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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
A afirmação dos EUA reconhecendo Jerusalém como a capital de Israel e promovendo a inauguração da embaixada americana nesta cidade terá tido como consequência a morte de 60 palestinianos. A transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém despoletou um violentíssimo conflito entre israelitas e palestinianos na Faixa de Gaza.
Esta decisão do presidente Donald Trump, foi bastante criticada, mas acabou por ser levada em diante, mesmo com as previsões a ditarem a desgraça que aí vinha. Netanyahu, 1º ministro israelita fez declaração a agradecer a Trump. Esta mudança de localização da embaixada foi uma das promessas chave de Trump durante a campanha para as presidenciais em 2016 e foi muito saudada por Israel.
A Guatemala e o Paraguai também seguiram o exemplo dos EUA e resolveram transferir as suas embaixadas para Jerusalém. Mas estas decisões interferem na tentativa dos acordos de paz, em que se tenta apaziguar os conflitos incessantes entre Israel e a Palestina e que tantos mortos fazem em ambas as partes. Desde 1980 que diversos países se haviam retirado de Jerusalém e instalado as suas missões diplomáticas em Tel-Aviv, após um apelo da ONU que não reconhece a anexação de Jerusalém Oriental.
Não se pode reconhecer uma anexação de um território ocupado, mas parece que há valores mais altos a falar neste momento. O que os terá levado a tomar esta decisão agora? Poderia não mudar nada, mas as consequências desta interferência causaram um dos dias mais sangrentos na zona onde nem as crianças foram poupadas. Consequências da arrogância de um homem que se acha dono disto tudo e a quem deviam impor limites da sua interferência!
De que se trata afinal? Vamos lá voltar um pouco atrás na história...
A cidade foi dividida ao final da guerra israeloárabe de 1948, dando a Israel o controle sobre Jersalém Ocidental e à Jordânia, o de Jerusalém Oriental - que inclui partes da antiga cidade e importantes localidades sagradas para judeus, cristãos e muçulmanos.
Israel assumiu o controle sobre a cidade inteira em 1967, após a Guerra dos Seis Dias. Em 1980, Israel aprovou uma lei anexando Jerusalém Oriental, uma medida vista em amplas partes da comunidade internacional, inclusive pela ONU, como ilegal - assim como os vários assentamentos construídos em Jerusalém Oriental, que realocaram mais de 200 mil judeus. Na época, vários países transferiram as suas embaixadas para Tel Aviv.
De acordo com o tratado firmado entre Israel e a Palestina em 1993, o status final de Jerusalém deve ser discutido nos últimos estágios das negociações de paz. Por isso, o anúncio de Trump no ano passado, praticamente reconhecendo Jerusalém como capital única de Israel, deixou vários países preocupados, pois pode comprometer a neutralidade dos EUA na mediação do conflito.
A inauguração coincidiu com o 70º aniversário do Estado judaico e esta cerimónia decorreu sob a ameaça do grupo terrorista Al-Qaeda, que emitiram um vídeo de cinco minutos intitulado “Telavive também é uma terra de muçulmanos”, no qual o líder do grupo apela à guerra santa contra os Estados Unidos.
Desde que começaram as manifestações, a 30 de março, as tropas israelitas já mataram 45 palestinianos, segundo dados oficiais da Palestina.
Fontes:
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