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Atualmente, cerca de 80 milhões de pessoas estão deslocadas. Isso representa 1% da população mundial. Desse total, quase metade é composta por crianças. A situação dos refugiados, é uma realidade que não pode ser esquecida. Mesmo perante o Covid ou, sobretudo, também devido à crise que o próprio Covid provocou também nestes países.

A ajuda huminatária, essencial para garantir a sobrevivência de milhões de pessoas, não chega a todos os lugares. A população de refugiados do Sudão do Sul é a maior da região e uma das mais vulneráveis. Cerca de 2,3 milhões de refugiados vivem em condições extremamente precárias, agravadas pela pandemia COVID-19.

Hoje vamos perceber quais são alguns dos países mais afetados A situação de segurança e humanitária na República Democrática do Congo (RDC) continuou a deteriorar-se, principalmente no leste, palco de uma das mais complexas e longas crises humanitárias permanentes na África. 

A situação na Somália é uma das crises de deslocamento mais antigas do mundo, fruto de um conflito armado em curso. Muitas pessoas continuam a precisar de assistência humanitária urgente e mais de 778.000 refugiados somalis em países anfitriões também continuam a contar com proteção, assistência e apoio na busca por soluções duradouras. Muitos dos deslocados testemunharam atrocidades e mulheres foram vítimas de violência sexual.

Milhares de pessoas foram forçadas a deslocar-se internamente no Iraque depois das suas terras terem sido confiscadas e suas casas e meios de subsistência terem sido destruídos. Existem cerca de 1,4 milhão de deslocados internos no Iraque, mais da metade dos quais vivem deslocados há pelo menos três anos. Há também cerca de 278.600 refugiados iraquianos no Egipto, Jordânia, Líbano, Síria e Turquia.

No caso do Afeganistão, a crise já dura aproximadamente 50 anos e os afegãos são a segunda maior população de refugiados. Em 2020, o país tornou-se o terceiro com maior número de pessoas forçadas a procurar outras regiões onde viver. Com 2,5 milhões de refugiados, 2,8 milhões de deslocados internamente e 240 mil requerentes de asilo, o país está atrás apenas de Síria (com 6,8 milhões entre refugiados e requerentes de asilo e 6,7 milhões de deslocados internamente) e da Venezuela (com 4,9 milhões de deslocados ao todo).

 

Fontes:

https://news.un.org/pt/story/2020/07/1721671

https://csvm.ufg.br/n/146023-para-onde-vao-os-refugiados-afegaos

 

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publicado às 17:12

A problemática da travessia do Mediterrâneo faz todos os anos milhares de mortos. O resgate destas pessoas é em muitos casos feito em alto mar antes de chegarem a portos europeus, mas nem sempre estes resgates têm sucesso ou são executados da melhor forma.

Choca-nos ainda mais quando envolve crianças, que na sua inocência, fogem de conflitos acompanhadas ou não pelos seus progenitores que tentam alcançar portos europeus.

A 10 e 11 de agosto, dos resgates feitos pelo Ocean Viking - operado pelos Médicos sem Fronteiras e a SOS Méditerranée, ambas anteriormente responsáveis pelo navio Aquarius -  a grande parte dos migrantes resgatados eram também homens sudaneses que fugiam da Líbia. A 12 de agosto, o navio humanitário "Ocean Viking" resgatou outros 105 migrantes nas águas internacionais ao largo da Líbia, aumentando o número de pessoas a bordo para 356. Só que ainda aguardam um porto seguro para desembarcar.

No caso da embarcação Open Arms, mais de 150 migrantes resgatados estão retidos, alguns há mais de 10 dias, a bordo do navio da ONG espanhola ao largo de Lampedusa à espera de um porto seguro para desembarcar.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, a verdade é que são cerca de 130 crianças no total que estão atualmente nas embarcações Viking Ocean e Open Arms, que aguardam para desembarcar na Europa após resgate no mar Mediterrâneo. As pessoas não foram autorizadas a desembarcar, uma vez que Itália e Malta não aceitaram receber os ocupantes e as ONGs que fretaram as embarcações disseram que não devolveriam os sobreviventes à Líbia por falta de segurança nos portos do país.

A agência destaca relatos de que apenas 11 das 103 crianças a bordo do navio humanitário Ocean Viking estão acompanhadas por um dos pais ou adulto responsável. A verdade é que muitas vezes estas crianças acabam por se perder durante as viagens, ou são mesmo raptadas pelos traficantes que as tentam trazer para a Europa. Quando eventualmente são resgatadas, não trazem documentos, têm graves problemas de saúde e de desnutrição. Outras tantas, morrem durante a viagem, muitas das quais nem são contabilizadas uma vez que não são feitas contagens oficiais.

