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Desde dia 7 de outubro que várias famílias aguardam por notícias dos seus familiares, raptados depois do ataque do Hamas a Israel e que terá feito "cerca de 1200 mortos e cerca de centena e meia de reféns, segundo as autoridades de Israel." Como resposta, Netanyahu, primeiro-ministro israelita, ordenou "uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza que matou mais de 31300 pessoas até quinta-feira, segundo as autoridades do enclave governado pelo Hamas."

Esta quinta-feira, em mais uma manifestação, uma das principais autoestradas israelitas, foi bloqueada por manifestantes que representam as famílias de cerca de 40 reféns ainda nas mãos do Hamas. Hoje, os manifestantes tentaram novamente bloquear a autoestrada como forma de protesto contra as decisões que têm vindo a ser tomadas pelo primeiro-ministro e exigem eleições antecipadas em Israel, tendo sido usados canhões de água para dispersar a multidão. Este tipo de manifestação já não é nova e mostra como uma grande parte da população está contra as políticas implementadas e a contestação tem estado a crescer.

Apesar das tentativas de parar a ofensiva israelita em Gaza, a verdade é que a paz ainda parece estar longe de acontecer. A solução de um cessar fogo tem sido por várias vezes negociada mas não havendo razoabilidade de ambos os lados, isto tem sido impossível. Ora de um lado, ora do outro, o entendimento tem sido impossível, mesmo com outras nações a tentar mediar as conversações. Enquanto esta quinta-feira, o "Hamas propôs um novo plano para uma trégua em Gaza," através de mediadores do Qatar, Netanyahu, primeiro-ministro de Israel veio informar que "as exigências" são "inaceitáveis" e confirmou que iria lançar uma nova operação militar em Rafah. 

Hoje, antes de partir para a Jordânia onde se irá reunir com o rei Abdullah II, o "chanceler alemão, Olaf Scholz," alertou para a possibilidade "de uma ofensiva militar terrestre do exército israelita em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza." Lembremo-nos que foi para esta zona que milhares de palestinianos se viram obrigados a fugir e que, um ataque direcionado para essa região irá provocar "uma grande tragédia humana."

Têm sido tentadas diversas formas de se entregar comida e água à população de Gaza, mas muitas vezes essas tentativas têm vindo a ser frustradas. Os ataques, além de matarem e ferirem diretamente os palestinianos, acabam também por deixá-los completamente sem meios de subsistência. Sem a cedência de Israel, que tem sido acusado de usar a "fome" como arma de guerra, todo o apoio que se queira fazer chegar, tem sido impedido de alcançar o seu destino. Ontem, o apoio entrou por mar através de um corredor marítimo que ligou o Chipre a Gaza. O navio espanhol "Open Arms" em conjunto com uma organização não governamental norte-amricana, com um carregamento de cerca de "115 toneladas de alimentos e água" e de "130 paletes de equipamento humanitário," foi o responsável pelo transporte que depois seguiu depois numa coluna de cerca de 30 camiões e que se espera agora chegue ao seu destino sem problemas de maior. O processo, envolveu o exército israelita, que antes de permitir o descarregamento, inspecionou o navio e acompanhou o descarregamento dos bens essenciais no porto. A dificuldade que envolve a deslocação e toda a burocracia envolvida, bem como o risco associado, torna esta forma de ajuda bastante demorada.

As entregas feitas através das vias marítimas e aéreas, não podem substituir as vias terrestres, mas estas têm sido impossibilitadas enquanto os bombardeamentos não cessarem.

Fontes:

https://observador.pt/2024/03/14/o-hamas-apresentou-acordo-de-treguas-netanyahu-diz-que-as-exigencias-sao-inaceitaveis/

https://observador.pt/2024/03/16/scholz-contra-ofensiva-israelita-em-rafah-para-evitar-grande-tragedia-humana/

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2522373/exercito-israelita-confirma-chegada-a-gaza-da-ajuda-humanitaria-em-navio

 

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