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Sismo no Perú

por Elsa Filipe, em 28.06.24

Um sismo com uma magnitude de 7 na Escala de Richter abalou hoje "a região sul de Arequipa", no Perú. Também em Lima, capital do país, o abalo se fez sentir, embora de forma mais fraca. Devido à localização do epicentro, chegou a ser equacionada a emissão de um alerta de tsuniami, mas o mesmo acabou por não ser emitido.

"O Peru está localizado numa região conhecida como Anel de Fogo do Pacífico, onde ocorre mais de 80% da atividade sísmica mundial.

Em agosto de 2007, um terramoto de magnitude 7,9" provocou mais de "500 mortos, bem como danos no valor de milhões de euros em infraestruturas e instalações." Aparentemente, desta vez os danos resultantes foram apenas materiais. No entanto, podem vir a ocorrer réplicas, as quais poderão chegar a ser tão ou mais perigosas que o abalo principal, uma vez que as estruturas estão já bastante fragilizadas.

Fontes:

https://www.tsf.pt/6061561877/sismo-de-magnitude-7-abala-peru-emitido-alerta-de-tsunami/

 

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publicado às 15:19

Região de Nápoles sente abalos sucessivos

por Elsa Filipe, em 21.05.24

Na região italiana de Nápoles, têm sido sentidos vários sismos nos últimos dias, o maior dos quais terá chegado aos 4.4.

"A proteção civil accionou a Unidade de Crise em Nápoles e nas cidades vizinhas de Pozzuali e Bacoli, que se situam na caldeira vulcânica dos Campos Flégreos," devido ao aumento da atividade sísmica. Alguns edifícios sofreram pequenos danos, mas não houve registo de quaisquer vítimas. 35 famílias foram retiradas de suas casas na região de Nápoles, onde as escolas foram também encerradas, devido à ocorrência "de cerca de 150 sismos." Esta zona tem "cerca de meio milhão de habitantes."  Quatro centros de acolhimento foram preparados para receber "os habitantes que procuram abrigo para passar a noite, enquanto as escolas serão inspecionadas pelos bombeiros," de forma a saber se estão seguras.

"O vulcão, que se estende por um perímetro de 15 por 12 quilómetros, apresenta a típica depressão de fundo plano, deixada após uma erupção", sendo esta a maior "caldeira ativa na Europa," situada na "orla marítima entre Nápoles e Pozzuoli."

Fontes:

https://www.dnoticias.pt/2024/5/21/406214-napoles-registou-durante-a-noite-mais-de-150-sismos-sem-vitimas/

 

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publicado às 22:36

Este fim de semana, foi notícia uma sucessão de abalos sísmicos que atingiram o Japão e que foram sentidos na zona de Tóquio e de Fukushima. O abalo, de 5.4, seguiu-se ao de quinta-feira com 5.8 na escala de Richter, mas em ambos os casos não chegou a produzir um tsunami ou causado danos de maior relevo, embora o epicentro se tenha registado a 50 quilómetros de profundidade, no oceano Pacífico.

Este evento levou a central de Fukushima, de forma preventiva, a "parar com as descargas de água radioativa tratada" que decorriam desde que a central tinha sido atingida em 2011 por um abalo de 9.1 na escala de Richter e que levou ao "derretimento de três dos seis reatores nucleares." Este acidente foi mesmo considerado como o "mais grave desde o acidente nuclear de Chernobil em 1986, na Ucrânia Soviética." Eu já tinha aqui no blogue referido este acidente e as consequências que o mesmo causou, especialmente no que se refere às relações internacionais entre o Japão e a China: 

https://elsafilipecadernodiario.blogs.sapo.pt/autoridades-japonesas-continuam-a-294931

Em 2011, quando o sismo foi detetado pelos sensores da Central nuclear, os reatores desligaram-se automaticamente e "devido a essas paralisações e outros problemas de abastecimento da rede elétrica, o fornecimento de eletricidade dos reatores falhou e seus geradores a diesel de emergência começaram a funcionar automaticamente." Ou seja, em vez de ficarem em suspenso, estes voltaram a funcionar de forma a fazerem circular o líquido "refrigerador pelos núcleos dos reatores." Mesmo com a fissão parada, o calor emanado ainda é muito elevado. 