Segundo os dados mais recentes da Organização Internacional para as Migrações (OIM), 39.289 migrantes e refugiados chegaram à Europa através do Mar Mediterrâneo entre 01 de janeiro e 04 de agosto de 2019, cerca de 34% menos que em igual período de 2018. Deste total, o maior número de pessoas chegou à Grécia (18947), seguindo-se a Espanha (13568), Itália (3950), Malta (1583) e Chipre (1241). No mesmo período, 840 pessoas morreram durante a travessia do Mediterrâneo, segundo a organização.

 

Fontes:

https://news.un.org/pt/story/2019/08/1683581

https://expresso.pt/sociedade/2019-08-06-O-Ocean-Viking-ja-esta-no-mar-1

https://observador.pt/2019/08/12/ocean-viking-faz-novo-resgate-no-mediterraneo-e-tem-agora-356-migrantes-a-bordo/

 

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publicado às 22:57

12 de fevereiro foi a data escolhida para alertar a comunidade internacional para esta trágica e chocante realidade que afeta  centenas de crianças que continuam a ser raptadas, abusadas e utilizadas em conflitos armados. Entende-se por criança-soldado qualquer pessoa que tenha menos de 18 anos e faça parte de qualquer tipo de força armada organizada ou não organizada. A definição refere-se também a crianças que usem ou tenham usado armas e aplica-se a crianças que possam ter desempenhado no grupo armado funções tão diversas como transportar equipamentos, cozinhar ou servir de mensageiros. Neste momento, a definiçaõ inclui também as raparigas que tenham sido recrutadas para fins sexuais ou para «casamentos» forçados.

Estima-se que existam cerca de 250 mil crianças soldados, recrutadas à força em conflitos armados em mais de 20 países em todo o mundo. Estes meninos e meninas perdem o direito a brincar, a sonhar, a ser crianças. Estas crianças, correm sérios riscos de rapto, mutilação ou de morte, de serem recrutadas como soldados, de exploração e abusos sexuais. Ficam ainda privadas do acesso à saúde, à escola, ou mesmo a uma casa. Em 2007, durante a Conferência Internacional de Paris sobre as Crianças-soldado, os 58 países presentes comprometeram-se a lutar pela libertação incondicional destas crianças. Entre os compromissos assumidos num documento que resultou da conferência, pede-se aos Estados que as crianças-soldado sejam vistas como vítimas antes de serem acusadas de crimes aos olhos do direito internacional. A fragilidade dos acordos de paz assinados pelas partes envolvidas nos conflitos e tantas vezes violados também contribui para o fracasso da tentativa de desmobilização das crianças-soldado. Acresce que muitas das crianças ex-soldado quando regressam a casa não têm já uma estrutura familiar à sua espera.

No Afeganistão, as crianças chegam a ser usadas como bombistas suicidas, para fabricar armas ou transportar explosivos. Crianças e jovens em condições mais vulneráveis são os alvos preferenciais de governos, regimes e grupos armados. A guerra é apresentada como ato de heroísmo, no “marketing militar”.  o recrutamento de crianças é sempre muito fácil e a sua preparação para o campo de batalha torna-se muito simples. Elas são facilmente aliciadas – quando não raptadas –, facilmente treinadas para cumprir as ordens mais atrozes, são mais obedientes, não questionam ordens, são manipuláveis e sobretudo mais controláveis. A sua imaturidade não lhes permite ter discernimento sobre os atos que cometem, não são capazes de medir as consequências das suas ações, nem valorá-las, pois os mecanismos de limitação de comportamento estão ainda em fase de desenvolvimento pelo que, nos ambientes mais hostis, tomam atitudes que não seriam tão facilmente tomadas por adultos.

No Iraque e na Síria, as crianças com 12 anos, são submetidas a treino militar, sendo posteriormente usadas como informantes ou em patrulhas, em postos de controlo ou para guardar pontos estratégicos. Em alguns casos, também são utilizadas como bombistas suicidas ou para levar a cabo execuções. Na República Democrática do Congo, cerca de duas mil crianças estão a ser utilizadas por grupos armados sobretudo nas províncias orientais do Kivu do Norte e do Sul. 

