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A guerra continua... os inocentes morrem

por Elsa Filipe, em 07.07.24

A guerra continua... infelizmente, o fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia parece longe de terminar e, a população civil continua a ser atingida.

As acusações entre as duas forças são mútuas. Os russos acusam a Ucrânia de ter lançado drones contra "dois depósitos de combustível na região de Krasnodar, no sul da Rússia, perto da península anexa da Crimeia." Este ataque, terá também danificado "uma torre de telemóveis na cidade de Yeisk, no Mar de Azov."

O exército russo, "tem procurado penetrar nas linhas de defesa ucranianas no leste, para conquistar a parte do Donbass" que ainda não controla. No entanto, Moscovo afirma ter "libertado" (assumindo que o território lhe pertencia) "a aldeia de Sokil", que se localiza a "cerca de 30 quilómetros a noroeste da cidade de Donetsk."

No dia anterior, um ataque ucraniano com drones, contra a região de Krasnodar na Rússia, terá morto "uma criança" e ferido outras "cinco pessoas". De um lado e do outro, morrem inocentes, praticamente diariamente. Quando é que isto vai acabar?

Fontes:

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-07-06-russia-diz-ter-capturado-aldeia-na-regiao-de-donetsk-3bf7bc50

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-07-05-ataque-ucraniano-com-drones-faz-um-morto-e-cinco-feridos-na-russia-6222490f

 

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publicado às 22:01

Durante o dia de ontem, oito pessoas acabaram por perder a vida "na sequência de um incêndio num edifício de escritórios na cidade de Fryazino, nos arredores de Moscovo."

De acordo com o governo russo, mais "de 100 bombeiros e 40 veículos estiveram envolvidos na extinção do incêndio", que alastrou a uma área de 4500 metros quadrados. Em consequência dos danos provocados pelo fogo e pela água, as estruturas interiores do edifício que albergava na sua maioria escritórios, acabaram por desmoronar.

"Segundo a imprensa russa, seis pessoas morreram como consequência direta do incêndio e duas saltaram dos pisos de cima do edifício, morrendo na queda." Apesar das causas ainda estarem por ser divulgadas, o incêndio terá tido início numa "explosão causada por uma botija de gás de uma das 30 empresas sediadas no prédio," que também alberga "um centro de investigação para a indústria da defesa russa." Segundo a imprensa internacional, este edifício "pertence ao instituto de investigação Platan, responsável pela produção de componentes para caças, munições de lançamento nuclear, defesas aéreas e variados tipos de munições." No entanto, outras informações alegam que "o instituto já não está sediado no local desde os anos 90."

No que respeita à Coreia do Sul, houve pelo menos 22 vítimas mortais e um desaparecido "num incêndio numa fábrica de baterias de lítio na Coreia do Sul. Este incêndio, "na fábrica da empresa sul-coreana de baterias Aricell, em Hwaseong," perto de Seul, teve a sua origem esta "segunda-feira, numa altura em que 102 pessoas estavam a trabalhar no local." Segundo informaões policiais, "as vítimas mortais foram encontradas no segundo andar da fábrica, onde começou o incêndio" cuja origem pode ter estado numa explosão de baterias que estavam a ser examinadas para serem embaladas. No local, estariam armazenadas "cerca de 35 mil baterias de lítio."

Os trabalhadores seriam na sua maioria "oriundos da China", da Coreia do Sul e de Laus. As equipas de socorro fizeram "buscas no interior do prédio de três andares, tendo retirado "oito feridos da fábrica, dois deles com gravidade."

Fontes:

https://pt.euronews.com/2024/06/25/pelo-menos-oito-mortos-apos-incendio-em-edificio-de-escritorios-nos-arredores-de-moscovo

https://observador.pt/2024/06/25/oito-mortos-em-incendio-num-edificio-em-moscovo/

https://observador.pt/2024/06/25/novo-balanco-aponta-para-22-mortos-em-incendio-em-fabrica-na-coreia-do-sul/

 

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publicado às 18:20

Numa extensão que vai desde a Polónia até à Noruega, são seis os países que acordaram usar drones e outras tecnologias para proteger as suas fronteiras. Lituânia, Letónia, Estónia, Finlândia, Noruega e Polónia, vão "usar sistemas de vigilância" que lhes permitirão prevenir ataques hostis e "contrabando".

Enquanto isso, a Rússia terá mobilizado um grupo de "2000 soldados e oficiais", além de vários "mercenários experientes" oriundos do Regimento russo destacado em África, para combaterem nos ataques a Kharkhiv. Este alerta foi feito pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. Este Regimento terá sido criado em dezembro de 2023. Segundo a acusação do governo britânico, estes homens terão sido "muito provavelmente enviados para a Síria, Líbia, Burkina Faso e Niger" e depois terão seguido para as fronteiras com a Ucrânia já em abril deste ano.