O tsunami com "14 metros de altura que chegou logo depois, varreu o paredão" da central nuclear e "inundou as partes inferiores dos prédios do reator nas unidades 1–4. Esta inundação causou a falha dos geradores de emergência e perda de energia para as bombas de circulação." Foi esta "perda" de energia que levou a que ocorresse o derretimento nuclear ou a fusão do núcleo, a que seguiram "três explosões de hidrogénio" e a libertação de elementos "altamente radioativos para o meio ambiente." Em 2011, "grandes quantidades de água contaminada com isótopos radioativos" foram libertadas "no Oceano Pacífico durante e após o desastre."

Esta zona é frequentemente atingida por eventos sísmicos, uma vez que o "Japão fica no chamado Anel de Fogo," e por isso as infraestruturas são projetadas para resistir a estes eventos sísmicos, mas como prova o acidente de 2011, nem tudo pode ser previsto.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Derretimento_nuclear

https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Fukushima_I

https://observador.pt/2024/03/15/sismo-de-58-sacode-japao-e-obriga-a-suspensao-das-descargas-de-fukushima/

 

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publicado às 10:30

A erupção de um vulcão é sempre notícia, pela raridade do acontecimento (pelo menos para nós) e pelas imagens magníficas que proporciona. Mas infelizmente esta erupção está a destruir a "cidade piscatória de Grindavík, situada a cerca de 41 quilómetros a sul da capital, Reiquiavique, e obrigou à retirada dos habitantes da localidade."

"A atividade sísmica acelerou fortemente durante a noite". Os habitantes de Grindavik sabiam que uma erupção poderia estar próxima, uma vez que a cidade tinha sido evacuada desde 11 de novembro. "A atividade vulcânica acontece cerca de três semanas depois do último episódio na região, a 18 de dezembro. Trata-se da segunda erupção na mesma falha vulcânica."

Foi seguido o plano de "construir uma parede de proteção, em torno de Grindavik," de forma a proteger a cidade mas desta vez isso não impediu a destruição, uma vez que "a erupção deste domingo ocorreu no interior desses muros," e pelo menos três casas acabaram por arder completamente.

Os habitantes de Grindavik que tinham sido evacuados, já tinham regressado à cidade "uma vez que as expectativas das autoridades apontavam para uma provável nova erupção noutra zona", mas desta vez a evacuação poderá ser mais duradoura. "O mais certo, é que estas pessoas não possam regressar a Grindavík nos próximos meses."

Infelizmente, durante as obras de reconstrução da cidade após os últimos eventos antes desta nova erupção," um trabalhador desapareceu depois de ter caído numa das falhas que estavam a ser tapadas."

Já no Japão, que tem atualmente "110 vulcões ativos", e tem sido afetado nos últimos dias por vários sismos, o nível de atividade vulcanológica também aumentou. "O monte Ontake junta-se assim a outros dois vulcões atualmente em alerta de nível três em Kagoshima." A erupção não trouxe até agora danos humanos nem materiais.

Pelo contrário, são muitos os mortos causados pelos sucessivos sismos que têm afetado a "península de Noto" desde o início deste ano. "Mais de três mil habitantes da península" continuam no final da passada semana "isolados do mundo enquanto aguardam socorro, atrasado pela chuva, neve e deslizamentos de terra." De facto, "a atividade sísmica continua a ser sentida na península de Noto e arredores cerca de uma semana depois do sismo de magnitude 7.6."

De lembrar que o sismo sentido a 1 de janeiro no Japão, foi considerado "o mais mortífero no Japão desde 2011, quando um terramoto de magnitude 9.0 provocou um 'tsunami' que deixou mais de 20 mil mortos e desencadeou o desastre nuclear de Fukushima."