Cerca de 40% das crianças soldados são meninas. A maioria sofre violência sexual. Se conseguem fugir, podem enfrentar o preconceito da família por terem sido violadas. O Boko Haram, responsáveis pelo sequestro de 276 meninas, em janeiro de 2015 usa uma  “menina-bomba”, de apenas 10 anos, num atentado a um mercado da cidade de Maiduguri, nordeste da Nigéria.  Na Colômbia, o alistamento voluntário de meninas é um modo de empoderamento e fuga de situações de violência, mas violência e discriminação acompanham-nas durante o período junto ao grupo armado e na sua reinserção na sociedade.

No Uganda, após o golpe de estado na República Centro-Africana, em 24 de Março de 2013, tornou-se mais difícil para as crianças-soldado ugandesas – raptadas para ingressarem nos grupos rebeldes que atuam naquele país– regressarem à sua terra natal.

 

Fontes:

https://www.acegis.com/2016/02/dia-internacional-contra-a-utilizacao-de-criancas-soldado/

https://www.apagina.pt/?aba=7&cat=166&doc=12279&mid=2

https://veja.abril.com.br/mundo/aos-12-anos-fui-uma-crianca-soldado

https://www.acn.org.br/republica-centro-africana-impede-o-retorno-de-criancas-soldados-ugandesas/

https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/27808

 

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publicado às 12:13

Ataques à Síria

por Elsa Filipe, em 14.04.18

Mais uma vez me preocupa a interferência de terceiros nos conflitos armados. Desta vez, os EUA avançaram com um ataque à Síria, com o apoio da França e do Reino Unido. Pergunto-me qual é a posição da NATO em relação a este ataque...

O ataque teve o objetivo de destruir armamento e centros de investigação para o uso de armas quimicas e deu-se depois do ataque químico na cidade de Douma, na Síria, na semana passada. É esta a justificação. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o ataque e, segundo o Pentágono, uma hora após o anúncio de Trump, foram atingidos três alvos específicos, todos relacionados com o desenvolvimento e estocagem de armas químicas: um centro de pesquisa científica localizado em Damasco, um depósito de armas químicas e um posto de comando, que também servia como depósito, ambos localizados em Homs. Os danos causados ainda não foram calculados.

Segundo a Reuters, os ataques aéreos realizados por Estados Unidos, França e Reino Unido contra alvos militares sírios podem dar ao terrorismo uma oportunidade de se expandir na região, disse no sábado o Ministério das Relações Exteriores do Iraque.

As armas químicas vieram transformar a guerra, alterando os alvos e afetando as populações de outras formas. Ainda não sei descrever o que senti quando vi as imagens dos ataques da semana passada. Foi desumano e levou à morte de dezenas de pessoas. O regime de Assad foi acusado de lançar bombas com substâncias químicas venenosas contra civis, no decorrer de uma ofensiva das forças do governo sírio a Duma. Os socorristas que assistiram as vítimas, referem que famílias inteiras foram encontradas sufocadas pelo gás nas suas casas ou em abrigos. Muitas das imagens mostravam crianças mortas e outras em aflitiva procura por respirar.

 

Fontes:

https://observador.pt/2018/04/14/o-que-aconteceu-e-o-que-pode-acontecer-na-siria-depois-do-ataque-contra-assad/

https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2018-04/ataque-siria-missionaria-brasileira.html

https://www.reuters.com/article/siria-iraque-ataques-expansao-terrorismo-idBRKBN1HL0UK-OBRTP

 

 

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publicado às 23:15

A emoção desponta quando começo a tentar escrever sobre a participação das crianças na guerra. Podia estar apenas a falar sobre mais um ataque à bomba, o que infelizmente só por si já seria muito mau, mas ainda o ano vai no princípio e já quase que se está a tornar banal verem-se imagens de pessoas mortas no chão e outras a correr no meio do pó e da destruição.

Mas dá-se um nó, um aprto no peito enquanto as lágrimas tentam ganhar caminho... são as imagens de crianças que aprendem a usar armas que me estão a colocar um nó dentro do peito. É revoltante aquilo que se está a fazer com todos aqueles rapazes, que deviam estar a brincar com carrinhos, a correr atrás de uma bola e não a usar armas de fogo! Mas os factos estão diante dos nossos olhos, todos os dias, na televisão ou na internet.

Começo por falar do Afeganistão, onde os meninos aprendem as "leis" do Estado Islâmico. Praticamente derrotado na Síria e no Iraque (ou pelo menos assim nos querem fazer crer), o auto-denominado grupo terrorista "Estado Islâmico" segue firme no Afeganistão, onde uma série de atentados ao longo dos últimos 18 meses deixou centenas de mortos. 

