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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Michel Barnier, foi este o nome escolhido por Emmanuel Macron para primeiro ministro.
A França foi a eleições legislativas no passado mês de julho, das quais a coligação formada pela esquerda conseguiu, depois de duas rondas, conquistar "o maior número de lugares" no parlamento francês - mas sem maioria absoluta, o que deixa o país num impasse. A extrema-direita, apesar de derrotada não perdeu força - pelo contrário - e mostra-se em recuperação, não apenas em França, mas em muitos outros países europeus.
Na realidade, estas eleições antecipadas tinham lançado o partido do presidente Macron (coligação centrista Ensemble) para o segundo lugar. Com estes resultados, a França ficou como que "paralisada", uma vez que o país nunca "nunca conheceu um parlamento sem partido dominante." Temos de ver que, em França, o sistema eleitoral é um pouco diferente do nosso, e que logo depois das legislativas o primeiro ministro, Gabriel Attal, demitiu-se, deixando o país numa situação ainda mais complicada.
Neste caso, a opinião de muitos seria de que a culpa desta instabilidade era do próprio Macron - no poder desde 2017 - e das suas políticas. Num artigo do Público muito interessante e que aconselho à leitura, Gabriel Santo (advogado e cronista) diz que a Assembleia Nacional, acabou por ser "relegada para o papel de mera câmara de registo, limitando-se a aprovar textos elaborados à porta fechada por tecnocratas ministeriais sob a tutela do Palácio do Eliseu, muitas vezes em detrimento das liberdades públicas." E isto é algo que, numa democracia não deveria acontecer, especialmente pela importância que esta Assembleia tem tido ao longo dos anos.
A opinião de muitos, era de que "Macron poderia procurar um acordo com a esquerda moderada para criar um governo conjunto", mas isso é algo a que a França não está habituada e que não se veria acontecer: a decisão acabou por ser tomada agora, quase dois meses depois e penso que esteja longe de agradar a todos, uma vez que não foi aos primeiros, mas sim à "quarta força política," que Macron foi buscar o nome para primeiro ministro: Michel Barnier. Algo que não deixa de ser muito estranho. Vamos ver o que aí vem...
"Barnier será o primeiro-ministro mais velho da Quinta República," e foi também o "negociador da União Europeia para o Brexit," o que lhe poderá dar mais competências e alguma experiência em lidar com documentos e dossiers mais complexos.
Fontes:
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/quem-e-michel-barnier-o-novo-primeiro-ministro-de-franca_a1597842
https://www.publico.pt/2024/07/12/p3/cronica/democracia-agonia-aviso-frances-portugal-ouvir-2097235
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