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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Qual é o problema de nos irmos habituando a ter uma doença crónica? É que vamos criando defesas, construindo muralhas que nos ajudam a suportar cada dia e gerindo a nossa rotina diária tendo em conta os tempos certos que precisamos para descansar e recuperar.
Quando de repente, algo quebra esta cadência o corpo dispara e a dor rasga por todos os lados. É quando achamos que tudo está melhor e baixamos a guarda que ela começa a atacar, primeiro de mansinho, contraindo os músculos, limitando os movimentos a um mínimo que se torne suportável e quando nos damos conta, todo o corpo está demasiado contraído para que seja possível mexermo-nos naturalmente.
Hoje foi um desses dias. A dor atingiu todas as articulações em simultâneo, cada tentativa de me mexer e de sair da cama atingia o meu corpo como se estivesse coberta de vidros ou de espinhos que me picavam a pele.
Deitada, o corpo tremia como se uma corrente de baixa voltagem passasse por ele e de tempos a tempos descargas dessa corrente me provocassem espasmos, movimentos involuntários e dolorosos seguidos de caibras nos músculos. O que se passou? Não faço ideia, mas sei que a origem esteve numa noite inteira acordada com uma possível gastroenterite. A medicação forte para as dores e os relaxantes musculares ajudaram na parte do alívio das dores mas não foram suficientes. Tomar doses maiores fez-me ficar a dormir o dia inteiro e não conseguir ir trabalhar.
Mas nos últimos dias esta crise esteve a espreitar, tentando encontrar um espacinho por onde eu a deixasse aparecer. Eu percebi isso, já as conheço bem, as malvadas gostam de brincar comigo mas eu já as domino, já as conheço bem para as deixar passar pelas minhas defesas. Então vieram os vómitos, as tonturas e o mau estar que me fez ficar em sobressalto a noite inteira até eu ter de me render e me deixar atacar por todo aquele fluxo de dor.
Tentei, sempre evitá-la, atrasá-la o mais possível para que coincidisse com o fim de semana e não me estragasse um dia de trabalho, mas desta vez não fui capaz. Antes assim a uma sexta...
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