Segundo Kiev, o objetivo desta ofensiva em "Vovchansk, na província de Kharkhiv,"será levar à "rutura das linhas defensivas ucranianas, enfraquecidas por dois anos de guerra." E se a Ucrânia cair, que mensagem será dada à Rússia? O que será esperado daí em diante? Em que posição nos vamos colocar como Estado?

Sabemos que a Rússia tem muitos apoiantes - o que é natural, estejamos ou não de acordo com eles - e que uma guerra é, também, um "jogo" de tabuleiro que mexe com muito mais do que armamento, ataques e defesas. Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a China foi um dos países que se distanciou do contexto direto "de guerra, recusando-se a fornecer apoio militar," mas que no entanto nunca tomou uma posição condenatória das ações de Moscovo. Esse apoio tem sido visto em termos económicos, fazendo com que as sanções ocidentais aplicadas à Rússia, não se tenham mostrado eficazes. "Pequim comprou" mesmo "petróleo, carvão, cobre e níquel," à Rússia, "garantindo importantes fontes de rendimento ao Kremlin. Perante estas circunstâncias, o gigante asiático tem um interesse claro em impedir uma vitória ucraniana, já que esta fortaleceria o Ocidente e aumentaria o risco da queda de Putin."

A Bielorrússia, por sua vez, já todos sabemos que é um dos grandes apoiantes da Rússia. Este "estado, que anteriormente integrava a União Soviética, tornou-se num vassalo da Rússia. Sem grande interesse a nível económico e sem capacidade para ceder ajuda militar, a Bielorrússia é importante pela postura fiel que apresenta em relação aos planos políticos de Vladimir Putin." Foi mesmo a partir deste território que a invasão da Ucrânia teve início.

Já o Irão, "tem fornecido, desde o início da guerra na Ucrânia, um apoio militar sem precedentes à Rússia. As entregas de armamento passam, em grande parte, pelo envio de drones kamikaze, que têm aumentado a capacidade de ataque aéreo das forças de Moscovo." Também o Regime de Pyongyang, na Coreia do Norte, "é outro grande apoio militar para Moscovo. O regime norte-coreano tem fornecido enormes quantidades de munições - um elemento essencial numa guerra de longo prazo, na qual a rapidez de produção de armamento não acompanha as necessidade no campo de batalha."

Mas e os países africanos? Que benefícios tiram deste guerra? Bem, um desses benefícios foi conseguido na Cimeira Russia-África, realizada em 2023 e em que Putin se comprometeu a "fornecer cereais gratuitamente a seis países africanos." Entre os beneficiários estavam o "Burkina Faso, o Zimbabué, o Mali, a Somália, a República Centro-Africana e a Eritreia". Apesar de Angola se estar a aproximar cada vez mais das políticas do Ocidente, a verdade é que, anteriormente, os dois países tinham celebrado um importante plano de cooperação (anexado ao acordo de cooperação militar, técnico-militar e policial entre a Rússia e Angola para os anos 2014-2020), "cujos programas individuais" chegam "a prever a construção de fábricas de armamento com patente russa em território angolano." Este mesmo programa "previa o fornecimento de armamento aos três ramos das forças armadas angolanas, incluindo aviões de combate, vigilância e treino, mísseis e outras armas sensíveis à força aérea angolana; navios de patrulha à marinha ou construção de uma fábrica de artilharia e outra de armas ligeiras, modernização de blindados, e cedência de armas ligeiras ao exército e polícia angolanos."

No que respeita a Moçambique, "a Rússia assinou nos últimos anos vários acordos militares, um de proteção mútua de informações classificadas, em agosto de 2019, e outro de procedimentos simplificados para a entrada de navios de guerra russos em portos moçambicanos, em abril de 2018, seguido de um memorando de cooperação naval um ano depois." Não nos podemos esquecer que a Rússia enviou "o grupo paramilitar Wagner para combater a al-Shabab em Cabo Delgado, numa operação efémera, que se saldou por um fracasso dos mercenários russos."

A própria Guiné-Bissau, "para além do perdão da dívida na ordem dos 26 milhões de euros, anunciado pelo Governo russo em março último," também surge "nos registos oficiais russos como signatária, em novembro de 2018, de um acordo de cooperação técnico-militar." Haverá um aproveitamento das fragilidades destes países, ou será a ganância dos seus governantes e altas patentes que aqui está em causa?

