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Gosto de escrever e aqui partilho um pouco de mim... mas não só. Gosto de factos históricos, políticos e de escrever sobre a sociedade em geral. O mundo tem de ser visto com olhar crítico e sem tabús!
Ontem os nossos olhos ficaram colados ao ecrã com as imagens terríveis da queda de uma ponte rodoviária em Génova, Itália. Esta é uma área densamente povoada, com a ponte de Morandi a permitir escoar o volume de gente que diariamente entra e sai da cidade.
Ontem dia 14, sem ninguém prever, por volta das 11h15 durante uma forte chuva que atingia a região, a estrutura da ponte colapsa arrastando carros e camiões, levando dezenas de vidas para uma morte certa. Uma parte da ponte caiu no rio, mas outros setores acabaram por ruir sobre habitações por cima das quais havia sido construída.
Aos poucos foram sendo avançados os números referentes às vítimas mortais e aos feridos, consoante as equipas de socorro no local iam conseguindo desencarcerar feridos e recuperar corpos. De acordo com o Expresso, o balanço "subiu para 39 mortos, entre os quais três crianças de 8 a 12 anos. Há ainda 16 feridos, nove em estado crítico, e dez pessoas dadas como desaparecidas. Esta quarta-feira, o Governo italiano declarou o estado de emergência por 12 meses para a região."
Onze edifícios foram evacuados, uma vez que a ponte passava por cima de habitações e fábricas, o que obrigou à retirada de 432 pessoas. Os trabalhos de limpeza vão continuar e estima-se que sejam necessários entre dez a 15 dias - trabalhando 24 horas sobre 24 horas - para que sejam concluídos.
São desoladoras as imagens a que assistimos e que não nos deixam qualquer explicação para a queda da ponte, construída na década de 60 e inaugurada em 1967. A estrutura, que atravessa a cidade portuária de Gênova, tem cerca 100 metros de altura e 1.182 metros de comprimento e o governo tinha iniciado uma reforma na ponte em 2016.
A ponte Morandi era conhecida como a "Brooklyn Bridge de Génova" e segundo algumas fontes, a estrutura apresentava problemas de construção desde o primeiro dia. Há 50 anos, uma ponte gémea do mesmo engenheiro colapsou.
Há dois anos, segundo referido no Expresso, já o engenheiro Antonio Brencich, da Universidade de Génova, garantia que existiam motivos de preocupação. “Pouco após a sua construção, o viaduto Morandi já apresentava problemas. Não foram tidos em consideração, por exemplo, os efeitos da deterioração do betão, que acabaram por resultar num plano de estrada não-horizontal”, explicou à página de notícias da comunidade de engenheiros civis Ingegneri. “Mesmo nos anos 80, aqueles que passassem na ponte teriam que conduzir sobre altos e baixos dado o deslocamento da placa de circulação.
Fontes:
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/14/ponte-cai-na-italia.ghtml
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