Dois anos de pandemia
Acordamos agora sem que a primeira manchete seja o Covid, a pandemia, os mortos... ah sim, afinal acordamos com mortos mas estes não são da pandemia que durante dois anos assolou o país, a Europa e o resto do mundo, agora os mortos são Ucranianos e Russos, famílias desfeitas de um dia para o outro. Acordamos agora com preços a subir, quando deveriam estar a descer. Acordamos solidários com um povo em fuga, sem sabermos se ou quando vamos ser nós a precisar de ajuda.
A vida é estranha e ensina-nos que não devemos dar nada como garantido. De que vale uma boa casa, um grande carro se podemos perder tudo de um dia para o outro com um missil?
Dois anos passados do início da pandemia, Portugal deveria estar agora a dar os primeiros passos para que tudo voltasse ao normal mas sem nos deixarem sequer respirar atiram-nos direto mais para o fundo de um buraco do qual não sabemos quando vamos emergir.
Temos a sorte de viver num país em paz, em que estamos a vencer a batalha contra o Covid, mas que ainda não se vai recompor tão cedo das duras provações a que fomos sujeitos nos últimos dois anos. Porque não nos permitem que respiremos, sem sombras na nossa mente que nos ofusquem os sonhos?