Fontes:

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2567990/paises-da-nato-vizinhos-da-russia-vao-erguer-muro-de-drones

https://observador.pt/2024/05/24/londres-avanca-que-russia-mobilizou-unidades-de-africa-para-ofensiva-em-kharkiv/

https://www.jn.pt/8090083123/quem-sao-os-aliados-internacionais-que-sustentam-o-regime-de-vladimir-putin/

https://www.publico.pt/2023/07/27/mundo/noticia/putin-promete-cereais-gratuitos-seis-paises-africanos-2058337

https://expresso.pt/internacional/2024-05-19-acordo-militar-com-angola-e-o-mais-ambicioso-dos-assinados-pela-russia-com-os-palop-e602bda2

 

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publicado às 22:03

Em Moçambique, no dia 11 de maio, morreu o embaixador da Rússia em Maputo, Alexander Surikov, mas apesar de não se saber ainda a verdadeira razão da sua morte, não irá haver qualquer investigação, nem sequer uma autópsia, por indicação superior, como nos fazem saber as notícias que circulam.

Alexander Surikov, tinha 68 anos, e tinha sido "nomeado por Vladimir Putin para o cargo de embaixador de Moçambique em 2017". O embaixador foi encontrado morto, no passado "sábado à noite," na sua "residência oficial em Maputo e, segundo a polícia moçambicana, as autoridades russas não autorizaram qualquer exame ao corpo, segundo informação anterior da polícia." O que se passa é que existe aqui um caso de imunidade diplomática.

"Ele deve ter falecido em casa, ou seja, isso é território russo e os russos têm plenos poder para decidir sobre o que fazer ou não a embaixador seu que faleceu em território russo, digamos", afirmou José Milhazes numa entrevista ao DW

Refira-se que, quando "o piquete policial chegou à morgue do Hospital Central de Maputo", o corpo tinha sido já "acondicionado”, ou seja, não chegaram a aceder ao corpo de forma a tirar essa conclusão. Segundo a versão preliminar da diplomacia russa é que se terá tratado de "um acidente vascular cerebral."

Fontes:

https://observador.pt/2024/05/16/ministerio-publico-mocambicano-renuncia-a-investigacao-a-morte-de-embaixador-da-russia/

https://cnnportugal.iol.pt/russia/mocambique/embaixador-russo-morre-em-mocambique-russia-impede-autopsia-e-fala-em-acidente-vascular-cerebral/20240512/6640e513d34e04989220c10f

https://www.dw.com/pt-002/medidas-russas-no-caso-da-morte-do-seu-embaixador-em-maputo-visam-evitar-especula%C3%A7%C3%B5es/a-69086062

 

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publicado às 16:53

Celebra-se hoje o Dia da Europa. A data foi escolhida pelo Conselho Europeu de Milão, de 28 e 29 de junho de 1985 e celebrada pela primeira vez em 1986, de forma a assinalar a Declaração Schuman, e a necessidade de manter "a paz e a unidade do continente europeu."

Considera-se que a atual ideia de União Europeia, teve início com a proposta de Robert Schuman, que apresentou uma nova forma de cooperação política na Europa, que "tornaria impensável uma guerra entre os países europeus." No documento, de 9 de maio de 1950, destaca-se a frase:

"A paz mundial só poderá ser salvaguardada com esforços criativos à medida dos perigos que a ameaçam."

Em 2024, a ideia de uma Europa unida e democrática está presa por fios cada vez mais frágeis. Há muito que as ameaças têm sido ignoradas. Começando pela Lituânia, que alertou para a ameaça da Rússia em 2014, passando pelas palavras dirigidas à Finlândia que tem a maior fronteira terrestre da NATO com o território russo e que já disse estar na posse de "armas e equipamento militar armazenados na Noruega — e poderão fazê-lo igualmente na Suécia." Neste momento, é impossível falar em Europa sem referir a guerra na Ucrânia e a escalada do conflito naquela região. É impossível não nos lembrarmos das ameaças que constantemente são proferidas, seja em tom mais direto ou em tom mais irónico.  

Os EUA, já vieram também colocar em consideração, a possibilidade de usarem a Escandinávia como depósito de armas, "numa resposta clara à possibilidade de agressão russa contra um destes países do norte da Europa." E é por isto que não podemos descansar. É por isto que não podemos enfiar a cabeça na areia e ignorar o que se passa nas fronteiras que fazem parte do território europeu. A ideia de proteção mútua entre os países integradores da União Europeia, faz também com que, se um for ameaçado, os outros se coloquem também na sua pele e se sintam atacados, por meio de atos ou palavras. As palavras... essas que podem ter mais poder que um míssil e causar uma maior devastação, mas que tantas vezes são apenas palavras...