Fontes:

https://observador.pt/2024/01/14/vulcao-na-islandia-entra-em-atividade/

https://www.dn.pt/121813005/nova-erupcao-vulcanica-na-islandia-obriga-a-retirar-habitantes-de-grindavik/

https://observador.pt/2024/01/14/japao-sobe-nivel-de-alerta-devido-a-erupcao-vulcanica-em-ilha-do-sudoeste/

 

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publicado às 23:09

Um vulcão na Islândia e sismos na China

por Elsa Filipe, em 19.12.23

Ao fim do dia de ontem, o Reykjanes, um vulcão situado a 40 km de Reiquiavique, capital da Islândia, acabou mesmo entrou em erupção depois de meses de forte atividade sísmica que foi deixando as infraestruturas daquela zona bastante danificadas. A erupção do tipo efusivo, além de ter desalojado 4 mil pessoas, retiradas da vila piscatória de Grindavik, a 11 de novembro, obrigou agora à alteração do Código de cores da aviação para vermelho, embora ainda não se tenham dado "perturbações nas chegadas ou partidas no aeroporto de Keflavik".

Esta é uma das zonas da Europa com mais atividade sísmica, existindo "32 sistemas vulcânicos considerados ativos". Em 2010, ocorreu uma grande erupção, ""quando o vulcão Eyjafjallajokull causou enormes nuvens de cinza que durante dias afetaram o ar e os voos em toda a Europa". Durante cerca de oitocentos anos, a "península de Reykjanes, a sul da capital Reiquiavique, foi poupada a erupções", até março de 2021. Desde essa data, "ocorreram outros dois" grandes eventos, um "em agosto de 2022" e outro em "julho de 2023, um sinal, para os vulcanologistas, de retomada da atividade vulcânica na região."

Ontem um violento "atingiu o noroeste da China, causando 126 mortos e mais de 700 feridos." Na zona as redes "elétrica e de água e outras infraestruturas foram danificadas" estando a  população a lidar com temperaturas extremas de "15 graus negativos". O abalo, com epicentro "a cerca de 1300 quilómetros a sudoeste de Pequim, a capital da China", ocorreu perto da província de Gansu, onde foi entretanto lançado "um apelo para que fossem recrutados mais 300 trabalhadores para as operações de busca e salvamento". Nesta província, 536 pessoas terão ficado feridas.

Em Qinghai, as autoridades "informaram que 20 pessoas estavam desaparecidas num deslizamento de terras," havendo já 132 feridos confirmados.

"Os terramotos são comuns no noroeste da China, uma região montanhosa que se ergue para formar o limite oriental do planalto tibetano." Em setembro do ano passado, "pelo menos 74 pessoas morreram num terramoto de magnitude 6,8 que abalou a província de Sichuan, no sudoeste da China".

Fontes:

https://observador.pt/programas/atualidade/video-as-imagens-da-erupcao-do-vulcao-reykjanes

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-12-19-As-primeiras-imagens-da-erupcao-do-vulcao-na-Islandia-5a9faa06

https://expresso.pt/internacional/2023-12-19-Vulcao-entra-em-erupcao-a-30-quilometros-da-capital-da-Islandia.-Situacao-esta-a-estabilizar--com-fotogaleria-e-videos--c7f3b8b8

https://observador.pt/2023/12/19/sismo-na-china-provoca-mais-de-100-mortos/

https://www.tsf.pt/mundo/pelo-menos-116-mortos-e-500-feridos-apos-sismo-no-noroeste-da-china-17526129.html

 

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publicado às 19:52

Nada está nas nossas mãos quando se trata da erupção de um vulcão, a não ser abandonar o local e tentar encontrar alguma proteção, assistindo de longe a tudo o que se vai passando. É isto que tem estado a acontecer na Islândia, onde no dia 10 houve sinais de aparecimento de um túnel de magma e de atividade sísmica intensa, o que junto com o aumento dos níveis de enxofre à superfície, indica a possibilidade de uma erupção eminente. Devido a este conjunto de fatores, no dia 11 deste mês, as pessoas foram obrigados a sair das suas casas, não apenas devido aos fortes abalos sísmicos sentidos e que destruiram importantes estruturas da cidade mas também devido ao risco eminente de que uma grande erupção ocorra a qualquer momento.

Os cerca de 3400 habitantes da cidade islandesa de Grindavik, situada na Península de Reykjanes, a cerca de 50 quilómetros da capital, Reiquiavique, apenas tiveram autorização para regressar durante cinco minutos, para poderem retirar animais de estimação que tivessem ficado para trás e alguns pertences pessoais ou de valor. As planícies começaram a sofrer deformações e as estradas estão intransitáveis devido às fendas que se têm vindo a abrir dia após dia.

