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Quando olho para as notícias, o que vejo é um ataque feito à Europa. E isso preocupa-me muito, dia a dia.

Mesmo que não atinja diretamente o nosso país e que pareça estar muito longe, pois são milhares de quilómetros que nos separam da linha da frente, a verdade é que são as fronteiras europeias que estão a ser atacadas. Parece que estamos a dar muito do que é nosso, quando saiem milhares de euros com destino a armamento ou a ajuda humanitária, mas eu não acho que seja apenas dar a fundo perdido. Eu acredito mesmo que, aquilo que estamos a fazer, é por nós também. Para que eles consigam conter o "monstro" o maior tempo possível. 

Mas o que é que tem sido feito? Por um lado, as medidas que começaram a ser aplicadas foram sobretudo económicas, através de pacotes de sanções contra a Rússia. Estas medidas, num país tão grande, são apenas picadas de mosquito no corpo de um elefante. Chateiam? Sim. Mas afetam quem deveriam afetar? Não me parece.

Por outro lado, há as medidas de apoio direto à Ucrânia, como os fundos de apoio aos refugiados, o mecanismo europeu de apoio à paz e as medidas de apoio dadas a alguns países que, por estarem mais próximos, acabam por ser também mais afetados. Foi o caso da Moldávia por exemplo. Em março de 2022, a "UE assinou um acordo relativo ao estatuto" da "República da Moldávia no que diz respeito às atividades operacionais realizadas pela Frontex (1), o que ajudará as autoridades de gestão das fronteiras da Moldávia a enfrentarem o desafio de regular este afluxo de refugiados e, ao mesmo tempo, controlar uma fronteira com uma zona de guerra ativa."

Há também apoios que chegam a partir de grupos solidários, entre os quais, estão vários portugueses. Entre as ações que vão sendo dadas a conhecer, hpje o destaque vai para a criação de uma enfermaria para receber crianças com doenças graves, custeada por um grupo de voluntários, que se chama "Partilha Magnífica", da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde. Esta associação está também a juntar meios para "modernizar um internato para crianças com doenças físicas e psíquicas." Infelizmente, era "tradição" na antiga URSS, que as crianças que tivessem graves deficiências físicas e mentais, fossem "isoladas em internatos em aldeias e abandonados à sua sorte." É um desses "internatos" que esta associação portuguesa está a modernizar para criar "um centro de reabilitação integral." Seguiram também três ambulâncias para a Ucrânia e, se possível, será enviada mais uma. Para uns parece pouco, para outros, será muito e fará a diferença.

A Ucrânia, perante a continuação dos ataques russos, tenta produzir o seu próprio armamento, muitas vezes recorrendo a engenhos bastante criativos. O material que a Ucrânia vai recebendo não é suficiente, mas enquanto alguns países da NATO, sobretudo os europeus, quer continuar a ajudar e acha que o "objetivo deve ser libertar a Ucrânia", ou seja, ajudar à libertação de todos os territórios ocupados, outros países, estão contra esta constante ajuda seja através do envio de material militar, seja através de outro tipo de pacotes de ajuda, ou acha que já se deu o suficiente, seja lá o que isso for.

Podemos observar também que, na costa da Crimeia, existia uma linha defensiva russa que pressupõe a proteção contra ataques anfíbios, incluindo, os chamados "dentes de dragão" que são uma espécie de barreira que impossibilita a entrada de tanques através da linha de praia. Parece que o mau tempo que se tem feito sentir nos últimos dias, até tem ajudado aqui um pouco e tem vindo a destruir algumas destas áreas de proteção impostas pela Rússia. Veja-se que a Ucrânia tem vindo a atacar posições estratégicas nos territórios da Crimeia que estão anexados à Rússia. Estes territórios, foram de facto ocupados e ilegalmente anexados, mas parece que, aos poucos, isso tem vindo a ser esquecido por alguns Estados. A Ucrânia tem vindo assim a aplicar como que uma "campanha de interdição das estruturas militares russas," nos territórios da Crimeia ocupada, especialmente, contra embarcações russas estacionadas no Mar Negro.

Muitas das informações que eu aqui vou colocando, são de facto de um programa que eu gosto bastante de assistir e com dois grandes comentadores (José Milhazes e Nuno Rogeiro). O programa chama-se "Guerra fria" e dá na SIC. Existem também outros sites que gosto de visitar como alguns sites oficiais ligados à UE, como é o caso do Consilium ou sítios noticiosos como a Euronews, entre outros.

-/-

Notas:

A Frontex, criada em 2004, é de facto uma Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira que dá apoio "aos países da UE e do espaço Schengen na gestão das fronteiras externas da UE e na luta contra a criminalidade transfronteiras." Através deste centro, há a partilha de "informações e conhecimentos especializados com todos os países da UE, bem como com países terceiros vizinhos afetados pelas tendências migratórias e pela criminalidade transfronteiras."

Fontes:

https://european-union.europa.eu/institutions-law-budget/institutions-and-bodies/search-all-eu-institutions-and-bodies/frontex_pt

https://www.consilium.europa.eu/pt/policies/eu-response-ukraine-invasion/timeline-eu-response-ukraine-invasion/

https://sicnoticias.pt/guerra-fria/2023-11-28-Guerra-Fria-o-dirigente-para-toda-a-eternidade-d9533bd1

https://pt.euronews.com/video/2023/11/06/kiev-intensifica-ataques-a-posicoes-de-apoio-russas-na-crimeia

 

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publicado às 23:26



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