
Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Ainda estou a aguardar um diagnóstico definitivo, ou seja, uma declaração por escrito que indique preto no branco que sou portadora. Mas a Fibromialgia já me acompanha há alguns anos, mesmo sem eu saber.
Segundo alguns médicos, é uma doença difícil de diagnosticar e outros acham que ela não existe. Posso-vos dizer: sim, existe. E é uma condição que nos debilita e com a qual é muito difícil de lidar!
Segundo um artigo do Drº João da Fonseca, do Serviço de Reumatologia e Doenças Ósseas Metabólicas, do Hospital de Santa Maria, alguns casos surgem no contexto de dor crónica prévia (um traumatismo, um problema ortopédico ou uma doença reumática crónica, como por exemplo a artrite reumatóide).
A fibromialgia resulta de um processo crónico de generalização e amplificação dolorosa e é considerada atualmente como uma perturbação de integração da dor a nível central (córtex cerebral). Há uma amplificação do sinal nociceptivo com uma diminuição do limiar da dor.
Segundo este mesmo especialista, a intervenção terapêutica é difícil, mas é fundamental a perceção correta por parte do doente do seu diagnóstico e em que consiste a fibromialgia. Nesta mesma linha a intervenção psicológica cognitivo-comportamental é um reforço importante na evolução positiva do quadro clínico. Outros aspetos críticos são a correção dos problemas de sono e/ou de um estado depressivo e o exercício físico regular.
Falando no aspeto terapêutico, no meu caso foi difícil de acertar com as doses certas e com os fármacos correto. Ao início andava ora cheia de dores, ora quase drogada, sem me conseguir levantar nem ter uma vida normal e produtiva. Só na Unidade da dor do Hospital Garcia de Orta, a médica conseguiu perceber quais eram as minhas limitações.
Segundo o Drº João da Fonseca, relaxantes musculares, com destaque para a ciclobenzaprina, podem oferecer algum controlo da dor e benefício no padrão de sono. os antiepiléticos como a pregabalina e a gabapentina podem ser usados com o mesmo objetivo. O tratamento de episódios de agravamento da dor deve ser iniciado com paracetamol ou com a associação paracetamol-tramadol. O uso de antidepressivos deve ser considerado numa perspetiva de interferência com os sintomas dolorosos e/ou, se justificado, para o tratamento de uma depressão concomitante.
Fontes:
https://www.medicina.ulisboa.pt/hoje-e-dia-mundial-da-fibromialgia
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.