Apesar de ainda não haver certeza absoluta de que o vulcão vai entrar em erupção, os especialistas afirmam que durante vários meses será muito perigoso voltar para a cidade. O túnel de magma que está por baixo da cidade tem cerca de 15 quilómetros de extensão. Planeia-se a construção de um muro que proteja a central de energia geotérmica, que se localiza a cerca de 50 quilómetros de Reiquiavique, para travar a lava e impedir a destruição da central que abastece milhares de casas.

Este sistema vulcânico voltou a dar sinais de atividade em 2021, depois de 8 séculos "adormecido", mas nessa altura os danos foram mínimos, mas as erupções na Islândia são frequentes em comparação com outras zonas do globo. A mais significativa aconteceu em 2010, quando o vulcão Eyjafjallajokull causou enormes nuvens de cinza que durante dias afetaram o ar e os voos em toda a Europa.

Fontes:

https://expresso.pt/internacional/2023-11-18-Islandia-habitantes-retirados-por-causa-de-vulcao-so-poderao-regressar-dentro-de-meses-3e6bd082

https://observador.pt/2023/11/12/probabilidade-de-erupcao-vulcanica-na-islandia-aumenta-com-1-000-novos-sismos/

https://actualidadfestera.es/islandia-construye-un-muro-para-proteger-una-central-electrica-de-la-lava/

 

 

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publicado às 21:22

Sismos no Nepal e na Grécia

por Elsa Filipe, em 04.11.23

Um sismo de magnitude 6.4 com epicentro em Jajarkot, a cerca de 400 quilómetros a nordeste da capital nepalesa, Katmandu, apesar dos dados iniciais não serem muito concretos, dados mais atuais revelam que o abalo já matou 157 pessoas e deixou mais de uma centena de outras feridas. As equipas de resgate continuam a realizar buscas nas aldeias montanhosas nepalesas e os números podem vir a aumentar.

O sismo que atingiu também a capital da Índia, Nova Deli, ocorreu pouco antes da meia-noite, quando muitas pessoas já dormiam em suas casas. Apesar dos danos e do elevado número de vítimas, não se pode comparar com o ocorrido em 2015 quando um forte sismo de magnitude 7,8 matou cerca de 9 mil pessoas e danificou cerca de um milhão de estruturas.

Um outro sismo, foi sentido ontem na capital da Grécia. O epicentro ocorreu perto da cidade de Mantoudi, na ilha de Evia, a cerca de 90 quilómetros a norte de Atenas. Neste caso, as autoridades aconselharam os residentes a evitar edifícios antigos e estradas onde possam ter sido registados deslizamentos no passado, devido à ocorrência de várias réplicas. Os sismos são comuns na Grécia, a maioria ocorrendo no fundo do mar.

Fontes:

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-11-03-Sismo-de-magnitude-64-faz-pelo-menos-54-mortos-no-Nepal-fd4a6fbd

https://www.dn.pt/internacional/sismo-de-magnitude-64-no-nepal-faz-pelo-menos-37-mortos-17279441.html

https://sicnoticias.pt/mundo/2023-11-03-Sismo-de-magnitude-51-atinge-ilha-grega-de-Evia-200fda1c

 

 

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publicado às 10:03

As autoridades japonesas deram início nesta quinta-feira, à "terceira fase de descarga no mar da água tratada da central nuclear de Fukushima, enquanto Pequim e Moscovo restringiram as importações japonesas em protesto contra este processo, que deve durar várias décadas." Contextualizando a notícia, de que se tratam estas descargas?

A descarga de águas "tratadas" vem no seguimento do acidente nuclear de 2011, que ocorreu em Fukushima quando a central foi atingida por um sismo de 9.1 na escala de Richter, a que se seguiu um tsunami, que fez suspender o fornecimento de eletricidade que garantia a sua refrigeração e levou a que "os reatores, mesmo desativados," continuassem a aquecer, levando a "uma fusão parcial do núcleo nos reatores 1, 2 e 3," seguido de explosões de hidrogénio que levaram à contaminação do ambiente. Este tsunami, levou também à "evacuação de 160000 pessoas."

