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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Era domingo. Pelas 08h32min desse dia 18 de maio de 1980, um forte abalo "destruiu toda a face norte" do Monte Santa Helena (ou St. Helens) e fez expelir "gás parcialmente fundido e rocha rica do vulcão, o que reduziu as pressões" no seu interior. O vulcão, de tipo explosivo, localizado no estado de Washington, entre Seattle e Portland, tinha acabado de entrar em erupção. "Uma mistura quente de lava e rocha foi pulverizada no rio adjacente, mas os danos não se ficaram por aqui. A pluma que o vulcão lançou para a atmosfera atingiu os "24 km de altura", chegando a 11 estados. Ao mesmo tempo, a neve e o gelo "derreteram, formando uma série de grandes deslizamentos de terra vulcânicos que chegaram até o rio Columbia, cerca de 80 km a sudoeste."
A erupção deu, no entanto, diversos sinais de estar próxima de acontecer e, os cientistas, já "sabiam que algo se passava sob o vulcão. Com efeito, em menos de dois meses, uma protuberância do tamanho de uma cidade formou-se no seu flanco norte, em resultado de uma incomumente posicionada acumulação de magma." No entanto, foi a "ferocidade singular e as dimensões incomuns da erupção" que veio a apanhar "todos de surpresa, mostrando o quanto a Vulcanologia ainda precisava de aprender."
"No dia 20 de março de 1980, um sismo de magnitude 4,2 marcou claramente o seu despertar. Milhares de enxames sísmicos foram detetados durante a semana seguinte, e o vulcão emitiu cinzas, por vezes atingindo até quase 5 km de altura, até que no final do mês de março, foram detetados os primeiros sinais sísmicos da movimentação de magma. Durante grande parte do mês de abril, o vulcão continuou a registar sinais sísmicos e várias outras explosões de cinzas e vapor. Mas do final de abril até ao início de maio estava estranhamente calmo, e vários cientistas deslocaram-se até ao vulcão para observar melhor."
Esta erupção foi a "mais mortal e economicamente destrutiva na história dos Estados Unidos," tendo provocado a morte de 57 pessoas. Entre as vítimas mortais, encontravam-se "cientistas, fotógrafos, montanheiros e pessoas que viviam junto ao vulcão," incluindo o "vulcanólogo David Johnston do USGS, que esteve ligado ao início da exploração geotérmica na ilha de São Miguel." Centenas de quilómetros quadrados foram reduzidos a cinzas, milhares de animais de caça foram mortos e o Monte Santa Helena ficou com uma cratera gigante na sua encosta norte.
As cinzas vulcânicas acumuladas mataram as plantações agrícolas, cortaram estradas e fecharam aeroportos. "As viagens aéreas" chegaram a estar interrompidas durante cerca de duas semanas, "sendo que vários aeroportos no leste de Washington encerraram" devido à acumulação de cinzas e à "pouca visibilidade. Mais de mil voos comerciais foram cancelados" depois do encerramento dos aeroportos. Na região mais próxima ao Monte Santa Helena, a taxa de desemprego chegou mesmo a aumentar, mas apenas uma "pequena percentagem de residentes abandonaram a região por causa da perda de empregos."
Mas esta erupção trouxe também um novo fôlego ao turismo da região. O Monte Santa Helena, talvez por causa de seu despertar, recuperou o seu apelo para os turistas, tendo sido abertos centros para os visitantes poderem aceder a informação sobre a erupção, os seus danos e sobre o vulcão em si.
Nos nossos dias, o vulcão continua ativo, mas de forma fraca. O Santa Helena teve outras cinco erupções entre os meses de maio e outubro de 1980, a que se foram seguindo outras, de menor relevância.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Erup%C3%A7%C3%A3o_do_Monte_Santa_Helena_em_1980
https://www.ivar.azores.gov.pt/noticias/Paginas/20200518-40anos-st-helens.aspx
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