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Neste caso, com a vida dos outros.
Se não houve, alguém, uma cabeça com um mínimo de inteligência que olhasse para o arraial ali montado e visse que algo não estava bem?
Hoje, acordei um pouco agressiva, talvez, mas seja aqui ou na Macedónia do Norte, há coisas que eu só posso chamar de homicídio (intensional ou por negligência, se irá saber) e, se acaso não foi intenção, então só o posso colocar na categoria da ignorância. Para mim, só é negligente quem não sabe o que está a fazer ou as suas consequências. Usar fogo dentro de um espaço fechado, onde existem diversos materiais inflamáveis, iria correr bem, só no pensamento de alguns.
O número provisório do incêndio que terá "sido causado pela utilização de dispositivos pirotécnicos no interior da discoteca,"é de 51 mortos e mais de 100 feridos. Nas imagens, é percetível o uso de fogo de artifício dentro do estabelecimento noturno. Parece fazer parte da atuação, mas as faíscas, porventura maiores que o desejado, atingem o teto que muito rapidamente se incendeia. Culpam os jovens que assistiam à atuação da banda, mas não é ignífugo aquele material, e não foi fogo de artifício lançado para o telhado que incendiou o espaço. Há muito ainda a explicar.
Com também houve (ou ainda há) a explicar em ouros casos de que logo me lembrei ao ver esta notícia. De origens diferentes, o fogo e o pânico mataram quem se divertia naqueles fatídicos locais. Que sirvam de alerta para uma atitude mais preventida e de maior fiscalização dos espaços, o da discoteca Luanda, em Alcântara (em 2000), o de Amarante (em 1997) e o de uma discoteca que ardeu no Brasil (em 2013).
Num espaço que poderia ter 360 pessoas, estavam cerca de mil. Tantas quantas as que sentindo os efeitos do gás pimenta, tentaram sair para a rua. Em vez de saídas de emergência, encontraram portas fechadas a cadeado e grades. Na discoteca, de nome "Luanda", com clientes na sua maioria africanos, morreram 7 pessoas.
Em 1997, a discoteca "Mea Culpa" é incendiada em Amarante. "Três homens armados," atearam fogo ao estabelecimento, depois de o regarem com gasolina e trancar lá dentro clientes e empregados. Morreram 13 pessoas. José Queirós, autor moral, é considerado culpado e condenado à pena de 25 anos de prisão, mas sempre recusou a culpa pelo desfecho trágico.
A 27 de janeiro de 2013, uma tragédia semelhante "foi provocada por um engenho pirotécnico usado por uma banda, os Gurizada," que atuavam numa discoteca , no Brasil. Os primeiros a tentar sair, viram a sua intenção rogada pelos seguranças e pelas portas fechadas. Muitos, em pânico tentaram esconder-se nas casas de banho, onde morreram asfixiados. Outros foram esmagados no meio do desespero. "Quando os bombeiros chegaram, tiveram de abrir um buraco na parede para tentar retirar mais jovens da discoteca." Além dos muitos feridos, alguns dos quais em estdo grave, revgistaram-se 231 mortos.
Fontes:
https://www.jn.pt/7584010460/incendio-em-discoteca-faz-51-mortos-na-macedonia-do-norte/
https://www.publico.pt/2000/04/18/jornal/tragedia-ainda-sem-explicacao-142792
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