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O Natal não fez a Rússia recuar e a Ucrânia foi mais uma vez atacada em grande escala. De um lado e do outro, intensificaram-se os ataques e mais uma vez é a população que sofre. De ambos os lados da fronteira, há a morte de crianças a lamentar e, se não fosse por mais nada, a última semana do ano é já uma semana negra.

Mais de 160 mísseis e dezenas de drones kamikaze foram lançados contra alvos ucranianos, muitos deles atingindo edifícios civis, armazéns, um centro de escritórios, uma estação de metro e até uma maternidade. Será que eram alvos militares para os russos? Em Kharkiv, junto à fronteira russa, foram atingidos "um hospital, uma escola, várias empresas e prédios" de habitação. 

Cerca de 31 mortos e 160 feridos, é o balanço provisório do mais grave ataque desde o início do conflito. Os ataques começaram ainda de madrugada. A Rússia começou por lançar "dezenas de drones Shahed de fabrico iraniano contra o país vizinho. A seguir, vários aviões de combate e navios dispavam 110 mísseis de cruzeiro. A maioria foi abatida mas os poucos que chegaram aos destinos causaram morte e destruição."

O presidente ucraniano garantiu que o “terror russo” não ficaria sem resposta, enquanto "o conselheiro presidencial ucraniano Andriy Yermak" pedia "ao ocidente mais ajuda para enfrentar os ataques russos." O porta-voz de António Guterres, afirmou que "os ataques contra civis e infraestruturas civis violam o direito humanitário internacional".

Em resposta aos ataques, a Ucrânia atacou hoje o território russo, naquele que foi considerado até agora o ataque mais mortífero perpetrado pelo exército ucraniano, que deixou pelo menos 14 mortos e mais de 100 feridos. "Segundo o comunicado das autoridades russas, entre os mortos há duas crianças. Os tiros da artilharia ucraniana atingiram vários edifícios da cidade de Belgorod, capital da província russa homónima, que partilha 552 quilómetros de fronteira com a Ucrânia. Entre as infraestruturas visadas estão a sede do governo regional e uma universidade."

Na sequência deste ataque, o Kremlin pediu já uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

Num comunicado, o ministério russo da defesa definou o ataque como um "crime," e que a Ucrânia "está a tentar desviar a atenção da derrota na frente e também a provocar-nos a cometer atos semelhantes". Será que está a ver os acontecimentos pela correta sequência temporal?

A Ucrânia, por seu lado, contrapõe que "esta foi uma represália pelo ataque maciço de sexta-feira de madrugada, em que a Rússia enviou mais de 160 mísseis e drones para vários pontos da Ucrânia, fazendo pelo menos 39 mortos e 160 feridos."

O conflito, que está longe de terminar, está agora em risco cada vez maior de envolver a Polónia, que diz que um míssel russo percorreu cerca de 40 quilómetros do seu espaço aéreo sem autorização. Não nos esqueçamos que a "Polónia faz fronteira com a Ucrânia e é membro da NATO e da União Europeia."

No seguimento desta informação, o "presidente polaco, Andrzej Duda, convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional," e o "secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, revelou que já entrou em contacto com o presidente polaco para manifestar o apoio da Aliança Atlântica." Temo que apesar do frio do inverno, as coisas estejam a começar a aquecer cada vez mais e que não tarde estejamos todos envolvidos.

Enquanto isso... por cá vamos passar o ano com um governo sem Primeiro-ministro e preocupados com o aumento da mortalidade devido aos cada vez maiores focos gripais que estão a levar já ao regresso do uso das máscaras de proteção.

 

Fontes:

https://observador.pt/2023/12/29/o-maior-ataque-aereo-russo-desde-o-inicio-da-guerra-fez-31-mortos-e-mais-de-160-feridos/

https://pt.euronews.com/2023/12/30/ucrania-ataca-territorio-russo-e-faz-pelo-menos-14-mortos

https://pt.euronews.com/2023/12/29/polonia-diz-que-missil-russo-dirigido-a-ucrania-entrou-no-espaco-aereo-do-pais

 

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publicado às 16:47


1 comentário

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De zé onofre a 30.12.2023 às 18:44

Boa noite, Elsa
Enquanto houver no planeta Nações que se julgam mais iguais do que as outras, haverá guerra.
Enquanto houver uma indústria de guerra, more ela (a indústria) onde morar, haverá guerra.
Enquanto houver alianças militares, digam-se elas de defesa ou ofensivas, haverá guerra.
Enquanto os Governos, de todas as Nações, responderem pelos seus atos aos Monopólios Capitalistas, estejam sediados onde estiverem, em vez de responderem ao seu povo, haverá guerra.
Enquanto os "amigos", de todos os lados, ajudarem os litigantes com armas instigando-os a uma mortandade cada vez mais insana, haverá guerra.
A única solução para acabar com esta, e todas as guerras que neste momento assolam o mundo, não é esticando o dedo acusador, para um, para outro, ou para que lado seja, estas guerras não caberão.
Cabe-nos, aos Povos de Todo o Mundo, obrigar os seus Governos a ouvir o sentir de quem governam. Creio que então a guerra acabará.
A nós, portugueses, compete-nos convencer o nosso Governo, em efetividade de funções, ou em gestão, que as palavras Sinceras e Verdadeiras, que respondam ao anseio do Povo, são mais eficazes do que milhões de Euros em armas e munições, que apenas servem para que os Complexos Militares Industriais sejam os verdadeiros vencedores de todas as guerras, e quem perde são as mulheres, as crianças e os soldados que de um lado e outro morrem porque "na escola nos ensinam a velha lição, morrer pela Pátria, viver sem razão". - de uma canção de protesto brasileira dos anos setenta, ou por aí.
Um bom fim de semana.
Zé Onofre

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