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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Domindo, 12 de outubro. Dia de eleições autárquicas. Vamos votar em três órgãos: Câmara Municipal. Junta de Freguesia e Assembleia Municipal. Vivemos em democracia, "um sistema político em que o poder está no povo" e esse poder "pode ser exercido de forma direta, através de participação popular direta em decisões, ou indiretamente, através de representantes eleitos." É isso que temos hoje de fazer. Ir às urnas e votar, dar a nossa opinião, mostrar com quem concordamos e em quem discordamos, mesmo que não seja totalmente. Quem queremos na frente da nossa autarquia, a dar a cara, a decidir, nos próximos 4 anos?
As primeiras eleições autárquicas realizaram-se em 1976, no mesmo ano em que se realizaram as primeiras eleições livres para a AR. Nas primeiras eleições autárquicas, o partido vencedor foi o Partido Socialista, "que conseguiu cerca de 33% dos votos, apesar de ter empatado com o Partido Popular Democrático (PPD) em número de presidentes de câmara: 115." Em 1976, tendo sido eleitos no total "304 presidentes de câmara municipais, 1 906 vereadores municipais, 5 130 deputados municipais, 4 035 presidentes de junta de freguesia (787 dos quais em plenário de cidadãos eleitores) e 26 286 membros de assembleias de freguesia."
Nas últimas eleições autárquicas, que se realizaram em 2021, "o PS venceu 147 municípios e o PSD 114" municípios.
Hoje, facto curioso, estão inscritos mais de "9,3 milhões de eleitores" para votar, dos quais, cerca "de 41 mil são cidadãos estrangeiros recenseados em Portugal." Dos 9,3 milhões, existem também "18.319" que "são eleitores estrangeiros da União Europeia (UE) e 22.799" que "são eleitores estrangeiros provenientes de fora da UE, em ambos os casos recenseados em território nacional. Em muitas autarquias, vão ver-se novas caras, não porque a mudança fosse desejada, mas porque quem estava no poder atingiu o limite de mandatos. São 89 os presidentes que saem "nestas autárquicas por terem chegado ao limite de três mandatos consecutivos na mesma autarquia," sendo que destes, "49 são socialistas, 21 social-democratas ou de coligações lideradas pelo PSD, 12 da CDU, três do CDS-PP e quatro independentes."
Durante a manhã, já fomos vendo as rádios e as televisões a entrevistarem os líderes dos vários partidos com assento parlamentar, enquanto estes fazem o dever cívico de ir votar, tentando assim ter algumas reacções e captar mais alguns detalhes sobre aquilo que, à partida, todos sabemos: cada um votará certamente no seu próprio partido e todos desejam, lá no fundo, que no fim, a contagem lhes dê a vitória. Mais do que quem fica a governar cada Câmarra Municipal, quer-se saber quais as cores com que o país será pintado e, far-se-ão inúmeras comparações noite dentro.
Ao votar, cada eleitor irá receber três boletins: um verde, para a câmara municipal, um amarelo, para a assembleia municipal e um branco, para a assembleia de freguesia. Três órgãos distintos mas que trabalham em articulação no dia a dia de cada município. Acredito que hoje, se vá votar mais pela pessoa, pelo efetivo que se conhece ou contra aquele que achamos que já ali não faz nada, e não pela cor partidária.
Uma outra curiosidade, é que este ano, foram repostas "302 freguesias" que tinham sido "extintas na reforma administrativa de 2013, num processo que desagrega 135 uniões de freguesia. O país passa assim a ter 3.258 freguesias." De todos os concelhos, o "Corvo é o único concelho sem junta de freguesia, sendo as suas competências assumidas pela câmara municipal." E sabiam que em "37 freguesias" do país se irá "escolher o executivo em plenários de cidadãos, por terem menos de 150 votantes"?
Fontes:
https://www.rtp.pt/noticias/politica/dia-de-eleicoes-autarquicas-ao-minuto_e1690256
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_aut%C3%A1rquicas_portuguesas_de_1976
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