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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Um surto de covid 19, na "Casa do artista" levou dos palcos a querida Adelaide João. Uma vida cheia de muitas outras vidas, as das personagens a que foi dando corpo ao longo de toda uma carreira.
Maria da Glória Pereira Silva, de nome artístico Adelaide João, nasceu em Lisboa em 27 de julho de 1921 e começou como atriz amadora no grupo de teatro da Philips.
A atriz iniciou-se pela mão do pai do ator Morais e Castro e foi buscar o nome profissional aos dois primeiros nomes da mãe e do pai.
Estudou no Conservatório Nacional e, em 1961, partiu para Paris para estudar teatro, com uma bolsa de estudo, tendo trabalhado com várias companhias francesas (obteve a carteira de atriz profissional em França). Chegou a ser dirigida por Ingrid Bergman.
Adelaide, integrou o elenco de "A intrusa", do dramaturgo belga Maurice Maeterlinck. Participou em "A Castro", de António Ferreira, em 1961, e em "Eva e Madalena", de Ângelo César, em 1962.
Em 1961, representou "O consultório", de Augusto Sobral, no Teatro Nacional D. Maria II, e, um ano depois, "A rapariga do bar", dirigida por Couto Viana, no Teatro da Trindade pela Companhia Nacional de Teatro.
Em 1965, Adelaide João, volta de vez a Portugal, voltando também para a televisão e integrando a Companhia do Teatro Estúdio de Lisboa, dirigida por Helena Félix e Luzia Maria Martins.
Nos anos seguintes, integrou companhias como o Teatro Experimental de Cascais, Teatro Maria Matos, Casa da Comédia, Empresa Vasco Morgado ou O Bando, de que era cooperante.
No teatro O Bando fez parte do elenco de peças como "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago, e "Os anjos", de Teolinda Gersão, entre outras.
O seu trabalho na televisão repartiu-se por séries, telenovelas, telefilmes e teatro televisivo.
Participou também nas peças "O fidalgo aprendiz", de Francisco Manuel de Melo, "A sapateira prodigiosa", de Federico García Lorca, "A vida do grande D. Quixote", de António José da Silva, "Schweik na Segunda Guerra Mundial", de Brecht.
Integrou o elenco de telenovelas como "Vila Faia" (1982), "Origens" (1983), "Chuva na areia" (1985), "Palavras cruzadas" (1987), "Nunca digas adeus" (2001) e "Tudo por amor" (2002).
Em filmes, a atriz desempenhou papéis em "Os gatos não têm vertigens", de António-Pedro Vasconcelos, "A última dança", "A mulher que acreditava ser presidente dos Estados Unidos", de João Botelho, "Telefona-me" e "A estreia", de Frederico Corado, "O processo do rei" e "O fim do mundo", de João Mário Grilo, "Francisca", "manhã submersa" e "Amor de perdição", de Manoel de Oliveira.
O último trabalho de Adelaide João na televisão data de 2014 na série televisiva "The Coffee Shop Series", cuja primeira temporada foi transmitida na SIC Radical e, a segunda, na RTP 2.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adelaide_Jo%C3%A3o
https://mag.sapo.pt/tv/atualidade-tv/artigos/covid-19-morreu-a-atriz-adelaide-joao-aos-99-anos
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