Quando em 2014, as tropas da NATO começaram a deixar o Afeganistão, o Estado Islâmico levantou sobre a população a sua mão pesada, fazendo-se sentir através de ações do grupo EI-K (como se autodenomina o grupo local). Em meados de 2015, a ONU alertou que este grupo já estava presente em 25 das 34 províncias. E as crianças, que deveriam estar a ser protegidas, são as que mais sofrem neste conflito.

Em julho de 2016, o grupo El-K chegou a Cabul. O primeiro ataque na capital afegã foi um dos mais mortais já executados na cidade. Duas explosões atingiram membros do grupo étnico xiita hazara, matando cerca de 85 pessoas e ferindo mais de 400. E sabiam que só no Afeganistão, quase 700 crianças foram mortas nos primeiros 9 meses do ano passado?

Mas infelizmente, não acontece apenas no Afeganistão. Em zonas de conflito por todo o mundo, as crianças tornaram-se alvos de primeira linha. São usadas como escudos humanos, mortas, mutiladas ou recrutadas para combater. Violações, casamentos forçados, raptos e escravatura tornaram-se tácticas recorrentes em todos estes conflitos, desde o Iraque ao Sudão do Sul, passando pela Síria, Iémen, Nigéria ou Myanmar. 

Em alguns contextos, as crianças raptadas por grupos extremistas são abusadas e quando libertadas são novamente detidas por forças de segurança. Milhões de crianças estão a pagar o preço destes conflitos: sofrem de má nutrição, de doenças e ficam para sempre com traumas graves. Os serviços básicos são-lhes negados – incluindo o acesso a comida, água, saneamento e serviços de saúde – danificados ou destruídos pelos confrontos.

Segundo dados divulgados pela UNICEF, pelo menos 5000 crianças foram mortas ou ficaram feridas no Iémen, durante os cerca de 1000 dias de confrontos. No entanto, estima-se que os números reais sejam muito mais elevados! No total, cerca de 1,8 milhões de crianças sofrem de má nutrição – das quais 385000 estão gravemente malnutridas e em risco de morrer se não forem tratadas com urgência. 

No Iraque e na Síria, crianças têm sido usadas como escudos humanos. Ficam presas em zonas cercadas e acabam por ser alvo de atiradores furtivos, além de serem atingidas por bombardeamentos intensos. A violência está presente e é visível na forma como interagem socialmente umas com as outras - não aprendem a brincar, aprendem a sobreviver e isso implica lutar e, nalguns casos, até matar.

Na região do Kasai da República Democrática do Congo, a violência obrigou 850000 crianças a abandonarem as suas casas, numa região onde mais de 200 unidades de saúde e 400 escolas foram atacadas e destruídas. Um total estimado de 350000 crianças são vítimas de má nutrição aguda severa.

Em Myanmar, as crianças Rohingya sofrerem e testemunharam casos chocantes de violência generalizada, sendo atacadas e obrigadas a abandonar as suas casas no estado de Rakhine, enquanto outras crianças em zonas fronteiriças remotas dos estados de Kachin, Shan e Kayin continuam a sofrer as consequências das tensões entre as forças armadas do Myanmar e vários grupos étnicos armados. 

No nordeste da Nigéria e nos Camarões, o Boko Haramterá recorrido a pelo menos 135 crianças como bombistas suicídas - quase cinco vezes mais do que em 2016. Na República Central Africana, depois de meses de novos confrontos, registou-se um aumento dramático dos níveis de violência com crianças a serem mortas, violadas, raptadas e recrutadas por grupos armados.

Na Somália, foram reportados 1740 casos de recrutamento de crianças nos primeiros dez meses de 2017 - estes são aqueles dos quais se sabem. No Sudão do Sul, onde o conflito e a economia em colapso levaram à declaração de fome em algumas partes do país, mais de 19000 crianças terão sido recrutadas por forças e grupos armados e mais de 2300 crianças acabaram mortas ou gravemente feridas desde o início do conflito em dezembro de 2013.

A UNICEF apela a todas as partes envolvidas em conflitos que cumpram com as suas obrigações decorrentes da legislação internacional para que cessem imediatamente todo e qualquer tipo de violação contra as crianças, assim como os ataques contra infra-estruturas civis, incluindo escolas e hospitais.

Fontes:

https://www.dw.com/pt-br/estado-isl%C3%A2mico-sobrevive-no-afeganist%C3%A3o/a-42117855

https://www.plataformaongd.pt/noticias/numero-de-criancas-sob-ataque-nunca-foi-tao-elevado

 

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publicado às 21:50


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