Esta semana, no discurso da tomada de posse de Putin, este referiu que estava aberto a dialogar com o ocidente de forma "sincera" - acrescentando as seguintes palavras: "veremos se continuam a travar o desenvolvimento do nosso país e a exercer pressão sobre o nosso país ou se procuram formas de cooperar connosco”. Um diálogo com cheirinho a ameaça...

Em 2024, são esses esforços criativos que estão a faltar. A guerra entrou pela porta da Eupopa, mas ainda não passou mais adiante por influência de vários fatores políticos. Espero, muito sinceramente, que as eleições europeias não nos venham a trazer nenhuma surpresa desagradável.

Fontes:

https://european-union.europa.eu/principles-countries-history/symbols/europe-day_pt

https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=35178&img=2661

https://expresso.pt/internacional/russia/2024-05-07-putin-toma-posse-pela-quinta-vez-e-garante-que-russia-nao-recusa-dialogo-com-ocidente-ccdd4edf

https://expresso.pt/internacional/guerra-na-ucrania/2024-05-06-putin-ja-puxa-dos-galoes-nucleares-vizinhos-armados-ate-aos-dentes-e-um-verao-que-cheira-a-nato-803-dias-em-guerra-9e6792a6

 

 

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publicado às 12:32

A NATO comemora 75 anos. E 75 anos continua a fazer sentido a sua existência, com o renascer da guerra dentro da Europa e, com um inimigo que não é novo: a Rússia.

Para celebrar esta data, o documento original que data de 1949, "viajou de Washington até Bruxelas," onde ficará hoje e amanhã em "exposição na sede da NATO."

Esta aliança militar, que começou com 12 membros e tem hoje 32, foi assinado num período de plena "oposição entre os blocos ocidental e oriental no âmbito da Guerra Fria" e, mantém ainda como "inimigo", já não a União Soviética, mas a Federação Russa. Os primeiros 12 países participantes foram os "Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Dinamarca, França, Grã-Bretanha, Itália, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos e Portugal." Em 1955, dando resposta "à adesão da República Federal da Alemanha (RFA) à NATO", o bloco de Leste criou "o Pacto de Varsóvia, uma aliança militar composta por oito países (URSS, Albânia, Bulgária, Roménia, Hungria, Polónia, Checoslováquia e Alemanha de Leste) e que acabou "dissolvido em 1991."

Recordo, que num discurso à nação russa, Putin, "fez acusações ao Ocidente, sobretudo aos EUA, à NATO e destacou o poderio militar russo" não deixando de salientar "a ameaça nuclear." Referindo-se à atual corrida ao armamento, comparou-a ao período da Guerra Fria, reforçando que os países que fazem parte da Aliança Atlântica, "têm de entender que nós também temos armas que os podem derrotar no seu próprio território". Foi nesta mesma declaração que Putin acusou a NATO (ou melhor, o "Ocidente") de ser a culpada de ter provocado "um conflito na Ucrânia, no Médio Oriente e noutras regiões do mundo e", pasmem-se, de "continua a mentir." Referindo-se a um período específico da II Guerra Mundial, em que a URSS saiu vitoriosa sobre a Alemanha, lembrou o "destino daqueles que uma vez enviaram tropas para o território" russo.

Sabiam que França, apesar de ter sido um dos países fundadores, esteve "fora" da Aliança entre 1966 e 2009? Bem, a sua saída foi apenas no âmbito militar, continuando a participar no âmbito político de forma a "desafiar a hegemonia americana no seio da organização."

O primeiro envolvimento militar da NATO, foi em 1993, durante a "guerra na Bósnia-Herzegovina, que se seguiu ao desmembramento da Jugoslávia." Em 1999, interviu também no conflito do Kosovo em 1999.

Em 2001, de forma a dar "resposta aos ataques terroristas nos Estados Unidos" a NATO invocou pela primeira e única vez até agora, "o Artigo 5.º"que "consagra o princípio da defesa coletiva" e estipula que, "um ataque contra um membro da NATO, é considerado como um ataque contra todos os Aliados."

Em 2014, para dar "resposta à anexação ilegal e ilegítima da Crimeia pela Rússia" e a invasão da Ucrânia em 2022, "a presença militar da NATO tem sido progressivamente reforçada na parte oriental do seu território para apoiar a sua postura de dissuasão e defesa." Assim, além do contingente militar que se encontra distribuído por oito países, enviou, também,  "navios para o Mar Báltico e para o Mediterrâneo," além de ter aunmentado o "nível de prontidão operacional das suas tropas." A vigilância aérea foi também reforçada.

Os últimos países a entrar para a NATO, foram a Finlândia (em abril de 2023) e a Suécia (março de 2024) o que veio pôr "fim à sua tradição de neutralidade militar e de não-alinhamento."

