Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Em morte cerebral. Depois de participar num desafio do Tik-tok, que fez com que desmaiasse por falta de oxigenação, um menino de apenas 12 anos, foi declarado em morte cerebral. Não consigo imaginar a dor terrível destes pais.
A criança sofreu danos cerebrais em abril deste ano, depois de, segundo a mãe, ter participado num desafio nas redes sociais em que os utilizadores são encorajados a suster a respiração até desmaiarem por falta de oxigénio. Desde essa data que o menino está internado no Royal London Hospital, localizado em Whitechapel, na capital britânica.
Os pais não aceitam que as máquinas que o mantém vivo, sejam desligadas, mas o hospital afirma que o rapaz se encontra em morte cerebral e que manter o tratamento de suporte artificial de vida "não está de acordo com os melhores interesses da criança". O desejo dos pais é que seja permitido ao filho ter uma morte "natural". É tão duro aquilo que eles estão a passar.
No entanto, os tribunais britânicos têm respondido negativamente aos pedidos do casal, dando razão ao hospital. Sabendo que a data da interrupção do tratamento se aproximava (estava marcada para esta segunda-feira, 1 de agosto) os pais decidiram interpor um recurso para adiar o momento em que as máquinas irão ser desligadas. O recurso permitiu que ganhassem algum tempo, mas não o suficiente, uma vez que o recurso foi recusado.
Mas e quanto às redes sociais? Devemos poibir, ou basta estarmos atentos?
Podemos prevenir que as crianças participem neste tipo de desafios? E será mesmo possível fazê-lo?
Este menino fez um desafio chamado "blackout challenge" em que se tem de usar um cinto ou algo para ir apertando o pescoço até desmaiarem. Ele poderia ter-se negado a fazê-lo, poderia ter dito apenas "não".
A necessidade de se sentrir aceite num determinado grupo, acompanhava-nos a nós também. "Não és capaz de tocar à campainha da D. Amélia!" - e lá ia um de nós tocar e fugir a correr. Agora as brincadeiras são feitas sozinhos em casa, mas com os "amigos" atrás de um ecrã. Acho que agora as parvoíces são maiores. Ou melhor, deixaram de ser parvoíces como as que nós fazíamos e passaram para algo muito grave.
Com um filho da mesma idade, preocupo-me sim.
Fontes:
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.