"Depois de tratadas, as águas usadas para o arrefecimento das barras de combustível dos três reatores destruídos foram armazenadas em cerca de mil tanques, estando a ocupar grande parte da área da central e devem ser removidas para libertar espaço para a construção de instalações para a limpeza e desmantelamento da central, o que também deverá demorar décadas."

Este escoamento das águas que fazem o arrefecimento dos núcleos, e que alegadamente são depois "tratadas", é feito através de descargas no oceano. No entanto, o processo não consegue tratar o Trítio, que em quantidades elevadas poderá ser nocivo para o ambiente e para as pessoas. Os dados são ainda pouco fiáveis, porque não existem ainda "dados a longo prazo." Por isso, as águas depois de tratadas são diluídas até uma concentração "aceitável." Está estimado que este processo ainda "demore entre 30 e 40 anos a ficar concluído."

Mesmo com a "Agência Internacional de Energia Atómica," a considerar que são "perfeitamente seguras," as operações de descarga levaram a "vários protestos, sobretudo por parte de pescadores e ambientalistas." Têm sido também vários os países a manifestar-se, entre eles, a China e a Rússia.

Em agosto deste ano, o governo chinês anunciou "a proibição imediata de todas as importações de marisco do Japão," chamando a estas descargas, um "ato extremamente egoísta e irresponsável que ignora os interesses públicos internacionais." Também na China, já tinham sido proibidas "as importações de produtos alimentares e agrícolas" de 10 prefeituras japonesas. Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, já tinha vindo dizer que o "oceano é propriedade de toda a humanidade, não um sítio para o Japão despejar arbitrariamente as suas águas contaminadas com matéria nuclear." Wenbin, informou ainda numa conferência de imprensa que seriam tomadas "as medidas necessárias para salvaguardar a vida marinha, a segurança alimentar e a saúde pública."

No entanto, o próprio governo japonês, já veio lembrar "que a descarga de água com trítio é prática comum em centrais nucleares do mundo inteiro, particularmente na Coreia do Sul e China, os países que mais se têm exprimido contra as descargas nipónicas."

Apesar do governo da Coreia do Sul, não se ter manifestado contra as descargas, "milhares de pessoas participaram em manifestações," contra a "libertação das águas contaminadas," o que resultou "na detenção de pelo menos 14 protestantes."

Fontes:

https://rr.sapo.pt/noticia/mundo/2023/11/02/japao-arranca-terceira-fase-de-descarga-de-agua-de-fukushima-no-pacifico/353406/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Fukushima_I

https://observador.pt/2023/08/24/protestos-em-toquio-e-importacao-de-marisco-proibida-pela-china-apos-libertacao-das-aguas-residuais-da-central-nuclear-de-fukushima/

https://pt.euronews.com/2023/08/24/descargas-de-fukushima-fazem-ondas-no-pacifico

https://rr.sapo.pt/noticia/mundo/2023/08/29/japao-pede-a-china-para-travar-assedio-por-causa-de-fukushima/344500/

 

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publicado às 21:50

Este é um tema que me interessa bastante. Estou muito atenta ao que se vai passando pelo mundo, no que respeita aos movimentos sísmicos, mas a verdade é que aquilo que mais me preocupa é o meu país. Passaram dois séculos e meio, mais ano menos ano, desde o grande sismo de 1755. O que mudou?

Recomendos estes vídeos, para saberem um pouco mais sobre este desastre que afetou o nosso país:

https://youtu.be/fKigEJj3iVI

https://youtu.be/N4SqWIPGrD8

De acordo com vários registos, sabemos os danos causados por este enorme evento. Os sismólogos estimam que o sismo de 1755 atingiu magnitudes entre 8,7 a 9 na escala de Richter e  levou à destruição quase completa da cidade de Lisboa, especialmente da zona da Baixa. Atingiu ainda grande parte do litoral do Algarve e Setúbal.