Fontes:

https://www.dn.pt/5362597734/putin-sobre-a-nato-e-a-ameaca-nuclear-eles-tem-de-entender-que-tambem-nos-temos-armas/

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/04/04/75-anos-da-nato-o-tratado-de-washington-em-exposicao-em-bruxelas

 

 

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publicado às 10:40

Páscoa, é tempo de...

por Elsa Filipe, em 31.03.24

Algumas pessoas poderiam responder "amor", "família", "reencontro"... ou até "paz".

Se calhar, eu hoje usufruí de todas estas coisas, talvez alguns de vocês também tenham tido um dia descansado, em família e rodeados de amor. Mas depois olhamos para lá do nosso núcleo, da segurança da nossa casa, e o que vemos são atentados, agressões e mortos. Muitos acreditam em renascimento, outros na importância de Jesus e ainda há aqueles que, como eu, não acreditam em nada disto, mas celebram nesta data, a maravilha de voltar a estar em família. Alguns agradecerão a benção de um novo dia, de ter saúde, de ter trabalho... outros, estarão a olhar para cima, não à procura de qualquer deus, mas de um míssel ou de uma bomba que não lhes caia em cima. Alguns olharão algumas iguarias na mesa... mas outros esperam que lhes caia do céu uma caixa com alguma comida e que não morram enquanto a tentam alcançar.

E a Páscoa, seja qual for a motivação religiosa, ou mesmo na sua inexistência, não deveria ser uma data em que a fome e a morte estão presentes.

Enquanto círios luminosos, alegram com a sua luz algumas igrejas e casas, há dez dias, que Kharkiv, "segunda maior cidade da Ucrânia, está mergulhada na escuridão depois do sistema de energia ter sido destruído por um ataque massivo de mísseis russos." E os ataques não páram!

Já em Gaza, "o hospital de Al-Aqsa," foi atingido por um ataque aéreo, resultando em "quatro mortos e dezassete feridos." Mais uma vez, o ataque que atingiu o hospital localizado em Deir al-Balah, "onde milhares de pessoas se abrigaram depois de terem fugido das suas casas noutros locais do território devastado pela guerra, teve como alvo um centro de comando operado pelo grupo Jihad Islâmica”. Entre os feridos, contam-se vários jornalistas. "O exército de Israel informou" durante o dia de hoje, tentando assim justificar este tipo de ataques, "que as tropas encontraram numerosas armas escondidas no hospital de al-Shifa, na cidade de Gaza."

Enquanto alguns se reúnem em volta da mesa, usufruindo de uma refeição, outros há que são alvejados enquanto tentam arranjar comida. Foi o que aconteceu quando "durante uma distribuição de alimentos na cidade de Gaza," cinco palestinianos foram "mortos a tiro."

O Líbano tem sido também alvo de ataques de tropas israelitas, que afirmam ter já morto dois importantes dirigentes do "grupo xiita libanês Hezbollah." E já que falamos em Hezbollah, o grupo terá também lançado ontem um ataque "contra a zona de Kiryat Shmona, no norte de Israel," já esta manhã, "atacou também zonas próximas das cidades de Malkia e Margaliot, no norte de Israel." 

E podia aqui continuar a enumerar... mas sinceramente, acho que basta ligarmos a televisão, ouvirmos as notícias no rádio, ou lermos um dos muitos jornais digitais. É que ficamos logo cansados de tanta desgraça, especialmente, numa época que devia ser de reflexão e de união.

 

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publicado às 22:46

Diplomacias, alertas e receios

por Elsa Filipe, em 25.03.24

Ainda o mundo está em choque com a situação que aconteceu em Moscovo e que provocou 137 mortos e que veio expor as prioridades de segurança da Rússia, já Putin vem tentar tapar as fragilidades do regime. Este fim-de-semana voltamos a assistir ao aumento da sensação de perigo a nível internacional. Se a guerra nos assusta, mais ainda custa a incapacidade em lidarmos com a ameaça de ataques terroristas, como o que ocorreu em Moscovo. Parece estar longe, mas aquela sala de espetáculos, poderia ser qualquer uma das nossas salas, dentro ou fora da nossa capital. Depois, aquilo que também me deixa inquieta é a utilização deste ataque como desculpa para se aumentar o nível de ataque a outro país, ou de criar novas desconfianças.

Começando pelo ataque e apesar da brutalidade das ações que os seus perpretadores cometeram, há agora a denúncia de que os elementos que foram detidos e que alegadamente foram os culpados pelo atentado, estão a ser sujeitos a ações de tortura. Vários países condenaram os ataques, e sabe-se também que a Rússia tinha sido avisada com antecedência de que estaria a ser preparado um grande ataque em solo russo. Não foram tomadas medidas para que o ataque fosse evitado, ou se foram, estas não foram eficazes.

