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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
... mas não passou de uma fantochada!
Não foram eleições nem livres, nem justas, mas isso não nos espanta, sabendo nós a forma como as coisas são feitas do lado russo e quais são os objetivos "escondidos" de tal regime.
Putin foi a eleições com três concorrentes: "o representante do partido Novo Povo Vladislav Davankov, o comunista Nikolai Kharitonov e o ultranacionalista Leonid Slutski." Segundo algumas sondagens, que pouco valor terão na atual conjuntura, o "representante do partido Novo Povo, Vladislav Davankov, e o comunista Nikolai Kharitonov reúnem 6% das intenções de voto. Já o ultranacionalista Leonid Slutski poderá ter cerca de 5% dos votos." Aqueles que se atreveram a pôr em questão a guerra, foram desde logo afastados. "A oposição ao Kremlin não pôde concorrer às eleições, uma vez que a comissão eleitoral não registou os seus candidatos por várias razões técnicas ou questões formais, devido ao seu apoio à paz na Ucrânia."
Mas a ida às urnas decorreu num clima de repressão e sem liberdade, embora com algumas ações de protesto, que tentaram mostrar ao resto do mundo o descontentamento e a contestação da população. Num grave atropelo à democracia, a repressão irá continuar, uma vez que embora muitos estejam contra as ações de Putin, a verdade é que poucos têm coragem de o enfrentar.
"Milhares de russos protestaram pacificamente, nas assembleias de voto locais, contra a reeleição de Vladimir Putin: boicotaram o voto ao destruir o boletim ou selecionar outro candidato que não o líder russo." Estes russos, seguiram aquilo que lhes tinha sido pedido por "Alexei Navalny pouco antes da sua morte." Alguns dos "protestantes escreveram simbolicamente o nome de Navalny no boletim." A existência de muita gente a votar é relativa, uma vez que por exemplo os funcionários públicos receavam retaliações caso não fossem votar.
A vitória esmagadora de Putin, nesta espécie de eleições, dá-lhe a possibilidade de continuar a dizer que está legitimado nas suas ações. Putin irá continuar a sua guerra contra a NATO e contra a Ucrânia, irá continuar a reprimir o seu povo e a ameaçar os seus opositores. "Os ucranianos que moram nas regiões ilegalmente anexadas pela Rússia em setembro de 2022 (Luhansk, Donetsk, Zaporíjia e Kherson) também estão a ser obrigados a votar."
Em Portugal, foram muitos os russos que hoje se deslocaram à embaixada da Rússia, junto à Calçada de Arroios para exercer o seu direito de voto, embora muitos deles tenham afirmado que não acreditam no ato eleitoral.
"A eleição deverá manter Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, devido a uma alteração constitucional feita em 2020."
Entretanto, nos últimos dias, enquanto a Rússia continua a atacar em território ucraniano, a Ucrânia tem lançado ataques contra várias refinarias russas de forma a diminuir a capacidade russa de se reabastecer e de continuar a exportar combustível. Macron, presidente francês, continua a não afastar a hipótese de enviar tropas para território ucraniano.
Fontes:
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