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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Assinala-se hoje o dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Que se se tenha de assinalar um dia destes é por si só uma falta de civilidade e de humanidade e, ao mesmo tempo, uma necessidade latente que ao fim de 40 anos continua presente.
Temos visto por toda a Europa diversas manifestações em defesa dos direiros das mulheres. No que concerne à pandemia e ao enclausuramento a que todos tivemos de nos submeter, este pode ter tido um efeito muito negativo na vida de muitas mulheres que se viram "presas" com os seus agressores na mesma casa. Se antes, quando iam trabalhar e passavam pela porta de esquadras, centros de saúde ou de um vizinho, não pediam ajuda, com a pandemia ainda menos o fariam. As mulheres que são vítimas não o são por quererem, mas é delas que vem o passo mais importante para se livrare m dos abusos a que são sujeitas.
Nos últimos anos, a televisão portuguesa tem feito um trabalho excelente na divulgação de situações de violência doméstica, mediatizando e acusando fortemente estas situações, assim como divulgando os meios de ajuda e reinvindicando a atuação das autoridades.
No que aos direitos humanos diz respeito, existem ainda países e comunidades em que o caminho ainda não foi iniciado. Não basta que se assinem convenções, há que as pôr em prática.
Na Hungria, o governo recusou a Convenção de Istambul, justificando que não há diferença de género, mas apenas uma diferença biológica entre homens e mulheres. O que isto pode significar para estas pessoas que governam na Hungria, deixa-me com sérias questões. Sim há diferenças biológicas, isso é óbvio, mas o que a Convenção pode trazer vai muito além da afirmação da diferença de género. Ter sido redigida em Istambul, na Turquia, é por si só um facto histórico, quando os direitos das mulheres ainda são tão violados nesse mesmo país.
Portugal ainda não evoluiu muito. Em muitas, mas muitas, casas, ainda há um patriarcado afirmado em diferentes formas de tratamento, em que é o homem que se assume com o direito mandatário.
E enquanto morrerem mulheres em Portugal, vítimas de violência doméstica, ainda há muito a fazer!
Fontes:
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