"As forças de segurança russas" perseguiram e detiveram onze indivíduos de nacionalidade alegadamente tajique, ou pelo menos, que se faziam acompanhar por passaportes do Tajiquistão, que estariam relacionados "com o ataque na sala de concertos Crocus City Hall." Os suspeitos foram apanhados "na região de Bryansk," que se situa a cerca "de 340 quilómetros do local do ataque, na fronteira com a Ucrânia e a Bielorrússia." Quatro desses onze detidos, terão sido os atacantes que dispararam indiscriminadamente dentro do Crocus City Hall e que depois lançaram uma bomba incendiária que destruiu o edifício. No entanto, tendo em conta as imagens transmitidas pelo "autoproclamado Estado Islâmico" que mostra, "alegadamente, os homens armados do Daesh-Khorasan na sala de espectáculos de Moscovo" e que afirma que os combatentes terão voltado em segurança, então como é que foram detidos? Quem mente aqui?

Nas imagens que a televisão pública russa transmitiu, vê-se a entrada de quatro elementos na sala de tribunal e três dos homens detidos aparecem com "sangue no rosto." Um deles apareceu em tribunal em cadeira de rodas e aparentemente sem um olho e outro deles, com a face inchada e aparentemente desorientado. Três dos quatro suspeitos, acabaram por admitir a culpa pelos atentados em tribunal e todos eles "arriscam uma pena de prisão perpétua por terrorismo." Este ataque "reabriu o debate na Rússia sobre a pena de morte," que não foi ainda "aplicada no país" - pelo menos, não formalmente - "mas o Código Penal prevê" a aplicação da pena capital "em casos de terrorismo." Apesar de terem confessado o crime, os presos terão sido pressionados a fazê-lo mediante tortura e isso não é aceitável, mesmo que se condene veementemente todos os crimes cometidos. Ou melhor, perante a alegada tortura, não chegamos a saber se foram mesmo estes os verdadeiros terroristas ou se assumiram para que a tortura parasse.

Num vídeo, "divulgado na Internet e cuja autenticidade não foi confirmada, parece mostrar um dos suspeitos a ter uma orelha cortada por alguém fora das câmaras." 

No entanto, não há comentários da parte de elementos do regime russo sobre "a reivindicação do EI", e num "discurso televisivo difundido várias horas depois do atentado, Putin condenou o que descreveu como um ato terrorista bárbaro e sangrento e apelou à vingança." 

"Os Estados Unidos acreditam na reivindicação do ataque pelo Estado Islâmico, em particular, pelo Isis-K, um ramo do Daesh com sede no Afeganistão," mas "os investigadores russos afirmam que os atacantes têm laços com a Ucrânia."

"O Kremlin acredita que os Estados Unidos estão a tentar esconder as culpas da Ucrânia no ataque terrorista," alegando "que quatro dos detidos tentaram cruzar a fronteira" entre os dois países e que teriam aí apoio para "escapar."

"As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque." Apesar de tudo, quando finalmente apareceu para falar sobre o atentado, Putin afirmou estar em "guerra." De facto, o conflito teve agora um aparente novo "impulso destrutivo", o qual "acontece quando o Kremlin reconhece estar em estado de guerra ao fim de dez anos da anexação da Crimeia e da guerra por procuração no leste ucraniano, e dois anos depois da invasão que apelidou de Operação Militar Especial”

Ontem, "em resposta a uma vaga de ataques de mísseis russos contra o território ucraniano," em que "o espaço aéreo polaco" foi violado por um "míssel cruzeiro lançado contra alvos no oeste da Ucrânia," este país "decretou estado de alerta e ativou a Força Aérea para proteger a zona de fronteira com a Ucrânia." O míssel terá entrado "no espaço polaco perto da cidade de Oserdow" e permanecido "lá durante 39 segundos. Durante todo o voo, foi observado por sistemas de radar militares".

Tendo em conta o atentado em Moscovo, "reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico, que também representa um ameaça para a França," Macron anunciou que o país se encontra "em estado de alerta máximo para a possibilidade um atentado terrorista."

