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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
A todos os primeiros de junho se repete pelo mundo fora que é preciso fazer mais pelas nossas crianças, que o mundo tem de abrir os olhos e perceber que está a destruir o futuro da humanidade, que continuam a morrer milhares de inocentes, pela fome, pela guerra, pela ganância dos adultos.
E todos os anos se fazem pedidos de mudança, manifestos, reuniões urgentes e planos, muitos planos... e todos os dias se sonha (sonham as crianças, sonhamos nós) que algo venha a ser feito. Que as crianças pudessem brincar, sem se preocuparem com o o som das bombas, sem pisarem destroços, sem pisarem sangue dos seus.
Todos os anos milhares de crianças morrem. Não de morte natural, não apenas de doenças inevitáveis para as quais a ciência ainda não encontrou cura... mas de fome. De desidratação. De falta de cuidados de saúde e de falta de operância daqueles que as deviam proteger. Os governos do mundo inteiro estão a falhar na proteção das crianças.
"Em Portugal, o Dia da Criança é festejado no dia 01 de junho. Esta efeméride assinalou-se pela primeira vez em 1950 por iniciativa das Nações Unidas, com o objetivo de chamar a atenção para os problemas das crianças e como forma de reconhecimento de que todas as crianças, independentemente da raça, cor, religião, origem social, país de origem, têm direito a afeto, amor e compreensão, alimentação adequada, cuidados médicos, educação gratuita, proteção contra todas as formas de exploração e a crescer num clima de paz e fraternidade."
Os dados são assustadores... e não vão caber todos aqui.
Em abril último, contava-se cerca "de 1150 bebés com menos de um ano," mortos desde o início "da guerra na Faixa de Gaza." Muitos não tiveram qualquer hipótese de sobrevivência, atingidos pelos bombardeamentos ou sucumbindo à fome e ao frio. A UNICEF vem alertar para os números em Gaza: "50.000 crianças mortas ou feridas desde outubro de 2023"! O que é que será necessário ainda conversar, mostrar? "Desde o fim do cessar-fogo em 18 de março, 1.309 crianças foram mortas e 3.738 ficaram feridas em Gaza."
Outra região em guerra, depois da invasão da Ucrânia por parte do estado russo, tem também sofrido com a guerra. Segundo Pavlo Sadokhav, presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, "já morreram mais de 600 crianças na Ucrânia e que quase 20.000 foram levadas para território russo."
Já noutra latitude, as crianças começam desde cedo a ser recrutadas e obrigadas a pegar em armas. Na República Democrática do Congo (RDCongo), cerca "de 375.000 crianças estão impedidas de ir à escola," ficando muito mais vulneráveis a "sofrer violência, incluindo violência sexual, e de recrutamento por grupos armados." Aqui, tal como em muitos outros locais em que a guerra se impõe, as crianças são também as mais afetadas pelos "explosivos" deixados nos "campos perto das aldeias e das escolas," seja quando se deslocam para ir buscar água ou ir até à escola, seja quando brincam ou trabalham nos campos.
E haveria ainda muitos outros valores a mostrar, mas será que é preciso fazê-lo? Andaremos todos a dormir, ou viramos apenas a cara para o lado para não ver?
Fontes:
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