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Os fenómenos atmosféricos extremos podem causar grandes catástrofes naturais e humanitárias. No Brasil, as cheias que afetam o Rio Grande do Sul, já levaram mais de 100 vidas humanas e fizeram cerca de 150 mil desalojados. Muitas pessoas ainda estão nos pisos superiores das suas habitações ou nos telhados, enquanto aguardam por alguém que as venha buscar. A falta de água potável é agora um dos principais problemas, a que em breve se começarão a juntar outros, como a fome e a propagação de doenças.

Os sobreviventes estão "desesperados em busca de alimentos e suprimentos básicos. As equipas de resgate têm corrido para tentar retirar as pessoas que ficaram presas." As estradas e as pontes ficaram destruídas ou submersas e é de barco que se consegue agora avançar. A lama cobre tudo, destruiu casas, carros, escolas... 

Na cidade de Porto Alegre, "as ruas do centro da cidade ficaram submersas depois de o rio Guaíba ter galgado as margens com um nível recorde de água." também aqui os moradores sentem já os efeitos da falta de produtos básicos e de combustível. A água está já a ser racionada, com preferência dada aos hospitais e centros que recebem desalojados. Por razões de segurança, a eletricidade foi cortada. Os voos foram cancelados devido à água que está acumulada na pista.

Os danos vão além "da destruição de infra-estruturas críticas." As inundações provocadas pelas chuvas torrenciais, "deixaram os campos de cereais submersos e mataram o gado, interrompendo a colheita de soja e parando o trabalho em várias fábricas de carne."

Segundo nos conta Giovana Girardi, no seu blog, estas cheias estão dentro daquilo que já seria esperado em função dos estudos que têm vindo a ser feitos. "O Rio Grande do Sul, pela sua localização geográfica, é particularmente sensível aos fenómenos naturais El Niño e La Niña. Daí que é relativamente comum a alternância de secas e chuvas intensas por lá. Mas o aquecimento global vem piorando isso. Assim como o  desmatamento." As leis têm de proteger os cidadãos, a habitação e as culturas, que são o ganha-pão da maioria da população daquelas áreas.

O rio é fonte de riqueza mas tem de ser cuidado e as construções devem respeitar o espaço que a natureza precisa para se expandir. As cheias, são culturalmente, em muitos povos, vistos como uma benção, mas quando as populações são atingidas desta forma, não terá também havido falta de planeamento?

 

Fontes:

https://www.publico.pt/2024/05/08/azul/noticia/comer-ha-tres-dias-cheias-brasil-somam-150000-desalojados-100-mortes-2089647

https://apublica.org/2024/05/tragedia-do-rio-grande-do-sul-era-mais-do-que-anunciada-mas-alerta-foi-ignorado/

https://apublica.org/2024/05/maioria-de-deputados-do-rio-grande-do-sul-apoia-projetos-que-podem-agravar-crise-climatica/

 

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publicado às 13:24



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