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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Fechamos 2024 e abrimos 2025! A Terra completou mais uma volta ao Sol, um instante na vida do Universo.
Gostava de começar o ano com grandes novidades ou com boas notícias. Sim, comigo está tudo bem e, com a minha família também. Se compararmos o ano de 2024 que agora termina com o de algumas pessoas pelo mundo fora, somos uns sortudos! Este ano, o que mais desejei na passagem de ano foi saúde e criatividade. Pois é delas que eu mais preciso para trabalhar e, claro, sem trabalho, nenhum dos meus objetivos para este ano se poderá realizar.
Mas o mundo está longe de ser a minha bolha, segura e pacífica, sentada de pijama a aproveitar o sol que entra pela janela e a beber o primeiro café do dia. Estou aqui a pensar o que é que vou tirar do congelador para fazer para o almoço... quantos por aí têm essa sorte?
Lá fora, longe daqui, o mesmo sol que me ilumina entra pelos buracos onde antes havia paredes de um hospital. Em Gaza, o sol não aquece o suficiente para salvar um dos muitos bebés que ali naquele espaço destruído, dá o último suspiro. A morte chega prematura, de frio.
Nas minhas mãos, quentinhas pelo café que fumega, não há gretas de frio. Tenho um teto, dinheiro suficiente para comer, posso decidir o que vou fazer hoje e amanhã, se tudo correr bem, levantar-me-ei cedo e irei trabalhar. Começo o dia a pensar que tenho de continuar, de ir em frente, de direcionar as minha energias para o que é mais certo e seguro. Como disse ontem o meu filho, este "é o ano dos teus quarenta e dois" (embora ainda faltem nove meses...).
De ontem para hoje, afinal, passaram apenas algumas horas e, apesar dos fogos de artifício, da música, dos sorrisos, o mundo continua igual. Nada mudou desde o ano passado, apenas a data no calendário que nos próximos dias provalvelmente terei de corrigir várias vezes.
Não descuidemos aqueles que nos rodeiam, mas não esqueçamos aqueles que vivem longe e que sofrem. Se não pudermos fazer mais nada, pelo menos reflitamos e eduquemos para que amanhã novos cidadãos possam tomar melhores decisões. Quem sabe, à nossa frente possa estar aquele que um dia vai mudar o mundo?
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