Fontes:

https://www.dn.pt/4924238443/russia-recusa-comentar-alegacoes-de-tortura-de-suspeitos-e-autoria-de-atentado/

https://cnnportugal.iol.pt/videos/suspeitos-do-ataque-a-moscovo-vao-a-tribunal-com-sinais-de-tortura-medvedev-defende-pena-de-morte/6601866a0cf233605570bf58

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-03-23-Ataque-terrorista-em-Moscovo-dois-suspeitos-foram-detidos-apos-perseguicao-3b6fd53f

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/polonia-em-estado-de-alerta-depois-de-missil-russo-violar-espaco-aereo_n1559687

https://pt.euronews.com/2024/03/24/putin-declara-luto-nacional-na-russia-e-insiste-no-envolvimento-de-kiev

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/terrorismo-franca-em-estado-de-alerta-maximo_n1559842

https://www.publico.pt/2024/03/24/mundo/noticia/daesh-divulga-videos-ataque-moscovo-matemnos-misericordia-2084733

 

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publicado às 20:34

Ataque a sala de concertos em Moscovo

por Elsa Filipe, em 23.03.24

Ontem, ao final do dia, na Rússia, um grupo de atiradores entrou na sala de concertos Crocus City Hall, "uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, onde se preparava para atuar a banda PikNik," e atacou indiscriminadamente quem lá estava. O balanço ao início da madrugada era de cerca de 40 mortos e mais de cem feridos, mas hoje esses valores já foram atualizados e passam para 140 vítimas mortais e centenas de feridos.

O grupo armado terá também lançado um cocktail "molotov" que incendiou o espaço e causou o pânico das pessoas que tentaram fugir das chamas. O telhado do edifício acabou por desabar parcialmente, ainda estando a decorrer operações de busca e salvamento. "Não foi dada qualquer informação sobre o número de pessoas presas no interior da estrutura."

Uma das falhas apontadas tem sido a falta de segurança do edifício e a demora dos serviços de socorro e de segurança a chegar ao local para socorrer as pessoas. A Rússia começou por apontar logo a mira à Ucránia, através de Dmitri Medvedev, "ex-chefe de Estado e atual vice-chairman do Conselho de Segurança russo," que começou logo por fazer um apelo a "uma forte retaliação caso se descubra uma ligação entre Kiev e o atentado." Putin, manteve-se em silêncio.

A Ucrânia desde logo negou ter "qualquer responsabilidade e os serviços secretos de Kiev" acusaram mesmo "o Kremlin de orquestrar o ataque, para culpar a Ucrânia e justificar uma escalada da guerra, conforme noticiou a agência France-Presse (AFP)." Também outros grupos armados "pró-ucranianos, incluindo a Legião Rússia Livre, ativa em território russo," negaram qualquer envolvimento no ataque.

Entretanto, o atentado já foi aparentemente reinvindicado pelo Estado Islâmico. O Daesh, através da sua célula "Khorasan, ativa no Médio Oriente, Irão, Paquistão, Afeganistão e Ásia Central," terá reinvindicado o ataque" e, ao que parece, "há muito que o país se encontrava na mira do grupo, sobretudo após a participação das forças russas na guerra civil síria, ao lado do regime de Bashar al-Assad."

O Presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, anunciou o "cancelamento de todos os eventos públicos deste fim de semana. Os principais museus e teatros da capital também anunciaram que vão fechar as portas." Segundo informações transmitidas pela televisão russa, "foram tomadas medidas de segurança reforçadas, nomeadamente nos aeroportos de Moscovo e noutras grandes cidades do país."

Já foram entretanto efetuadas várias detenções, tendo sido detetado um veículo em fuga "perto da localidade de Jatsun, região de Briansk, a cerca de 340 quilómetros a sudoeste de Moscovo" no qual terá sido encontrada "uma pistola, um carregador para uma arma de assalto e passaportes para o Tajiquistão, noticiou a agência russa TASS." O governo tajique, informa que "a difusão de informação não confirmada e pouco fiável pode prejudicar os cidadãos do Tajiquistão que se encontram atualmente fora do país."

Num comunicado de 7 de março, uma nota emitida pela "embaixada dos Estados Unidos na Rússia apelava aos cidadãos norte-americanos para evitarem ajuntamentos na capital russa, alertando para a possibilidade de um ataque terrorista." 

Este foi é o mais mortífero ataque registado nos últimos anos na Rússia, depois do ataque ao Teatro Dubrovkna, em 2002, e do ataque a uma escola em Beslan, em 2004.

Em 2002, "um comando checheno fez cerca de 850 reféns no teatro Dubrovka" em Moscovo, mas foi durante a "operação de resgate" que se registou um dramático “banho de sangue”, com a morte de pelo menos 170 pessoas.

Já em setembro de 2004, "durante uma cerimónia de início do ano escolar, três dezenas de rebeldes chechenos invadiram o recinto de uma escola em Beslan, mascarados e com cintos explosivos. Exigiam a retirada das tropas russas da região da Chechénia. Durante três dias, mantiveram mais de mil pessoas sequestradas no interior da escola, que armadilharam com bombas, ameaçando explodir o edifício a qualquer momento." A situação terminaria numa terrível falha de atuação, "três dias depois, com a entrada repentina de tropas especiais russas no edifício. As explosões ocorridas no início do sequestro e durante a entrada das tropas russas causariam mais de três centenas de mortes, entre as quais 186 crianças."

