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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Depois de inúmeras situações em que as condições de Joe Biden para continuar na corrida à Casa Branca foram postas em causa, ontem o atual presidente dos EUA, acabou mesmo por desistir da sua candidatura e de mostrar o seu apoio à candidatura da sua atual vice-presidente.
A situação não é nova nos EUA. "A última vez que um presidente americano em exercício abandonou a campanha para a reeleição foi em 1968 e o protagonista foi Lyndon Baines Johnson." Joe Biden saiu, na opinião de vários comentadores (e na minha também) por ter sido "empurrado" tantos pela alta esfera democrata, como pelos patrocinadores da campanha, devido aos resultados das sondagens que têm mostrado o baixo apoio demonstrado pelos próprios democratas. A situação piorou depois de Biden, de 81 anos, se ter mostrado muito fragilizado tanto física como cognitivamente, durante "um debate televisivo com Donald Trump, a 27 de junho. Neste debate, Biden mostrou "dificuldade em refutar as afirmações muitas vezes falsas do seu oponente, deu as suas próprias respostas de forma desconexa e, por vezes, olhou fixamente para o espaço." Nos dias seguintes, nas entrevistas e aparições públicas que se sucederam e que serviriam tranquilizar os eleitores e o seu próprio partido, Biden não convenceu, parecendo sempre cansado.
No comunicado transmitido ontem à noite, Biden afirma-se profundamente "agradecimento à sua equipa, em especial à vice-presidente Kamala Harris "por ser uma parceira extraordinária em todo este trabalho".
A decisão do Partido Democrático ainda não está tomada e só será oficializada durante a Convenção Nacional que acontecerá a 19 do próximo mês. Kamala Harris está a receber já apoio de outros democratas, como é o caso do "governador da Califórnia, Gavin Newsom," do "secretário dos Transportes, Pete Buttigieg," e do "governador da Pensilvânia, Josh Shapiro." Além destes, também a "ex-candidata democrata à presidência Hillary Clinton, o ex-presidente Bill Clinton e o ex-secretário de Estado John Kerry", bem como a atual "senadora do Massachusetts, Elizabeth Warren, e a senadora do Minnesota, Amy Klobuchar, que concorreu contra Biden para a nomeação em 2020," mostraram já o seu apoio a Kamala Harris.
Kamala Harris poderá vir a ser a primeira mulher a assumir a presidência dos EUA.
Kamala tem 59 anos e cresceu em Oakland, na Califórnia. É filha de pai "jamaicano-americano e mãe indiana tamil." Formou-se em direito, tendo-se tornado "procuradora distrital, subindo no sistema jurídico da Califórnia antes de ser eleita procuradora-geral do estado em 2010", função para a qual foi reeleita em 2014. Em 2016, foi "eleita para o Senado dos EUA," onde substituiu "a senadora democrata Barbara Boxer."
Em 2019, Kamala chega a lançar a sua campanha, como opositora de Biden, mas depois de alguns fracos resultados, acaba por entrar com ele na campanha às presidenciais em 2020. Quando ganharam as eleições, "Harris tornou-se a primeira mulher, a primeira pessoa negra e a primeira pessoa de origem sul-asiática a servir como vice-presidente dos EUA de uma só vez." Como vice-presidente, ela recebeu de Biden uma pasta com "questões imponentes, entre as quais a imigração e o direito de voto - questões profundamente polémicas que só poderiam ser abordadas através de legislação importante, algo que, por sua vez, exigia o apoio de uma supermaioria do Senado que os democratas não dominavam." As reformas que defendeu, nunca tiveram "sucesso no Capitólio" e o esforço feito "para resolver os problemas de imigração", foram postos em causa numa entrevista em que se mostrou bastante "irritada quando lhe perguntaram porque é que ainda não tinha visitado a fronteira entre os Estados Unidos e o México."
Donald Trump refere que será mais fácil vencer Kamala Harris, caso seja ela a candidata democrata, desvalorizando as suas competências e a sua determinação para assumir a presidência, aproveitando ainda para acusar Biden de ser "corrupto" e "inapto" e acusa ainda "toda a sua equipa de ter mentido sobre a capacidade do presidente dos EUA."
Fontes:
https://pt.euronews.com/2024/07/21/joe-biden-desiste-da-corrida-a-casa-branca
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