O epicentro não é ainda hoje conhecido com precisão, mas pensa-se, devido a um forte sismo, ocorrido em 1969 no Banco de Gorringe, que tenha sido nesse mesmo local que provavelmente se localizou o epicentro em 1755.

sismo foi seguido de um maremoto que se acredita ter atingido a altura de 20 metros e de vários incêndios que, não tendo sido controlados, alastraram durante vários dias destruindo tudo o que o sismo tinha deixado de pé. Contaram-se mais de 10 mil mortos (embora haja quem aponte muitos mais). Foi um dos sismos mais mortíferos da história, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Relatos da época afirmam que os abalos foram sentidos, consoante o local, durante duas horas e meia, causando fissuras enormes de que ainda hoje há vestígios em Lisboa. 

Minutos depois do primeiro abalo, as águas do Tejo começaram a subir ameaçadoramente pelas ruas da cidade, invadindo a baixa. Muitas pessoas que tinham fugido para as margens do Tejo com o objetivo de escapar aos edifícios que ruíam, foram apanhadas pelas águas.

Não podemos também esquecer que se celebrava neste dia um feriado do calendário religioso, o Dia de Todos os Santos (celebrado desde o século VII e fixado nesta data no século VIII, pelo Papa Gregório III) e que por isso, as igrejas e as ruas estavam cheias de gente e se haviam acendido muitas velas nos altares. 

Ainda hoje, em algumas zonas de Portugal, no dia de Todos os Santos, as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos grupos para pedir o pão-por-deus de porta em porta.

Conhecer a história é o primeiro passo para a mudança! As construções sofreram alterações, as ruas tornaram-se mais largas e isso foi um passo importante, tanto na sua reconstrução como na prevenção de danos causados por futuros eventos sísmicos. Mas estamos a falar em mais de 200 anos. Neste tempo, o que foi feito para melhorar as construções? E não falo apenas em Lisboa.

Todos os dias, há relatos de sismos de maiores ou menores dimensões que atingem a Europa e o Norte de África e que podem influenciar os movimentos tectónicos das placas que nos são mais próximas. O que tem sido feito para minimizar danos caso voltemos a ter uma ocorrência grave?

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_de_Lisboa_de_1755

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_de_Todos_os_Santos

https://ensina.rtp.pt/artigo/o-terramoto-de-lisboa-de-1755/

 

 

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publicado às 21:47

Afeganistão não pára de tremer

por Elsa Filipe, em 15.10.23

Depois de ter sido afetado por vários abalos no dia 7 deste mês, o Afeganistão continua a sofrer fortes abalos, que não têm sido muito divulgados. Nessa data, aldeias inteiras foram destruídas por um sismo de magnitude 6,3 que causou mais de mil mortos, 90% dos quais mulheres e crianças, de acordo com o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF).

Esta quarta-feira, dia 11, um novo abalo de magnitude 6,3 voltou a atingir as infraestruturas já por si bastante danificadas, lançando o pânico entre uma população traumatizada.

Ontem e hoje, novos abalos voltaram a sacudir a cidade de Herat, no noroeste do território afegão. Os sismo terão deixado pelo menos um morto e mais de uma centena de feridos. Na sequência do primeiro abalo foram sentidos outros dois tremores secundários de menor intensidade. A Organização Mundial de Saúde diz que a maioria das vítimas do terramoto de sábado são mulheres e crianças. A par disso, muitos sobreviventes são antigos refugiados, que perderam o pouco que tinham. Os dados ainda não foram atualizados e o número do mortos pode por isso vir a aumentar.

De facto, podemos dizer que o Afeganistão está a sofrer uma grave crise humanitária, com a retirada generalizada da ajuda estrangeira desde o regresso dos talibãs ao poder, sendo por isso difícil fazer chegar ajuda às populações mais necesskitadas, desde logo, abrigos para o frio. 

Fontes:

https://exame.com/mundo/novo-terremoto-de-magnitude-63-no-afeganistao-deixa-um-morto-e-dezenas-de-feridos/

https://www.publico.pt/2023/10/11/mundo/noticia/afeganistao-atingido-novo-sismo-2066337

https://observador.pt/2023/10/15/novo-sismo-de-magnitude-63-registado-no-afeganistao/

 

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publicado às 19:43


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