Fontes:

https://www.jn.pt/6976308829/onze-detidos-apos-ataque-do-daesh-que-matou-115-pessoas-em-moscovo/

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/ataque-em-moscovo-a-evolucao-da-situacao-na-russia-ao-minuto_e1559470#article_content_1559478

https://www.jn.pt/572632479/ataque-em-moscovo-e-operacao-do-kremlin-acusam-servicos-secretos-ucranianos/

https://www.publico.pt/2024/03/22/mundo/noticia/tiroteio-seguido-explosao-moscovo-faz-varios-mortos-2084600

https://observador.pt/2024/03/23/fotogaleria-ataque-reivindicado-pelo-autoproclamado-estado-islamico-deixa-rastro-de-destruicao-e-morte-em-moscovo/

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publicado às 12:50

Era para ser um ato eleitoral...

por Elsa Filipe, em 17.03.24

... mas não passou de uma fantochada! 

Não foram eleições nem livres, nem justas, mas isso não nos espanta, sabendo nós a forma como as coisas são feitas do lado russo e quais são os objetivos "escondidos" de tal regime.

Putin foi a eleições com três concorrentes: "o representante do partido Novo Povo Vladislav Davankov, o comunista Nikolai Kharitonov e o ultranacionalista Leonid Slutski." Segundo algumas sondagens, que pouco valor terão na atual conjuntura, o "representante do partido Novo Povo, Vladislav Davankov, e o comunista Nikolai Kharitonov reúnem 6% das intenções de voto. Já o ultranacionalista Leonid Slutski poderá ter cerca de 5% dos votos." Aqueles que se atreveram a pôr em questão a guerra, foram desde logo afastados. "A oposição ao Kremlin não pôde concorrer às eleições, uma vez que a comissão eleitoral não registou os seus candidatos por várias razões técnicas ou questões formais, devido ao seu apoio à paz na Ucrânia."

Mas a ida às urnas decorreu num clima de repressão e sem liberdade, embora com algumas ações de protesto, que tentaram mostrar ao resto do mundo o descontentamento e a contestação da população. Num grave atropelo à democracia, a repressão irá continuar, uma vez que embora muitos estejam contra as ações de Putin, a verdade é que poucos têm coragem de o enfrentar. 

"Milhares de russos protestaram pacificamente, nas assembleias de voto locais, contra a reeleição de Vladimir Putin: boicotaram o voto ao destruir o boletim ou selecionar outro candidato que não o líder russo." Estes russos, seguiram aquilo que lhes tinha sido pedido por "Alexei Navalny pouco antes da sua morte." Alguns dos "protestantes escreveram simbolicamente o nome de Navalny no boletim." A existência de muita gente a votar é relativa, uma vez que por exemplo os funcionários públicos receavam retaliações caso não fossem votar.

A vitória esmagadora de Putin, nesta espécie de eleições, dá-lhe a possibilidade de continuar a dizer que está legitimado nas suas ações. Putin irá continuar a sua guerra contra a NATO e contra a Ucrânia, irá continuar a reprimir o seu povo e a ameaçar os seus opositores. "Os ucranianos que moram nas regiões ilegalmente anexadas pela Rússia em setembro de 2022 (Luhansk, Donetsk, Zaporíjia e Kherson) também estão a ser obrigados a votar."

Em Portugal, foram muitos os russos que hoje se deslocaram à embaixada da Rússia, junto à Calçada de Arroios para exercer o seu direito de voto, embora muitos deles tenham afirmado que não acreditam no ato eleitoral. 

"A eleição deverá manter Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, devido a uma alteração constitucional feita em 2020."

Entretanto, nos últimos dias, enquanto a Rússia continua a atacar em território ucraniano, a Ucrânia tem lançado ataques contra várias refinarias russas de forma a diminuir a capacidade russa de se reabastecer e de continuar a exportar combustível. Macron, presidente francês, continua a não afastar a hipótese de enviar tropas para território ucraniano.

Fontes:

https://expresso.pt/internacional/russia/2024-03-17-Eleicoes-presidenciais-russas-ultimo-dia-da-votacao-marcado-por-acao-de-apoio-a-Navalny-e-contra-Putin-9a0e4038

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/eleicoes-na-russia-participacao-ultrapassa-74-a-seis-horas-do-fecho-das-votacoes_n1558050

https://expresso.pt/podcasts/leste-oeste-de-nuno-rogeiro/2024-03-17-Quem-ganhara-as-eleicoes-na-Russia--690303f2

 

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publicado às 20:58


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